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História Survive - Capítulo V


Escrita por: UzumakiCrepe

Notas do Autor


Boa leitura!!

Capítulo 5 - Capítulo V


- Não acho boa ideia conversarmos aqui. – declarou o Adam olhando em volta e, após respirar fundo, encarou-me. – Chama os teus amigos, vamos entrar.

- Espera, o laboratório é seguro? – questionei franzido a sobrancelha e abanei a cabeça. – Bem, calculo que tenhas estado estes dias  no laboratório portanto é uma pergunta estúpida, certo?

- Eu limpei a entrada. – explicou o mais velho e caminhou até à entrada do laboratório. – Podem trazer as vossas coisas.

Assenti com a cabeça e respirei fundo enquanto caminhava em direção ao carro. Assim, em poucas palavras expliquei-lhes que o Adam queria falar comigo e, portanto, era melhor entrarmos no laboratório com as nossas coisas uma vez que, a qualquer momento, um grupo de infetados podia aparecer.

- Então, explica-me uma coisa Adam. – começou a falar o Leonardo enquanto pousava algumas malas no chão. – A entrada do laboratório está limpa, mas e os restantes andares? Está tudo fechado.

- Estão cheios de cientistas infetados. – respondeu prontamente o Adam e cruzou os braços. – Sou só um e não pretendo ficar a viver aqui neste local. Apenas procurei as informações que necessitei em algumas salas especificas e limpei o hall de entrada inteiro. De resto, é perigoso abrir qualquer porta que esteja ao nosso redor.

- Mas elas estão bem fechadas, certo? – questionei um pouco nervosa e olhei em volta. – Desculpa as questões mas nós já passamos por alguns infetados e é assustador sentir que podemos perder a nossa vida a qualquer momento.

- Oh, eu sei bem que sentimento é esse. Vivi assim durante anos. – declarou o mais velho e semicerrou os olhos. – Vejo que continuaste com o jornalista, Olívia. E arranjaste novos companheiros, que fofos.

- Claro que sim, o Leo é o meu colega lembras-te? Além disso, a Lisa, o Matheus e o Diogo salvaram as nossas vidas. – informei prontamente e aproximei-me dele. – Eu vi o conteúdo da pendrive, queres explicar-nos o motivo de tudo? O MLH’ell criou um vírus altamente perigoso e destruiu a humanidade.

- Infelizmente, tudo se descontrolou.

- Explica-nos tudo.

- Temos tempo! – exclamou o Matheus sentando-se no chão e encarou o Adam. – Não tenho medo de tipos como tu.

- Está calado. – murmurou o Diogo um pouco nervoso e suspirou. – Já viste o olhar dele? É de um verdadeiro assassino.

- Oh, trouxeram adolescentes, ótimo. – ironizou o Adam e olhou-me nos olhos. – Enfim, eu vou ser o mais transparente possível. – acrescentou e começou a andar até a um monte de documentos. – Não encontrei nenhuma informação revelante sobre uma possível cura mas, sinceramente, já contava com isso. Porém, decidi sair da universidade sem avisar por causa da Benedita. Quando ouvi a história dela apercebi-me que algo tinha dado errado, então decidi ver com os meus próprios olhos todos os cientistas que eu conheci infetados com o vírus que criaram.

- Podias ter falado comigo. – murmurei e franzi a sobrancelha. – Era o mínimo.

- Não, não te esqueças que és a Olívia. – retorquiu o mais velho com um tom irónico e, após revirar os olhos, encostou-se a uma parede com os documentos nas mãos. – Daqui a cinco dias o laboratório vai explodir e, provavelmente, destruir uma grande área da cidade. O meu conselho é fugirmos antes que seja tarde de mais.

- Explodir? Não entendo o motivo! – exclamou a Lisa com os olhos arregalados. – Destruir parte da cidade? E os sobreviventes?

- Infelizmente não posso fazer nada por eles. É um protocolo geral que o laboratório MLH’ell têm. Caso alguma pesquisa, vírus ou qualquer coisa se disperse, é fundamental queimar tudo antes que seja tarde de mais, em um mês. Feitas as contas, daqui a cinco dias tudo vai pelos ares com a intenção de eliminar o maior número de infetados possíveis. Infelizmente, não vai ajudar muito uma vez que o resto do mundo foi consumido por este terrível vírus.

- Não entendo nada disto! – exclamei e cerrei o punho aproximando-me mais do Adam. – Adam, qual foi o motivo disto tudo? O Joseph Laviolette enlouqueceu?

- Quem é o Joseph?- questionou o Matheus confuso e franziu a sobrancelha.

- O chefe da máfia MLH’ell. – respondeu o Leonardo calmamente e respirou fundo. – Ouvi dizer que ele morreu antes de tudo piorar. Além disso, a sua filha também desapareceu na altura. Provavelmente ambos foram infetados com o vírus.

- Explica-me. – reforcei o meu pedido sem tirar os olhos ao Adam e engoli a seco ao ouvir as palavras do Leonardo. Infelizmente, ele não fazia ideia que a filha do Joseph esteve este tempo todo ao seu lado.

- Estava a ocorrer uma grande guerra entre a minha máfia e uma das mais poderosas da Rússia. Porém, ao contrário dos russos, nós tínhamos um plano para garantir mais poder e dinheiro. Assim foi criado o vírus MV. – começou a explicar o Adam e olhou-me. – Há dois meses, foi enviado o primeiro infetado para o território russo e, como consequência,  a máfia inimiga foi completamente dizimada. Nesse dia, fui enviado para eliminar todos os infetados que tinham ficado de pé no armazém, porém, nessa mesma noite apercebemo-nos que dois dos infetados fugiram e atacaram uma pequena cidade russa. Durante algumas semanas tentamos controlar o problema mas foi difícil, a doença alastrou-se numa velocidade exagerada.

- Por isso é que a Rússia teve os primeiros surtos.

- Sim e por causa disso decidimos transferir o laboratório para Vale Verde. Não queríamos levantar suspeitas e esta pequena cidade ia ser um bom local. A Benedita Lior foi contratada para encontrar a cura do vírus mas, devido a alguns problemas, atrasou a sua vinda. E, após isso, os vírus alastrou-se para o mundo inteiro devido a pessoas que foram infetadas na russa e viajaram.

- Os meus pais morreram por causa de uma guerra de máfias? Isto é ridículo! Vocês são nojentos! – gritou a Lisa e cerrou o punho. – Não acredito nisto! Ainda por cima, se isso for tudo verdade, nunca vai ser possível achar uma cura!

- Na verdade é possível. – referiu o Adam levantando os documentos no ar. – Estão aqui documentos que explicam que pode existir uma possível cura uma vez que uma das cobaias nunca manifestou nenhum sinal de infeção. Ele resistiu ao vírus!

- A onde é que está essa cobaia? Oh meu deus! O sangue dele pode ter a cura! – exclamei colocando a mão na cabeça.

- Ele desapareceu. Eu não estava cá mas como podes observar o laboratório está completamente destruído. É possível imaginar aquilo que aconteceu aqui nos últimos dias. Assim sendo, a cobaia fugiu ou foi comido até não sobrar nada dele. 

- Se existe alguém imune, pode ser que haja mais pessoas iguais a ele. – referiu o Leonardo e soltou um suspiro alto. – Pena que não nos podemos sujeitar a ser mordidos.

- Mesmo que um de nós fosse imune, não iria valer de nada sem nenhum laboratório. Este vai ser destruído, certo?

- Por falar nisso, preparem-se para fugir para bem longe de Vale Verde! – exclamou o Adam e agarrou a sua mochila. – Eu vou voltar para França, pretendo encontrar os meus colegas. Queres vir Olívia?

- Vais deixar-nos? Adam podemos precisar de ti! – exclamei e agarrei o pulso do Adam com força. – O que é que vais fazer para França? Achas que alguém dos MLH’ell sobreviveu? Tu próprio disseste-me que eles tinham deixado de responder às chamadas!

- Eu preciso de ir! Existe mais um laboratório em Paris, pode ser que consiga encontrar mais alguma pista sobre a cura ou sei lá, uma cobaia imune.

- É um tiro no escuro! O mundo está destruído, acredito que neste momento temos de encontrar uma nova forma de viver e encarar esta realidade até que mais nenhum infetado sobreviva!

- Também o faço por ti, quero que vivas num mundo seguro. – respondeu o Adam e começou a caminhar até à saída. – Prometo que vou dizer a todos que encontrar que matei o assassino do teu pai. Vou garantir que ninguém mais venha atrás de ti e te mate. – referiu as últimas frases em voz baixa. – Madalena.

- Não me chames isso de novo. – murmurei e desviei o meu olhar. – Não vou esperar por ti para sempre.

- Eu sei. Porém, podias vir comigo.

Franzi a sobrancelha ao ouvi-lo e olhei para trás para encarar os meus novos amigos e, ao observar as suas feições assustadas, voltei a encarar o Adam e abanei a cabeça enquanto esboçava um sorriso forçado.

- Adeus Adam.

Como resposta, o mais velho encarou-me com um olhar triste e puxou-me para ele com um movimento repentino. Posteriormente, colou os nossos lábios e iniciou um beijo calmo mas cheio de desejo.

- Um dia espero que percebas tudo aquilo que fiz. – murmurou o Adam perto dos meus lábios e colou as nossas testas. – Ao contrário do que pensas, eu nunca te odiei e nem tentei matar-te. Apenas queria respostas sobre o teu crime.

- Não morras. – disse sem o olhar e comecei a caminhar até ao meu grupo. – Vamos sair de Vale Verde.

- Agora entendo o motivo de conheceres tão bem o Adam. – referiu o Leonardo olhando-me. – Um dia vou querer saber a verdade.

Arregalei os olhos com as palavras do Leo, porém, ao ouvir o som da porta a bater, apercebi-me que o Adam tinha saído e apenas deixado os documentos que tinha conseguido. Assim, aproximei-me dos mesmos e guardei tudo dentro da minha mochila. De seguida, olhei o Leonardo com um olhar de culpa e dei de ombros, ele merecia saber a verdade mas, ao mesmo tempo, não ia valer de nada.

- Eu conduzo. – declarei e estiquei o meu braço em direção à Lisa. – As chaves?

- Aqui. – murmurou a Lisa entregando-mas e suspirou. – Vamos para onde?

- Vou conduzir sem rumo, algum lugar será seguro.

- Nenhum lugar será seguro. – comentou o Diogo aproximando-se de uma das portas trancadas e, após colocar a sua mão sobre as mesma, foi possível ouvir um infetado a bater a sua cabeça para tentar partir o vidro que nos separava dele. – É o fim, nem mesmo a minha irmã conseguiu acabar com isto.

- A esperança é sempre a última morrer. – murmurei e agarrei o pulso do Diogo com força. – Vamos! Confia em mim! – acrescentei e esbocei um leve sorriso no rosto. – Eu vou proteger-te!

Todavia, no momento que terminei a minha frase, a porta de vidro partiu-se e, como consequência, um grupo de infetados apareceu completamente sedentos por carne humana. Com isto, puxei o adolescente para mim e tirei a minha arma da mochila, conseguindo disparar contra a cabeça de um.

- São demasiados! Vamos sair daqui! – gritou o Leonardo enquanto disparava. – Merda, isto é difícil! – acrescentou e decidiu usar o taco para destruir os crânios de alguns infetados mais velozes. – Rápido!

Comecei a correr enquanto puxava o Diogo para o mais longe possível dos monstros. Ao mesmo tempo, a Lisa e o Matheus abriram a porta de saída para que pudéssemos sair com as nossas malas e, ao sentir o ar fresco da rua, olhei para trás e esperei que os meus amigos entrassem no carro.

- Entrem! – gritei e desviei o meu olhar para o Diogo. – Estás bem?

Após questionar, um infetado apareceu atrás do adolescente e caiu para cima dele. Arregalei os olhos e empurrei o canibal com toda a força que tinha. De seguida, disparei contra a sua cabeça e puxei o Diogo em minha direção. – tinha a obrigação de protege-lo.

- Corre ao menos! – exclamei enquanto encarava o Diogo.

- Não consigo. – declarou prontamente e olhou em direção ao seu braço. – Fui mordido.

As suas palavras foram duras. Era a primeira vez que estava prestes a perder alguém importante por este vírus. Apesar de ter sido pouco tempo, considerava o Diogo como um irmão mais novo. Talvez por ter sido alguém que a Benedita deixou.

Olhei em frente e deparei-me com um cenário assustador. Os meus colegas lutavam contra centenas de infetados enquanto o Diogo chorava agarrado ao seu braço.

Estava prestes a desistir.

Porém, o meu corpo começou a movimentar-se e, ao olhar para trás, dei de caras com o Leonardo a puxar-me para dentro do carro. Com isto, o carro começou a andar em direção à saída de Vale Verde e, por sua vez, o Matheus segurava o seu melhor amigo enquanto estagnava o sangue com um pouco de tecido.

E foi nesse momento que vi um ato deveras desesperador.

Matheus, um adolescente de 17 anos, agiu por conta própria e agarrou numa das facas que a sua irmã mais velha tinha colocado na sua mochila. Assim, sem que ninguém estivesse à espera, cortou o braço do Diogo e, entre os gritos de dor e de medo, este último desmaiou.

- Vi isto num filme. – murmurou o Matheus enquanto procurava pela mochila dos primeiros socorros. – Continua a conduzir Leonardo! Eu e a Olívia vamos tentar estagnar o sangue do Diogo! Ele vai sobreviver! Não posso perder mais ninguém!

- Oh meu deus! – exclamou a Lisa com as mãos na cabeça completamente em pânico. – Isto é o fim!

- Olívia! Olívia! Ajuda-me! – gritou o Matheus enquanto me abanava.

Ao sentir as suas mãos nos meus ombros, saí do meu transe e abanei a cabeça. Com isto, respirei fundo e, alguns segundos depois, comecei a preparar tudo o que poderia ser necessário para salvar o Diogo.

- Desculpem, tive fora durante alguns minutos. – murmurei e desviei o meu olhar em direção ao Matheus. – O teu ato foi algo surreal mas também seja uma forma de parar o vírus.

- Não podia perder mais ninguém! – exclamou o adolescente e olhou-me. – Não vou deixar que o Diogo desista.

Nesse momento, comecei a ouvir o som de um helicóptero e olhei pela janela do carro para observar o mesmo. Com isto, apercebi-me que era o helicóptero privado da máfia do meu pai. – Adam Roy saiu em grande de Vale Verde.

- Até um dia. – murmurei

17/9/2022.

“Um ano se passou desde que um grande surto na Rússia resultou da destruição do mundo. Incrivelmente, a pequena cidade Vale Verde, foi uma das fontes deste mal e eu sabia o motivo.

Infelizmente, não tinha encontrado a cura. Um ano depois a situação apenas se tornou um habito e uma rotina nas nossas vidas. Felizmente, eu, o Leonardo, a Lisa, o Matheus e o Diogo estamos vivos e continuamos a andar à procura de locais seguros, tem sido muito mais difícil do que eu pensava. Porém, há uns dias, encontramos um armazém na fronteira de Portugal e Espanha seguro e longe de qualquer problema. Mal vimos infetados e de brinde, havia algumas caixas com alimentos.

Finalmente tive tempo para escrever na minha agenda que não é um diário. “

- Estou a ter um déjà vú? – questionou o Leonardo olhando-me e, ao sentar-se do meu lado, puxou-me para ele. – Um dia gostava de ler.

- Talvez no dia que eu morrer, pode ser? – referi soltando uma leve gargalhada e depositei um leve beijo na bochecha do loiro. – Como tem sido a tua pesquisa? Continuas a gravar tudo o que vês, certo?

- Sim e já estou quase a terminar o meu documentário sobre o Diogo! O grande adolescente que sobreviveu a uma mordida após ter tido o seu braço esquerdo amputado! – exclamou o jornalista completamente radiante.

- Por falar no Diogo, eles já voltaram da caça? – questionei franzido a minha sobrancelha. – Estou fechada nesta sala desde ontem à noite.

- Já voltaram e estão a comer, devem ser umas dez horas da manhã. – murmurou o Leo olhando-me e mordeu o seu lábio. – Talvez seja melhor vestires qualquer coisa para ires comer.

- Oh sim! És o único que pode ver este corpito nu. – murmurei levantando-me do colchão e comecei a vestir-me. – A noite ontem foi ótima. – acrescentei e esbocei um leve sorriso.

- Foi maravilhosa. – concordou o jornalista aproximando-se de mim e, deste modo, após puxar-me pela cintura, beijou-me calmamente. – Já tinha saudades de estar assim contigo.

- Importam-se parar de namorar e virem comer? – questionou a Lisa após abrir a porta da sala da qual eu me encontrava. – Encontrei maças mesmo numa das árvores aqui perto, têm de experimentar!

- Estou ansiosa! – referi assim que me afastei do Leo e saí da sala. De seguida, andei até aos dois rapazes que se encontravam a tomar o seu merecido pequeno almoço, maças. – Ainda sobrou alguma coisa para mim?

- Uma caixa inteira. – informou o Diogo esboçando um leve sorriso no rosto. – Bom dia, dormiste bem?

- Muito bem! E tu? Como é que estás da dor fantasma? 

- Tenho tido noites piores mas já estou habituado. – murmurou o jovem e olhou-me. – Já aceitei a minha nova realidade.

- Foste um sortudo. – disse o Matheus soltando uma gargalhada. – Vá, até tens estilo! Dá-me tempo e eu garanto que te arranjo uma prótese toda xpto com uma faca.

- Estou à espera da tua promessa há três meses!

- Dá-me tempo!

Soltei uma gargalhada ao observar os dois e abanei a cabeça. Assim, apanhei a maça e comecei a comer a mesma calmamente enquanto caminhava até à saída do armazém. Era um lugar calmo, longe da cidade, abandonado e com um bom terreno para plantar alimentos. Talvez pudesse ser um início de algo, o início de um lar.

- Gostavas de ter ido para França com o Adam? – questionou a Lisa ao aproximar-se de mim e olhou-me. – Pergunto-me às vezes, podias ter tido mais oportunidades com aquele homem.

- Não me arrependo de nada. – murmurei e abaixei a cabeça. – Mas estaria a mentir se te dissesse que não tenho saudades. – acrescentei e cerrei o punho. – Merda, dizer isto em voz alta parece que estou a trair o Leo. Eu juro que gosto do Leo!

- Gostas dele mas és caidinha pelo mafioso. Entendo, ambos são bonitos mas, neste momento, acho que aquele ali é a tua única opção. – respondeu a Lisa apontando para o jornalista discretamente.

- Eu gosto mesmo dele. Sinceramente, acho que talvez nem sinta mais nada pelo Adam para além de saudades e curiosidade sobre o seu paradeiro.

- A única coisa que sabemos é que claramente a sua ida para França não serviu de nada. O mundo continua destruído e os sobreviventes que encontramos até agora estão a ficar loucos e egoístas.

- É, isso sim. – murmurei e comecei a andar calmamente. – Hey, vou dar uma volta pelo local. Sim? Tenho aqui a minha arma e faca, não te preocupes.

- Não demores, ok? Sabes que é perigoso andar sozinha.

- Sim eu sei! Eu mesma coloquei a regra de ser proibido andar sozinho, lembras-te? – referi soltando uma gargalhada e encarei a Lisa. – Sei cuidar de mim! Não vou demorar!

Comecei a caminhar calmamente enquanto observava o local ao meu redor. Era tudo tão calmo e, à partida, seguro. Sentia-me livre e isso fazia-me bem mentalmente, precisava disto para minha vida.

- Hm? Acho que ainda ninguém entrou por aqui. – murmurei ao olhar para uma árvore que ainda não tinha nenhuma indicação do nosso grupo. Normalmente, quando explorávamos alguma coisa a pares, assinalávamos as árvores para nos guiarmos. Assim, continuei a caminhar e suspirei. – Devia ter trazido o spray para pintar as árvores.  – acrescentei em voz alta.

Após dar mais alguns passos em direção a norte, comecei a ouvir o som de água a bater nas rochas e, como consequência, decidi correr em direção ao som. A água é um bem necessário e, sinceramente, a nossa estava praticamente a acabar.

- Oh meu deus! – exclamei ao aperceber-me que tinha encontrado um rio abundante em água. – Obrigada! Obrigada! – agradeci em voz alta enquanto olhava para o céu com um sorriso aberto no rosto. – Há peixes! Água! – continuei a exclamar completamente radiante e, sem pensar muito, tirei os meus ténis e roupa, ficando apenas de roupa interior, e decidi saltar para dentro da água para refrescar um pouco o meu corpo. – Isto é tão bom!

 Aproveitando o momento de silêncio olhei em volta e agarrei a minha faca com a intenção de pescar alguns peixes dentro de água. Sem dúvida, um belo peixe ia ser um ótimo almoço e jantar.

Todavia, sem que eu estivesse à espera, senti algo a saltar para água e, esperando que fosse um infetado a vir em minha direção, coloquei a minha faca em posição de ataque e virei-me para trás preparada para atacar o cérebro do nojento. Porém, ao dar de caras com o Adam Roy completamente despido à minha frente, arregalei os olhos e fiquei de boquiaberta ao vê-lo. Por sua vez, o mais velho esboçou um sorriso doce nos seus lábios e agarrou a minha faca calmamente.

- Encontrei-te. – murmurou Adam com uma voz serena e, atirando a faca de volta para junto das minhas coisas na terra, olhou-me ainda sorrindo.


Notas Finais


Comentem o que acharam!
Obrigada :)

Espero que tenham gostado!


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