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História Survivor - O que foi isso?


Escrita por: vaporgmz

Notas do Autor


Bem, como alguns se manifestaram, cá estou eu!
Espero que estejam gostando... Mesmo.

Capítulo 4 - O que foi isso?


(POV Daryl)

Aquilo era uma merda das grandes, por mais que fossemos bons eles ainda era em um número alto pra um espaço tão pequeno, eu tentava pensar em planos que consistiam em matar e não morrer, até que notei que ainda segurava a cintura de Aléxia, droga, a soltei e comecei a ficar meio sem jeito, a segurei por um bom tempo ali sem perceber, bom, ela não reclamou também e que merda estou falando? Eu sem jeito por segurar uma garota? É eu devo estar virando um mariquinha mesmo.

Ignorei isso e comecei a preparar minha besta, Aléxia logo me olhou, tinha luz suficiente para que conseguíssemos ver nossos rostos, ela era muito bonita, eu tinha que admitir olhos azuis, cabelo castanho liso com algumas ondas que caiam até a cintura, parecia tensa e então me acompanhou preparando seu arco, ela seguiu meu raciocínio pelo visto, era esperta, e tinha armas silenciosas, ainda bem, não poderíamos falar ali ou chamaríamos a atenção deles, teríamos que atirar nossas flechas e derrubar o maior número possível pra nos dar espaço pra lutar contra os outros, eu comecei, acertando em cheio na cabeça, ela logo começou a atirar, tinha uma ótima mira, tinha que admitir, fomos derrubando um por um, até que conseguimos um bom espaço, sobraram uns cinco walkers de pé e nossas flechas haviam acabado, ela puxou as facas da cintura e começou a sair de trás do balcão, a segui puxando um facão também, lutamos normalmente, já enfiando as facas direto no crânio deles, faltavam dois, e ambos foram pra cima de Aléxia, ela estava dando conta até tropeçar em um corpo no chão e cair com ambos em cima dela com os dentes a milímetros do ombro dela, parti pra cima chutando-os e esmagando a cabeça deles com um pisão e a ajudei a se levantar, fomos até a porta e tive que arrombar, já que estava trancada, e estava certo, havia bastante coisa ali, alimentos enlatados, cereais na caixa, pacotes de fralda, garrafas de agua, aquilo ia nos manter bem até uma próxima busca, colocamos tudo em sacos e saímos de volta pra moto, não iriamos nos arriscar mais em outros lugares por agora, deixaríamos pra voltar aqui de novo quando necessário, pegamos as sacolas e montamos na moto, estamos em silencio desde o ocorrido na loja , aquilo era estranho, por mais que nos ignorássemos as vezes esse silencio estava me incomodando, não entendi bem o porque, resolvi quebra-lo.

–Por que ficou tão incomodada quando te segurei lá dentro?

Silencio.

É ela não gostou do que falei.

Se tem algo que aprendi convivendo com ela é que quando ela não gosta de algo ela fica quieta, ou vira o rosto fechando a cara, quando está sem resposta ela passa a mão pelo cabelo e bufa ou revira os olhos, não que eu fique prestando atenção no que ela faz.

Continuamos o caminho até que freei a moto com tudo sentindo Aléxia bater contra as minhas costas com força.

–Puta que pariu Daryl, o que foi agora?

Ótimo, ela falou irritada mas ao menos falou. Pena que não era um bom momento pra isso.

–Olhe pra frente.

Ela olhou e engoliu em seco, uma horda de walkers estava ali, o que é estranho, pois não me lembro de ter visto tantos assim enquanto íamos pra cidade, ela desceu e já se preparou, desci e fiz o mesmo, íamos ter que limpar o caminho, começamos, foi quase o mesmo processo da loja, atirando flechas, e derrubando os que restavam, porém não contávamos com um pequeno detalhe.

Uma horda maior.

Levamos a moto pra bem mais atrás, e fomos a frente, estávamos em uma espécie de barranco, e haviam muitos ali em baixo, não iriamos dar conta, estávamos cansados já, e até pegarmos as flechas de volta eles já teriam nos alcançado, tive uma ideia, meio perigosa, mas era nossa única saída. Olhei novamente pro barranco, tinha uma espécie de rio lá.

–Que merda você vai fazer Daryl? –Aléxia perguntou ao me ver tirando uma granada do bolso do colete, era pra emergências, o que era o caso.

–Limpar o caminho. –Falei como se fosse óbvio.

–Claro, e nos limpar junto não é? Essa coisa vai acabar com a gente, estamos muito próximos, e assim que jogar não vai dar tempo de correr. –Ela estava nervosa.

–E quem disse que vamos só correr? –Puxei o pino com a boca e continuei segurando olhando-a. - Vai ter que confiar em mim.

Ela me encarou. Não dei tempo pra ela pensar, corri agarrando-a pela cintura e pulando do barranco, soltei a granada e a segurei firme mantendo-a sob mim, caso algo desse errado me atingiria, não ela, caímos no rio a tempo de ouvir a explosão e de eu perceber o que tinha feito, eu estava beijando-a, no momento que caímos eu estava bem próximo do rosto dela, os olhos dela estavam fechados, provavelmente por medo da explosão e eu ao invés de me afastar encostei meus lábios nos dela. Por que eu fiz isso? Porque sou um idiota. Só pode. De uns tempos pra cá nossa relação tem sido bem estranha, as brigas tem tomado um rumo diferente, o que acaba sempre com nós dois numa aproximação física bem desagradável, ou agradável, não posso negar que tem algo que me puxa pra ela ás vezes, mas ela é só uma garota, bem mais nova apesar da maturidade e da aparência e corpo de uma mulher formada, ela me tira do sério, me faz fazer essas coisas, como na vez que a abracei para esquentá-la, eu não devia me importar, mas quando vi já estava abraçando-a, argh, essa garota ainda vai me deixar maluco.

Voltamos à superfície buscando por ar, agora só restava a fumaça da explosão, não havia mais walkers por perto, senão já teriam aparecido com o barulho e estávamos bem longe da prisão ainda, Aléxia me olhava com cara de “vamos, explique porque diabos me beijou” e eu tentava me concentrar, mas, bem, ela estava de regata branca e a água deixou a blusa transparente, qual é, eu ainda sou homem, ela pigarreou e eu olhei seu rosto, não parecia exatamente brava, mas estava com a expressão indecifrável. Suspirei. E agora?

(POV Aléxia)

Eu ainda estava em choque com o que havia acabado de acontecer, Daryl Dixon havia me beijado, e isso não poderia ser considerado normal, o olhei e suspirei.

– O que foi isso?

Ele me olhou.

–Um beijo.

Arqueei uma sobrancelha.

–Ah, não me diga, achei que tinha sido um tapa, mas porque fez isso?

Ele me encarou.

–Não gostou? –Dessa vez ele arqueou uma sobrancelha.

–A pergunta não tem nada ver com isso.

Ele continuou me encarando.

–Responda isso e respondo a sua pergunta.

–Eu perguntei primeiro.

–Não foi nada. Esqueça isso. –Ele deu de ombros e saiu da água me deixando ali irritada.

–Daryl!

Ele sequer se deu ao trabalho de se virar ou responder continuou andando, bufei irritada e saí da água seguindo-o, não foi nada? Ele me beija e diz que não foi nada e manda esquecer? Cheguei até a moto e o encarei, ele nem me olhou, apenas arrumou as sacolas e esperou eu montar na moto pra dar a partida.

Chegamos na prisão sem trocar uma palavra, entregamos as coisas a eles e cada um foi pro seu canto, em pouco tempo escureceu, eu não tirava aquela droga de beijo da cabeça, então decidi ir falar com Daryl, querendo ou não ele ia ter que me explicar, fui até a cela dele mas parei perto da entrada ao ver que já tinha alguém lá falando com ele. Me escondi um pouco pra ver o que acontecia e era Carol, perto de Daryl, perto até demais, considerando o fato de que ela estava quase beijando-o, eu considero isso bem perto.

Saí de lá e voltei pra minha cela, eu não precisava ter que ver aquilo, agora entendia porque Daryl queria esquecer, a namoradinha dele não ia gostar de saber, nada contra Carol, ela é legal e tudo mais, e bem que desconfiava que ela tivesse uma queda pelo Dixon, mas não imaginava que eles realmente tivessem algo.

Não que isso me importe.

A quem eu quero enganar, me importa e muito.

Mas ninguém precisa saber.

Maggie veio falar comigo.

–O que houve?

A olhei fingindo não entender.

–O que?

–Lá fora, você e Daryl estavam bem até antes de sair, mas voltaram agora emburrados, Daryl está num mau humor, e você está aí, sem falar com ninguém, anda, me conte.

Eu poderia não contar a ela, mas conhecendo Maggie ela ia virar essa prisão abaixo até eu contar o que houve, então contei, não tinha nada que esconder dela.

–Eu sabia! Sabia que tinha algo com vocês dois.

Suspirei.

–Não tem nada Maggie. Nada. Foi só uma coisa, sei lá, talvez estava com falta da namoradinha dele e acabou fazendo isso.

–Namorada? –Ela me olhou com cara de “ta doida menina?”.

Contei a ela sobre a linda cena que tinha visto.

Ela parecia chocada.

–Nossa. –Pois é.

–Mas Léxi...

–Sim?

–Você não viu a cena inteira, pode não ter sido nada demais.

–Mas isso não é da minha conta. Vamos esquecer isso.

–Léxi...

–Não, Maggie.

–Mas...

–Não.

–Você sabe que você...

–Não.

–Você gosta dele.

–Boa noite Maggie. –Me virei deitando e me cobrindo para dormir.


Notas Finais


Oii meus amores
Já sabem não é?
Adoro ver os comentários de vocês, sério, motiva bastante a trazer mais!

Beijinhos


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