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História Survivor: Quando dois corações batem juntos. - Capítulo 11


Escrita por: Khonami

Notas do Autor


Combo pra me redimir kkk
amo vocês <3

Capítulo 11 - Capítulo 11


Fanfic / Fanfiction Survivor: Quando dois corações batem juntos. - Capítulo 11

Sasuke se levantou de supetão ao ver o rosto de Hidori o encarando na tela da televisão monocromática. Colocou tudo o que achava ser importante dentro dos bolsos  e saiu em direção ao corredor com sua meia luz refletindo nada mais do que seu próprio reflexo nos vidros empoeirados das salas ao redor.

-Tsc- Reclamou em onomatopeia como sempre fazia.

Se recompôs enquanto andava confiante pelos corredores, afinal a probabilidade de Hidori conseguir deter Sasuke era quase nula apesar do homem careca conhecer os dutos subterrâneos da vila. Mal o tinha visto de perto, quanto mais reconhecer jutsus em seu chakra, era quase como perseguir um bandido comum, coisa que a própria policia poderia fazer, mas visto a maneira que a vila estava, era melhor que Sasuke se intrometer  e resolvesse logo as situações que os demais não conseguiriam fazer sozinhos. Sabia que se deixasse nas mãos da policia ou de qualquer outro ninja sem habilidades de rastreio como as dele, a investigação não teria as conclusões esperadas. Confiava em seu trabalho e por isso gostava de trabalhar dessa forma.

Percorreu o caminho de um corredor ao outro, desembainhou sua espada e manteve-se na posição quando escutou passos ecoando do outro lado dos corredores, na bifurcação entre eles, onde dois dos demais corredores se encontravam.

- Apareça idiota- desafiou Sasuke.

Continuou andando silenciosamente pelo corredor com pouquíssima luz, ativou seu sharingan e sentiu chakra emanando do lado oposto de onde estava. O chakra se movia devagar, era como se Hidori estivesse esperando pelo momento certo.

Cansado de esperar pela ação, Sasuke se manteve parado, esperou até que o chakra emanou da ponta em suas costas, que já observando de um ponto escuro, acompanhou a aproximação de Hidori.

- Se me contar o que sabe podemos evitar confronto- Disse Sasuke.

Houve silencio como resposta. Sem medo de reaparecer, Hidori continuou caminhando até que a luz fraca da velha lâmpada que iluminava o corredor estivesse sobre sua cabeça.

- Não tenho muito á dizer... Sei tanto quanto seus colegas de Vila. Alguns peões, um líder e mercadoria produzida e trazida de algum lugar. Não sei em quais questões eu seria útil- Respondeu Hidori. Suas mãos estavam escondidas nas costas, aparentemente trazia algo consigo. Sasuke sentiu tranquilidade em sua voz, era como se tivesse muita certeza de que seu plano daria certo, e a calma em sua voz deixou Sasuke levemente ansioso.

- Não tenho tanta certeza sobre isso- Contrariou Sasuke- Se você não tem nada a esconder então volte comigo para a Vila da Folha e apresente-se a policia.

Com um riso irônico e rouco, mais parecido com um som emitido por um cachorro, Hidori desdenhou. Sasuke continuou o observando sem expressão em seu rosto.

- Pareço ser tão idiota assim...? Aliás, qual seu nome mesmo?

- Não te interessa no momento. Tudo o que você precisa saber é que as coisas não vão ficar tão ruins para você se entregar-se pacificamente.

- Devo ter cara de otário- Hidori deu alguns passos para frente e Sasuke manteve-se em seu lugar sustentando o olhar sórdido do líder da facção- Vai me colocar num sela com Tv e ar condicionado? Da mesma forma que fez com meus companheiros de trabalho?

Sasuke continuou sustentando seu olhar enquanto falava. Não via perigo no homem nem em suas atitudes suspeitas, embora tivesse aprendido a não inferiorizar e nem contar vantagens sobre o oponente afim de evitar surpresas desagradáveis. Já enfrentara pessoas que não aparentavam ser tão poderosas... O próprio Sasuke em sua mocidade não aparentava ter o poder que tinha, e esse era o pior erro de seus inimigos: Imaginar que o garoto não era tão poderoso quanto realmente era.

Por esse motivo Sasuke manteve-se atento. Ainda não sabia o que Hidori trazia nas mãos, e por não conhecer os dutos, preocupou-se de que talvez o homem careca tivesse chamado ajuda, o que atrasaria os planos de Sasuke.

- Tsc- Reclamou mais uma vez silabicamente.

- Sem respostas?- Questionou Hidori- Te deixei desconfortável?- Seu sorriso confrontante e confiante despertaram em Sasuke uma imensa vontade de soca-lo. No mesmo momento Hidori tirou de trás de suas costa um machado de cabeça vermelha, o mesmo usado em caso de incêndio em grandes estruturas. Tentou acertar Sasuke na cabeça, mas este fora mais rápido ao imobiliza-lo apenas com a espada. Os olhos de Hidori se arregalaram ao contemplar a habilidade de Sasuke ao se defender e parar seu ataque com uma arma menos pesada e mais fina do que a sua.

- Grr- Hidori sibilava entre os dentes enquanto empurrava o machado em direção ao ninja em sua frente. Ele era forte mas Sasuke estava acostumado com pessoas com punhos pesados. Continuou empurrando até que Sasuke fez jutsus com sua única mão enquanto segurava sua espada.

Assustado com a habilidade do oponente, Hidori se jogou para trás, fugindo do golpe do ninja de Konoha que ao mesmo tempo que tentava lhe acertar com o gumo da espada, também lançava feixes de eletricidade por ela, tudo comandado por uma palavra, “Chidori Nagashi”.

- Que contraditório!- Riu Sasuke referindo-se a pose de durão de Hidori que fora rapidamente frustrada.

Com raiva, Hidori não pensou duas vezes antes de pular com o machado em mãos, mas era ineficaz contra Sasuke. Talvez contra um civil comum funcionasse, mas esses tipos de investidas era desperdício de tempo. Sasuke girou no lugar e Hidori passou ao seu lado empunhando sua arma de forma grotesca. Indignado com a situação, o mesmo lançou o machado na direção do oponente de capa preta e enquanto se esquivava do ataque, pois se a correr para o fim do corredor, passou por uma das portas dentre as muitas salas.

Sasuke correu em sua direção mas ao abrir a porta não encontrou nada e nem ninguém parado ou escondido. Olhou ao redor mas não encontrou nada a principio. Com o Sharringan sentiu chakra dentro do armário e abriu a porta, mas não havia nada dentro. Imaginou se tratar de mais um fundo falso. Abriu com cuidado a parte de trás e encontrara mais um duto apertado demais para alguém do tamanho dele passar rastejando. Ele precisaria diminuir de tamanho ou pedir ajuda á alguém bem menor do que ele.

*

O café quente ajudava a se concentrar. Era difícil lidar com o sono, embora estivesse se sentindo melhor após se alimentar e colocar os pés para cima, mas ainda assim não conseguia parar de pensar em sua pesquisa.

Os ratos reagiram bem as misturas e todos os tipos de substancias que havia administrado á eles. Conseguira bons resultados mas lacunas precisavam ser fechadas para que pudesse concluir seus laudos.

Olhou novamente pela janela. Pensou em sua filha e em seu marido naquele momento. Andou até as vidraças e as abriu. Respirou o ar fresco que vinha além das montanhas e tentou adivinhar o que estavam fazendo... Talvez Sarada estivesse em mais uma de suas aventuras com os amigos curiosos, que assim como sua turma na sua infância, também gostavam de bancar os heróis. Já Sasuke, uma incógnita muito maior, apesar de sentir que o marido estava com a adrenalina á flor da pele.

Respirou mais uma vez e se virou para contemplar a bagunça sobre sua mesa. Eram quase seis horas da tarde, o céu do lado de fora estava colorido e sem nuvens, pois todas foram expulsas da pintura natural pela brisa da noite que se achegava devagar, sua ajudante fora dispensada pois precisava voltar para casa como todos os funcionários no fim do expediente.

Bocejou forte antes de retornar ao trabalho, com a caneta já em mãos começou a transcrever seu relatório, isto é, toda a evolução de suas pesquisas até aqui:

“ SAKURA UCHIHA.

Segundo relatos obtidos através de pesquisas biomédicas levanto o quadro de toxinas referentes há:

XEMERITE ( XEMERYTO KALMANTENUS);

POLONESY (POLONETO BETANELO);

BINGO-BINGO (BINGO FRENNETYCO);

CÉU AZUL (CELECTO AMANYS);

MISTURAS SEPARADAS:

ADRENALINA (ADRENALINA/ EPINEFRINA)

ENDORFINA.

Testes elaborados em ratos de laboratório (Total de dez) dos quais apenas três foram á óbito quando misturados na corrente sanguínea BINGO BINGO  e  EPINEFRINA; CÉU AZUL e EPINEFRINA; POLONESY e EPINEFRINA.

Resultados obtidos com a mistura de  XEMERITE com EPINEFRINA ou  ENDORFINA:

XEMERITE + EPINEFRINA: O espécime laboratorial obteve repentina sudorese em excesso, mas controlada após 10 minutos de observação.

XEMERITE + ENDORFINA: Melatonina e facilidade para obedecer ordens. Percentual do cérebro sem reconhecimento de riscos. Compatibilidade com falta de serotonina (mudança de humor e comportamento).”

Tendo feito seu lado médico mesmo sabendo que Naruto teria dificuldades para entender, começou a fazer o segundo, este referente á missão, a qual ela sabia que passaria pelas mãos de muitos ninjas.

“ SAKURA UCHIHA.

Trabalho dado-se inicio no começo da manhã neste mesmo dia, onde recebo soluções gástricas e amostras de sangue para análise. Ambas relatam uso de entorpecentes em percentual baixo, em ambos os pacientes trazidos até mim hoje, entre eles um cadáver.

Sem avanços até o meio dia, a pesquisa começou a evoluir após a comparação com as devidas reações nos indivíduos vivos usados no laboratório (ratos), os quais apresentaram sinais semelhantes aos pacientes examinados:

Olhos avermelhados,

Sonolência,

Tremedeira (Princípio Epilético),

Dependência química (Perceptível a boa desenvoltura para progredir o principio ativo da dependência química).

Fora encontrado também rastros de NINJUTSU ainda NÃO IDENTIFICADO, o qual intensificava os sintomas, causando, dependendo do uso do entorpecente, a dependência, ou sonolência.

Dadas as informações, solicito que seja informada á equipe médica qualquer avanço no caso para que a pesquisa possa progredir de acordo com o esperado.

ATT. SAKURA UCHIHA.

KONOHAGAKURE.”

 

Após terminar seu relatório colocou-o dentro de um envelope branco e o guardou na bolsa. Guardou sua caneta no mesmo lugar, prendeu o cabelo e dobrando o jaleco desejou se teletransportar para sua casa. Arrastou sua cadeira para o lugar certo, arrumou os papéis e antes de trancar a sala lembrou-se de Shizune. Caminhou apressadamente até o nível superior onde a entrada principal localizava-se, e ao passar pelas centenas de portas espiou procurando por sua amiga fujona, e ao passar pela sala de espera antes de desistir de se encontrar com ela, reparou no número de pessoas que ainda esperavam pelo pronto atendimento.

 

- O que está acontecendo aqui?- perguntou baixinho para o primeiro funcionário que passou por ela.

- Não sabemos ao certo mas segundo a triagem, a maior parte dos pacientes apresentam o mesmo quadro- Respondeu o funcionário, um senhor que há muito tempo trabalhava no hospital.

- E quais são?- Perguntou Sakura.

- Dores no corpo, desconforto, febre... Coisas do tipo.

- E onde está a Shizune?

- Os outros médicos estão ocupados então ela está tendo que examina-los sozinha... Já faz algum tempo que ela está trabalhando no pronto-socorro.

Agora tudo fazia sentido. Sakura pensou por um momento que Shizune havia desistido mas sabia que a amiga não era assim, e agora com as explicações mais claras do funcionário sentiu-se mal por ter duvidado de Shizune.

- Obigada pela ajuda, mas pode me ajudar a encontra-la? Em qual sala ela está?

- Está em seu consultório. Você sabe onde fica.

- Ok, obrigada.

Agradecendo apressadamente Sakura correu até a sala, bateu e entrou. Shizune estava examinando a garganta de um homem quando se virou para olhar quem estava entrando- Um momento Sakura-chan...- Pediu ela.

Sakura escorou na porta enquanto esperava que a amiga terminasse a consulta. Passado o tempo que Shizune demorou para examina-lo, sentou-se em sua cadeira e esperou que a amiga falasse.

- Estou cansada- Disse Sakura dando início a conversa.

- Você deveria ter ido pra casa.

- Eu sei, mas eu precisava ver como você estava. Não apareceu mais...

- Eu sei, me desculpe...- Shizune tentou se explicar. Haviam rugas entre suas sobrancelhas, ela odiou deixar Sakura sozinha durante tanto tempo- Mas eu precisava atender os pacientes, Temari-chan e Hinata-chan apareceram e eu tive que atendê-las!

-Temari-chan e Hinata-chan vieram ao hospital?- Rugas surgiram entre as sobrancelhas de Sakura. Ela se sentou na cadeira de frente para Shizune para que estivesse mais próxima e dar mais atenção ao que ela dizia.

- Vieram e acho que a Temari-chan está grávida!- Respondeu Shizune com entusiasmo no final- Já a Hinata-chan deve ter pego uma gripe... Aliás, vamos fazer aqueles exames que você prometeu?

- A é...- Sakura se desconcertou por um momento- Você ainda quer que eu faça os exames? Já estou bem melhor, aliás, nem estou sentindo mais dores. Só preciso descansar um pouco e amanhã estarei nova em folha.

- Nada disso- Shizune se levantou e puxou Sakura de seu lugar- Você é médica e sabe muito bem a importância dos exames- As duas saíram da sala com Shizune empurrando as costas da amiga levemente pelo corredor e seguiram em direção á sala de exames, quando uma das muitas funcionárias do local cutucou o ombro de Sakura de leve no ombro.

- Com licença senhora Uchiha, o Hokage ligou e disse que quer te ver ainda hoje. Parece que seu marido voltou com informações.

*

O vento soprava e despenteava a cabeleira loira de Naruto. Já era a quarta vez que passava os dedos entre os fios tentando deixa-lo mais apresentáveis.  Não era todo dia que se conversava com um homem tão fino, elegante e culto como o Yukikage, o líder da Neve.  

O trem demorou a chegar no local de encontro, e depois de desembarcar na devida estação, foi escoltado até o palacete entre as montanhas onde tomaram chá e conversaram.

O palacete era antigo mas muito bem conservado. Fora dito á Naruto e sua equipe que o palacete em si pertencia á família do líder do País da Neve quando decidiam passar as férias no País do Chá, o qual a família de ambos eram muito amigas. A arquitetura milenar oriental era vermelha com grandes estruturas em pedra esculpida com muitos mantras sacros, jutsus de proteção e invocação de espíritos protetores da família. A louça era polida diariamente mesmo sem uso, e a prataria refletia mais do que um espelho. As cortinas desciam como cascatas das janelas, e a mesa disposta com tantos talheres deixavam Naruto confuso.

Ao se encontrar pela segunda vez desde que assumira o governo de Konoha, Naruto pode falar pela primeira vez com o líder na Neve. Seu traje era de modelo antigo, como o Yukata antigo dos imperadores, caia sobre seu corpo magro que sustentava sobre a cabeça cabelos negros num penteado que ao ver Naruto teve que segurar o riso. Era um penteado igualmente antigo como os dos antigos imperadores, um coque alto com dois outros ao lado da cabeça, estes eram ridiculamente grandes e espalhafatosos, Naruto chegou a achar que se tratava de uma peruca.

Foram servidos primeiro da entrada, onde comiam silenciosamente com apenas algumas interrupções desajeitadas.

- A sopa está maravilhosa, senhor Yomota sama- Disse Naruto educadamente tentando quebrar o gelo.

- Muito obrigado senhor Hokage- Agradeceu Ken Yomota, o líder do país da Neve- Mas não se trata de uma sopa, é apenas um Udon com pouca massa.

Um dos homens que integravam a equipe de Naruto segurou o riso.

- Ah claro! Udon, como fui confundir com sopa, não é mesmo!- Respondeu Naruto sem graça.

- Não se incomode com isso...- Educadamente o Yukikage mudou de assunto. Terminaram o primeiro prato e logo foram servidos com o prato principal.

- Para um encontro tão importante, mandei que fizessem o melhor Rámen que meus cozinheiros pudessem, pois ao que se achegou aos meus ouvidos, o senhor Hokage aprecia a culinária deste prato, estou certo?- Quis saber o líder do País da Neve. Educadamente olhava para cada um dos convidados que se assentavam na mesa.

- Yoshi!- Confirmou Naruto- O senhor está muito informado sobre meus gostos, Dattebayo!

Naruto bateu as mãos sobre a mesa com entusiasmo. Sua barriga roncava pois tivera algumas horas de viagem sem comer e os pratos e talheres pularam, fazendo seus sons característicos.

Todos olharam para o Hokage que riu sem graça.

- Seu entusiasmo é muito agradável senhor Hokage- Riu o Yukikage.

Os empregados serviram os pratos e as bebidas, os convidados assistiam e esperavam até que todos fossem servidos.

Após servidos e o almoço realmente começado, conversas em alguns pontos da mesa podiam ser ouvidas. Eles conversavam uns com os outros mas sempre mantendo a guarda, pois haviam muitas pessoas importantes reunidas naquele local e isso poderia atrair inimigos, coisa que nesse momento Naruto temia, principalmente quando desconfiava do envolvimento do País da Neve e seu líder, Ken Yomota. Até onde sabiam, Ken poderia estar envolvido até o pescoço ou estar encobertando as “travessuras” de seus cidadãos e suas “peripécias” dentro dos demais países. E é claro que Naruto não toleraria essas “brincadeiras”.

Até agora as inconclusividades estavam o matando mais do que o sono, coisa que ele aprendera a lidar com o tempo. Precisava urgentemente saber onde estava Sasuke e o que conseguira até agora, precisava voltar a tempo para conversar com Ino mais uma vez e confirmar os passos com Shikamaru. Também precisava saber como andavam as pesquisas de Sakura e Shizune, que até agora só conseguiram sanar apenas algumas das tantas dúvidas de Naruto. Precisavam saber exatamente as substâncias e até que ponto eram prejudiciais a saúde, além de poderem ser usadas como armas biológicas.

Sasuke também precisava trazer informações mais valiosas do que toda as equipes que saíram naquela madrugada, que não tinham conseguido encontras coisas que realmente valessem a pena investigar. Por esse motivo Naruto sentia-se tão perdido, não conseguia encontrar um ponto ao qual podia se agarrar. Sentia-se como se nada fosse palpável e que pudessem regredir nas investigações a qualquer momento, e para que isso não acontecesse seria necessário usar de toda a cordialidade que tinha para com o Yukikage.

- Pois então, acredito que o senhor assim como eu esteja interessado em tratar daquele assunto que mencionei ser de urgência no telefone...- Começou ele.

- Está coberto de razão Naruto-san- Respondeu o Yukikage.

- Vamos otimizar nosso tão curto tempo e seguir direto ao ponto- Tentou ser direto mas sem perder a gentileza na voz. Precisava estar em harmonia e dizer o que precisava sem parecer que estava acusando o País da Neve de alguma coisa- O que me traz aqui são estoques que fogem do nosso controle como líderes mas que ainda assim são de nossa responsabilidade...

Naruto fez uma pausa dramática após terminar a frase. Houveram alguns olhares curiosos por parte da equipe do Yukikage, o qual se pôs a falar assim que passou a demorar demais.

- Estou te ouvindo, Nanadaime...

A pausa dramática de Naruto serviu para lhe dar tempo para pensar em como começaria- A questão que me preocupa é uma epidemia perigosa que coloca em risco a saúde mental e fisiológica do meu povo, além de me dar motivos suficientes para questionar a segurança de minha Vila... Tais fatores fizeram que a segurança de Konoha fosse colocada em xeque, e obviamente não quero isso...

- Aonde quer chegar Nanadaime ?- Perguntou o Yukikage um tom mais alto do que o habitual.

- Konoha foi invadida nessa madrugada e encontramos evidencias que nos levaram ao País da Neve, o que quero saber do senhor é se sabe de alguma coisa dentro de seu país sobre tráfico e produção de entorpecentes.

- Em todos os países há produção de drogas e consequentemente o tráfico, senhor Hokage. Ou o senhor pensa que o País do Fogo é uma exceção?

A pergunta de Ken Yomota deixou Naruto desconcertado.

- Estou ciente de todos os problemas de minha vila e brevemente do País do Fogo, mas o que quero saber é se tem havido produção de substâncias com efeitos mais potentes do que uma simples sensação de leveza, Yikikage-sama.

O líder da Neve sorriu com ironia.

- Se está havendo produção de alguma coisa em meu país e vila este seria um problema meu, não seria, nanadaime?

O sangue de Naruto começou a esquentar dentro de si. Se mexeu desconfortavelmente sem sua cadeira macia que agora não parecia tão macia assim. Tentou controlar seus nervos para não estragar tudo, mas embora o rumo da conversa não estivesse levando ao esperado, de uma coisa estava certo, o próximo investigado seria o líder do País da Neve, Kyuudame Yukikage.

- Eu não teria vindo em sua procura se também não fosse um problema meu, senhor Yukidame. Pouco me importa o que acontece dentro de seu país até se que achegue também ao meu. Suspeitamos que haja um grupo que produza drogas de alto padrão que agora estão sendo distribuídas em Konoha, fazendo dos habitantes escravos, e isso está me deixando bastante preocupado. Venho gentilmente pedir sua ajuda, não estou acusando sua vila, vim apenas perguntar.

Naruto estava sério. Poucas vezes até hoje tinha se visto o rubor de alegria sumir de seus olhos, e essa era uma das raras ocasiões. Pra falar a verdade a personalidade altruísta de Naruto também fazia dele um entusiasta em ajudar o próximo, mesmo que estes sejam os habitantes do País da Neve, cujo líder era sínico e irônico na maior parte do tempo- Até onde ele notara- então sim, ele se preocupava com o que acontecia dentro dos países mesmo que não fosse o dele, mas nesse caso, devido as palavras duras do Kyuudame Yukikage, manteria seus dois olhos abertos e voltaria suas atenções ao que lhe pertencia: Konohagakure e o País do Fogo.

- Sua fama de bom samaritano roda o mundo, Naruto-san. Fico muitíssimo saber que Konoha tem um líder como o senhor, mas lamento, não posso ajudar. O País da Neve é grande e eu infelizmente não tenho como saber tudo o que meus habitantes fazem- Ken Yomota se levantou, e junto com ele seus companheiros- Mas se isso te faz mais feliz, me esforçarei para manter-me informado da próxima vez.

- Me avise caso saiba de alguma coisa- Pediu Naruto. Ele se levantou e estendeu a mão para o Yukikage, o qual olhou para a mão estendida do homem mais importante do mundo ninja com seu olhar infantil, risonho e ingênuo. Apertou sua mão e sorriu, um sorriso do qual não saíra tão natural quanto o planejado.

- Foi um prazer poder te conhecer melhor, Nanadaime- Disse ele apertando a mão de Naruto.

- Espero em breve ter notícias suas, Yukikage-sama.

*

-Bingo!- Exclamou Denki- Vejam essa cena novamente...- A seta do pause puxou o pequeno circulo para de volta ao inicio da linha. Pressionando play o vídeo recomeçou, os Genins se aproximaram do televisor do computador do Hokage e prestaram muita atenção na cena que se passava.

O tela do computador mostrava através do sistema de segurança o momento da invasão. Sarada lembrou-se da palavra de seus pais que agora se faziam certeiras, cinco pessoas vestidas de preto usavam o portão semiaberto para pular os mudos de Konoha, já com as barreiras não operantes para que o alarme não fosse soado, mas por sorte não tiveram tanto êxito ao tentar parar o segundo sistema de alarmes que despertaram toda a vila. Talvez não soubessem de todo o armamento de segurança ou simplesmente contaram com a sorte.

- Não acredito que foi tão simples...- Comentou Inojin.

- Foi bem elaborado- Disse Shikadai- Mas também tiveram sorte... Vejam que nesse momento o responsável pelo portão já está paralisado, mas as câmeras não mostram como nem quando.

- Existe filmagem de outro ponto?- Perguntou Inojin.

-Existem- Respondeu Denki- Mas ainda estou procurando os acessos. Parece que eles ficam numa área aparte dentro do sistema.

- Bom, acho que vocês podem continuar sem mim- Disse Sarada- Se houver algum problema, me chamem- Se levantou e seguiu até a porta.

- Algum problema, Sarada-chan?- Perguntou Boruto.

- Estava pensando no meu pai agora pouco, acho que ele já voltou. Gostaria de saber o que ele descobriu, sem falar na minha mãe... Ela não estava se sentindo mal então acho melhor eu vê-la.

- Yoshi. Mantenha-nos informados, Sarada-chan...- Disse Boruto.

Sarada despediu-se e saiu pela porta em direção sabe-se Deus onde. Ela achava que a manhã e a tarde toda, claro, além da madrugada, era tempo o suficiente para seu pai ter terminado a investigação.  Passou pela porta principal do Escritório do Hokage e caminhou até a rua principal.

Durante o caminho seu pensamento se perdeu nas colinas no horizonte, perguntou-se se seu pai não estaria ainda no local de onde a fumaça subia e encontrava as nuvens, talvez estivesse numa super investigação descobrindo muito mais do que um simples esquema de drogas.

Seus pés ganharam velocidade a medida que se distanciava do hospital que a principio era o local onde planejava ir. Passou escondida pelos portões e seguiu em direção as grandes colinas da vila vizinha completamente sozinha, apenas ela e sua grande curiosidade.

 



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