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História Sussurros da noite (Choi San - Ateez) - Para além das colinas.


Escrita por: luna_library e MaryMclean

Notas do Autor


Boa noite!
Espero que gostem do capítulo!
Desculpem os erros e boa leitura😘😘😘😘

Capítulo 3 - Para além das colinas.


Neste momento, é como se nós estivéssemos 
Brincando com fogo
Brincando com fogo 
Então não me para, não pare 
Não apague esse fogo, como se sua vida dependesse disso
Faça explodir 
Agora este lugar está prestes a explodir 
Fireworks - ATEEZ

A minha mente leva alguns segundos para processar tudo o que estava acontecendo ao meu redor, o corpo esguio de San envolve o meu por inteiro. Os fios escuros antes penteados para trás, agora estavam levemente bagunçados por conta dos meus dedos que os puxavam com certo cuidado, na intensão de descontar todo o desejo e excitação acumulados em meu corpo naquela área específica.

As suas roupas usuais e de tecido espesso agora se encontram jogadas pelo chão, assim como todas as vestes que outrora encobriam o meu corpo. A visão de San se apoiando com as mãos pelo colchão, enquanto desce com os lábios até a minha intimidade, é algo que eu jamais esqueceria, nem mesmo se eu quisesse, aquela cena nunca sairia de minha mente.

O meu corpo entra em completo êxtase quando os seus lábios pressionam o meu núcleo, seguido de sua língua quente, que mantem movimentos ritmados sobre minha umidade. Um sorriso perverso desponta de seus lábios quando eu arqueio as costas involuntariamente, e ele intensifica ainda mais os movimentos, me fazendo gemer alto.

Eu estava chegando ao meu limite, mais alguns movimentos seus e eu explodiria em mil pedaços, mas como se percebesse isso o rapaz cessou a sua língua, me fazendo grunhir em frustração. Ele ainda mentem um sorriso nos lábios conforme eleva o rosto, encontrando os meus lábios ao fazê-lo.

— Eu preciso estar dentro de você, Lira — ele sussurra, quase como um gemido sôfrego, fazendo o meu interior se contrair em expectativa.

— Faça, San — os seus olhos brilham, mesmo diante da pouca luminosidade do cômodo — eu quero sentir cada centímetro seu dentro de mim...

O rapaz arqueou o canto dos lábios e selou os nossos lábios com certa urgência, ao passo que guiava o seu membro para dentro de mim. Ele me preencheu por completo, lentamente, indo fundo dentro do meu núcleo e passou a mexer os seus quadris em movimentos ritmados, fazendo-me arranhar a pele bronzeada de suas costas.

O que pareceu gerar ainda mais combustível para o corpo do moreno, que passou a acelerar os movimentos de maneira enlouquecedora, enquanto mordia levemente desde a pele do meu pescoço até o meu ombro desnudo, e gemia baixo contra a minha pele. San me faria chegar ao ápice sem esforço algum, apenas com estes gestos eu já sentia as paredes do meu interior contrair como nunca antes.

E ele parecia querer mais, nunca cessava, pois deslizou as suas mãos para os meus quadris, tentando estabelecer o ritmo de suas investidas, ao passo que acertava o ponto especial em meu interior, fazendo-me ver estrelas e gemer o seu nome alto o suficiente para atravessar as colinas.

Então, sem mais suportar, o apertei dentro de mim e me desfiz em mil pedaços, trazendo San junto a mim como consequência. Com os olhos fechados, o rapaz apoiou a testa contra a minha, ao passo que tentava estabilizar a sua respiração descompassada, observei um sorriso tímido brincar em seus lábios pela primeira vez em toda a noite e ele abriu os olhos escuros, me encarando com intensidade.

— Eu te peço por uma ultima vez, fuja comigo, Lira — ele sussurrou contra os meus lábios e envolveu o meu corpo em um abraço quente, enquanto deixava selares demorados em uma de minhas têmporas. — Vamos para a minha casa, atrás das colinas!

Pensei por alguns segundos tentando considerar a proposta feita pelo rapaz, coisa que antes me parecia distante demais e agora se tornava tentadora, como se um laço de necessidade houvesse se firmado quando me deixei levar por seu corpo, quando seus lábios me tocaram daquela forma carinhosa, ao passo que suas mãos pareciam desejar me tomar para si.

E, por fim, há esses olhos que queimam ainda mais que a fogueira que ilumina o festival lá fora, e que neste momento me observa com um pedido silencioso: me siga! Seja minha! Venha comigo!

– Eu irei como você! – respondi, convicta, e me apressei para colocar minhas vestes, assim como San. Mas notei um pouco de incerteza nos olhos do rapaz, como se pensasse que eu não corresponderia ao seu pedido relapso.

– Você tem certeza disso, Lira? – perguntou San pela primeira vez em poucos minutos – quer dizer, eu não tenho certeza se sou uma pessoa boa para você... – sua voz se tornou calma quando ele se aproximou aos poucos, segurando em meu rosto enquanto acariciava o local com todo o cuidado, ainda que algo parecesse ter sido aberto no andar de baixo, que o vento tocasse as janelas e a vela queimasse em um crepitar baixo, eu só conseguia olhar para ele, sem nenhum tipo de preocupação – você está arriscando tudo por mim, e talvez... essa vida que estou te oferecendo não valha tanto a pena...

– Valerá a pena apenas por estar ao seu lado! Eu nunca me encaixei dentro desta vida de filha perfeita do general, algo atrás daquelas colinas me atraem, San, algo que eu acredito desde o começo que seja você – respondi com a voz baixa – preciso sentir o seu amor, e acima de tudo, desejo com todo meu coração poder correspondê-lo da maneira correta. Eu quero ser livre, quero viver a minha única vida ao seu lado San! – um sorriso sincero enfeitou os lábios do rapaz.

– Eu te prometo que você não irá se arrepender de ter me escolhido – disse o rapaz e me aprecei para colocar mais dois vestidos leves dentro daquele embolado de tecidos o qual eu resolvera usar, e por fim busquei por uma echarpe vinho, que foi feita para completar as roupas que usava no festival de hoje e a avaliei por alguns segundos – mas ainda assim, precisamos pensar em um plano sem falhas, se simplesmente fugirmos para dentro da floresta, o seu pai pode enlouquecer e mandar algum grupo de busca atrás de nós – acrescentou o moreno, parecendo pensar tanto quanto eu, baixei os olhos até minhas mãos que ainda seguravam o tecido vinho – o que ronda sua imaginação, Lira? – me virei, o encarando com cautela.

Uma hora atrás era eu estava preocupada com o futuro da vila e com a reputação de minha família, com a forma que tudo se seguiria diante de uma fuga relapsa como a que estamos planejando, e agora eu estava sendo o mais egoísta possível, pensando apenas em San.

– Acho que não funcionaria, a menos que... – foi uma questão de segundos para que meus olhos se virassem na direção da porta de meu quarto, totalmente escancarada, e parado bem na entrada estava meu irmão mais velho, Seonghwa.

Aquele pequeno barulho escutado a alguns minutos era Seonghwa e por conta de suas expressão, provavelmente ele já estava escutando nossa conversa há algum tempo. Me aproximei de San em passos lentos, até que por fim estivesse parada em sua frente como um escudo. Meu irmão teria de me atingir primeiro se quisesse ferir San, de maneira alguma ele o feriria.

– Não se preocupe, Lira – disse meu irmão, sem tropeçar em nenhuma palavra, mesmo que tenha bebido durante toda a noite – eu não farei mal algum a ele, mas me contem o plano – ele pareceu pensar por alguns segundos – se é o que tanto deseja, eu os ajudarei a fugir! Não permitirei que minha irmãzinha case com um homem que nem mesmo conhece por vista.

[...]

Acelerei o passo tentando acompanhar San com todas as minhas forças, o garoto possuí um conhecimento incrível sobre toda esta área, e mesmo sob o véu da noite ele continuava a caminhar por entre as árvores enquanto segurava minha mão com a sua, vez ou outra olhava para trás com a intenção de verificar meu estado.

Confesso que parte de mim, aquela apegada aos costumes amedrontadores da vila, ainda sentia um pouco de receio ao adentrar cada vez mais na floresta sombria e de arvores densas, enquanto novamente a lua nos encarava com sua luz avermelhada.

– A partir daqui o mundo se transforma – disse San com um sorriso meigo no rosto – se você olhar da maneira correta, verá a beleza guardada atrás das colinas – sorri brevemente e mirei meus olhos na direção daquele arco formado por duas arvores frondosas. Os galhos com folhas verdes escuras se encontravam, parecendo vez ou outra juntar seus galhos em formato arredondado acima de nossas cabeças – abra o coração, e veja tudo o que este lugar pode te oferecer!

Então o fiz, e no mesmo instante cheguei a conclusão que todos os habitantes da vila sempre foram perfeitos idiotas.

Quanto mais avançávamos por aquele espaço, em passos lentos enquanto San envolvia seu braço em torno de meus ombros, tudo parecia se iluminar. Pequenas criaturas mostravam seus rostinhos macilentos e cobertos de terra, enquanto outras flutuavam em luzes tranquilas. Desde rosa até o branco mais puro.

Pequenas fadas azuis viajavam sobre as águas em um balé flutuante, desviando uma da outra em meio a dança embalada pelos animais da noite, cigarras e pequenos sapos entoavam a sinfonia que cobria o ar e enchia os ouvidos de todos.

Árvores gigantescas balançavam seus galhos vez ou outra lançando folhas para todos os lados, enquanto aranhas luminosas construíam obras de arte nas copas das plantas altas, verdadeiras peças de tapeçaria sendo tecida aos poucos.

– Isso é... – não consegui concluir minha frase, quando o rapaz me puxou para um abraço apertado. Pousei a cabeça em seu peito e ri baixo – é tudo perfeito San, lindo, simplesmente lindo!

– É a minha casa, meu lar! E estou doido para te apresentar a minha mãe – ele se separou rapidamente, beijando meus lábios com afinco logo em seguida – ela provavelmente já sabe que você está aqui, o que facilitará o processo – o rapaz deu de ombros e passou a me puxar junto de si novamente.

A lua de sangue já abandonava o céu, enquanto o sol vinha nascendo ao leste. Iluminando muito além das colinas que dividiam o saber palpável e o sentir, onde neste momento meu irmão mais velho, Seonghwa, carregava aquela mesma echarpe vermelha entre os dedos sujos de lama, seus dedos longos se encontram no mesmo estado deplorável, assim como suas botas novas, recém compradas para o festival.

Ele entraria em minha casa, encontrando meu pai em uma vigília silenciosa na sala de estar enquanto esperava os filhos voltarem da festança, o mais velho se levantaria do sofá feito de pele e se dirigiria até Seonghwa, e em primeira instancia verificaria o estado de meu irmão, apenas para depois ver o tecido coberto de sangue e de terra nas mãos do rapaz.

Se de alguma forma ele pudesse encontrar a faca que San usou para cortar a palma da mão para nos ceder aquele bocado de sangue, ou a forma que o rapaz havia usado a arma para rasgar aquela peça até que parecesse ter sido destruída por uma fera faminta.

Os olhos de meu pai se encheriam de lágrimas, para logo depois pegar o tecido das mãos de meu irmão e observar cada traço que pensamos com cuidado.

– Seonghwa, o que aconteceu meu filho? – ele perguntaria, mesmo que soubesse a resposta para aquela fatídica pergunta. O homem só desejava a resposta para que tivesse certeza do fato, se meu irmão não dissesse aquilo não seria verdade.

– Desta vez, Lira se aventurou demais, papai! – o general o abraçaria e Seonghwa faria uma atuação perfeita, continuando o discurso que San havia lhe explicado com detalhes – Os demônios da floresta... – ele suspiraria fundo, enxugando as lagrimas nos ombros de meu pai – eu não cheguei a tempo pai! Isso foi tudo o que encontrei de Lira! – Seonghwa entregaria a echarpe ensanguentada nas mãos do homem e ele a apertaria entre os dedos, sentindo o sangue ainda fresco sobre o tecido delicado. E derramaria ainda mais lágrimas após isso, assim como eu, mesmo que a felicidade tomasse meu interior conforme eu avançava em passos rápidos pelo chão da floresta mágica, acompanhada da figura que o vilarejo se amedronta há duas décadas.

San poderia ser considerado e julgado ser o filho de uma bruxa, ou até mesmo ser o próprio demônio da floresta. Mas agora, enquanto o acompanho com certa rapidez pelo mundo escondido atrás das colinas, penso no quão idiota todas as lendas sobre estes lados soam, e ainda assim me sinto honrada por tê-las escutado antes de visitar este lugar.

Do quanto me parecia particular e secreto que tudo aquilo fosse compartilhado entre San e eu. De uma forma que, nem mesmo que todos os aldeões passassem por estes lados, conseguiriam enxergar para além do véu de sua ignorância. E ainda assim, aquilo se exultava dentro de mim, na forma que San me olhava e parecia feliz ao me ter ao seu lado, em sua casa, me mostrando tudo o que amava, é como se em um momento de alegria extrema, seus olhos me confidenciassem ‘’eles não sabem o que sabemos’’.


Notas Finais


Nos digam o que acharam desta história! Se esse Choi San sombrio e enigmático aqueceu o coração de vocês!

Muito obrigada por lerem! Nos vemos em outras histórias por aí!!👋👋👋


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