1. Spirit Fanfics >
  2. Swan Song >
  3. Dare to Dream - capítulo 48

História Swan Song - Dare to Dream - capítulo 48


Escrita por: _dreamer

Capítulo 136 - Dare to Dream - capítulo 48


Fiquei paralisado; apesar de ainda não ter entendido exatamente do que se tratava, sabia que era importante. E algo ruim. Hospital não me soava bem. O que será que tinha acontecido?

Mais de quinhentas possibilidades atravessavam minha mente, e eu ainda tentava consolar e tranqüilizar Cath que chorava compulsivamente em meu ombro e tremia loucamente.

Segurei seu rosto com as mãos, forçando-a a olhar para mim.

–O que houve, Catheryne? – perguntei em voz baixa. Tudo parecia ter ficado mais frio agora.

–Meu pai teve uma overdose, e-ele ta internado – ela gaguejou, rouca e interrompida pelos soluços – Estado grave.

Puxei ela para o meu peito, num abraço apertado. Senti os soluços balançarem seu corpo loucamente.

–Por que ele faz isso comigo, Harry? Por quê? Por que ele não se importa com a própria vida dessa maneira? Isso me faz sofrer tanto.

–Fica calma, Cath. Primeiro : Onde ele está?

Cath franziu os lábios.

–Ele estava...Procurando por mim, foi o que disseram. Falou antes de ser sedado.

–Isso é horrível. Onde ele está? – perguntei em voz baixa.

–Num hospital, em New Jersey. Quanto tempo de carro até lá? – ela perguntou desesperada.

–Hm, eu diria que uns quarenta minutos. Espera, Cath – ela saiu correndo antes que eu terminasse de falar.

–Eu vou sozinha – ela disse séria.

–Não, eu vou com você.

–É meu pai – ela disse ameaçadora, mas só conseguiu soar apavorada – Eu tenho que ir primeiro. - Você pode aparecer depois, eu não sei. Avise os meninos.

–Cath, espere, como vai... – mas ela já tinha saído correndo. Presumi que tinha dinheiro nos bolsos. Quase fui atrás, mas a razão em suas palavras me deixou paralisado ali sem ver outra alternativa a não ser volta para o hotel. Dessa vez, muitas pessoas com câmeras na mão me esperavam na porta.

Tentei soar simpático, quando na verdade queria mandar todos irem tomar naquele lugar. Entrei com ajuda de Paul, que notou o tumulto e levou mais dois seguranças para abrir passagem para mim. Entrei bagunçando os cabelos e me dirigi à área de piscina, onde eu sabia que os meninos estavam.

–Olá, cachinhos dourados – Zayn sorriu para mim de uma cadeira – Como anda?

–Onde estão os outros? – questionei e tanto Liam como Zayn deram de ombros.

–Niall foi passar um tempo com Lou e...Bom, June e Louis devem estar armando alguma por ai. Eu tomaria bastante cuidado – Zayn advertiu e eu concordei e fui para os elevadores.

Já cheguei abrindo a porta do quarto de Louis. Ele estava dormindo enroscado na cama, enquanto June estava sentada com pernas cruzadas no chão, lendo um livro. Ela levantou os perturbadores olhos verdes para mim; perturbadores porque pareciam bonitos demais para serem reais.

–Olá, Harry.

–Olá, alpinista de formigueiro – murmurei sabendo que isso a irritaria. Suas orelhas ficaram vermelhas e ela fez uma careta – O que está lendo?

–Um livro – ela deu de ombros.

–Sério? Eu já sabia que era um livro – repliquei – Quero saber qual.

–Isso, imagino eu, não é da sua conta. – ela disse solicita, e voltou sua atenção ao livro.

Isso já despertava minha curiosidade fazia um tempo. Parecia que eu praticamente gravitava em direção a June, mas sempre que estávamos próximos ela fazia o possível para me constranger, me xingar, me bater ou me machucar. Não sabia os motivos para ela não gostar de mim. A não ser, claro, as piadas a respeito de sua altura que eu soltava casualmente.

–Por que me odeia, June? – perguntei.

–Por que você é um traidor? – ela sugeriu sem levantar os olhos. O jeito como disse aquela frase; era conhecido. O jeito como dava de ombros também. E o jeito como...Ela fazia as coisas! Como era bagunceira, como gostava de provocar, incomodar e irritar os outros era tão...Balancei a cabeça. Se essa menina tocasse piano, seria realmente preocupante.

–Não sou um traidor – respondi – Por que acha isso?

June bufou impaciente e afastou o livro para o lado.

–Por que você não vai comer a Cath, Harry? – June perguntou como se estivesse perguntando a respeito do clima. Tão naturalmente, mas tão irritada e com uma amargura profunda na voz que eu não entendia. Uma espécie de tristeza. Mas por que eu não compreendia.

–Acho que isso não é apropriado para sua idade – murmurei a única coisa que me passou pela cabeça e ela jogou a cabeça para trás para gargalhar.

–É, como se não desse para ouvir. Imagino que vou ter que dormir com Louis hoje porque alguma coisa aconteceu no meu quarto – ela murmurou pegando o livro e abrindo em uma pagina marcada.

–Qual seu problema comigo? – explodi – Nunca fiz nada para você. Nunca fiz alguma coisa para merecer esse seu tratamento.

–Você é tão retardado que não percebe uma coisa que está na sua frente, Harry Styles – ela aumentou a voz uma oitava acima do tom normal e depois lançou um olhar de cautela para Louis que dormia tranquilamente.

–Eu quero saber o que te fiz! – falei nervoso, repassando todos os momentos. Sempre pareceu ter um motivo para tudo que ela fazia comigo, mas eu não sabia qual era. Esqueci completamente Cath. – Nunca fiz nada para você!

–Exatamente esse o problema, Harry! – ela se levantou de forma a me encarar, algo em que fracassara miseravelmente, sendo que tinha trinta centímetros a menos que eu – Você nunca fez nada pra mim. Só ficou com a boca grudada na da Cath, e quer saber? Me diga agora quem salvou Cath? Quem trouxe ela de volta, quem fez ela continuar com a boca perfeitamente saudável para você? Essa pessoa fui eu! Mas você se importou? Imagino que não, sequer prestou atenção que eu estava por perto.Sequer me agradeceu. E outra, depois de todas aquelas declarações, nunca achei que seria tão fácil se apaixonar por alguém; ainda mais tão parecida com... – ela parou de falar abruptamente, com uma mão na testa, acariciando-a. – Droga.

–Como é que é? – dessa vez a confusão foi completamente minha – Que declarações? Parecida com quem?

–Saia do meu quarto, por favor – ela pediu se afastando repentinamente de mim.

–Esse quarto é do Louis, meu melhor amigo! – protestei.

Ela tacou um travesseiro que acertou com tudo meu rosto. Depois se preparou para tacar outro, dando uma gargalhada sarcástica.

–Ele era seu melhor amigo, Harry. Ou você é tonto demais para não perceber que as coisas mudaram um pouco? Na verdade, nada mudou – ela disse entre dentes – A não ser você. Quando você namorava a...Droga!

–Quando eu namorava quem? – perguntei tentando ligar os pontos. Nada fazia sentido em minha cabeça. Não mais. Ela começou a me bater com o travesseiro.

–Volta pra sua namorada – ela disse com dor.

–Eu não estou entendendo mais nada! – quase gritei, com a garganta dolorida pelo esforço de conter um berro.

–Nossa, sério? Porque eu to entendendo tudo. Eu quero te matar. E é isso que eu vou fazer. – ela pulou em cima de mim e ambos caímos no chão. – Eu odeio você.

–Para, June, para. Louis! – implorei por ajuda, mas Louis sequer se mexia. Ele roncava baixo e parecia em sono profundo. Sem contar com a ajuda de fora. Agora as coisas ficavam feias. Como eu ia afastar de mim uma garota de 14 anos sem machucar ela?

–PEDE DESCULPAS – ela gritou.

–PELO QUE?

–VOCÊ SABE MUITO BEM – ela berrou.

–DESCULPA!

–NÃO! – e me bateu mais.

June puxava meu cabelo e batia de uma maneira extremamente forte. Me perguntei como tanta força cabia num ser tão pequeno. Não deu para pensar em uma resposta, porque ela me deu um tapa no rosto que eu tinha certeza que deixaria um roxo gigantesco. Estávamos rolando pelo quarto e eu gritava por alguma ajuda.

Certo, eu poderia afastá-la se quisesse, porém eu ia acabar machucando-a e Liam me cozinharia numa panela gigante com abacate, que a propósito é um vegetal incrível. E cenouras. Tenho certeza que Louis acrescentaria várias cenouras.

–Caramba, June, para, por favor – pedi enquanto ela puxava meu cabelo e gritava comigo. Pedi aos berros e me perguntei como os seguranças não ouviam. Eles viviam andando pelos corredores, e em geral entravam para reclamar do barulho, e agora que quebrávamos o quarto não chegava nenhum deles ali e Louis ainda dormia tranquilamente como se a terceira guerra mundial não estivesse explodindo no chão ao seu lado.

June conseguiu ficar em cima de mim novamente, o que dava livre acesso para meu rosto que ela adoraria socar. Antes que isso acontecesse, coloquei as mãos em seu pescoço, próximas ao rosto. Era tudo tão pequeno quando se tratava dela. E estávamos realmente perto. Demais para ser considerado aceitável.

June passou as mãos pelo meu peito como...Não era possível. Um flashback passou imediatamente pela minha cabeça.

–Eu te amo Harry. Toma – ela tirou um colar do pescoço que eu nunca tinha visto antes. Tinha uma pedra azul – É única – ela colocou o colar em meu pescoço. Era até que masculino também – Pra sempre – ela apertou minha mão.

–Sempre foi.

June aproximou seu rosto do meu e foi inevitável. Eu poderia impedir se quisesse, mas eu não enxergava ali aquela garota. Eu enxergava outra totalmente diferente. Eu enxergava Ally e apesar de ser igual à Cath, eu ainda sabia quem era Ally e quem era Cath. Elas tinham várias diferenças sutis.

Era como se algo explodisse dentro de mim; era uma sensação calorosa que eu não tinha fazia muito tempo. Cath era uma sensação diferente, mas intensa. E parecia que...As duas se completariam ou brigariam até a morte. Não tinha idéia do que isso significava. Apenas sabia que respirar ou pensar não eram mais conceitos importantes enquanto eu beijava ela. Parecia que eu tinha esperado por isso. Por um minuto, pensei que era Ally. E percebi que realmente estava esperando por isso, mas ainda não sabia.

 



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...