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História Swan Song - Dare to Dream - capítulo 94


Escrita por: _dreamer

Notas do Autor


Eu tenho tanto para falar, mas com palavras não consigo dizer o quanto é grande meu amor por todos vocês!!!! Amores da minha vida, leitores mais maravilhosos do mundo! Como estão? Queria desejar uma feliz Páscoa para todos vocês! Tudo de bom! Que Deus abençoe todos vocês! Nunca vi uma autora ser tão apoiada pelos leitores como vocês me apoiam e essa é a coisa mais maravilhosa do mundo, eu amo demais vocês! Daqui alguns meses a fanfic comemora dois anos. E cara, tem leitor aqui que me acompanha há dois anos, que me suporta há dois anos, dá pra imaginar um amor assim? Awwwwwwwwwwwwwwn, vocês são os leitores mais perfeitos do mundo, me dão força pra continuar quando a fanfic é excluída, vocês são perfeitos, perfeitinhos, perfeitões! Fiz um capítulo bem grandinho pra vocês. Com algumas das melhores lembranças de Swan Song. Faz tempo que queria lembrar da época de ouro da fanfic e aí está. Galera, obrigada pelo apoio, obrigada por serem lindos, obrigada por serem perfeitos, obrigada por lerem, obrigada por comentarem, obrigada por favoritarem. Sou fã de vocês!!! Beijosssssssssssssssssssssss ;* Boa leitura!!!!! (:
Gente, tava tão louca pra postar pra vocês!! Saudades dos meus lindões!
Amo vocêsssssssssssssssssssss <3

Capítulo 183 - Dare to Dream - capítulo 94


Acordei com o celular estridente. Que diabos de alarme é esse? Essa música é horrível, aliás. Percebi que nem era meu alarme, afinal, e sim a campainha. Percebi que Ally dormia tranquilamente ao meu lado apesar do barulho.

Infelizmente, não aconteceu nada. Só uns beijos e adormecemos. Simples assim. Suspirei e levantei-me com cuidado, atendendo a porta sem camisa, apenas com a calça do pijama.

-Oi e nossa, você está horrível. – comentei olhando Zayn de cima a baixo. – O que aconteceu? Dormiu no lixão?

-Engraçadinho. – Zayn resmungou, jogando-se no meu sofá. – Não estou bem, pode preparar alguma coisa?

-Não. – respondi, sentando-me ao seu lado – O que aconteceu?

-Eu me deitei com outra. – Zayn disse com a voz abafada.

-Como é que é? – perguntei por que sinceramente não tinha entendido nada. Zayn tirou o rosto do travesseiro e repetiu. Soquei-lhe o rosto com força. Ele nem se importou – Como é que é?

Zayn cuspiu um pouco do sangue do lábio, manchando o travesseiro branco. Não me importei. Ainda estava artodoado. Ele havia traído Perrie? Os dois estavam juntos há tanto tempo...Perrie cuidou tanto de Ally, eu gostava tanto dela. Isso era simplesmente inaceitável pra mim.

-Me ajuda, me diz o que fazer.

-Conte a verdade, cara.

-Eu não sei o que aconteceu. – ele grita exasperado – Nem sei se realmente dormimos juntos, o que...Eu não lembro de nada.

-Quem é essa louca? – suspiro.

-Uma garçonete. Loira. Vadia. Vaca. – Zayn murmurou – O que devo fazer? Ir falar com ela?

-Não. – revirei os olhos. – Deixe a maluca. Se não jogou nada pra cima de você agora é porque não é importante. E é uma balada famosa. Ela deve pegar vários artistas. Eu não me preocuparia.

Zayn pensou a respeito. Ele concordou silenciosamente. Ele ergueu a mão em um punho.

-A partir de agora é só aqui que você pode bater. – ele diz e eu sorrio.

[...]

1 mês depois – Louis Tomlinson.

-Isso é só meio inacreditável. – Emily murmurou apertando a mão de Niall, em frente ao nosso estúdio – É completamente inacreditável. Mentiu pra mim e...Eu vou te matar.

-Apenas ocultei a verdade. – sorri brincalhão. Emily socou meu estomago brincando.

-Ainda não consigo acreditar.

-Não acredite. – concordei – Somos apenas sósias.

Niall e Liam soltaram risadinhas abafadas. Harry sorriu radiante. Ele gostou muito de Emily e de nosso namoro. Isso parecia o deixar mais feliz que a mim mesmo, às vezes. Não sabia se estava feliz por mim ou se estava feliz por eu aparentemente ter desistido de June. A segunda alternativa me incomodava, principalmente porque ela lançava olhares esquisitos para minha nova namorada.

-Ela é estranha. – ouvi-a grunhir para Harry enquanto os dois se afastavam do grupo.

Não ouvi sua resposta. Os dois entraram no estúdio e desapareceram em seu interior. Sentia vontade de segui-los. Um desejo infantil de saber o que fariam. Se eram amigos ou namorados. Se falariam de mim. Será que eu ainda gostava de June? Eu a amava, isso era certo, mas até que ponto?

Agora ela parecia tão propriedade do Harry. Digo, ele estava sempre ali, cercando-a. E parecia que ela deixava e gostava que isso acontecesse. Imaginei diversas vezes no último mês como seria estar em seu lugar ao fechar os olhos pra dormir. O que, claro, fez com que eu me sentisse um monstro, pois ao abrir os olhos via Emily ao meu lado.

Uma vez, num ônibus, um homem me fez diversas perguntas. E então me disse que eu sofreria bastante por amor e mulheres. Disse também que eu teria a interferência de dois anjos em minha vida e duas perdas terríveis para que isso acontecesse. Por algum motivo, esse encontro retornava a minha cabeça muito mais nítido nos últimos dias.

Nunca tinha tentado entender essas palavras. Aliás, há uma semana eu nem lembrava que isso tinha acontecido em minha vida. Mas agora...Eu tentava encontrar um significado, alguma coisa que tinha feito essa lembrança retornar tão intensa a minha vida. Cheguei a perder a razão e me ver procurando por anjos no Google no meio da madrugada.

-Ei, falei com você. – Emily me cutucou, tirando-me dos devaneios. – Liam nos convidou pra ir comer, o que acha?

-Claro, vou ali dentro chamar Harry e June e...

-Acho que estão namorando. – Niall comentou encarando as unhas e depois voltando a roê-las. – Eu não iria até lá. Pode pegá-los num momento íntimo.

-June é menor de idade. – protestei e todos me olharam arregalados. – O que foi?

-Não era desse tipo de momento íntimo que eu estava falando. Aliás, nem pensei nada do tipo, mas... – Niall deu de ombros. – Não iria até lá mesmo assim.

Corei.

-Ah, certo. Desculpe.

Emily estreitou os olhos de gato. Imagino o que estaria pensando. Ninguém ali tinha levado as palavras de Niall nesse sentido, apenas eu. Por que deveria me preocupar se June e Harry estavam dormindo juntos? Eles moravam na mesma casa praticamente, era óbvio que dormiam juntos, mas...Ah, esqueça.

-Certo, então onde vamos comer? – perguntei, tentando tirar a atenção do que eu tinha falado antes.

-Pensei no Nandos e... – Niall começou.

-Você sempre pensa no Nandos. – Zayn alfinetou o loiro, que revirou os olhos. Todos riram.

-Mas faz tempo que não vamos. – Niall argumentou. Zayn deu de ombros e olhou para os outros. Todos assentiram. – Eba.

Como era um percurso curto do estúdio até o Nandos, decidimos ir a pé. Os meninos colocaram o capuz e óculos escuros, fazendo o possível para esconder o rosto, chegando até a andar de cabeça baixa. Acostumei-me com isso. Emily parecia deslocada, mas entrelaçou meu corpo com os braços e andamos abraçados. Isso era bom.

Pegamos uma mesa e sentamos todos juntos. Fazia tempo que não fazíamos isso. Por sorte, o restaurante estava praticamente vazio, então não seríamos assediados. Niall pediu tudo, mal precisei abrir a boca. Notei que Emily estava meio tensa.

-Que foi? – susurrei para ela, aproveitando que agora os meninos discutiam a sobremesa.

Emily olhou pra mim com os olhos vermelhos. Levantou-se sem dizer uma palavra e saiu do restaurante. Os meninos ficaram surpresos. Fui atrás dela. Consegui alcançá-la e puxei seu braço. Ela me deu um soco no estomago nada amistoso como o de mais cedo.

-O que foi?

-A menina. A novinha. July!

-June. – corrigi-a e isso a enfureceu mais ainda.

-Teve um caso com ela? – Emily pergunta aparentemente furiosa. Gemi.

-Como sabe?

-Bastante deduzível, já que se preocupa se ela e Harry estão fazendo sexo. – Emily retruca ofendida – Quando planejava me contar?

-Por que você precisa saber disso? – perguntei ficando nervoso. – Isso não é da sua conta.

-Eu sou sua namorada, o que acontece com você é da minha conta. Principalmente quando sua ex sai em turnê com você. – ela explodiu, empurrando meu peito.

-Se eu sou seu namorado você deveria confiar em mim.

Emily parecia não ter resposta. Simplesmente começou a chorar. As lágrimas transbordavam de seus olhos.

-Como acha que é o outro lado da moeda, Louis? Você acabou de me contar que é famoso e eu sou só uma estudante de Arquitetura. Quantas garotas super fantásticas você deve conhecer?

-É essa a questão então? Acha mesmo que posso deixar me levar por todas essas super garotas? – perguntei ressentido.

-É claro que não, Louis. Eu confio em você. – ela se aproximou e afagou meu rosto. – Olha as coisas incríveis que você faz, eu...

-Não faço nada incrível. – suspiro – Não sou incrível.

-Por favor, dê um pouco de valor para si mesmo. Você é incrível, sua voz é linda. E eu a amo. E amo mais ainda você, mas...

-Não gosto de “mas” – murmuro mordendo o lábio. Passo os braços em suas costas e puxo sua cintura para mim, colando nossos corpos. – Não precisamos ter um “mas”.

Beijo-a com todo o sentimento que posso demonstrar. E o ar não é mais importante. O que importa é aquele momento, mas ela me afasta e percebo que estou ofegante.

-Não sou o suficiente pra você. – ela sorri amarga e triste – Sou só uma estudante estúpida de Arquitetura.

-Não – protesto – Você é muito mais que isso. “Dê um pouco de valor para si mesma” – imito a voz dela e ela ri.

Seu sorriso se transforma numa máscara de tristeza em um segundo. Ela suspira, tentando se soltar de mim.

-Não posso, Louis. Temos três meses e podemos aproveitá-los, vai ser lindo, mas quando sair de turnê...Não Louis, não posso continuar.

-Saia em turnê comigo. – proponho colando nossas testas – É cansativo, mas se June sobreviveu você também sobrevive.

Arrependi-me de ter citado June, mas ela parecia não se importar agora que eu havia me declarado.

-E ser uma pessoa sem futuro como ela? Francamente Louis. Não quero ofender sua amiga, mas...Onde está a família dela? Ela tem uma casa? Ela estuda, já concluiu o ensino médio? Quais os planos dela para o futuro?

De repente aquelas perguntas me pegaram de surpresa. Ali estavam coisas óbvias que eu jamais havia pensado. Uma vez o Liam comentara essas mesmas coisas, mas eu não dera atenção.

-Os pais dela moram longe. Ela é super inteligente, provavelmente muito adiantada. Conheço-a desde os catorze anos e ela nunca esteve em nenhum colégio até onde me lembro. Não imagino quais os planos dela para o futuro, mas até onde sei, ela é muito rica e não precisa se preocupar com nada. Os pais pagam tudo. – murmurei tudo o que sabia.

Emily pareceu desconfiada. Arregalei os olhos em indignação.

-Estou dizendo a verdade!

-Eu sei que está. – ela respondeu – Mas essa garota... Definitivamente tem algo que não é normal com ela. Isso não é vida.

-Deixe June pra lá e me beije. – sussurrei e lhe roubei um beijo demorado. Emily me afastou mais uma vez. – O que foi?

-Não resolvemos isso ainda. Precisamos conversar. Mas falar agora não vai adiantar nada. – ela deu de ombros e me beijou – Vamos para o meu apartamento, conquistador. Está frio aqui.

[...] Harry Styles POV’s

A sorte é que os sofás do estúdio são confortáveis. Ally me empurrou em um deles e depois se jogou em cima de mim.

- Sono. – ela murmurou sem dar maiores explicações e afundou o rosto na curva de meu pescoço. Arrepie-me até o último pelo do corpo quando ela deu uma fungada ali. – Muito sono.

-Ok. – assenti e sem dizer mais nada abracei-a. – Hm, precisamos conversar.

-Sobre? – Ally pergunta aparentemente indiferente. Algo me diz que ela não gostou de Emily. E esta assim justamente pelo encontro com a universitária de arquitetura.

-Ainda sente alguma coisa por ele? – sussurrei, sabendo que acabara de entrar em terreno perigoso. Para minha surpresa, ela deu de ombros.

-Não sei.

-Não sabe? Simples assim? Não vai ter nenhuma recaída e sair aos beijos com ele por aí? – murmurei delicadamente, tirando uma mecha de cabelo de seu rosto e a postando atrás da orelha. Ally me encarava com a expressão fria feito gelo.

-Não. Ele tem a Emily. – ela disse com uma nota de armagura, mas não do tipo que eu temia ouvir. Era como se tivesse perdido um amigo, apenas um amigo.

Sorri.

-Por que esse sorriso besta? – ela disse com um sorriso idêntico brincando nos lábios. Ri.

-Estou feliz. – menti, ou melhor, ocultei o motivo. Imagino que ela deva ter deduzido porque soltou uma sonora gargalhada.

Ally se aproximou mais de mim e me abraçou com força. Seus olhos continuavam fechados. Não sabia se dormia ou se fingia. Aos poucos, sua respiração foi ficando mais lenta e tive certeza de que tinha adormecido.

Aquele momento poderia continuar para sempre. Poderia ficar deitado eternamente sentindo sua respiração lenta entre meus braços. Isso me lembrava de suas últimas semanas de vida. Sua respiração era tão entrecortada, tão frágil que ao lembrar lágrimas me vieram aos olhos.

Ver ela ali, agora, saudável entre meus braços era a melhor coisa do mundo. Por quanto tempo fiquei de luto? Desde que descobri que tinha cancer, vivia de tristeza. Minha única alegria nos dias sombrios em que sua doença se alastrava cada vez mais era o sorriso corajoso que sempre estava estampado em seu rosto, mesmo em momentos de dor extrema. Era algo que eu muito admirava nela.

Soltei seu abraço forte. Tirei com muito cuidado seus braços de meu pescoço e os coloquei delicadamente em uma almofada. Ela não acordou.

Meus sentimentos não estavam confusos. Pela primeira vez em muito tempo, nada estava confuso ali. Éramos eu e a Ally. Como sempre foi, como tinha que ser. E vê-la ali dormindo tão pequena, meu coração parecia transbordar de felicidade.

Sai da sala para pensar. Em uma surpresa, em um momento que eu pudesse dividir apenas com ela para fazê-la ter certeza do quanto eu a amava. Ela literalmente disse “não” a morte por mim. Dá pra imaginar um amor tão grande assim?

O fato dela ter gostado de Louis e ainda se sentir balançada por ele...Isso sinceramente não me importava mais. Ela era minha agora, eu podia ter certeza. Mas não estávamos namorando ainda. Não oficialmente. Não pra todo mundo saber. E eu precisava. Precisava que o mundo inteiro soubesse que ela era só minha.

[...]

Tentei tocar o piano mais uma vez, sem sucesso. Ainda parecia que estava torturando o instrumento até nas notas mais simples. Por que tudo parecia tão fácil quando as mãos dela estavam nas minhas?

Joguei-me no chão e peguei o violão. Afinei as cordas e cantei baixinho uma melodia que só eu conhecia.

Lembranças invadiram a minha mente porque logo a melodia mudou, e se tornou em Dare to Dream. Balancei a cabeça para me livrar delas, mas uma música se formava a partir daí. Sorri comigo mesmo e comecei a tocar, gravando tudo em meu celular.

[...]

Depois de duas horas, eu havia terminado. Toquei pela última vez.

-Boa. – Ally murmurou me sobressaltando. Ela se sentou no meio de minhas pernas e me pediu o violão. Passei-o para ela e afundei o rosto em sua curva do pescoço. – Posso tentar?

Ela tocou duas notas. Ela era boa, mas o som ainda estava desafinado. Mordi os lábios para não rir. Passei meus braços por cima dos dela para chegar até suas mãos.

-Assim. – sussurrei, arrumando a posição de suas mãos. Mas não as soltei.

-Obrigada. – ela sorriu envergonhada. Ally soltou sua mão esquerda da minha para alcançar o papel onde eu havia anotado a letra da música. Ou melhor, meu rascunho. Deveria ter mais rabiscos que letra ali.

-Eu não acho que você vá entender... – comecei a dizer, mas ela virou-se para mim para tocar seus lábios com os meus. Depois se voltou para a folha.

-Vou sim. Essa letra ela é... 

-Sobre você. – afirmei e ela virou-se mais uma vez para me olhar. Seus olhos diziam o que ela não conseguia expressar. Ela me amava muito. E eu sabia agora que meu olhar dizia o mesmo. Ela sorriu.

Por um segundo, aquele olhar era tudo. Ally pigarreou e eu voltei a prestar atenção no papel no chão.

-Você começa? – ela perguntou e eu assenti. Coordenei suas mãos ao tocar o violão.

Ouça Two is Better Than One - Boys Like Girls

“I remember what you wore in our fist date” cantei. E então lembranças vívidas invadiram minha mente.

Percebi o quão sortudo era por a minha poltrona no avião ser justamente aquela, ao lado da garota linda. Toquei seu braço e seus olhos cinzas se abriram. “Esse é meu lugar” disse. A primeira vez em que a vi dar de ombros.

“You came into my life and i thought “hey you know this could be something”

“Ninguém pula em cima do meu piano” ela dissera. “O que vai fazer?” “Eu vou matar você” ela riu, se jogando em cima de mim na cama.

“Causa everything you do and words you say. You know that it all takes my breath away”

“Me desculpe, Hazza” ela dissera, me dando um selinho.

“And now i’m left with nothing”

Eu estava entrando no apartamento, depois de uma noite com os garotos, quando a vi pela primeira vez com o namorado Logan. Meu coração se partiu. 

“So maybe it’s true that i cant live without you” Ally cantava comigo agora. Sentia seus olhos nos meus. Compartilhávamos um olhar intenso demais para se poder pensar.

“Vou limpar como uma pessoa normal limparia, posso?” “Tente uma gracinha e eu te mato” ela grunhiu “Pode”. Meu coração entrou em loucura quando nossos lábios se tocaram. Aquela seria a primeira vez. E o pra sempre era meu único pensamento naquele momento.

“And maybe two is better than one” cantamos juntos, com um olhar fixo. Tinha impressão que compartilhávamos além do olhar, as lembranças.

“Levanta agora e me beija, Harry Styles” ela disse com as lágrimas lavando o rosto. Coloquei o anel em seu dedo e ela pulou em cima de mim. Ela sorriu para mim e eu a beijei.

“There’s so much time to figure out the rest of my life”

E então naquele momento, percebi que nossas vidas estavam conectadas. Não fora por acaso que nos encontramos, não por acaso que minha poltrona no avião era ao lado da dela. Existia um motivo. Algo maior, o amor. “Uma vez eu ouvi a história de um peixinho”. Podia ouvir sua risada.

“And you’ve already got me coming undone. And i’m thinking two is better than one”

“Eu te amo. Me abraça” ela pediu delicadamente. “Está tudo bem com você?” “Só me abraça, ok?” “Ok” respondi e nos abraçamos com força. Nossa primeira noite juntos. Pisquei, voltando a me concentrar na música.

I remember laughing looking upon your face” Ally cantou sozinha, com a voz maravilhosa que sempre tivera. Tremi. Era o som mais belo que eu já escutara.

“The way you roll your eyes, the way you taste. You make it hard for breathing” ela cantou docemente e uma das lembranças mais fortes que eu tinha me invadiu. Tenho a impressão de que deixei meu corpo por um momento para revivê-la.

-Harry – era a voz de Ally. Eu tinha morrido e estava no céu. Mas por que diabos o céu está fervendo desse jeito? Não, eu estava vivo. Vi o rosto suado de Ally em cima de mim. Abri fracamente os olhos e ela suspirou de alivio. Mas eu estava muito cansado. Meus olhos ameaçavam se fechar novamente. – Não, Harry! Não! Você não vai me deixar, ta me ouvindo? Você vai agüentar firme, porque nos vamos sair dessa certo?

Tentei falar, mas minha garganta estava seca demais. Estava ardendo, fervendo e meus olhos mal conseguiam focalizar ela. Estavam sujos. Acho que eu estava chorando, mas não tenho certeza.

–Levanta, Harry. Por favor. – ela pediu com lágrimas nos olhos, mas eu pensava que não era capaz disso. Eu sinceramente penso que esse é meu fim.

–Eu não consigo, eu não posso – falei com a voz rouca. O teto continuava a desmoronar ao nosso redor.

–Você não vai me deixar, Harry Styles! – ela disse chorando.

–Eu não agüento, eu sinto muito Ally – falei com a pouca voz que me restava. Nem sei se ela me ouviu.

–Não, não – ela balançou a cabeça chorando. Senti as lágrimas dela caírem no meu rosto, uma espécie de alivio no meio daquele calor intenso – Nos vamos conseguir, Harry. Eu acredito nisso, nos vamos conseguir!

Ela ergueu minhas mãos entrelaçando nosso dedos. Minha mão caiu ao meu lado. Eu mal respirava agora e sentia meu coração bater fracamente. Tossi enquanto Ally me olhava chocada.

–Eu não posso. – falei tossindo com força e lagrimas nos olhos.

–Não, você pode sim. Por favor, Harry. Você não pode me deixar, não agora. Por favor.

Ela tossia também e seus lábios estavam rachados. O rosto estava contorcido de dor e eu queria fazer algo para ajudá-la, mas realmente mal conseguia me ajudar, como ajudaria ela?

–Ally, vai embora. Por favor, vai embora. – pedi tossindo e ela me olhou com lágrimas nos olhos.

–Harry...

–Vai embora Ally. Tem noção da força que me dá saber que você vai sobreviver a isso?

–Então pega essa força – ela disse soluçando – E usa pra levantar desse chão e vir comigo. Por favor!

–Eu não sei se consigo – meus pulmões trabalhavam com força e eu mal respirava. Minha mão soltou fracamente a dela – Corra Ally.

A fumaça dominava tudo e as chamas se aproximavam cada vez mais. Ally chorava tentando me levantar.

–Eu sei que você consegue – ela falou beijando meus lábios com força – Somos como os peixinhos lembra?

Consegui dar uma risadinha da lembrança dela. O calor agora já chegava a ser insuportável e eu estava totalmente suado com as roupas grudadas em meu corpo. O chão fervia e Ally passava as mãos levemente em meu cabelo como se tudo estivesse bem.

Eu perdia rapidamente os sentidos, até que Ally selou nossas lábios e mandou uma lufada de ar. E depois outra. E várias. E então eu sabia que podia aguentar por mais um tempo...Mas tal esforço parecia ter cansado ela. Eu não iria. Ela sabia disso.

–Você não vai não é? – ela perguntou com lágrimas nos olhos, se sentando ao meu lado.

–Acho que não consigo – falei rouco.

–Eu vou ficar com você – ela falou se deitando em cima de mim, se aconchegando no meu peito. Senti Hachi vir se deitar ao meu lado e se enrolar, se encostando em mim. Coloquei uma mão suavemente sobre sua pequena cabeçinha.

–Não, Ally. Vai embora, vai embora. Estou te implorando.

–Nunca vou deixar você – ela disse com tanta convicção que eu sabia que era verdade. Passei as mãos pela sua cintura e após alguns segundos tudo ficou escuro.

Abri os olhos. Aqui estávamos em um estúdio. Ally continuava a cantar e tinha agora um olhar preocupado fixo em meus olhos, que transbordavam de lágrimas. Éramos uma família. Eu, ela e Hachi. Desde aquele dia...Como pude deixar de perceber algo tão óbvio, como pude ter dúvidas? Ela era a mulher da minha vida.

Ouça Lu - Por Besarte

Ally parou de cantar. Parecia preocupada. Ela colocou o violão de lado e virou todo o seu corpo para mim. Ela secou minhas lágrimas com as mãos. Seus olhos cinzentos brilhavam. Ela parecia querer chorar também.

-Eu me lembro de tudo. De nós. – murmurei e Ally sorriu, baixando a cabeça. Ouvi um soluço baixo. Coloquei uma mão em seu queixo. – E não me arrependo de nada.

-Como? – ela perguntou surpresa. Seu nariz já estava ficando vermelho. Coloquei uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha.

-Se eu tivesse que viver tudo, sofrer tudo de novo para ficar com você pra sempre, eu faria. Eu acredito em destino, acredito que nascemos para ficar juntos! – falei e puxei seu rosto para o meu.

O beijo tinha o gosto do primeiro. Ela era minha novamente. Era um recomeço para nós dois. Uma nova chance que nos foi dada por Deus. Porque nosso amor era maior que qualquer coisa. Nosso amor quebrava qualquer barreira que a maldade do mundo quisesse nos impor. Nosso amor enfrentava a morte. Afaguei seu cabelo durante o beijo. Ela era minha agora. E isso era pra sempre.

-Queria te pedir em namoro. – murmurei com um sorriso.

-Peça. – ela disse colando nossas testas. Seu sorriso estava radiante.

-Mas pensei melhor – continuei – E decidi te pedir em casamento.

-Harry. – ela ofegou. Seus olhos cinza estavam arregalados. Entrelacei nossas mãos. Ela me abraçou com força e depois volto a me encarar com um sorriso que mal cabia em seu rosto.

-Eu deveria ter feito isso há muito tempo. – admiti – Acho que não tinha coragem. Mas agora eu sei Ally. Eu sei que fomos feitos um para o outro e nada nem ninguém pode nos separar. Eu te amo. Aceita se casar comigo?

-Eu aceito! – ela sorriu e pulou em cima de mim, roubando-me um beijo longo. – Eu aceito, aceito, aceito.

Comecei a rir, e rolamos juntos no chão. Fiquei em cima dela.

-Isso é sério? Está falando sério? Aceita se casar comigo?

-Aceito! – ela sorriu me puxando para mais um beijo. – Em todas as línguas, eu aceito. Aceito passar o resto da minha vida com você. Eu aceito. – ela riu.

Rolamos mais uma vez até eu estar embaixo dela novamente. Estávamos as gargalhadas. Peguei sua mão e seu riso cessou. Ela me olhava atentamente. Coloquei sua mão em seu peito, onde podia sentir meu coração.

-Bate só por você.

As lágrimas se formaram em seus olhos e ela riu. Ela aproximou seu rosto do meu e me deu um beijo que valeu por vinte.


Notas Finais


Comentários?! (: Bjssss <3


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