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História SwanQueen - You Are The Reason - Capítulo 22


Escrita por: Mrs_Indecent

Notas do Autor


HEY, SWENS. E AÍ?

Eu sei que vocês estão super pistolas com a atitude da Ruby no capítulo anterior e só para deixar claro eu também estou. Mas, vamos resolver isso, certo?

O capítulo de hoje contém diversas informações que serão fundamentais no desenvolver da estória, por isso ficou mais longo do que os últimos.

OBS: * e para quem assiste/assistiu Grey’s Anatomy, esse capítulo contém INÚMERAS referências do episódio da guarda da Sofia.*

Espero que apreciem o capítulo e tenham uma ótima leitura! Vejo vocês nas notas finais.❤️

Capítulo 23 - Capítulo 22


Fanfic / Fanfiction SwanQueen - You Are The Reason - Capítulo 22


 Tribunal de Justiça de Los Angeles. 15:34 a.m. - Audiência de custódia de Henry Mills.


Pov’s Regina Mills 


- Estamos aqui hoje para decidir a guarda de um menor entre pais divorciados. Regina Mills e Robin d’ Locksley. - disse a juíza. - As testemunhas aqui presentes, são em comum entre ambos, pois irão ser compartilhadas pelos pais. As partes concordaram em chamar cada testemunha de uma vez. 

Assentimos.

- Se for testemunha, lembre-se que não se trata de um concurso de popularidade. Você não escolhe um lado. Estamos todos do mesmo lado. Ao lado de uma criança de cinco anos de idade. - disse - Senhores, Robin e Regina... Disputas de guarda são sem exceção muito difíceis para todos os envolvidos, inclusive para seu filho. Coisas ditas aqui irão sem dúvidas ser duras e não poderão ser retiradas. Vocês como advogados, tem plena e total consciência disso, suponho. Portanto, irei pergunta-los do mesmo modo que pergunto a todos os pais antes de iniciar qualquer audiência pela guarda: Tem certeza que desejam prosseguir?

- Sim, excelência. Tenho certeza. - Eu digo, de forma séria.

- Tenho certeza, excelência. - disse Robin, curvando os lábios em um de seus sorrisos idiotas.

- Então, o tribunal entra em sessão para determinar a guarda unilateral de Henry Daniel Mills D’Locksley - Determinou a juíza responsável pelo caso.


                               *

A primeira testemunha a ser chamada, fora Abigail. 


- A senhora praticamente mora com a doutora Mills, não é? 

- Sim, trabalho em sua residência já fazem anos. Inclusive, na época em que fui contratada o pequeno Henry ainda não havia sequer pensado em nascer.

- Como é a relação de Regina Mills com o filho? - perguntou o advogado. 

- Completamente adorável. Ela o ama e garoto também a ama, e isso é nítido para todos. - a mulher disse curvando os lábios num sorriso - Regina sempre faz o possível para que ele esteja feliz, priorizando-o sempre que pode, apesar de ser uma mulher bastante ocupada, nunca lhe falta tempo com o filho.

- A senhorita Mills conversou sobre o divórcio com você? - O advogado de Robin perguntou, analisando a testemunha - Foi uma decisão repentina? 

- Para ela, acredito que não fora repentino. Afinal, o senhor Robin fazia muitas estrepolias no casamento e acredito que as constantes discussões que tinham ao longo dos anos, tenha motivado isso.

- Sobre a residência onde trabalha, como está sendo após a saída de Robin da casa? 

- Maioria das vezes, o lugar é feliz. Sem mais discussões. Henry alegra a casa. - ela disse.  - Vemos constantemente muitas notícias tristes no noticiário, principalmente para alguém tão velha quanto eu, sem descendentes ou crianças na família. Por isso, é muito bom chegar na casa e ter uma criança feliz lá. Anima o meu trabalho. E Regina, ela é uma mãe impecável, sem a menor das dúvidas. Inúmeras vezes teve de adiar seus compromissos para cuidar de uma febre de seu filho, ou simplesmente porque ele precisava para eventos na escola, e outras coisas, mesmo eu dizendo que cuidaria dele. Coisas que mães dedicadas fazem.

- Sem mais perguntas, no momento. - O advogado de Robin, disse voltando para sua posição inicial. Acredito que sua missão em colher informações negativas tenha sido falha.

A segunda testemunha a ser chamada, fora Zelena. Não somente como minha irmã, mas como parte do convívio com meu filho.

Archibald acompanhou-a até a mesa de depoimento de testemunhas e perguntou:

- Como Regina está lidando com a separação e a ausência de Robin para cuidar de seu filho? - O advogado, Archie que me representava nesta audiência, perguntou para Zelena.

- Regina está lidando com a situação da melhor forma possível. Admiro isso nela. - A ruiva disse, de forma sincera -  Robin fizera muitas bobagens ao longo do relacionamento, mas Regina sempre soube lidar com a situação da maneira correta para que não afetasse tanto  no pequeno Henry, que só tem cinco anos de idade. Inclusive, nesses dias após o pedido divórcio, Regina precisou ficar mais tempo com o garoto, não somente pelo fato de seu ex-marido Robin não aparecer em casa durante mais de uma semana e quando voltar, chegar podre de bêbado e ameaçando-a de tomar a guarda do garoto, mas porque o garoto ainda é uma criança e está um pouco confuso com a situação.

- Protesto, excelência. Não se trata da relação entre Robin e Regina, isto já fora resolvido. - O advogado de Robin tentou.

- Protesto recusado. - a juíza negou.

- Sem mais perguntas por agora, excelência. - Archie disse, dispensando Zelena  - Todavia, convém de minha parte ressaltar que há alguns dias, no máximo uma semana e meia atrás, o senhor Robin fora encontrado com sua amante no mesmo parque de diversões onde Regina levava o pequeno Henry Mills, fruto da relação, para se divertir. E a mesma por negar uma possível conversação, tivera os pulsos apertados, causando hematomas em seus pulsos em um ambiente público e com tamanha violência. O garoto além das discussões presenciadas em casa, presenciou essa cena e chorou por muito tempo. Afinal, presenciou a cena de sua mãe sendo agredida por seu pai. 

Archie disse, e voltou para o meu lado. Tinha colocado a “carta principal” em jogo de maneira inteligente. 

- O senhor D’Locksley tem alguma coisa a comentar sobre isso? - a juíza direcionou a palavra para o mesmo.

- Regina e eu precisávamos conversar após aquele mal entendido que ela havia visto, todavia, ela estava exaltada e não queria me escutar. Precisávamos... conversar. 

- E o senhor achava que agredir a sua esposa era a melhor forma de conversar naquela hora?

- De maneira alguma, excelência. Eu... me exaltei no momento. 

- Senhorita Mills, se sente confortável em comentar a respeito do acontecido? 

-  Sim, excelentíssima. 



- Antes de dizer a minha resposta definitiva sobre o caso, doutor Archibald Hopper, tem mais alguma pergunta a fazer?

-  Sim, excelência. Dessa vez diretamente para o senhor D’Locksley, se me permitir.

- Permitido.

Robin encaminhou-se para o lado das testemunhas.

- Você diria que você ama o seu filho? — Archibald perguntou cara a cara para Robin.

- Sim. É claro que eu o amo. Ele é meu filho.

- Qual a cor favorita dele?

Azul. 

- O brinquedo predileto? 

- Irrelevante, excelência. Isso não é um teste. - O advogado de Robin rebateu mais uma vez. 

- Quero estabelecer a natureza de relação de Robin com seu filho, excelência. — respondeu Archibald, de modo inteligente.

- Permitido. - a juíza disse consentindo.

- O brinquedo favorito dele é... um tigre de pelúcia, que ele sempre dorme com ele.

- Reposta negativa. Todavia, poderia me responder outras coisas que ele aprecia, sua rotina ou algo do tipo?

- Eu... não teria como responder exatamente. 

- Senhorita Mills, poderia responder essa pergunta? - Archie perguntou direcionando a palavra para mim.

- Eu poderia responder o que quiser. Sou a mãe dele. - eu disse, de forma séria - E por sinal, o brinquedo favorito dele é um dinossauro de pelúcia do toy story. O cereal favorito dele é Whole Grain 0’s, seu animal favorito é o tigre, pois ele adora a agilidade do animal. — eu disse lembrando-me do meu pequeno príncipe sorrindo — Seu personagem preferido é o capitão América, e ele dorme ás 20:30, quase toda noite, com exceção os dias que têm insônia ou está doente.

- Obrigado. - o advogado respondeu e voltou sua atenção para Robin, que estava aflito. Eu podia ver em seus olhos. Também estaria caso estivesse em seu lugar. - Senhor D’Locksley, poderia me dizer o Henry vestiu hoje pela manhã?

- O quê?

- Que roupa ele usava? 

- Não sei.

- Não o viu, hoje cedo?

- Não.

- Discordo, excelência. Relevância? - o advogado de Robin protestou, mas sem êxito.

Continuando. Em que ano Henry Daniel Mills D’Locksley está?

- Primeiro. - disse, sem certeza. Robin estava mesmo chutando o ano em que se encontrava nosso filho. - Não, jardim de infância. Ele está no jardim de infância e irá para o primeiro.

- Tem certeza? Porque não me pareceu seguro o suficiente, já que diz conhecer seu filho. - O advogado Archie disse, deixando-o claramente aflito - Eu entendo que não lembre a cor da roupa que ele está utilizando hoje, mas como pai, não saber em que ano da escola seu filho está?

- Vários protestos, meritíssima. Coação. Irrelevância...

- Mantido.

- Sem mais perguntas, excelência. — disse ele, antes de sentar-se ao meu lado.

[...]

De todas as causas que presenciei ao longo de todos esses anos exercendo a carreira de advogada criminalista, administrando casos que são ditos incapazes de serem resolvendo e praticamente fazendo milagres, esta é definitivamente a audiência em que estou mais aflita. Afinal, trata-se da custódia de meu filho e eu não tenho o poder de me defender em minhas mãos.

Tive que confiar no trabalho de Archibald Hopper, que me demonstrou ser uma pessoa inteligente o suficiente para isso, e suas perguntas me pareceram de fato inteligentes e bem arquitetadas.

Sinceramente, só espero que tudo ocorra como imaginei, pois eu sou a mãe de Henry, e como instinto, eu o quero ao meu lado sempre e não suportaria de forma alguma conviver com o fato de não conseguir a custódia de meu próprio filho.

Eu possuo todas as capacidades previstas e contidas na lei, e não aceito a ideia de que Robin consiga a custódia unilateral de Henry.


- Excelência, eu gostaria de fazer algumas perguntas a senhora Mills, se me permitir, para que seja justo. - O advogado de Robin pediu permissão a juíza, que consentiu.

- Disponha.

Eu fui rapidamente encaminhada para o lugar de testemunhas e precioso dizer que o nervosismo me consumia e me matava lentamente.

- Senhorita Mills, seu dia no trabalho normalmente é bem puxado, como faz para conciliar esse tempo?

- Sim, normalmente é sim. Entretanto, estou sempre disponível para cancelar o que for, sem exceções, quando se trata de meu filho. - respondi  de modo sincero, pois eu seria capaz de cancelar qualquer coisa apenas para o bem estar de meu filho.

- Como é dividido seu cronograma e o de Robin? Qual dos dois possui a carga horária menos complexa?

- Ambos somos bastante ocupados no trabalho, entretanto não há como dizer exatamente qual dos dois possui mais tempo livre. 

- Trouxe dados a respeito de suas horas na empresa e causas. - o advogado entregou-me papéis, e para a juíza também - Aqui consta que você teve que administrar setenta casos complicados nesses últimos seis meses, enquanto Robin D’Locksley, administrou apenas quarenta e quatro.

- Protesto. Especulação, excelência.

- Prossiga.

- ... Obviamente, eu ganhei mais casos devido a excelência de meu trabalho, contudo, isso não significa que eu tenha passado menos horas com o meu filho, o que considero um tremendo absurdo. Apesar de eu ter meus compromissos, sempre estou a disposição para o meu pequeno o horário que for, diferente de Robin, que quase não aparecia em casa, muito menos se mostrava interessado com assuntos relacionados a seu filho, porque tem uma família fora do casamento e acredito que sua atenção esteja totalmente voltado para eles. Hoje tudo que gostaria era estar em casa juntamente com meu filho que voltou do hospital não fazem nem quatro horas, mas estou aqui, tentando provar quem é o mais provável para cuidar dele? - eu disse, expondo mais uma vez os fatos.

- Sem mais perguntas, excelência. 

- Está sessão está suspensa por quinze minutos. - a juíza decretou, por fim.


 ———————


     Resolvi esperar ao lado de fora para tomar um ar mais profundo.

- Não precisa ficar aflita, Regina. Todos os indícios constam que será sua. Não há dúvidas praticamente. - Archibald disse. Sua voz suave demais me incomodava de vez em quando.

- Trata-se da guarda de meu filho e apesar de saber que tudo consta que a guarda será minha, não há como não ficar nervosa. — eu disse, tomando minha água. - E sim, obviamente confio no seu trabalho que me pareceu inteligente, caso contrário não estaria me representando, se é o que gostaria de saber.

Tudo que eu mais gostaria naquele momento estar com o meu filho e garantir-lhe que tudo ficaria bem.



- Todos de pé e em silêncio. A excelentíssima juíza Madeline Cubbins já decidiu. 

- Por favor, sentem-se todos. - pediu a juíza com o envelope final em mãos. — Considerei todas as evidências e testemunhos sobre o assunto em questão e... concedo sem dúvidas a custódia integral de Henry Daniel Mills D’Locksley á sua mãe, Regina Mills. Regina Mills demonstra capacidade total de cuidar de seu filho, como uma boa e dedicada mãe. Enquanto, Robin D’Locksley mostrou-se imprudente com o menor.

     A guarda unilateral de Henry era minha. MINHA!. Não que eu tivesse muitas dúvidas que seria após todos os dados importantes serem expostos, mas meu coração saltitava de tanta alegria que estava.

Pude enxergar o rosto de decepção e mágoa de Robin diante a decisão tomada, mas o que ele esperava, se nem mesmo se preocupava o suficiente com seu filho? 

Confesso que de todos os fatos que foram apontados na mesa, fiquei surpresa por meu ex-marido nem mesmo saber a série em que seu filho encontra, o que era inadmissível.

     Rapidamente enviei mensagens de texto para Zelena, que encontrava-se cuidando de meu filho, juntamente com Abigail e pedi para que me informassem sobre ele. Se ainda continuava com febre ou se tinha cessado? 

[...]

- Mamãe! Mamãe! Você chegou! - Henry diz correndo para meus braços e me abraçando, assim que cheguei. Seus braços eram como anestésicos para todo o meu sofrimento e por um momento não imaginei a minha vida sem o meu pequeno príncipe. - Está me abraçando forte? Eu gosto de abraços fortes.

- Henry, você sabe que a mamãe ama você, não sabe? - eu perguntei, ainda abraçando-o.

- Sim, mamãe. E eu também te amo muitoooo, do tamanho do infinito. - ele disse aconchegando-se em meus braços. Deixei algumas lágrimas escaparem.


A noite, quando eu saía do banho, meu celular apitou: 

Emma:  “Recebi o convite do aniversário. Está definitivamente lindo. - + emojis - Imagino que a essa hora você já tenha uma resposta sobre a guarda de Henry, e é sua, não é?”

Me: “Fico feliz que tenha recebido o convite. E sim, a guarda unilateral de Henry é minha.”

Emma: “Eu não tinha dúvidas disso. - ela respondeu. - Você é uma mãe excelente e o crápula do seu ex-marido não... Oficialmente ex-marido, certo?”

Me: “Sim. Oficialmente ex-marido.” - digo - “Finalmente. Você não faz ideia do alívio que sinto em tirá-lo da minha vida.”

Emma: “Acho que faço sim. Ele era um crápula. Me pergunto até agora como você casou-se com ele.” 

Me: “Sabe que até hoje eu me pergunto isso também.” 

Trocamos mensagens pelo resto da noite, até eu acabar adormecendo com o celular em mãos.

Conversar com Emma Swan me trazia um bem enorme. Emma em si me trazia um bem enorme, e eu não via a hora de poder abraçá-la outra vez. Não via a hora de sentir o cheiro inebriante de seu perfume, sentir a textura de seus lábios finos e guarda-la para sempre ao meu lado.

Os dias estavam passando como uma eternidade e eu estava cada vez mais estressada com os acontecimentos recentes. 

Sem contar que para completar o meu estresse do trabalho, Cora havia chegado muito antes do dia que esperei para o aniversário de Henry, e iria ficar lá em casa.

Minha sorte era que Emma, continuava enviando-me mensagens frequentemente e aumentando cada vez mais o vínculo que construímos. Eu definitivamente não a merecia, mas eu a amava e talvez isso fosse o suficiente, certo?


Olá minha querida. Estive com saudades - Cora diz envolvendo-me em um abraço.

Mamãe, precisamos conversar. - eu disse encaminhando-a para dentro de casa. 

Apontei para o grande sofá da sala para que ela se acomodasse, e assim eu o fez, eu disse, sem mais delongas:

Robin e eu estamos separados. - eu disse, sem rodeios, fazendo-a ficar surpresa e arquear uma sobrancelha  - E eu tenho a guarda unilateral de Henry, devido as coisas estúpidas que ele fez.

Oh... Regina querida, Robin era um marido excelente para você. Todos nós cometemos estupidez alguma vez. Não pode deixar que um erro destrua um casamento. - ela disse tentando contornar uma situação que nem sabia direito.

Não, ele não era um excelente marido e nem nunca foi, mamãe. - digo de forma séria e convicta - E não foi um único erro dele que me fez ter a consciência disso, pode ter certeza. Aconteceram muitas coisas que me fizeram tomar essa decisão, só para que fique ciente de que não foi uma algo impensado muito menos repentino.

Você não acha que está sendo muito arrogante e imponente? - disse, fitando-me.

Quer que eu lhe dê os créditos? - eu ri de maneira sarcástica.

Não estou entendendo aonde você quer chegar com isso. - disse, com o cenho franzido. 

Vejamos, você me criou, portanto tudo isso que citou - arrogância e imponência - é reflexo de sua criação e nada menos. - disse, encarando-a. 

Regina Mills! - disse com um ar de repreensão - Criei você para ser um ser humano excepcional e extraordinário. Imagine a minha decepção quando descobri que você não era nada além de normal. - falou encarando-me - Eu precisei moldá-la para que finalmente tivesse o que sempre mereceu e deveria me agradecer por isso.

Esse era o discurso que ela sempre me fazia quando queria me envenenar com suas palavras, mas eu já estava cansada disso tudo.

Com as duas mãos gélidas e levemente enrugadas, segurou o meu rosto de modo que eu pudesse olhar no fundo de seus olhos.

Agradecer? - eu ri, afastando suas mãos de meu rosto - Você arruinou a minha vida.

Eu arruinei a sua vida? - dessa vez ela riu, sem humor algum em sua voz. Em seguida, voltou a me encarar seriamente como sempre fazia  - Eu lhe dei o que era melhor, sem exceções, e hoje você está no topo da sua carreira continuando com o legado dos Mills a todo vapor. Deve isso a mim.

Se estou no topo hoje, foi porque mereci. Os méritos disso são meus, não seus. 

Porque eu livrei você daquele seu romancezinho idiota da adolescência  e lhe dei as melhores oportunidades que você poderia ter - ela disse, irritada  - Caso contrário você seria somente uma das herdeiras dos Mills. Uma qualquer, casada com uma garota que se vestia como uma caminhoneira. Você merecia mais que isso, Regina, faça-me o favor. E se está de alguma forma esperando que eu vá pedir desculpas por isso, eu não irei. Fiz o que é melhor para você e repito: você devia me agradecer.

Não irei lhe agradecer pelo que fez. Se hoje estou infeliz, grande parte disso é culpa sua. Deveria ter me deixado em paz e não envenenado com suas palavras e me forçado a vir com você para Los Angeles. É a minha vida. Eu poderia construir ela sozinha. 

Não estou afim de escutar desaforos vindos de minha própria filha.  Eu entendo que está assim por conta do término do casamento, mas não irei aturar que fique descontando isso numa pessoa que sempre quis o seu melhor. - falou, em seguida observou a casa, que estava silenciosa - Onde está o meu neto?

Foi às compras com Zelena e Abigail. Já deve estar chegando. E por favor, não o envenene com suas palavras assim como fez comigo. É a única coisa que lhe peço. 

Quando vai entender que tudo que fiz foi o melhor para você?

O que você julgou ser o melhor para mim. Nem de longe o melhor.  - ressaltei.

A porta principal fora aberta 

um pequeno furacão passou correndo pelo corredor até a sala.

Vovó! - Henry disse assim que a viu,  indo em direção e a abraçando, que agachou-se para ficar a altura dele.

Meu neto querido - Cora disse depositando um beijo em sua testa. - Como você está? Você está bem grande desde a última vez que te vi, uh.

Henry sorriu.

Entreolhei Zelena que ajudava Abigail a carregar as compras para dentro de casa.

Mamãe? Achei que só viria na véspera do aniversário de Henry. - Zelena disse assim que a viu e abraçou-a rapidamente.

Adiei meus compromissos para passar mais tempo com a minha família. - disse, curvando os lábios num sorriso. 

Deixei que Zelena conversasse com Cora enquanto eu iria esfriar a cabeça na cozinha.

Mamá, a Emma recebeu o meu convite de aniversário na casa dela? - Henry perguntou desviando-me de meus pensamentos.

Recebeu sim, príncipe. E ela disse que o convite ficou muito bonito e que viria te ver. 

Ebaaa! - ele disse feliz - Eu posso ligar para ela? Eu queria dizer que a tia Mary me contou uma história que eu lembrei dela.

Que história?

A história da Salvadora. A filha da branca de neve.

Eu não sabia que a branca de neve tinha uma filha. - digo surpresa.

Ela tem e parece a Emma.

Bom, se é assim, vejo mais tarde se ela pode falar com você, certo? Por agora, nós vamos nos preocupar com o almoço.

Em Seattle...


Pov’s Emma Swan 


     Fui ao restaurante de Ruby após o meu expediente da manhã pois já fazia dias que eu não a via.

Desde nossa última discussão á respeito do episódio do bar, Ruby havia ficado completamente chateada, pois suas intenções de fato eram me ajudar e acabou não sendo exatamente isso que aconteceu. 

Eu acordei na cama com uma mulher que nem ao menos lembrava o nome ou informações básicas sobre sua saúde, faz ideia da gravidade da situação? E nenhum de meus amigos estava lá para barrar ou me impedir de agir por impulso. Pelo contrário, estavam apoiando porque precisavam que eu tirasse outra pessoa da cabeça. Mas, esse não era de longe um jeito de tirar outra pessoa da cabeça e eu não queria. Era papel deles — Killian e Ruby — respeitarem minha decisão. 

Sei que por ser adulta tenho total consequência de meus atos, mas caso estivesse no lugar deles, não pouparia esforços para mantê-los seguros, pois sabe-se lá o que poderia acontecer? 

De qualquer forma, ela havia reconhecido seu erro e já havia me pedido desculpas, juntamente com Killian. 

Eu sabia que Ruby sentia muito pelo fato. Tanto que ficou mais afastada nos últimos dias e de acordo com informações de Tiana, está mais focada no trabalho e não apareceu com tanta frequência na balada.

Encontrei Tiana pensativa na bancada, analisando a movimentação dos clientes.

Oi, Tiana. - eu disse desviando-a de seus pensamentos que assim que me viu rapidamente me cumprimentou os de forma simpática, como sempre. - Como você está?

Ainda um pouco abatida com o fato da audiência de julgamento do caso da minha mãe ter sido falha, mas seguindo em frente.

Oh, eu sinto muito. Facillier é um crápula. Lamento que tenha saído impune. - eu disse - Aliás, como ele conseguiu sair dessa impune? Isso é... ridículo.

Eu que o diga. Ele é um ser horripilante. - ela disse revirando os olhos  - Mas, quanto ao julgamento, eu já deveria saber que ele iria contratar ninguém menos que a diaba, Regina Mills, para ser sua representante. Aquela mulher é o próprio diabo em pessoa, Emma. Você tinha que ver a maneira completamente arquitetada que cada palavra que saia daqueles lábios carnudos se encaixavam. Maldita seja aquela mulher arrogante e imponente de nariz empinado.

Meus olhos quase saltaram para fora quando ela mencionou o nome de Regina.

Emma? Você está bem? - Tiana disse analisando minhas expressões.

Hã... sim... Estou bem. - falei  - Regina o defendeu?

Ela tinhas provas que comprovavam de uma maneira esclarecedora um outro ponto de vista para a situação. Mas, eu tenho a certeza absoluta de que foi Facillier. 

Uh, eu lamento. - comentei - É... você... viu Ruby?

Ela está na cozinha, preparando os novatos. Você sabe que ela é exigente. - comentou e eu sabia muito bem que quando se tratava de culinária, Ruby virava uma outra pessoa. - Mas então, o que você gostaria de comer?

Estou sem apetite.

Você nunca está sem apetite, Emma.  - ela disse e sorriu - Vou chamar Ruby para lhe fazer companhia e trazer-lhe a minha especialidade: ravióli, porque sei que você adora.

Assenti.

Logo Ruby apareceu, e ao me ver ali, sorriu sem mostrar os dentes. Levantei-me e envolvi-a em um abraço. Sentia falta da minha amiga e sabia que ela estava arrependida.

E então, qual vai ser o almoço de hoje? - ela pergunta curvando os lábios num sorriso.

Tiana disse que irá preparar raviólis. - digo - E hey, porque não me contou sobre a audiência da Senhora Whale e que Regina tinha ficado com o caso e ao lado de Facillier?

Acabei esquecendo de comentar isso. Desculpe. Porque tanto interesse nisso?

Oras, porquê Regina defendeu Facillier. FACILLIER, Ruby. Faz ideia do quanto eu odeio aquele homem?

Passei o restante da tarde intrigada com o fato de Regina ter ficado ao lado de Facillier. Eu odiava aquele homem com todas as minhas forças.

Inacreditável. Eu precisava fazer alguma coisa.

ligação ON. 

“Oi, Emma. Está... Tudo bem?” — Regina perguntou do outro lado da linha. Tínhamos nos falado com mais frequência nos últimos dias.

“Você defendeu Facillier Whale em uma audiência?” — perguntei, indo direto ao ponto.

“Sim. Nós ganhamos a causa.” — ela disse, provavelmente sem entender onde eu queria chegar. — “Por quê?”

“Como você pôde defender ELE? Ele é um crápula, Regina.”

“Emma, eu fiz o meu trabalho, como sempre faço todos os dias. Eu não estou interessada em saber sobre a vida pessoal de meus clientes fora do meu ambiente de trabalho. Eu fui contratada para essa causa e cumpri o meu trabalho como advogada do caso.”

“Aquele homem é um cretino como o seu ex-marido. E a senhora Whale era uma senhora adorável e muito generosa. Sim, eu sei que ela estava doente, mas não seria capaz de...”

“Emma, escute: eu não posso, nem quero estar discutindo sobre isso com você. A causa já foi encerrada e há o sigilo profissional.”

“Mas Regina...”

“É o meu trabalho. Sinto muito se isso lhe fez ficar exaltada, mas convivo com casos assim todos os dias. Esse não é o primeiro que você achou injusto, e nem será o último. — ela disse séria — Não há somente uma perspectiva para um caso, Emma, e cabe ao juiz decidir qual é a que mais se encaixa, não a você. Lamento que para essa situação não tenha sido a sua perspectiva. — ela disse com um tom de voz um pouco mais firme dessa vez — Precisa de mais alguma coisa? Porque se me ligou apenas para questionar as minhas habilidades profissionais, eu irei desligar, porque você está sendo inconveniente e eu estou bastante ocupada para estar ouvindo você questionando meu profissionalismo.”

“Eu estou sendo inconveniente? Faça-me o favor, Regina. Você e eu sabemos quem realmente era o culpado da situação e não foi a pobre senhora Whale.”

“Tenha uma ótima tarde, Swan” — Regina disse, encerrando a ligação.

Merda! Merda! Merda! Mil vezes merda. Eu praguejei jogando o celular na cama. Quando estávamos novamente ficando bem, eu termino de estragar tudo. Eu só não entendia porque ela ficou ao lado de Facillier.

O que você fez dessa vez? - Ruby perguntou, me observando andar de um lado para o outro sem parar.

Eu liguei para Regina para falar sobre o caso dos Whale... - eu disse fazendo-a arquear uma sobrancelha.

Meu Deus, Emma. Você só pode ser muito idiota mesmo. Eu não acredito que você ligou para ela para isso.

Isso foi quase que exatamente o que ela disse. - resmunguei. - Acho que estraguei tudo. Eu só... não consigo acreditar que ela o defendeu.

Você só faz besteiras. Me dá esse celular aqui. 

O que você vai fazer? - perguntei encarando-a. 

Me desculpar com ela, obviamente. A advogada do caso é ela, e ela estava fazendo o trabalho dela. Você não devia ter a questionado. - ela simplesmente diz - Sua imbecilidade me deixa impressionada ás vezes. Você queria que eu a apoiasse com Regina, pois bem, estou fazendo. E não irei deixaria com que você estrague isso bem na minha frente.

Entreguei o celular a mesma, que parecia ia saber o que iria digitar.

E o que você escreveu? - pergunto, numa mistura de receio e nervosismo.

“Eu sinto muito por ter lhe feito pensar que eu estava questionando suas habilidades profissionais na ligação. Sinto muito mesmo, não foi a minha intenção. Eu sei que você é excelente e estava fazendo o seu trabalho. Me responde assim que puder? Beijos.”

Nada mal. E... o que ela respondeu? - perguntei alguns 

Ela ainda não respondeu. Acabei de enviar a mensagem, sua tapada. E nem pense em apagar. Se você quer mesmo ficar com ela, eu vou te ajudar e tem que fazer isso do jeito certo. Caso contrário, você vai ficar para sempre se lamentando pelo que poderia ter feito e não fez. Eu te conheço, Swan.

Assenti, afundando o rosto na minha cama. 

...


Notas Finais


A guarda é da Regina, galerix. 🎉
Eu não podia ser tão filha da puta ao ponto de dar a guarda unilateral do garoto para o crápula do Robin. ISSO NEM POR CIMA DO MEU CADÁVER.

De início eu pensei num capítulo um pouco mais voltado somente para a Regina, só que notei que todos ficamos revoltados com a atitude de Ruby, então pensei que poderia acrescentar ainda nesse capítulo algumas melhoras da parte dela.

Eu não sei se vocês preferem capítulos mais curtos ou mais longos como o de hoje, então se puderem por favor me dizer, ficarei bastante grata.

E hey, eu tô tentando atualizar essa estória o mais rápido que posso agora na quarentena, porque sei que quando as aulas voltarem será extremamente complicado para mim conciliar o meu tempo. Espero que estejam gostando. E por favor, se cuidem e fiquem em casa.❤️


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