Regina tenta usar sua magia, mas nada acontece.
Henry e Zelena também mas foi inútil.
Regina- Me ajudemmm.
Snow- Filha? Fala comigo.
Malévola ria.
Zelena tenta jogar uma bola de fogo, mas sua magia não funciona.
Malévola – Se vocês se aproximarem de mim, eu atiro.
Sai apressada com a arma na mão.
Henry- Mãeee.
Zelena- Use a caneta Henry.
O jovem autor tenta usar a caneta, mas ela se desfaz em sua mão.
Henry- O que houve?
Regina- Não temos tempo pra isso.
David pega Emma no colo e correm pra fora da igreja.
Regina-Leve a Valentina .
Zelena pega a sobrinha.
A morena corre junto com David pra o carro.
Regina- Vai ficar tudo bem meu amor.
A loira estava deitada no banco de trás com a cabeça no colo de Regina.
David sai disparado.
Zelena- Siga pra o hospital, vou levar a Valentina, a Belle e a Robin.
Henry- Por que não funcionou?
Zelena- A Malévola deve ter feito alguma coisa. Não consigo usar a minha magia também.
No hospital.
Regina- Me ajudem aqui.
David coloca Emma numa maca.
David – Vai ficar tudo bem filha. Aguenta firme.
Snow chorava desesperada, abraçada a David.
Regina- Emma fala comigo.
Whale corre e empurra a maca de Emma
Whale-Fiquem aqui
Regina-Não
Whale-Regina, eu...
Regina-Eu juro que vou arrancar a sua cabeça se me afastar dela agora.
Emma é levada as pressas pra sala de cirurgia.
Whale- Vista isso.
A morena troca rapidamente a roupa de noiva por uma roupa cirúrgica.
Quando Regina entra na sala, o vestido de Emma estava sendo rasgado por Whale.
Um dos enfermeiros puxa um banco e coloca do lado da maca.
Regina senta-se e segura a mão de Emma.
Regina- Vai ficar tudo bem meu amor.
Whale e sua equipe começam a operar Emma.
A morena alisava a cabeça da noiva e falava o tempo todo com ela.
Regina- Fica comigo. Não me deixa sozinha.
Ela olha de lado, e vê o vestido de Emma rasgado no canto da sala, ensanguentado e isso lhe parte o coração.
Whale- Isso...O que é isso?
Regina- O que foi?
Quando Regina se levanta vê o ferimento perto do peito de Emma, se enraizando.
Regina- Ah meu deus. A bala está enfeitiçada.
Whale- O que quer dizer que...
Regina- Se ela sair do corpo de Emma, ela morre.
Whale- Se eu não tirar, ela vai morrer, Regina.
Regina- Ela vai sobreviver.
A morena beija a testa da noiva. De repente Emma tem uma parada cardíaca.
Regina- Ah meu deus.
Whale- Se afastem.
Pareciam horas tentando ressuscitar Emma.
A morena vai até a porta e chama Zelena.
Os enfermeiros impedem que os outros entrem.
Zelena- O que...
Whale tentou.
E tentou.
Whale- O coração parou, Regina.
Regina- Não. Eu não aceito isso.
Whale- Eu sinto muito.
Regina arranca o coração de Emma, que se desfaz em suas mãos.
Zelena- É magia negra, Regina. A bala estava enfeitiçada e a magia atingiu o coração.
Regina- Zelena, tire meu coração.
Zelena- Regina, eu não...
Regina- Agora, Zelena.
Zelena- Se não funcionar, você vai morrer junto.
Regina tira o próprio coração.
Regina- Eu estou tremendo muito. Não vou conseguir. Por favor.
A ruiva viu o desespero da irmã e resolve ajudar.
Zelena- Eu faço.
A ruiva o divide em duas partes.
Regina se curva com a dor.
Zelena- Você está bem?
Regina- Faça logo. Ao mesmo tempo.
Zelena coloca as duas partes do coração, mas a loira não reage.
Regina- Emma?
A expectativa era total.
Snow- Eu quero ver a minha filha.
O grito de Snow invade a sala.
Regina já chorava desacreditada com aquela cena.
David segura a esposa.
Snow- Diga que ela está bem.
Regina- Emma? Meu amor?
A loira estava imóvel.
E a sala estava quase em silencio.
Regina se aproxima e fala perto do ouvido de sua noiva.
Regina- Meu amor, me escuta. Eu me apaixonei por você naquele segundo em que eu fui te ver na pensão da vovó. Lembra? Meus lábios te diziam pra ir embora, mas meu coração implorava pra que você ficasse. Você é o amor da minha vida Emma. Passamos por tanta coisa juntas. Você não pode me deixar agora.
A voz de Regina era carregada de desespero.
Era um pedido desesperado pra que Emma soubesse de cada sentimento que nutriu por ela ao longo de todos aqueles anos.
Regina- Não me deixa. Eu te imploro. Volta pra mim. Volta pra nossa família. Os nossos filhos precisam de você. Eu preciso de você.
Nenhum sinal.
EMMA ON
Sempre tive a certeza de que meu coração era incompleto. Tentei por anos me manter distante de sentimentos, mas com o passar do tempo fui compreendendo que necessitamos de outros pra sobreviver. Meu filho ter me encontrado foi um choque. Não queria acreditar que àquela realidade bateu a minha porta, mas foi a melhor coisa que me aconteceu.
Conheci finalmente o amor da minha vida. Regina, foi de longe um dos maiores desafios pra mim. Sempre com a pose de que estava acima de todos. E foi por esse porte de rainha destemida pela qual me apaixonei. Talvez os nossos relacionamentos amorosos tenham servido pra que pudéssemos enxergar a realidade: Fomos feitas uma pra outra. Décadas e maldições nos separavam. Amores passageiros nos encontravam, mas era ela. Sempre foi ela quem fez meu coração se aquietar. Amar Regina pela primeira vez, me deu a certeza de que naqueles braços, eu podia completar meu coração. Depois de descobrir que ela estava grávida, minha alma apenas vivia a esperança do nosso “felizes para sempre”. Nada mais importava. Eu lutaria até o fim pra manter minha família protegida. Custasse o que custasse! Henry chegou a minha vida num momento complicado. Depois de ter Valentina em meus braços eu puder enxergar a força do amor verdadeiro. Duas mulheres se amando da forma mais pura que poderia existir, conseguiram gerar o que parecia impossível: Um filho. Um pedacinho meu e dela. Henry e Valentina era a força que nos unia. A minha felicidade havia chegado. Mas talvez o nosso felizes para sempre tenha sido apenas aqueles momentos raros em que a nossa família viveu. Posso até descrever. Foi alguns dias depois que a Valentina nasceu. Nossa família toda se reuniu. A mesa estava linda. Regina ainda se recuperava do parto, mas estava mais feliz que nunca. Seu sorriso era perfeito e constante. Henry sentado com Violet, Zelena e Belle com a Robin, meus pais com o Neal e eu com minha filha nos braços.
Eu olhei ao redor da mesa.
Olhei pra Regina e ela me olhou.
Ali.
Ali fixamos o olhar uma na outra.
Ela sabia e eu sabia que aquela felicidade era perfeita.
Registrei na minha mente aquela cena e tive a certeza de que aquele era o momento mais perfeito da minha vida e provavelmente o dela também.
Minutos antes de casar com Regina, a visão perturbadora invadiu a minha mente.
Perder Regina nunca foi uma possibilidade. Quando a cena sumiu da minha mente, a única certeza que eu tinha, era de que o amor é um sacrifício constante. No final das contas eu não era a felicidade de Regina, eu era a missão que ela precisava para ser feliz e ter a família que ela sempre sonhou. Deixo com ela o nosso pequeno príncipe e a nossa princesa rosada. Dizem que amar, é colocar as necessidades do outro no lugar das suas próprias necessidades. Bem, acabei de escolher a vida de Regina como necessidade. Se sacrificar é amar, amei Regina até o momento que a vi pela ultima vez. Vestida de noiva, com os olhos cheios de lágrimas olhando pra mim.
Regina- Eu te amo.
Sinto a voz do meu amor verdadeiro invadir meu consciente. As suas palavras eram angustiadas. Não sei como vai funcionar daqui pra frente. Se vou sair dessa sensação de me afastar de tudo, mas queria confortá-la e dizer que estou em paz. Que, se minha missão aqui era fazê-la feliz, eu estava leve por ter lhe dado os nossos filhos.
Regina- E vou sempre te amar.
Eu também vou sempre te amar Regina.
Suavemente encosta seus lábios nos lábios de Emma.
De repente sinto o amor me invadindo e um toque suave em meus lábios. Como se uma pétala de rosa tocasse minha boca.
Então, tudo acontece de repente.
EMMA OFF.
Uma forte energia passa pelo corpo de Emma levando embora o ferimento e a bala, deixando apenas o amor imenso na metade do coração de Regina, que agora batia no peito da salvadora.
E a felicidade que Emma sentiu ao ver Regina abrir os olhos, quando a a salvou do ataque da Evil Queen, Regina estava sentindo agora.
Emma- Meu amor.
A loira se senta na cama e agarra Regina.
Todos comemoram.
As duas ficam agarradas.
Emma- Eu também te amo.
Regina- Eu sabia. Eu sabia que você não ia me deixar.
Snow e David se abraçam felizes.
Regina se afasta um pouco e alisa o rosto da noiva.
Regina espalha beijos pelo rosto de Emma.
Regina- Não me assusta assim nunca mais, Swan. Ou eu mesma te mato!
Os presentes na sala riram.
Emma sorria emocionada enquanto recebia os beijos da amada.
Um tempo depois.
Emma- Eu estou bem meu amor.
Regina- Eu sei. Mas vamos ao menos terminar essa bolsa de sangue, pra podermos ir pra casa.
Emma- Não precisava disso.
Regina- Emma, você perdeu muito sangue. Precisa repor.
Emma- Deita aqui comigo.
Regina sorri, tira os sapatos e com cuidado deita ao lado da noiva.
Emma- Sinto muito pelo susto.
Regina- Você fez o mesmo que eu ia fazer.
Emma- Ela estragou o nosso dia.
Regina- O que importa é que estou aqui, olhando pra você.
Emma sorri.
Regina- Olhando pra você sorrindo pra mim.
Emma- Ela vai pagar, Regina. Eu te prometo. Eu vou arrancar aquela pele de dragão e fazer um estofado novo pra o meu fusca.
Regina gargalha.
Emma- Aquela desgraçada.
Regina- Eu sei meu amor. Acredite, assim que você estiver 100% vamos deixar de nos proteger e vamos ataca-la. Mas não iremos ataca-la sozinhas. Vamos nos preparar e vamos destruí-la.
Emma dá um selinho na noiva.
Regina- Eu tive tanto medo, Emma. Medo que você não abrisse os olhos e voltasse pra mim. Você é o amor da minha vida.
Emma- E você é a minha certeza de felicidade. Razão do meu sorriso. Eu sei porque agora estou sentindo todo o seu amor no meu peito.
Regina- Já tinha meu coração, senhorita Swan.
Emma- Mas agora é literal. E eu tô sentindo tanto amor que você não pode imaginar.
Regina- Posso sim. É assim que meu coração fica quando você me beija.
As duas se beijam e os corações reagem.
Se separam e riem da nova sensação.
Zelena- Olha quem veio visitar a mamãe.
A ruiva vinha chegando com Valentina.
Emma- Oi minha bolotinha.
A ruiva coloca Valentina no colo de Emma.
Regina- Oi minha linda.
Zelena- Vou deixar vocês sossegadas.
Zelena sai e encontra Belle com Robin sentados numa cadeira afastadas.
Zelena- Que dia.
Belle- É.
Zelena- Achei que o ponto mais alto do dia seria fazer o brinde na hora de partir o bolo.
Belle sorri, mas Zelena não percebe sinceridade naquele sorriso.
Zelena- Está preocupada?
Belle- Estou.
Zelena- Mas você já estava assim antes de acontecer esse episódio. Ficou estranha desde a semana passada.
Belle fica calada.
Zelena- Eu...
Belle- Se você não se incomodar, eu quero ir pra casa. A Robin e eu estamos muito cansadas.
Zelena- Claro que não. Vamos.
Belle- É melhor você ficar. Regina pode precisar de você.
Zelena- Regina vai sobreviver sem mim por 5 minutos. Vou deixar vocês na mansão.
Belle- Na mansão?
Zelena- Sim. Malévola tá solta e vai atacar. Não quero ficar em casa, pensando na minha irmã e na família dela, mas também não vou arriscar ficarmos sozinhas.
Belle- E você decidiu sem ao menos me perguntar o que eu queria?
Zelena- Sim. Desde que seja pra sua segurança e a segurança da minha filha, eu vou proteger vocês de qualquer jeito.
Belle- Ótimo.
Zelena- O que está acontecendo? Por que está tão sensível?
Belle fica calada.
Zelena- Belle?
Belle- Vamos logo. A Robin precisa descansar.
A ruiva prefere não insistir.
Faz um movimento e some na fumaça.
Uma hora depois.
Depois do susto e depois da teimosia, Emma já estava em casa.
Regina- Eu trouxe chocolate, biscoitos e algumas revistas.
Emma- Meu amor, eu estou bem.
Regina- Eu sei. E pra que isso continue, vou garantir que você seja muito mimada.
Regina coloca a bandeja e as revistas na mesinha ao lado da cama.
A loira sorri.
Regina- Quer mais alguma coisa?
Emma- Quero.
Regina- O quê?
Emma- Deita aqui comigo.
Regina sorri.
Regina- Senhorita Swan, precisa descansar.
Emma- Mas eu só consigo descansar com você aqui.
Faz bico e Regina acaba se rendendo.
Deita-se ao lado da noiva.
Emma- Não foi assim que eu imaginei o nosso dia.
Regina- Eu sei.
Emma- Mas não se preocupe, assim que destruirmos aquela diaba, vamos ter o nosso casamento.
Regina- Acho bom. Não aguento mais ficar sem ser sua esposa.
Emma- E eu realmente sou a sua certeza?
Regina estreita os olhos.
Emma- Está pronta pra casar com essa desengonçada?
Regina- Eu vou matar aquela ruiva psicopata de araque.
Emma ri, mas logo geme.
Emma- Não me faz rir.
Regina- Respondendo a sua pergunta: Sim. Estou sim pronta pra casar com a salvadora mais desengonçada que já existiu.
Emma beija a morena, mas Regina logo a afasta.
Emma- Que foi?
Regina- Não quero deixar você acesa.
Emma- Por que não? É a nossa noite de núpcias.
Regina- Em primeiro lugar, não estamos casadas oficialmente, então tecnicamente não é uma noite de núpcias.
Emma- Detalhes.
Regina- E em segundo lugar, você não pode fazer esforços.
Emma cruza os braços.
Regina- Você está mesmo tarada.
Emma- O que você queria? Dois meses sem transar. Primeiro pela sua licença materna vaginal...
Regina gargalha.
Regina- Licença materna vaginal?
Emma- Isso mesmo. E depois os desencontros de ciclo e tudo mais.
Regina-Você pode aguentar mais uns dias.
Emma- Acho que não.
Regina- Para de ser infantil. Eu sei muito bem que você anda se divertindo sozinha.
Emma arregala os olhos.
Regina- Eu sei de tudo senhorita Swan.
Emma ri.
Regina- Agora sossega esse fogo. Te prometo que valerá a espera.
Emma- É?
Regina- Eu vou deixar você fazer comigo o que você quiser.
Emma engole com dificuldade.
Regina- Prometo.
Emma- Então eu vou me comportar direitinho.
Regina ri.
Emma deita a cabeça no peito de Regina e a morena lhe afaga os fios loiros.
Regina respira aliviada ao ter o amor da sua vida sã e salvo.
Depois de deixar sua noiva adormecida, Regina vai a cozinha e encontra sua irmã.
Regina- Por favor, me diz que não está tentando cozinhar.
Zelena- É apenas uma salada de frutas com creme. Para de ser dramática.
Regina- Zelena, temos que destruir ela.
Zelena- Eu sei. Eu te prometo que vamos. Eu estava ajeitando um lanche pra comer e ir pra lá, pesquisar nos livros da sua cripta.
Regina- Não. Hoje vamos descansar. Todos nós precisamos disso.
Zelena- Nem me fala.
Regina- Você viu o Henry?
Zelena- Ele está no seu escritório com a Valentina.
Regina- Eu vou falar com ele.
A morena segue pra o escritório.
Henry estava sentado no sofá segurando a irmã.
Regina- Filho?
Henry enxuga as lágrimas rapidamente.
Regina- Henry? O que houve?
Henry- Nada.
Regina- Filho. Conversa comigo.
Henry- Ela é tão linda. E tão frágil.
Regina sorri.
Henry- Hoje quase perdemos a nossa mãe e eu não pude fazer nada.
Regina- Henry.
Henry- É verdade mãe. Quando a Emma estava com problemas de usar os poderes, você me disse que eu tenho o coração do verdadeiro crédulo e que não ter poder não significava que eu era um inútil.
Regina- Disse. E é verdade filho.
Henry- Mas do que adianta? Nem com o poder do autor eu posso modificar as coisas. Quando você e a Emma...
Olha pra mãe.
Regina- Quando a Emma e eu, o quê?
Ele não responde.
Regina- Fala Henry.
Henry- Quando você descobriu que estava grávida e aconteceu todo aquele mal-entendido. Lembra que eu disse que iria falar com a Violet e te deixei arrumando as malas pra partirmos?
Regina- Lembro sim.
Henry- Na verdade eu fui confrontar a Emma.
Regina- O quê?
Henry- Eu estava tão furioso com toda aquela situação. Antes de chegar lá, eu passei na sua cripta.
Regina escutava atenta.
Henry- Eu tentei usar a caneta. Mas ela simplesmente não funcionava.
Regina- O que tentou fazer?
Henry- Tentei escrever diversos cenários em que você e ela se acertavam. Tentei de tudo, mas a minha família se separou mesmo assim.
Regina- Henry, essas coisas não podem ser mudadas. Desde que você se tornou o autor, aquele modo de escrever que o Isaac erroneamente fazia, foi corrompido. Ele conseguiu nos enviar pra um universo alternativo, mas seu avô foi o grande influenciador. Péssimo influenciador. O seu poder necessita de treinamento e o fato de você ter magia e o coração do verdadeiro crédulo, deixa as coisas mais complexas. A sua magia ainda é um mistério pra mim.
Henry- É outra coisa que não tenho nenhum domínio.
Regina- Mas e as aulas com a Zelena?
Henry- Ela tem se esforçado, mas não o suficiente pra que eu possa desenvolver.
Regina- Vamos resolver isso.
Henry- Posso te perguntar uma coisa?
Regina- Claro.
Henry- Quando eu entrei naquele quarto onde você estava se arrumando, hoje de manhã. Você estava estranha, o que tinha acontecido?
Regina- Desde o nascimento da Valentina, eu e a Emma estamos tendo visões.
Henry- Visões?
Regina- Sim. São visões sobre nós. Eu, você, a Emma e a Valentina. São cenários como se fossem daqui há uns 4 ou 5 anos.
Henry- Que maneiro.
Regina- É sim.
Henry- Mas são como profecia?
Regina- Não. Mas são visões possíveis. Entende? Os caminhos podem ser diferentes e mudar aquele futuro.
Henry- Mas são visões ruins?
Regina- Por que pergunta isso?
Henry- Hoje pela manhã, você estava apavorada.
Regina- Naquela visão a Emma sofria um ferimento por disparo. Exatamente como aconteceu. Eu tentei me jogar na frente dela, mas ela também teve a mesma visão, mas comigo sendo atingida.
Henry- Por isso quis se sacrificar.
Regina- Sim. Sei que parece egoísmo Henry, mas eu jamais deixaria que machucassem a Emma, sem que eu pudesse fazer algo.
Henry- Eu sei. É o que os heróis fazem. Eles se sacrificam.
Regina sorri.
Valentina começa a chorar.
Henry- Tá. Agora é com você.
Regina sorri quando Henry entrega a irmã.
Henry- Mãe, foi um gesto incrível o que fez hoje.
Regina- Obrigada.
Henry-Vou te deixar a vontade.
O jovem beija a testa da mãe e se retira.
Regina começa a amamentar a filha.
Regina- Ah minha princesa. Não sabe o quanto eu sofri pela manhã quando te entreguei ao seu irmão, sabendo que talvez fosse a ultima vez que eu estava sentindo você nos meus braços.
A menina mamava sossegada.
Regina- Eu sofri tanto imaginando que eu não te veria crescer. Não veria seu primeiro dia de aula, seus primeiros dentinhos aparecendo. Caminhando pra o altar, eu sabia que eu estava dando o meu melhor ao me sacrificar pela Emma, mas acredite minha linda, não foi fácil.
Alisa o rosto da filha.
Regina- Eu te amo tanto Valentina. Eu sei que quase quebrava uma promessa hoje de manhã, mas agora vou te prometer algo: A Malévola não vai sair ilesa. Nós vamos destruir ela e eu te garanto, que você terá um futuro muito feliz.
Beija a filha e continua amamentando-a.
Pela madrugada, Oliver bate a porta de Regina.
Regina- O que...
Oliver entra no quarto.
Oliver- Regina me ajuda.
Regina- O que foi?
Oliver- Ela não para de chorar.
Emma- Eu pego a Valentina.
A loira sai cambaleando de sono.
Regina- Emma não é a nossa filha...Emmaa.
A loira não escuta e sai quase sonambula.
Oliver- Por favor.
Regina- Ollie.
Oliver- Vamos. Me ajuda.
Regina se levanta com dificuldade devido ao sono, mas segue pra ajudar o amigo.
Oliver- Eu tentei de tudo.
Regina- Fica calmo Oliver.
A menina estava aos prantos.
Oliver- Não vai fazer nada?
Regina- Não.
Oliver- Mas...
Regina- Você precisa aprender a ser pai.
Oliver- Regina.
Regina- Eu aprendi a ser mãe. Com o Henry. Eu não tive nenhuma ajuda. E meu filho foi muito genioso desde bebezinho. Eu tive que aprender a decifrar os sinais de cada choro.
Oliver- Essa criança não gosta de mim.
Regina- Nesse momento você não é uma das minhas pessoas favoritas também.
Oliver- Cruzes, Regina.
Regina- Ollie, tenta se acalmar.
Oliver- Como eu vou me acalmar? Minha filha acabou de declarar uma guerra que eu nem sei como vencer.
Regina- Ai deus. Vamos a lista de necessidades. Ela tá com fome?
Oliver- Não. Comeu agora há pouco.
Regina- Tá tomada banho?
Oliver- Sim. Antes de comer.
Regina- Já olhou a fralda?
Oliver- Mas eu dei banho nela há 10 minutos.
Regina o encara.
Oliver se aproxima e vê a fralda.
Oliver- Sequinha.
Regina- Já tentou acalmar ela com carinho?
Oliver- Eu já tentei.
Regina- Não pode desistir.
Oliver- Mas...
Regina- Pega a menina.
Oliver pega a menina e começa a balançar ela pelo quarto.
Regina- Oliver, o que está fazendo?
Oliver- Ninando ela.
Regina- Não. Você tá sacudindo como se ela fosse um saco de batatas.
A morena pega o bebê.
Regina- Seja delicado. Ela tem o corpinho frágil.
Oliver- Eu não sei fazer isso.
Regina- Sabe sim. Eu tinha uma técnica. Você vai acabar descobrindo a sua.
Oliver- Mas...
Regina- Tome a sua filha.
Entrega a menina a Oliver.
Oliver- Não sei por onde começar.
Regina- Por que não começa dando um nome a sua filha? Vai ver ela tem raiva de você porque você vive chamando ela de ‘a menina’.
Oliver- Essa é uma péssima hora pra debochar de mim, Regina.
Regina- Você me tirou da cama uma hora dessas. Então ficamos quites. Agora deixa eu ir ver onde a Emma está.
A morena sai do quarto e Oliver tenta acalmar a filha que chorava muito.
Oliver- Tudo bem. Vamos conseguir. Juntos.
Ele alisa o rosto da menina.
Oliver- O que acha de Georgina?
A menina já estava avermelhada.
Oliver- Giorgia?
Ele sorriu pra filha.
Oliver- Muito bem, Giorgia. Juntos, ok?
Oliver começa a dançar com a menina e cantar Michael Jackson.
Parecia agitar mais a menina.
Oliver- Ok.
Começa a dançar Beyonce.
Não adiantou.
Oliver- Os reis e você não gosta? Preciso te ensinar muita coisa. Que tal a diva?
Oliver começa a cantarolar Celine Dion.
For all those times you stood by me
For all the truth that you made me see
For all the joy you brought to my life
For all the wrong that you made right
For every dream you made come true
For all the love I found in you, I'll be forever thankful, baby
You're the one who held me up
Never let me fall
You're the one who saw me through, through it all
Giorgia tinha adormecido no colo de Oliver e ele estava exultante.
Oliver- Minha filha.
Beija a testa da menina.
Oliver- Celine Dion? Vê-se bem que você vai puxar a mim.
Os dois continuam vivendo aquele momento.
Por causa do choro, Zelena desperta e sente falta da namorada na cama e resolve procura-la. Desce as escadas e a encontra sentada no sofá olhando pra lareira acesa.
Zelena- Belle?
Belle- Oi.
Zelena- O que faz aqui?
Belle- Não consegui dormir.
Zelena- Quer conversar?
Belle nega.
A ruiva já estava estressada com o silencio de sua namorada.
Zelena- Belle, por deus. O que está acontecendo?
Belle- Não está acontecendo nada Zelena.
Zelena- Alguma coisa está acontecendo. Você está calada há quase uma semana.
Belle- Por favor, Zelena. Me deixa sossegada.
Zelena- Foi algo que eu fiz?
Belle fica calada.
Zelena- Algo que eu não fiz?
Belle- Zelena, por favor!
Zelena- Foi algo que pensa que eu fiz?
Belle- Já chega. Eu não quero conversar.
Zelena-Achei que confiasse em mim.
Belle- Não se trata de confiança.
Zelena- E se trata de quê?
Belle- Se trata de...Eu estou...Eu só...
A ruiva a encara.
Belle- Eu preciso respirar um pouco.
Zelena- Mas...
Belle sai apressada e sobe as escadas.
Regina vinha saindo da cozinha.
Regina- Ninguém vai dormir nessa casa não?
Zelena- Aquela criatura purpurinada que chama de melhor amigo, precisa aprender a dominar a filha ou ficaremos noites e noites sem dormir.
Regina- Eu vou lacrar a porta dele à prova de sons.
Zelena- Ótimo. A filha dele é muito escandalosa. Puxou a ele.
Regina- Você está reclamando? Eu devia estar em minha noite de núpcias com a minha esposa.
Zelena- Está bem. Você ganhou!
Regina- Está tudo bem?
Zelena- Não.
Regina- É algo importante ou posso voltar pra minha cama?
Zelena- Pode voltar pra cama.
Regina sobe dois degraus, mas volta e se senta ao lado da irmã.
Regina- O que houve?
Zelena- É a Belle.
Regina- O que tem ela?
Zelena- Acho que ele não gosta mais de mim.
Regina começa a rir.
Zelena- Fico feliz que a minha desgraça é engraçada pra você.
Regina- Andou fumando algum cigarro estranho? A Belle ama você. Ama!
Zelena- Sei.
Regina- O que te fez pensar que ela não gosta mais de você?
Zelena- Ela está diferente.
Regina- Seja mais específica.
Zelena- Distante. Introspectiva. Não nos tocamos há 2 semanas. Ela parece estar preocupada com algo, mas não sei o que é.
Regina- Já tentou conversar com ela sobre isso?
Zelena- Já, mas ela se esquiva. Não sei se é por causa da morte do Rumpelstiltskin ou por outra coisa. Ela só disse que precisava de espaço.
Regina- Então dê o espaço a ela. Tenho certeza que não é nada demais.
Zelena- Espero que sim.
Regina- Eu vou me deitar.
Zelena confirma.
Regina- Eu não tive nem tempo de te agradecer.
Zelena- Não precisa.
Regina- Precisa sim. Eu não sei o que tinha acontecido se não estivesse lá.
Zelena sorri.
Regina- Obrigada.
Abraça a irmã e Zelena contribui o abraço.
No outro dia bem cedo.
Regina se levanta, verifica a esposa e a vê dormindo tranquilamente.
Segue pra o banho. Depois vai até o quarto da filha que já estava acordada.
Regina- Bom dia, minha bolinha. Vamos tomar um banho bem gostoso?
Emma- Vamos.
Regina- Que susto, Emma.
Emma- Desculpa.
Regina- Não devia estar deitada?
Pega a filha.
Emma- E você não devia estar comigo na cama?
Regina- Sim, mas...
Faz uma careta.
Emma- O que foi?
Regina- Bom, senhorita Swan. Já que está tão bem-disposta nessa manhã, tenho uma missão pra você.
Coloca a filha no colo da noiva.
Regina- Você vai ficar com ela, enquanto eu cuido do nosso pequeno príncipe.
Emma- Deixa comigo.
Regina- Zelena vai ficar em casa, caso você precise.
Dá um selinho na loira e sai.
Emma- Oh deus, Valentina, sua fralda passeou por algum lugar obscuro? Agora eu entendi a careta da sua mãe.
A menina brinca com o cabelo da mãe.
Na cozinha, Henry terminava de tomar café.
Regina- Bom dia, filho.
Henry- Bom dia mãe.
Regina- Terminou de tomar café?
Henry- Sim. Precisa de algo?
Regina-Preciso de você.
Henry- Está tudo bem?
Regina- Está.
A morena movimenta as mão e os dois surgem perto da cripta, já usando roupas especiais.
Henry vestido como cavaleiro e Regina como amazona.
A morena tinha seus cabelos amarrados e um brilho no olhar.
Henry- O que estamos fazendo aqui mãe?
A morena estala os dedos e os dois tinham espadas nas mãos.
Regina- Vamos duelar.
O jovem arregala os olhos.
Regina- Chegou a hora de te treinar como eu deveria ter te treinado há tempos.
Henry- É sério?
Regina- Seríssimo.
Ele olha pra espada e se preocupa.
Regina- Não se preocupe. Atravesse a espada em minha mão.
Henry- Quê?
A rainha sorri e aproxima-se do filho.
Regina- Confie em mim.
O jovem ergue um pouco a espada e a faz penetrar a mão de sua mãe.
Regina- Viu?
Henry- Mas como?
Regina- Eu as enfeiticei. Iremos duelar, mas não iremos nos ferir. Tudo bem?
Ele confirma.
Regina- Primeira regra meu filho: Nunca leve seu coração pra uma batalha. Joguei um feitiço quando o Pan pegou seu coração, mas por precaução...
Henry- Nunca levarei meu coração pra uma batalha.
Regina- Vamos começar.
Henry faz uma reverência e Regina sorri.
Henry- A sua ordem, majestade.
Regina ergue sua espada e Henry se prepara.
A morena começa a atacar e Henry a se defender.
Regina- Nunca tenha pena do seu oponente.
Henry confirma e se livra dos golpes de Regina.
Regina- Nunca dê as costas pra o seu inimigo, Henry.
Confirma mais uma vez.
Regina- Jamais demonstre fraqueza ao seu oponente.
Henry- Nunca.
Desfere a espada que passa pelo braço de Regina, que sorri satisfeita.
Regina- Perfeito começo, Mills.
Henry sentiu uma emoção sem tamanho ao ver sua mãe se referir a ele pelo sobrenome.
Henry- É só o começo, majestade.
Regina- Meu garoto.
O ataca e os dois continuam duelando.
Na mansão.
Emma- Acha que elas vão ser amigas?
Oliver- Serão melhores amigas.
Os dois seguravam suas filhas.
Emma- Você viu que você ganhou mais uma priminha, Valentina?
Alguém bate a porta com força.
Emma arregala os olhos.
Zelena vinha chegando da cozinha.
Zelena- Deixem que eu atendo.
A ruiva faz surgir uma bola de fogo na mão, olha no olho mágico e estranha o desconhecido.
Zelena- Pois não?
Benjamin- Eu quero a minha filha.
Oliver e Emma se olham estranhando a atitude do homem nervoso.
Zelena- Acho que bateu na porta errada querido.
Benjamin- A minha filha tá aqui.
Ele invade, mas Zelena o segura com magia.
Benjamin- Me soltaa.
Zelena- Estou lhe dizendo, você entrou na casa errada.
Benjamim- Aria.
Oliver arregala os olhos.
Benjamim- É filha da Aria. Eu sou o pai.
Zelena olha pra Oliver e entende a situação.
Benjamim- Cadê a minha filha?
Emma- Como saberemos que está dizendo a verdade?
Benjamim- Eu sou um dos meninos perdidos. Estava na terra do nunca. Passei meses por lá. Agora eu descubro que a Aria morreu dando a luz a uma menina. Nossa filha.
Oliver- Ela não é sua.
Benjamin- É ela?
Olha pra menina no colo de Oliver.
Emma- Vamos nos acalmar.
Benjamin- Eu não vou me acalmar. Ela é minha. Me devolva a minha filha. Você não tinha o direito de ficar com a minha filha.
Oliver- Só vai levar ela por cima do meu cadáver.
Benjamin tenta se soltar, mas a magia de Zelena o detém.
Emma- Como sabe que a filha é sua?
Benjamin- Há meses ficamos juntos. Ela nunca tinha saído com outro. Eu sei que o bebê é meu.
Emma- Mas não tem a certeza.
Benjamin- Não, mas...
Zelena- Então só volte aqui quando tiver um dna nas mãos.
Zelena o arrasta pra fora da mansão e bate a porta.
Oliver- Não posso acreditar.
Emma e Zelena se compadecem da situação de Oliver.
Perto da cripta.
Regina tenta atacar Henry, mas o jovem desarma sua mãe.
A morena respira forte e olha pra Henry orgulhosa.
O jovem sorri.
Os dois se abraçam.
Regina- Tá indo muito bem filho.
Os dois se sentam na grama pra descansar.
Henry- Onde aprendeu a duelar com espadas?
Regina- Bom, não me orgulho em dizer, mas me inspirei num dos meus submissos, a quem eu tinha designado matar seus avós uma das vezes.
Henry revira os olhos.
Regina- Acabei me fascinando por espadas e resolvi praticar.
Henry- Você é incrível mãe.
Regina- Henry, você precisa saber, que como na escola, você não pode saber apenas uma matéria. Não é?
Ele confirma.
Regina- No nosso mundo, você precisa lidar com diversos tipos de monstros. Alguns não se rendem com magia. Precisa ter diversas habilidades. Espada é uma grande habilidade. Sei que se interessou quando a maldição foi quebrada. Em Camelot você disse que queria ser um cavaleiro. Sei que de lá pra cá aconteceram muitas coisas, mas de agora em diante, serei eu a te treinar.
Henry- Magia também?
Regina- Magia também.
Henry- Não temos muito tempo, mãe.
Regina- Eu sei. Mas eu farei o possível pra que possa duelar quando Malévola nos atacar.
Henry- Está falando sério?
Regina- Sim. Você é um homem que decidiu morar com a namorada em outro Estado. Preciso te enxergar como homem.
Henry sorri.
Regina- Sua magia vai desenvolver aos poucos, mas no básico eu te prometo que te deixarei preparado.
Henry- Maravilha.
Regina- Zelena é uma ótima bruxa, mas uma péssima professora.
Os dois riem.
Regina- Agora vamos pra cripta, tenho uma poção pra preparar.
A morena se levanta e vai seguindo pra cripta e Henry a acompanha.
Henry- Que tipo de poção?
Regina- Magia de fogo pra o punhal negro.
Os Mills sorriem enquanto entram na cripta.
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