História Swap - KakaHina - Um novo começo

HINATA & KAKASHI

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Geralmente eram considerados por todos como pessoas calmas e era necessário que algo realmente grandioso ocorresse para que se sentissem impactados, o que definitivamente era o caso naquela ocasião.

Embora naquele momento ambos estivessem compartilhando do mesmo sentimento de nervosismo, cada um tentava conciliar a sensação ao seu próprio modo.

Hinata, aproveitando que estava no corpo de Kakashi, tentava mais uma vez dedicar toda a sua atenção ao exemplar de Icha Icha que estava aberto sobre a mesa. Mesmo que não conseguisse absorver por completo o conteúdo que tinha diante de si, só de saber que poderia ocupar um pouco de sua mente com aquelas palavras, já conseguia distrair-se parcialmente de suas preocupações.

Kakashi, por sua vez, tinha algumas coisas a mais para se preocupar e nem a leitura seria capaz de distraí-lo naquele momento, afinal, tinha ciência de que as principais provas para que Yamato acreditasse naquela história mirabolante viriam dele. Teria que novamente abrir seu coração e expor todas as suas fraquezas e pensamentos negativos que tentava a todo custo esconder de si mesmo e, para piorar, aquilo seria feito diante de Hinata. Estava começando a se afeiçoar à garota e, imaginar que ela descobriria seu lado mais podre era mais uma de suas grandes preocupações.

Involuntariamente, o rapaz ergueu a mão direita diante dos olhos. Não via sua mão de fato, já que naquele momento estava preso em um corpo que não lhe pertencia, mas ainda era capaz de sentir a o desconforto e o peso que carregava. Aquela era uma sensação fantasma que, aparentemente,  sempre o perseguiria. Este fato  lhe era cada vez mais evidente e compreensível e não gostava muito da possibilidade de ser assombrado por aquelas péssimas memórias até o último suspiro de sua existência..

A garota, percebendo o palpável desconforto de Kakashi, acabou fechando o livro, sequer se dando ao trabalho de marcar a página. Ergueu o olhar e observou a face feminina sob a qual se escondia o Hatake naquele momento.

— Eu… Você não me parece muito bem… — Ela disse um pouco receosa. — Há algo que eu possa fazer por você? — Ofereceu em um tom carregado de gentileza.

— Agradeço, mas não. Como eu disse antes, há coisas que você não deve saber, pois é minha carta especial na tentativa de convencer Yamato, e… acredite, eu preferiria se você nunca viesse a saber sobre estes assuntos, mas acredito que isto será inevitável.

— É algo assim tão ruim, Kakashi? Ou apenas… — Ela interrompeu a própria fala conforme algumas possibilidades se formavam em sua mente, e estas a incomodavam mais do que poderia imaginar. — São assuntos pessoais que você não dividiria com alguém que não é tão próximo de você? — Concluiu em um sussurro.

Lentamente, o rapaz suspirou.

— Não seja tão insegura. Eu já não deixei claro que desejo levar esta nossa ligação adiante mesmo após tudo voltar ao normal? — Ele disse baixo. — Eu só preferiria que você não soubesse porque… Não são coisas muito boas sobre mim e tenho receio sobre o que você poderá pensar quando descobrir.

A garota piscou algumas vezes e cuidadosamente ajeitou a máscara que lhe cobria o rosto.

— Parece que não sou a única pessoa aqui que está se sentindo insegura. — Ela desviou o olhar ligeiramente antes tornar a falar. — Olha, eu não costumo ser uma pessoa que julga pela primeira impressão, Kakashi… Gosto de tentar ver e entender o que está por trás, sabe? Claro, eu não posso te garantir uma reação totalmente positiva sem saber do que se trata, mas confie em mim. Eu sempre tento ver o melhor nas pessoas! — O sorriso lhe saiu espontaneamente e, mesmo que Kakashi visse diante de si a própria face como um reflexo de espelho, conseguia enxergar o doce sorriso de Hinata transcrito naquele olhar repleto de pureza.

Mesmo que simples, as palavras dela o tocaram. Estaria a Hyuuga realmente falando a verdade? O homem sinceramente esperava que sim.

Por anos havia vivido solitário, sempre culpando-se e sentindo o amargor da consequência de seus atos mas, tendo Hinata por perto, sentia-se encorajado e até passava a acreditar que mudanças poderiam de fato acontecer.

Começava a crer que poderia dar um grande passo para uma nova vida quando enfim voltasse ao seu corpo.

— Agradeço, Hinata. — O rapaz esboçou um sorriso e, hesitantemente, estendeu seu braço sobre a escrivaninha. Com suavidade, ele afagou uma das mãos masculinas que agora pertenciam a Hinata. — Eu acredito em suas palavras e espero que você possa ver mais luz em mim do que escuridão..

Com aquele toque, a garota estremeceu e seu rosto começou a corar, embora a máscara de pano ocultasse tal detalhe. Um pouco tímida, ela devolveu o toque.

— Eu tenho certeza de que irei conseguir. — Seu tom era tranquilizador. — Mas, seja o que for, não deixe que isto lhe derrube, ok?

— Claro. — O homem disse lentamente e observou os olhos ônix diante de si. Preferia que estes fossem perolados, mas contentava-se com a sensação doce e reconfortante que aquele olhar exalava. — Apesar de todas as coisas ruins, também há muitas coisas boas em minha vida e muitos motivos que me alegram e me incentivam a seguir em frente em um caminho que é no mínimo justo e correto. Há uma vila inteira que depende de meus cuidados e apenas isso já seria o suficiente para mim… Mas também há meus alunos, alguns outros shinobis que marcaram minha vida, até mesmo Gai. — Ele riu baixo ao lembrar-se do rival, sentindo até mesmo um pouco de saudades de todos os desafios malucos que ele sempre propunha. — E agora também há você. — Ele concluiu com mais tranquilidade e permitiu-se sorrir abertamente para Hinata.

A Hyuuga se sentiu feliz em ouvir o Hatake e, só aquelas palavras dele já eram o suficiente para ter certeza de que acreditaria no homem e permaneceria ao seu lado, independente do que ele viesse a revela. Colocava os pensamentos em ordem e estava prestes a dizer algo a Kakashi, mas, para seu azar, Shizune deu leves batidas na porta, a desconcentrando.

— Hokage-Sama? — A voz feminina soou do lado de fora da sala. — Yamato-San está aqui para vê-lo. — Anunciou com firmeza.

Durante alguns instantes, o mundo pareceu parar.

Hinata e Kakashi se entreolharam, ambos compartilhando dos mesmos sentimentos.

Batimentos acelerados, respirar tornava-se uma tarefa um tanto complicada e agonizante. Medos, incertezas, inseguranças, alegria e ansiedade misturavam-se, deixando-os um pouco assustados e desconfortáveis. Estavam finalmente próximos de dar o primeiro passo em direção à solução daquele grande emaranhado.

Hinata pigarreou com dificuldade, em uma tentativa de recuperar a fala.

— Peça para que Yamato aguarde. — Disse de maneira direta e observou Kakashi, buscando algum sinal de aprovação. Quando ele acenou com a cabeça, a Hyuuga enfim continuou. — Iremos nos juntar a ele para que possamos conversar em outro local… — Ela se levantou de seu lugar e começou a arrumar suas vestes em um claro gesto de nervosismo.

— Certo, Hokage-Sama. — Shizune respondeu compreensivamente.

Mais uma vez, o silêncio fez-se presente. Hinata fechou os olhos com força e inspirou profundamente, tentando manter-se calma.

— Tudo ficará bem no final… — Kakashi tentou tranquilizá-la. Mesmo que ele próprio não estivesse se sentindo muito confortável naquele momento, reconhecia que desesperar-se não mudaria muito e que, se mudasse em algo, certamente seria para pior.

De qualquer forma, apenas temiam o desconhecido e, quanto mais demorassem, mais prolongado seria o sofrimento causado pela agonizante espera por soluções.

Deixando seu lado racional falar mais alto, Kakashi caminhou em direção à grande porta vermelha. Aquele simples gesto foi o suficiente para encorajar Hinata que logo o acompanhou.

Mais uma vez, enfrentariam as incertezas.

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Para Kakashi e Hinata, aquela campina já havia se tornado um cenário corriqueiro, afinal, cada vez que precisaram conversar em sigilo, recorreram àquele local que, mesmo sendo tão próximo de Konoha, era afastado o suficiente para que tivessem a privacidade necessária.

Chegaram àquele espaço acompanhados de Yamato, mas todo o trajeto até ali fora silencioso. Até o momento, apenas haviam trocado cumprimentos com o Shinobi recém chegado. Kakashi e Hinata entreolhavam-se por breves instantes, tentando algo como uma conversa silenciosa. Mesmo que tivessem combinado os pontos que deveriam abordar, ainda restavam dúvidas sobre quem começaria, e como o faria.

Yamato, por sua vez, estava um tanto confuso com a situação, mas sua expressão era apática naquele momento e, portanto, não entregava muito do que estava pensando. Inúmeras questões rondavam sua mente, começando pelo simples fato de que não conversariam no escritório do Kage, o local correto para qualquer diálogo sério e formal. A presença da Herdeira Hyuuga era outro ponto bastante esquisito. A mensagem que Kakashi o havia enviado no outro dia fora bastante curta e deixava completamente claro que havia algo sério e de extremo sigilo a ser conversado, algo tão particular que sequer poderia ser mencionado naquela breve carta. Então por que a garota estava ali? A única explicação plausível seria o fato de Hinata ter alguma ligação com assunto, mas qual seria?

O ANBU tentou se recordar de alguma vez Kakashi ter falado algo importante sobre Hinata, mas não tinha qualquer tipo de memória relacionada a isto. Para piorar tudo, tanto o Hatake quanto a Hyuuga estavam silenciosos e, dada as constantes trocas de olhares entre os dois, ficava ainda mais evidente que havia algo se passando ali, e pior: parecia que ambos tinham muito a dizer, mas não pareciam tão dispostos a começar.

Sabendo que teria de ser ele a fazer o trabalho sujo, Yamato inspirou lenta e profundamente antes de observar os dois indivíduos diante de si.

— Tudo bem… Eu vim até aqui, Kakashi-San, e acredito que tenha algo que iremos conversar, certo? — Disse direcionando sua atenção à figura do Kage e realizando  uma breve mesura.

Para a surpresa do ANBU, ao invés de ser respondido pelo platinado, a garota Hyuuga deu um passo à frente. 

— Agradeço por ter vindo, Tenzou. — Disse Kakashi através da voz feminina de Hinata.

Yamato arqueou uma sobrancelha em confusão ao ver “a garota” chamá-lo daquela maneira.

— Desde quando você conhece este nome, Hinata-Chan? — Questionou o ANBU, sem esconder o tom de surpresa em sua voz.

Kakashi expirou lentamente antes de tornar a falar.

— Bem… Eu irei lhe contar uma história bastante esquisita e… Preciso que você mantenha a mente aberta para tudo que irei dizer… Quer se sentar? — O Hatake sugeriu e acomodou-se no gramado em uma posição confortável, ignorando por completo a pergunta feita por Yamato.

O ANBU ainda mantinha a expressão que unia confusão e surpresa. Apenas se sentou silencioso, pois sua mente já começava a refletir e levantar hipóteses. Hinata conhecia seu antigo nome de missão e estava falando com ele com total naturalidade, sendo que, até então, nunca haviam interagido. Já Kakashi, que era seu amigo de longa data, estava quieto, um pouco estranho e retraído. Parecia haver algo bastante irregular por ali, mas não entendia precisamente o que era. Esperava que a tal história de Hinata pudesse trazer alguma resposta àquelas dúvidas que começavam a assombrá-lol.

— Tudo bem, estou ouvindo. — Disse lentamente à “garota”.

— Tá… Como posso começar? — Kakashi levou uma mão ao queixo um tanto quanto reflexivo. — Bem… Eu sei que você acha que está falando com Hyuuga Hinata neste momento, mas… Acredite. Eu sou Hatake Kakashi e você é a primeira pessoa a saber deste fato, além de Hinata-Chan, é claro. — Confessou.

— Perdão, mas… O quê?! — O ANBU arregalou os olhos, descrente diante daquela declaração. — Estão usando jutsu de transformação…? — Verbalizou a teoria, mas esta não parecia ser verdadeira. Não conseguia sentir qualquer atividade de chakra naquele momento.

— Eu sou Hatake Kakashi e esta pessoa.... — Disse apontando para o próprio corpo que estava acomodado ao seu lado. — Esta é Hyuuga Hinata. Por circunstâncias que ainda nos são um pouco obscuras… Nós trocamos de corpo.

— Isso não faz sentido algum, Hinata-San, você está um pouco… Estranha. Aconteceu algo grave? — O homem questionou lentamente enquanto ria de nervoso. Ele lançou um breve olhar para Kakashi, na esperança de que o amigo lhe desse alguma informação mais lógica.

— É verdade, Yamato-San, por favor acredite! — Pela primeira vez, Hinata se pronunciou diante do ANBU. — Dias atrás, Kakashi me enviou em uma missão de reconhecimento no antigo laboratório de Orochimaru, e… Eu encontrei um pergaminho misterioso e o levei até Kakashi, mas de alguma forma, eu passei a me sentir um pouco indisposta quando entreguei este artefato ao Hokage-San, então fui para casa um tanto atordoada, apenas me joguei na cama e desmaiei de exaustão… — Ela suspirou baixo. — E então, quando acordei na manhã seguinte, eu estava em um quarto que não era o meu… E em um corpo que não era o meu.

— Tudo bem, esperem um instante. — Yamato fechou os olhos e inspirou profundamente enquanto massageava a própria testa. Um pouco mais recomposto, olhou para a figura masculina. — Certo. Estão me dizendo que você supostamente é Hyuuga Hinata presa no corpo de Hatake Kakashi, o atual Hokage de Konoha, e você... — Ele apontou para a imagem feminina. — Seria Hatake Kakashi preso no corpo de Hyuuga Hinata, primogênita e herdeira do Clã Hyuuga.

— Exatamente! — Exclamaram em uníssono.

— Isso é algo bem complicado de se acreditar, nós somos todos Shinobis, há o jutsu de transformação e… Mesmo que eu não esteja sentindo nenhum Chakra em atividade, sei que é possível ocultar este detalhe, é questão de estratégia. Quero acreditar em vocês, mas o que me garante que isto não é apenas uma brincadeira de mau gosto? — Ele arqueou uma sobrancelha.

— Veja bem, eu não tiraria você de suas obrigações tão essenciais para apenas lhe pregar uma peça. — Disse Kakashi lentamente. — Tudo indica que estamos nesta situação por conta do misterioso pergaminho de Orochimaru e foi por isso que chamamos você… Afinal, você está constantemente com Orochimaru e seu próprio nascimento se deu por um experimento dele, ou estou estou errado? — Sua voz saía com seriedade, o Hatake sabia exatamente que pontos tocar para tentar convencer Yamato. — Acreditamos que você seria a pessoa mais correta para saber de toda a verdade e imaginamos que é o único capaz de nos ajudar a entrar em contato com Orochimaru para que esta situação seja resolvida.

— Tudo bem, você tem um ponto. — O moreno disse lentamente, acenando com a cabeça em concordância. Mesmo que visse Hinata falando tudo aquilo diante de si, podia perceber nela uma seriedade que jamais associaria à garota. — Mas ainda gostaria de maiores comprovações, afinal… Esta é uma situação delicada e toda cautela pode ser pouca.

— Claro… Chegamos a supor a possibilidade de que você não acreditasse totalmente nesta história, ela é absurda, né? — Disse Hinata, intervindo na conversa. — Eu não conheço você muito bem, Yamato-San, mas Kakashi comentou comigo que é muito observador e… Olha, se você prestar atenção, as pessoas estão comentando sobre Kakashi e eu por toda Konoha. Pensam que estamos vivendo um romance devido nossa aproximação repentina, mas eles apenas não sabem a verdade… E, veja! Há algumas pessoas que estranharam nossos comportamentos após a troca de corpos. Pessoas mais próximas da gente… Shizune-San andou fazendo vista grossa para o meu lado e parece que minha irmã também não deu muita paz a Kakashi.

— Certo… — Yamato assentiu lentamente com a cabeça enquanto assimilava as novas informações recebidas.. 

— Além disso, eu vim preparado com uma prova, que… Acho que deixaria mais do que evidente que isto tudo é verdade. — O Hatake disse um pouco hesitante.

— O que seria? — O ANBU observou a figura feminina com curiosidade. Era inegável que aquela “garota” estava falando como seu amigo, assim como “Kakashi” estava falando de forma mais suave e delicada.

— A morte de Rin. — Kakashi declarou em voz baixa. — Ela teve Isobu selado em seu corpo e, se ela retornasse a Konoha, a Vila estaria em perigo… Ela me pediu para matá-la e eu me recusei, mas… Quando fomos atacados por inimigos e ativei meu Raikiri e ela se colocou em meu caminho… Eu atravessei o corpo dela de uma só vez. — Por breves instantes, interrompeu seu discurso, revivendo mais uma vez em sua mente aquela traumatizante cena. — Com esta mão, eu matei Rin. — Ele ergueu a mão direita ao fazer a declaração. Ao observar Hinata, pode notar os olhos arregalados em espanto. — Muitos anos se passaram, mas eu ainda consigo sentir este incômodo. É algo pesado e a sensação de que estou sujo de sangue é algo constante. É uma memória que está viva e marcada em minha alma.

— A garota morta da fotografia… — Hinata sussurrou incrédula. — Então este era o segredo que você não queria que eu soubesse? — A Hyuuga  ergueu o rosto e observou KakashI. Os olhos ônix já estavam inundados em lágrimas enquanto pensava em todo o sofrimento que Kakashi carregava por conta daquele evento do passado. Definitivamente, não o odiaria nem se afastaria por saber daquilo. Sentia  tristeza pela dor do Hatake e pelo sofrido final de Nohara Rin e desejava mais do que nunca, poder ajudar Kakashi a se reerguer e seguir em frente.

Yamato não pode deixar de observar aquela cena. A precisa narrativa daquele fatídico ocorrido. A suposta Hinata que parecia tão espantada com aquela revelação chegando a derramar lágrimas que o ANBU nunca vira seu amigo derramando antes. Não lhe restavam dúvidas e, no fundo, sentia-se um pouco culpado por ter duvidado a ponto de fazer com que Kakashi abrisse seu coração sobre aquele fato que ainda o fazia tão mal.

— Eu acredito em vocês, Kakashi e Hinata. — Declarou finalmente. Suas simples palavras foram o suficiente para retomar a atenção do Hatake e da Hyuuga e, instantaneamente, suas expressões estavam tomadas pelo alívio, eles pareciam se sentir mais leves. — Eu vou precisar que me deem mais informações sobre o que sentiram e vivenciaram, irei escrever um relatório detalhado e voltarei até Orochimaru com isso. Também irei precisar do tal pergaminho que vocês culparam pela troca de corpos. Irei isolar ele com um jutsu e levarei comigo para análise.

— Faça como achar melhor, iremos colaborar de todas as formas que estiverem ao nosso alcance. — Disse Kakashi com um leve sorriso nos lábios. Conhecia bem Yamato e sua competência. Sabia que o amigo faria o possível e o impossível para ajudá-los.

— Obrigada pela confiança. Yamato-San! — Hinata agradeceu aliviada e levou uma mão ao coração. — Nossa, eu não imaginava que seria tão aliviador dividir este nosso fardo com mais uma pessoa! — Ela declarou.

— Realmente. — O Hatake concordou. — Não estava sendo fácil guardar este segredo apenas entre nós.

— Eu agradeço por me confiarem esta história. Darei o meu melhor para que tudo possa voltar ao normal para vocês o quanto antes. — O ANBU sorriu amigavelmente. — De qualquer forma, se importam de me fornecer algumas informações agora? — Disse enquanto retirava um pergaminho de seu colete.

— De jeito nenhum, precisamos mesmo conversar o máximo possível. — Declarou o Hatake.

Hinata limitou-se a apenas concordas com a cabeça, enquanto observava os rapazes iniciarem um diálogo.

Todos os sentimentos de insegurança que sentira mais cedo haviam se dissipado. Com o suave passar daquela tarde, o sentimento de esperança passou a dominar a Herdeira Hyuuga. Não sabia quando aquela maldição seria de fato resolvida, mas de uma coisa tinha certeza: aos poucos, a solução se aproximava e, quando menos esperasse, a garota poderia finalmente tornar a ser ela mesma.