História SWEET; bokuto k. - Capítulo dois.

E lá estava ele, pulando e cortando como nunca. Era incrível como ele jogava, eu estava fascinada, boquiaberta olhando para cada movimento que o de cabelo preto e cinza fazia. Era quase impossível não se sentir intrigada com aquele garoto. As meninas gritavam seu nome desesperadamente o fazendo se sentir cada vez melhor. Todos do time jogavam incrivelmente bem, mas Bokuto se destacava, não era atoa que era conhecido como o Incrível Ace. Revirei meus olhos me escorando na cadeira um pouco cansada de ficar sentada naquele lugar com tanta gente barulhenta. Já estava no segundo set, Fukurodani estava ganhando, como esperado, o jogo estava quase acabando também.

Toda vez que o camisa 5 levantava para ele, era um impacto diferente, ele pulava tão alto e tão lindamente mirando em um lugar mais difícil que o outro. Era lindo de ver. Eu não ainda não podia acreditar que esse bobão jogava desse jeito e tinha um grande título nas costas. Meus pensamentos foram interrompidos pelo o apito sinalizando que o jogo havia terminado. O time adversário cumprimentou o time que havia ganhado e assim agradeceram foram até seus treinadores. Dava pra ver de longe que estavam cansados. Acho que eu nunca conseguiria ser uma jogadora de vôlei.

Estava preparada para ir embora, a escola obviamente iria levar todo mundo para o colégio novamente para a última aula, ou talvez já despachar a gente para casa. Eu estava esperando pela última opção. Peguei minha mochila e meu celular me levantando da cadeira, passando pelas pessoas pedindo licença. Queria ir ao banheiro antes, estava um pouco apertada, mas eu não fazia ideia da onde ficava, eu perguntaria para alguém no caminho. Mas antes que eu pudesse descer da arquibancada me assustei com um certo alguém gritando meu nome chamando a atenção de todos.

─ Estressadinha!!! Você conseguiu ver o quanto eu jogo bem? Ei!! Não fuja eu estou falando com você! Ei! ─ eu tentei sair correndo dali fingindo que não estava o escutando, mas mais uma vez ele estava ali pegando meu braço me impedindo de sair. Eu já estava muito com paciência para ele. ─ Não pense que vai sair assim oras, vou te apresentar para os outros, venha. ─ disse me puxando para aonde os outros estavam.

─ Ei, você não pode ir me lavando assim pra onde você quiser, a gente mal se conhece!! Ei, me larga! ─ eu tentava me soltar dele, mais era nítido que ele era bem mais forte e alto do que eu. Bufei me deixando ser levada por aquele idiota até aonde os outros estavam, conversando, mas logo direcionaram seus olhares para mim. Eu queria morrer.

─ Bem gente, essa daqui é a.. ─ ele olhou para mim com uma cara sugestiva. Ele não sabia o meu nome. ─ Como é seu nome? ─ coçou a nuca.

Suspirei virando meu olhar para os outros pensando em como eu poderia os cumprimentar, aliás, eles eram tão bonitos, digo, eram tão importantes. Abaixei minha cabeça e minha coluna fazendo um breve reverência.

─ Meu nome é [Seu nome], é um grande prazer conhecer vocês, você..jogaram muito bem, parabéns pela vitória. ─ disse logo voltando a minha posição normal. Eles pareciam..envergonhados? Mordi meu lábio olhando para o maior ao meu lado. ─ Satisfeito? Já posso ir embora? ─ disse já farta, mas um menino parou em minha frente me olhando apaixonado.

─ Você é tão bonita, por quê não vira nossa gerente igual à Karasuno? ─ perguntava enquanto segurava nos meus ombros. Forcei uma risadinha me afastando dele aos poucos logo me escondendo atrás de bokuto um pouco assustada.

─ Você está assustando ela, Konoha, e não precisamos de uma gerente. ─ disse aquele mesmo cara de ontem. Ele era tão bonito e sério. ─ Aliás, você é a garota de ontem. ─ ele sorriu minimamente. ─ É bom saber que Bokuto-san tem amigos no prédio.

─ Eu não sou amiga dele. ─ disse saindo de perto do maior cruzando meus braços. ─ Ele que faz barulho demais e eu só fui reclamar. ─ inflei minha bochecha esquerda vendo bokuto rir. Ele era mesmo um bobo. ─ Mas enfim, foi bom falar com vocês, eu tenho que ir agora.

─ Mas já? ─ o Ace perguntou enquanto passava uma toalhinha no rosto. ─ Podíamos sair todos juntos hoje!

─ Não. ─ respondi seca arrumando minha mochila nas costas. ─ Vocês deveriam descansar também, imagino que jogar hoje..deve ter sido cansativo. Mas só falando mesmo. ─ dei uma última olhada para eles e pude ver os outros meninos me olhando alucionados. Meu Deus eles pareciam que iam pular em cima de mim a qualquer momento.

Agora sim eu podia ir ao banheiro tranquilamente, estava realmente apertada agora, não via a hora de chegar ao lugar que eu queria. Depois de perguntar à uma moça aonde ficava, eu fui até lá sem dificuldades. Estava vazio, por sorte. Não sei por quê, mas, eu gostava de ir no banheiro quando não tinha ninguém. Eu ficava mais à vontade.

Quando terminei, arrumei minha saia e sai da cabine mais aliviada. Me olhei no espelho enquanto lavava minhas mãos. Eu não me achava atraente ou algo assim, mesmo se eu falasse isso, todos iriam dizer "para com isso, você só quer chamar a atenção!" "Só quer aumentar o seu ego", mas ninguém realmente entende o que pessoas com baixa auto estima passa. Balancei minha cabeça pegando os papéis para secar minhas mãos. Peguei minha mochila e fui para fora do banheiro suspirando. Preferi desta vez ir de a pé, precisava andar um pouco.

Andava tranquilamente pela rua, o céu estava alaranjado dando sinal de que a tarde estava indo embora e estava na hora da noite vir. Também tinha que passar no mercado para comprar algo para o jantar, morar sozinha ainda não era uma coisa muito fácil, mas também era incrivelmente bom o silêncio. Me lembrei da cara dos meninos da Fukurodani e dei uma risada, foi tão engraçado. Pensando nisso, já fazia um tempo que eu não ia até a Karasuno. Por mais que eu quisesse, Tsukishima não gostava que eu ia lá, pelo simples fato de que todos eles ficavam em cima de mim. Mas só tinha um que especificamente era maravilhoso aos meus olhos. Azumane Asahi. Droga, ele era tão lindo.

Respirei fundo me contentando para não mudar minha rota de caminho e ir correndo para lá.

Depois de passar no mercado, eu finalmente me via perto do prédio que eu morava, estava cansada agora, talvez ir a pé não tenha sido uma boa ideia. Cumprimentei o porteiro que me ajudou a entrar no prédio devido as sacolas que haviam nos meus braços, fui até o elevador o agradecendo. Cliquei no botão do meu andar. Esperava pacientemente até chegar ao meu andar. Quando o elevador abriu, eu pude sair colocando as sacolas no chão pegando minha chave em meu bolso e abrindo a porta do meu apartamento. Coloquei todas as sacolas lá dentro e fechei a porta novamente, coloquei minha mochila no sofá e tirei meus sapatos deixando eles de canto. Guardei minhas compras e pude relaxar um pouco no sofá.

Quando estava perto de dar um cochilo, minha campainha foi tocada me fazendo despertar e amaldiçoar mentalmente a pessoa que estava por trás da porta, suspirei abrindo dando de cara com ele. Revirei meus olhos cruzando meus braços esperando que ele falasse logo o que queria.

─ Antes que brigue comigo ou algo assim eu vim pedir sua ajuda pelo amor de Deus. ─ juntou suas mãos quase implorando pela minha ajuda.

─ O que você fez? ─ perguntei um pouco preocupada. Nunca se sabe, vai que ele jogou fogo no colchão ou inundou sua cozinha com água. Bem, acho que pode se esperar de tudo dele. ─ Talvez eu possa te ajudar. ─ suavizei vendo ele suspirar aliviado.

─ Venha. ─ pegou minha mão me puxando para fora da minha casa me arrastando para a casa dele. Ele e essa mania de sair me arrastando para todo canto.

Assim que eu entrei ele fechou a porta e eu olhei em volta, apesar do dono da casa ser meio atrapalhado, ela era bem arrumada, as cores predominantes era azul, branco e preto. Era bem bonito o apartamento dele. E mais uma vez estava ele lá me puxando para o corredor me fazendo entrar para dentro de um quarto que eu julguei ser o dele. Ao contrário da sala, seu quarto estava bagunçado. Camisas jogadas, tênis desalinhados, bolas por todo o canto. Suspirei e vi ele me apontando para um lugar específico. Olhei para lá e vi uma lagartixa. Olhei para ele que ria de nervoso me olhando também. Esse cara só tinha tamanho.

Fui até a lagartixa abrindo a janela e a pegando pelo rabo sem muita dificuldade, só quando ela começou a se remexer, me apressei para a jogar do lado de fora. Suspirei me virando novamente para ele que estava com uma nítida cara de alívio.

─ Eu não acredito que você estava com medo disso. Era só você ter feito igual eu fiz, ou, ter colocado ela do lado de fora. ─ falei simples saindo do quarto dele juntamente com o maior que parecia envergonhado por isso. Dei uma risadinha baixa já me preparando para ir embora já que o trabalho havia sido rápido. ─ Imagina se fosse uma barata, você teria morrido. ─ gargalhei.

─ Ei! Também não é assim. ─ cruzou os braços fazendo um biquinho que eu acabei achando adorável. Ele realmente parecia uma criança. ─ De qualquer jeito, obrigado, você me salvou.

─ Ah não foi nada. ─ me gabei. ─ Qualquer coisa tô em casa, só me chame se for necessário. ─ deixei claro deixando ele abrir a porta para mim sair. ─ Aliás, você não ia sair com os outros? ─ perguntei de repente.

─ A gente preferiu deixar pra outro dia e ir descansar, assim como você falou. ─ debochou se encostando na batente da porta. ─ Aliás, não podia imaginar que você estava na Fukurodani também! Isso me deixou bastante surpreso. Você é de que ano? ─ me olhava.

─ Segundo. ─ falei simples. ─ É, eu também não sabia que você era o grande Bokuto do nosso colégio. ─ debochou e ele deu uma risadinha. ─ Enfim eu vou indo. Até. ─ acenei e sai de lá indo para o meu apartamento fechando a porta.

Preferi tomar um banho agora, estava cansada e com fome. Fui até o banheiro já tirando minhas roupas e indo para dentro do box ligando o chuveiro deixando a água esquentar para eu entrar. Assim logo eu entrei sentindo a água bater contra a minha pele fazendo eu fechar meus olhos por alguns segundos aproveitando.


[...]


Depois que eu tomei banho, coloquei uma calça cinza escura larga e uma regata branca prendendo meu cabelo em um rabo de cavalo alto. Fui até a cozinha indo até a geladeira pegando as coisas que eu iria fazer para comer. Enquanto cortava os legumes, pensava no que eu poderia fazer de bom amanhã. Estava decidida de que iria até a Karasuno visitar os meninos, tenho certeza de que eles devem estar jogando muito bem também, meu irmão obviamente não vai gostar muito, mas o quê eu posso fazer.

Coloquei tudo no fogo, agora era só esperar ficar pronto. Me sentei em uma cadeira e peguei meu celular vendo que não tinha nenhuma mensagem. Não sei nem por quê eu me espanto, eu quase não tenho nenhum contato para conversar, e tsukishima não era o tipo de irmão que mandava mensagem todo dia. Iria lá depois da escola, creio que nessa hora ainda eles estivessem lá, Hinata nem vai acreditar que eu moro na frente do Bokuto. Sorri e fui até o fogão desligando pegando um prato e colocando uma quantidade não muito grande de comida dentro, coloquei o prato sobre a mesa e fui até a geladeira novamente pegando uma lata de refrigerante colocando também sobre a mesa.

─ Obrigado pela comida. ─ comecei a comer.

Comecei a comer calmamente enquanto pensava em algumas coisas. Lembrar de Bokuto com medo de uma lagartixa me fez dar umas boas risadas enquanto comia. Quando terminei, guardei o que sobrou na geladeira e lavei as louças e desliguei a luz da cozinha. Fui para a sala e me sentei no sofá mexendo no celular até que me desse sono, coisa que não demorou muito. Hoje foi um dia cheio e engraçado. Me levantei e desliguei a luz da sala também. Fui até o banheiro e escovei os meus dentes indo para o quarto logo em seguida, esperava que essa noite eu pudesse dormir bem, já que nas outras, meu querido vizinho não deixava. Fui até minha cama a arrumando para me deitar.


[...]


De manhã eu me arrumava rapidamente, estava atrasada, dormi tão bem que nem escutei meu despertador tocar, me amaldiçoei por isso colocando meu uniforme rapidamente logo arrumando meu cabelo. Nem deu tempo para mim comer direito, muito menos me arrumar bem. Sai correndo do meu apartamento e do prédio também, eu tinha que pelo menos chegar na estação à tempo. Hoje os céus não estavam do meu lado, novamente. Estava tão absorta em meus pensamentos que quase não vi que o carro passando em minha frente me fazendo paralisar. Nao podia ser um dia pior.

Por sorte consegui chegar a tempo na estação e na escola também, um pouquinho atrasada, mas consegui.

As três primeiras aulas foram normais, consegui prestar atenção normalmente e até consegui completar as atividades, talvez uma boa noite de sono seja o resultado disso tudo. Sorri pequeno escutando o sinal tocar, era o intervalo finalmente, eu estava morrendo de fome. Sai da sala com meu lanche em mãos procurando um lugar bom e afastado das pessoas para eu poder comer. Me sentei em um banco no corredor mesmo que não tinha ninguém e suspirei, coloquei meus fones de ouvido e coloquei uma música aleatória para escutar. Comia tranquilamente curtindo o som em meus ouvidos, estava tudo indo bem nesse momento.

Eu achava.

Alguém havia me cutucado no braço, no começo tinha achado que tinha sido sem querer, mas na segunda vez eu percebi que era pra mim mesmo. Virei meu rosto com a boca cheia me assustando ao ver Bokuto e Akaashi. Bokuto estava sentado ao meu lado, enquanto Akaashi estava em pé ao lado do de cabelo cinza e preto. Tirei meu fone engolindo a comida em minha boca depois de mastigar.

─ Eu podia ter me engasgado. ─ o empurrei quase fazendo-o cair do banco. ─ O que estão fazendo aqui? ─ perguntei passando a costa da minha mão no canto da minha boca.

─ Bokuto-san disse que você costuma ficar sozinha no intervalo, então ele disse para fazermos companhia para você. ─ o de olhos azuis se pronunciou. ─ Espero que não se incomode. ─ falava calmamente. Era incrível como ele tinha tanta calmaria daquele jeito, principalmente quando se travava de Bokuto.

Suspirei concordando com a minha cabeça deixando que eles ficassem comigo. Conversamos sobre várias coisas aleatórias, mas Bokuto insistia de que já éramos melhores amigos. Ainda era muito cedo para comprovar tal coisa, mas, talvez pudéssemos estar virando amigos.

─ Por quê você não vem ver nosso treino hoje? Os meninos gostaram de você e tenho certeza de que eles vão ficar felizes. ─ bokuto dizia com a boca cheia enquanto comia.

─ Eu não vou atrapalhar? ─ perguntei. Por mais que eu quisesse ir para ver de perto como tudo aquilo realmente era, eu não queria atrapalhar.

─ Não. ─ Akaashi disse. ─ Vai ser até bom. ─ concluiu. ─ Tenho certeza de que o treinador também não vai se incomodar. ─ dizia colocando as mãos no bolso.

─ Tudo bem então. ─ dei um pequeno sorriso. ─ Mas não vou poder ficar muito tempo, tenho um compromisso mais tarde. ─ me adiantei. ─ Vou ir até a Karasuno ver meu irmão e os meninos.

─ Hã? Quem é seu irmão? ─ perguntou Bokuto me olhando com uma sobrancelha levantada e um tanto curioso.

─ Sou a irmã do Tsukki. ─ disse simples. ─ Você o conhece?

Ele arregalou os seus olhos deixando sua boca abrir em surpresa, Akaashi também estava um pouco surpreso em saber disso.

─ Akaashe', você sabia disso? O Tsukki nunca me falou que tinha uma irmã, será que ele não considera a gente amigo dele? Agaashe' estou dececionado. ─ disse desanimado com a nova descoberta.

─ Acontece, ele não é de falar muito da vida pessoal Bokuto-san. ─ tentou acalmar o amigo. ─ Mas agora já sabemos não é? Não há mais motivos pra ficar assim. Você sabe como ele é. ─ dizia com a mão no ombro do amigo. Era incrível como ele conseguia manter a calma falando com ele e o tranquilizando daquela forma. Era impressionante.

─ Agora entendi por quê você é assim. ─ disse e eu o olhei mortalmente. ─ Estou brincando. ─ ele riu alto. ─ Esperamos você na quadra. ─ se levantou do banco começando a andar juntamente com Akaashi para longe de mim.

Apesar de ser esquisito, a energia que ele transmitia era incrível. Sorri me levantando também indo até o lixo jogar o papel fora.