1. Spirit Fanfics >
  2. Sweet Child >
  3. O Piquenique

História Sweet Child - O Piquenique


Escrita por: LumusLua

Notas do Autor


Eu vou terminar essa história!
Prometo!

Não revisado.

Capítulo 5 - O Piquenique


—Omma, não é esse! É o outro queijinho. —Fiz um biquinho e cruzei os braços.

—Querido, Cheddar também é gostoso. —Mamãe disse enquanto montava os sanduíches para o nosso piquenique. —Pega. Prova um pedacinho. —Ela me entregou aquele quadradinho laranja.

Eu preferia o outro queijinho, mas eu comi só pra mostrar pra mamãe como esse é ruim e o outro é melhor. Eu só não esperava que esse queijinho laranja fosse tão bom... Ta. Ele era delicioso.

—Gostou? —Eu sabia que ela estava sorrindo, porque estava certa. Essa mamãe é muito esperta.

—Não. —Falei mastigando o queijo e logo pegando outro da mesa e sai correndo.

Era só pra saber se era bom mesmo e eu não estava enganado, sabe?! Na verdade, eu peguei aquele outro pedacinho para dar pro KyungSoo, mas eu dei uma mordidinha. Bem pequena. Eu corri até o meio da sala, onde o KyungSoo estava sentado no sofá com o Doraemon no colo e com uma cara emburradinha. Mamãe disse pra ele, ontem, que íamos fazer um piquenique no parquinho, desde então ele ficou com a cara mais fechada do que já tinha. Aigoo, achei fofo esse biquinho e as bochechinhas gordinhas e vermelhas.

—KyungSoo-ah, come esse queijinho. É muito gostoso. —Eu parti um pedacinho menor pra ele comer. —Só não fala pra mamãe que eu falei isso.

Eu ofereci o pedaço, mas ele virou a cara para um lado. Ele balançou a cabeça, não querendo abrir a boca. De repente ele enfia a cara na almofada e fica deitado de barriga pra baixo no sofá. Eu me assustei. Achei que ele tava morrendo, sabe?! Mas não. Só estava fazendo uns barulhinhos estranhos. Bem estranhos. KyungSoo no começou parecia uma gatinho, depois os barulhinhos ficaram mais altos e nem parecia uma criança de dois anos. Os barulhinhos ficaram com uma voz grossa. Eu arregalei os olhos e dei um pulo quando a televisão ligou sozinha. Estava passando um filme de terror, que a mamãe não deixa eu assistir, mas na verdade eu não queria assistir mesmo.

Eu fui até a televisão e desliguei, quando me virei para ver KyungSoo ele estava sentado de novo, e ele parecia muito branco, como se estivesse doente, e os olhinhos dele estavam escuros ao redor. E aqueles galinhos estavam de novo na testa dele. Eu corri até ele e sentei do seu lado.

—KyungSoo-ah, você ‘ta bem?

Eu acho que nunca levei um susto tão grande quanto o que o KyungSoo me deu. Ele abriu aquela boquinha dele e saiu uma voz esquisita, como se ele estivesse sufocado, mas também estava grossa. Igualzinho às vozes daqueles filmes de monstro. Eu me afastei um pouco, mas ele chegava mais perto me olhando com aquela cara assustadora.

—Y-Yah! K-KyungSoo... —A mãozinha dele, que antes era gordinha e fofinha agora estava gelada e tinha as unhas pretas e pontudas. Como eu queria que o Batman aparecesse, mas como não tinha ele, resolvi pedir ajudar a uma força maior ainda. —O-OMMA, ACHO QUE KYUNGSSO COMEU ALGO ESTRAGADO.

Péssima idéia. Acho que quando eu gritei ele ficou mais irritado ainda e veio com tudo para o meu colo. Ou melhor dizendo, pra cima de mim, já que de tanto tentar me afastar eu acabei ficando meio deitado no braço do sofá. Definitivamente, KyungSoo estava esquisito e... Wou... Desde quando ele tinha dentinhos? E afiados ainda? Não pensei duas vezes, quando ele chegou mais perto enfiei o queijinho na boca dele e fechei a mesma. Acreditem, aquele queijo é tão gostoso que KyungSoo até parou e ficou quietinho mastigando. Ele parou! Roubou meu outro pedaço de queijo, continuou sentado em cima de mim e ficou comendo o queijo com a maior paciência do mundo, e aquilo foi tão rápido quanto eu fugindo da minha mãe quando quebro alguma coisa em casa, porque eu pisquei e os galinhos na testa, os dentinhos afiados, a mãozinha estranha, os olhos, tudo desapareceu. Ele era só um bebê fofo. Um bebê fofo e muito estranho...

—ChanYeol, pra que toda essa gritaria? —Olhei pra trás onde minha mãe estava, na porta, com as mãos na cintura.

—O KyungSoo... —Apontei pra ele que. Eu não conseguia falar direito.

—O que tem? —Ela chegou perto da gente e pegou ele no colo.

—Acho que ele é um monstro. —Sussurrei pra KyungSoo não me ouvir. Mas mamãe riu mais alto que o carinha que passa de carro vendendo fruta na rua.

—Ele não é um monstro, Yeollie. —Limpou as bochechas do KyungSoo, que estavam sujas de queijo. —Ele só ta meio irritadinho porque ficou com um pouquinho de febre ontem a noite. Você também era um chatinho nessa idade quando ficava resfriado. —Ela bagunçou meus cabelos e saiu com KyungSoo pra cozinha.

Eu não conseguia me mexer, mas na realidade eu nem queria mesmo, sabe?! Ali naquele sofá parecia mais seguro e confortável. Porque depois disso, acho que eu deveria falar com KyungSoo só depois do resfriado dele passar. Essa coisa aí parece muito perigosa, e mexe com a gente de um jeito bem assustador. Tadinho do Soo, ele deve sofrer muito com isso.

—Resfriados são uma coisa... —Mordi a pontinha do meu dedinho ainda meio desligado da minha vida.

Acho melhor eu ir escovar meus dentes antes de sair.



[★]



—YAH, BAEKHYUN! PARA DE ROUBAR MEU LANCHE, VOCÊ TEM O SEU.

—Credo, seu fominha. Eu só dei uma mordidinha. —BaekHyun emburrou a cara e virou para o lado.

—A mordidinha do Baek parece a de um dinossauro. É capaz até de perder os dedos. —JongDae levou um soco no braço depois dessa, mas achei engraçado e ainda concordei enquanto mordia meu sanduíche.

—Meninos, tem mais lanche na cesta. Não precisa brigar. —Mamãe parou de falar com a senhora Kim, mãe do JongDae e do JongIn, e se virou nos dando um aviso, que parecia mais uma ameaça. Conheço minha mãe, ta?! Ela estava lá sentada no banquinho, enquanto a gente estava comendo em cima de um lençol na graminha fofa do parque, mas ela era um gavião, só de olho nos meus movimentos.

Apenas concordamos e voltamos a comer nossos lanches, mas BaekHyun e JongIn parecia ser mortos de fome. A diferença é que JongIn pedia, já o BaekHyun era um ladrãozinho de sanduíches de queijo e presunto. Decidi ir até minha mãe e pedir mais dois sanduíches para aqueles dois, eu sou uma boa criança, sabe?! Me levantei, deixei meu lanche com JongDae, porque é mais confiável, bati minha mãos na bermuda e corri até o banco onde elas estavam.

—Omma, posso pegar mais dois lanches?

—Mais dois, ChanYeol? —Ela estava indignada. Acredite, eu também estava.

—Baek e Nini querem mais. E o Byun fica roubando o meu. —Cruzei os braços olhando na direção do BaekHyun.

—Tudo bem. —Ela suspirou e pegou mais dois sanduíches na cesta, me entregando. —Mas o que acha de levar KyungSoo pra ficar com vocês? Apresenta ele para os meninos.

Eu fiquei animado com a ideia. KyungSoo agora parecia estar bem e brincava com o Doraemon em cima da mesa que fazia parte daquele banco onde mamãe estava sentada. Tão fofinho. Concordei sorrindo e coloquei os dois sanduíches em uma mão, e enquanto mamãe colocava KyungSoo no chão eu peguei em sua mãozinha, totalmente normal e fofinha agora. Waah! Ele aceitou segurar minha mão, mas feliz que eu, não tem ninguém.

Fomos de mãos dadas até o lençol onde os meninos estavam. Entreguei o sanduíche para JongIn e BaekHyun, que não esperou nem eu tirar minha mão direito pra já atacar. Credo. Sentei no meu lugar, pegando meu sanduíche com JongDae e ajudando KyungSoo a sentar do meu lado. Todos olhavam pra ele, até BaekHyun que não sabia se comia ou olhava para o meu irmãozinho. Eu abri um sorriso maior que a lua e trouxe KyungSoo pra mais pertinho de mim. Ele meu deu um empurrãozinho dolorido, mas eu to bem, já. Foi nada...

—Pessoal, esse aqui é o KyungSoo. Ele é o meu irmãozinho. —Bati as pernas que estavam esticadinhas, enquanto apoiava as minhas mãos no joelho, olhando pra eles e para o KyungSoo.

—Olá, KyungSoo-ah. —JongDae foi o primeiro a falar. Ele acenou e sorriu, mas sem ter resposta.

—Acho que ele ta com fome. Ta com uma carinha brava. —SeHun esticou o sanduíche dele para KyungSoo que mordeu um pedacinho. Eu até me assustei com aquilo.

—Waah, SeHunnie. Ele quase nunca aceita comida dos outros. —Bati palminhas ainda surpreso com aquilo. Eu queria tentar também. —Aqui KyungSoo. Come um pouco. —Estiquei meu sanduíche pra ele, mas ele virou a cara. Meu coração ta bem, gente. Mas o biquinho no meu rosto não me deixa mentir. Fiquei chateadinho.

—Acho que SeHun teve é sorte. KyungSoo parece um gato curioso e estranho. —Nessa hora meu irmãozinho olhou para BaekHyun do mesmo jeito que ele me olha as vezes quando estamos sozinhos e não é um olhar muito bonito. BaekHyun até se engasgou.

KyungSoo voltou a mexer com o Doraemon quietinho, enquanto a gente comia. Vez ou outra ele mordiscava o sanduíche do SeHun, ou do JongDae, nunca o meu. Mas que saco. Até que a gente ouviu um chorinho. Era JongIn.

—Sai bichinho. Sai. —JongIn balançou o braço com uma carinha de choro. —Tira ela, Hyung. Tira. —JongIn estava quase chorando, o problema é que todo mundo ali tinha medo de inseto. Eu não tenho medo sabe?! É só... Nojinho.

A gente não sabia o que fazer, porque cada um se afastou um pouco, enquanto JongIn ainda balançava o braço, mas o bicho não saia. Não sei como não percebi, mas quando eu vi, KyungSoo já estava perto do Nini e de uma só vez meteu a mão no bicho. Fez até barulhinho de algo quebrando. Eca. Depois KyungSoo levantou, pegou o Doraemon e começou a andar perto de umas florezinhas que tinham do nosso lado.

Tadinho do JongIn, a gente só conseguia ver os olhinhos arregalados, a boca aberta e a marca da mão de KyungSoo junto com um bicho esmagado em seu braço. Não deu cinco segundos e Nini abria o berreiro correndo em direção a mãe dele. JongDae depois de perceber o que aconteceu foi correndo também pra ver se JongIn estava bem e explicar o que aconteceu, eu acho. Eu olhei para SeHun e BaekHyun que tinham aquelas bocas sujas de suco de uva abertas.

—Channie, seu irmão é assustador. —BaekHyun sussurrou e olhou para KyungSoo, que estava olhando pra gente, muito sério. Ou seja, com a cara normal dele. —Eu não disse nada. —Tampou a boca com o sanduíche, comendo apressado.

—Depois o Baek reclama que eu sou difícil. —SeHun deu de ombros tomando seu suco.

Enquanto iniciava mais uma briga daqueles meio irmãos, eu olhei para KyungSoo que estava no meio das florezinhas. Seria uma imagem muito linda, se as florezinhas perto dele não estivessem morrendo e a que ele estava segurando não estivesse seca e murcha.

KyungSoo estava começando a me assustar.


Notas Finais


FANFIC TAMBÉM POSTADA NO AO3
LINK: https://archiveofourown.org/works/24208282/chapters/58316653

Reclamações, indignações, xingamentos: @LumusLua (twitter)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...