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História Sweet Desire - Capítulo Único


Escrita por: swenregal

Notas do Autor


Não costumo ler fic Morrilla, como também nunca escrevi nada sobre elas, mas essa ideia insistiu pra ser escrita kkkk e aqui está.

*Elizabeth Debicki
*Gale Harold

Capítulo 1 - Capítulo Único


POV JENNIFER

One Time - Marian Hill

Uma porção de salada na boca e em seguida suas tão respeitadas trinta mastigadas. Enquanto isso suas belas orbes castanhas fitam com veemência Liz* sentada à sua frente que aparentemente conta-lhe algo interessante.

You know you've got that thing

That makes the girls all swing

 

-Olha, confesso que já fiquei surpresa o bastante quando li seu e-mail e o conteúdo dele. Não imaginava o quê de tão importante tinha para me dizer - ela observava os papéis em suas mãos - Isso é… wow!

-Você está me deixando um pouco nervosa - admiti. Ela já havia lido parte do roteiro e eu tinha lhe dado uma grandiosa descrição sobre Cate.

-Você está mesmo me propondo o papel principal? - Questionou ao levantar o rosto e me encarar.

-Não. Isso é uma pegadinha. Há algumas câmeras espalhadas e você aparecerá em um programa de comédia - brinquei, entretanto ela permaneceu séria - ei, foi uma brincadeira.

 

Parece até mesmo hipnose. Basta parar para observá-la que acabo me transportando para um outro mundo. Sempre fora assim, e confesso que havia sentido uma certa falta disso. Era um de meus passatempos favoritos. Afinal perder-se em sua beleza, seus encantos e seu jeito doce e cativante não era assim tão difícil.

Sempre nos demos bem, possuíamos conversas interessantes e era divertido passar o tempo com ela. Entretanto nunca fomos as mais próximas no nosso grupo de colegas e, por vezes, me perguntava o porquê disso. No fundo meu desejo sempre foi tê-la por perto mais tempo, mas de alguma forma acabava fazendo o contrário e a afastava.

 

-Por que você está tão surpresa? - perguntei - não reconhece seu próprio talento?

-É claro que reconheço, é que… não imaginei que fosse pensar em mim.

“Sempre” isto era o que eu queria dizer, mas  o que saiu foram outras palavras.

-Eu achei que a Cate tinha muito a sua cara, então resolvi fazer o convite.

Silêncio. Aquilo já estava queimando meus neurônios. Por que ela precisava demorar tanto para dar-me uma resposta?

-Se você precisar de um tempo pra pensar não tem problema. Você pode…

-Eu aceito! - cortou-me a fala. Um sorriso enorme e lindo estampou seu rosto. Eu não sabia que sentia tanta falta de vê-lo, até aquele momento.

 

Fui pega em flagrante. Ela mudou a direção de seu olhar encontrando-me à alguns metros de distância. Permanecemos por segundos, que mais pareceram minutos, naquela intensa troca de olhares. Sentia-me completamente despida com aquilo. A sensação era que somente olhando-me ela era capaz de desvendar tudo que se passava em minha cabeça.

 

-Aqui está nossa estrela! - Estava perdida em papéis quando o grito de Bob chamou-me a atenção. Uma bela morena vestindo calça jeans e casaco moleton caminhava em nossa direção. Bob a abraçou levantando-a do chão. - VOCÊ É GENIAL!

Ela gargalhou.

-Jennifer, não tenha ciúmes - ele apontou para mim - você também é genial por ter dado o papel à essa força da natureza aqui.

-Sim, eu tenho bom gosto - respondi-lhe divertida. Bob revirou os olhos e ela sorriu mais.

Estávamos na terceira semana de gravação. A felicidade de nosso assistente de direção se dava por um único motivo: a improvisação de nossa atriz protagonista em uma cena na qual não conseguimos encontrar satisfação. Depois de pelos menos seis tentativas ela simplesmente resolveu não seguir o roteiro. Eu certamente quis gritar com ela e pedir que parassem a gravação novamente, mas Bob impediu-me, o que acabou sendo uma intervenção maravilhosa.

 

Ela me mostrou um sorriso encantador. Eu deveria sorrir de volta, mas o que aconteceu me fez sentir como uma adolescente boba. Engasguei-me com o café que tomava e deixei derramar o restante do copo. “IDIOTA, JENNIFER VOCÊ É UMA IDIOTA” Olhei para ela mais uma vez e vi seus olhos arregalados. Sai quase às pressas do refeitório improvisado no set.

 

 

 

xxx

 

 

-Ei você está bem? - estava indo chamá-la para que pudéssemos voltar à gravar, quando à vi esmurrar a porta do trailer e em seguida reclamar da dor. Ela acabou se assustando um pouco por não ter visto ninguém por perto.

-Ah, você está aí - ela olhava para a mão que sacudia no ar.

-Acho melhor ter cuidado. Não temos nenhuma cena da Cate com uma mão machucada - brinquei, mas seu sorriso foi fraco.

-Vamos - respondeu antes de começar a se dirigir para o local das gravações.

Como se meu corpo tivesse passado a ter vida própria a impedi de de sair segurando seu pulso.  

- Ei, se quiser podemos esperar um pouco mais - virou-se novamente para mim. Olhou-me de baixo até chegar aos meus olhos. Um estranho arrepio percorreu meu corpo naquele momento e acabei soltando seu pulso. Mas nada poderia me preparar para sua repentina aproximação. Sua mão direita pousou em minha bochecha e desceu vagarosamente até meus lábios demorando alguns segundos ali. Sem nunca deixar de olhar-me nos olhos

-Vamos - fechou os olhos e disse. No segundo seguinte ela já estava andando para longe de mim.

 

Into You - Ariana Grande

 

Cate sorriu para Robert. Segurava o cigarro entre os dedos e encarava o céu nublado. Ele, no entanto, a observava atentamente. Havia acabado de declarar seus reais interesses com ela.

-Ah Rob! - falou após um suspiro - parece que não conheces mesmo uma mulher como eu. Não me leve a mal, você é um cara bom. Eu gosto de passar tempo com você, mas não tente prender um pássaro selvagem em uma gaiola. Já tentaram isso e não acabou bem.

Ela sorriu e levou o cigarro a boca. Soltou a fumaça alguns segundos depois.

-Eu não entendo - Rob dizia com uma certa indignação da voz - pretende continuar toda sua vida sozinha?

-Acredite, eu nunca estive tão bem só - ela sorriu mais abertamente.

O silêncio se instalou por uns instantes entre eles. Cate soltou a fumaça pela boca a última vez, descartou a bituca em uma pequena caixa que carrega na bolsa, e voltou a olhar o homem ao seu lado.

-Eu preciso ir. Espero te ver por aí - Ele a olhou por alguns segundos antes de sorrir fraco, mas nada disse. Ela se aproximou dele e se despediu com um beijo em cada lado do seu rosto. Ela partiu e ele a observou se afastar antes de seguir seu próprio caminho.

 

-CORTA! - Gritei. Depois de algumas tentativas finalmente conseguimos gravar a cena. Era bastante perceptível a distração de Lana aquela tarde. Estranho, já que gravamos por quase toda manhã sem grandes dificuldades.

Ainda teríamos uma cena para filmar na casa montada de Cate, antes de encerrarmos as gravações daquele dia. A equipe já começava a se preparar para isso. Gale** estaria liberado, portanto deixou o set para ir até um dos trailers se livrar de Robert. Lana permaneceu conversando com Bob.

Apesar de estar olhando a cena que fora gravada alguns minutos antes, não pude deixar de perceber que vez ou outra os olhos castanhos me procuravam, e percebi justamente por também estar procurando por ela. Apesar do ambiente diferente, das pessoas diferentes e tudo mais ao nosso redor, sentia naqueles momentos quase uma nostalgia. Era como se tivéssemos voltado aos sets de once upon a time. A maior diferença na verdade é que agora as coisas pareciam muito mais intensas. Não tentávamos mais fugir quando os olhares se encontravam, não tentávamos mais nos limitar como antes.

Depois de uma longa troca de olhares ela voltou a prestar atenção no ruivo à sua frente. Aproveitei o momento e me retirei dali para ir ao banheiro. Liguei a torneira e molhei desde meu rosto até nuca e colo dos seios. Apreciei a água fria em contato com meu corpo quente. Em seguida encarei meu reflexo no espelho e engatei uma conversa silenciosa e intensa comigo mesma. Estava perfeitamente claro que eu me sentia completamente atraída por ela. Assim como também era claro que esse desejo não era nada recente, entretanto sempre fora reprimido. Agora, por algum motivo, ele parecia voltar com mais intensidade. Disposto a consumir-me por inteira.

Oh baby, look what you started

The temperature's rising in here

Is this gonna happen?

 

O barulho da porta se fechando acabou trazendo-me a realidade. Molhei novamente meu rosto, desliguei a torneira e quando voltei a fitar o espelho me deparei com seu olhar intenso à me encarar. Silêncio. Novamente calor.

-Algum problema? - indaguei.

-Não que eu tenha conhecimento - foi sua resposta. Não demorou muitos segundos para que ela começasse a se aproximar lentamente. Todo meu corpo se enrijeceu. Ela parou a poucos centímetros atrás de mim e eu pude sentir seu calor. Suas mãos tocaram meus ombros e eu não consegui não olhar o movimento. Desceu as mãos por toda extensão dos meus braços lentamente, observando atenta o movimento.

-Quero te pedir uma coisa - sua voz era um murmúrio. Fixou seu olhar à frente assim como eu. Observamos nossos reflexos no espelho. Aquela junção parecia tão certa. Tão desejada. - Saia comigo essa noite. Eu fiz reservas no River Roast para duas pessoas. Estarei te esperando às 20:00 e se não quiser ir, não se preocupe eu vou entender.

Não consegui responder. Nunca havíamos sido tão diretas assim. Mordi o lábio inferior e ouvi um pequeno suspiro dela. Se afastou em seguida deixando-me novamente sozinha.

 

XxXxX

 

 

Observei um dos barcos que passavam pelo rio. Havíamos ficado com uma das mesas da parte externa, o que havia sido uma boa escolha, já que a noite de Chicago era uma ótima visão. Por mais que eu não estivesse conseguindo prestar atenção em outra coisa que não fosse a bela morena a minha frente.

Um certo nervosismo e ansiedade havia me acometido por toda a tarde desde o acontecimento no banheiro. Bob precisou dirigir praticamente sozinho durante o restante da gravação, por mais que eu houvesse feito os maiores esforços para transparecer uma calma. Mas aqui, agora, sob o céu estrelado de Chicago, sentia-me completamente mais tranquila. A conversa fluía com tamanha facilidade, demos ótimas gargalhadas sobre histórias desastrosas de nossas vidas.

Nossos pratos já estavam vazios há um tempo, portanto estávamos apenas conversando e bebericando os últimos resquícios de vinho.

-Que tal darmos uma volta por aí? - ela questionou animada - quer dizer, se não for incomodo é claro.

-Não, não… - respondi-lhe e acabei demonstrando ansiedade demais - sua companhia é maravilhosa.

 

Close - Nick Jonas ft Tove Lo

 

Concordamos em dividir a conta e em seguida caminhamos sob as luzes da cidade. Envolvidas em boas conversas e muitas risadas. Lembramos das gravações de nossa antiga série, dos colegas, dos fãs e principalmente da alegria de muitos quando Emma e Regina terminaram juntas, o que certamente resultou no desagrado de alguns. Ela me confessou que sempre fora seu desejo ver as duas como um par romântico.

-Queria provar dos meus beijos, Parrilla? - brinquei. Um pouco do álcool já estava mexendo comigo. Ela sorriu e me olhou em meio à nossa caminhada. Era intenso o que fez meu próprio sorriso murchar um pouco. Será que não havia gostado do que falei? Quer dizer, ela pode praticamente me atacar no banheiro e eu não posso fazer uma brincadeira? Ela era bipolar ou algo do tipo?

Mudou a direção de seus passos e se foi até parapeito que divide a calçada do rio. Um tanto indignada com sua falta de humor, aproximei-me.

-Você sabe que foi uma brincadeira não sabe? - ela voltou-se para mim, sua testa estava franzida, as sobrancelhas quase juntas.

-Você está mesmo me perguntando isso? - indagou já com um pequeno sorriso no rosto.

-Estávamos indo tão bem. Olha, quando vi já tinha dito aquilo, mas só foi para descontrair, eu…

Lana estava cheia de sorrisos durante toda a noite, mas o de agora havia uma certa tristeza. Com certeza algo estava lhe incomodando. Talvez ela só não quisesse admitir que minhas palavras a chatearam.

-Eu sei que não passou disso Jen, não se preocupe - voltou a olhar para o rio.

-Então o que foi? - eu não desistiria fácil. Se algo estava errado eu não sairia dali sem saber.

Silêncio. Cruzei os braços e observei seu perfil. Ela abriu a boca algumas vezes, mas nada disse. Bufei e caminhei em direção contrária a que estávamos.

-É sério que você vai simplesmente me dar as costas e ir?

-Estou indo sentar naquele banco - apontei para o lugar, mas em momento algum virei para olha-la. Senti uma de suas mãos em meu braço direito. Estavam bastante quentes levando em consideração a noite um pouco fria. Virou-me um tanto brusca e pude mais uma vez ver seus olhos imensamente escuros.

-O que você quer de mim, Lana? - eu estava um tanto desconcertada com a situação. Quanto às minhas vontades eu já tinha absoluta certeza. Meus desejos por ela só cresciam. Mas desvendá-la estava sendo uma tarefa extremamente árdua.

-Já não está claro o bastante, Jennifer? Meu corpo todo arde de desejo em te ter - mordeu seus lábios enquanto encarava o meu - Você está certa, oh céus como você está certa. Eu morria de vontade de provar seus beijos. Eu gostava da história de nossas personagens, mas o que mais me incitava em querer as duas juntas era saber que se algo acontecesse, aí sim eu conseguiria o que tanto queria. Eu me sentia tão culpada por estar desejando alguém que não era meu marido. Algumas vezes eu até pensei em largar a série porque isso iria acabar meu casamento. Engraçado porque nós duas paramos de nos ver e ainda assim estou em processo de divórcio. Meses atrás, quando você me chamou para estrelar seu filme fiquei extremamente contente, porém minha cabeça estava tão cheia que eu não pensei em você da forma que pensava antes. Acreditei que já havia superado. Conforme o tempo passou eu percebi que não. E agora agora quando você disse aquilo em tom de brincadeira, foi como se a ficha caísse mais uma vez. Foi como se algo me dissesse que talvez seja mesmo só ideia da minha cabeça, imaginar que você possa me querer da mesma forma que te quero. Eu nem ao menos sei se você gosta de mulheres.

 

Cause if I want you, and I want you, babe

Ain't going backwards, won't ask for space

 

Sem pensar duas vezes levei minhas mãos ao seu rosto e juntei nossos lábios. Começou um beijo simples, sem muita cerimônia, até que suas mãos puxaram-me pela cintura para anular a distância de nossos corpos. O calor dela reagiu em mim como um combustível para que aquele beijo se tornasse mais intenso. Nossas línguas se encontraram pela primeira vez e naquele momento, aquilo era coisa mais incrível do mundo. Mergulhei em sensações excepcionais. Quanto tempo esperei para fazer aquilo dignamente.

Nos afastamos quando já não tínhamos mais ar. Ao abrir meus olhos pude vê-la de olhos fechados chupando o lábio inferior. Era uma cena linda que eu faria de tudo para nunca esquecer.

-Será que isso tira sua dúvida? - Provoquei. Suas orbes castanhas finalmente se mostraram.

-Eu acho que ainda não estou convencida - sorrimos e então puxei-a para outro beijo ardente.

 

XxXxX

Let Me Love You - Ariana Grande

 

Nossos lábios se afastaram. Seria muita loucura dizer que já sentia falta dos dela? Nossas testas estavam grudadas e sua mão acarinhava meu rosto. O táxi havia estacionado frente ao seu prédio e o motorista aguardava pacientemente que ela descesse.

-Eu não posso deixar você ir - confessou-me fitando meus olhos - Não quero e não vou te largar. Suba comigo.

Quando ela pediu-me para dividir o táxi pensei muito em negar. Queria respeitá-la. Havíamos bebido, ainda que não tanto, mas ainda assim bebemos. Sua coragem em confessar-me todas aquelas coisas podia ser efeito de álcool. Não queria que fizéssemos algo do qual ela poderia se arrepender na manhã seguinte.

-Eu sei o que você está pensando. - afastou sua testa da minha, fechou os olhos e suspirou. Em seguida pegou sua bolsa, tirou sua carteira, e deu uma quantia grande demais para o motorista. Iria alertá-la de que eu pagaria ao chegar em meu prédio, mas ela foi mais rápida. Desceu do carro. Inclinou seu corpo um pouco a frente para que pudesse me ver dentro do veículo. Naquela posição eu tinha uma visão privilegiada do decote em seu vestido. Estava difícil olhar somente para seu rosto - Jennifer Morrison, eu não tenho a vida toda, desça desse carro ou eu irei para sua casa. Não nos torture mais.

Dito isso, ela se pôs novamente ereta e caminhou para a entrada de seu prédio, deixando a porta do carro aberta. Observei seu andar por um tempo. Suas curvas bem marcadas naquele vestido de couro preto estavam me deixando maluca. Sem falar no seu rebolado. Chegou aos portões de vidro, segurou a porta e olhou para trás. Não conseguiu disfarçar a frustração ao ver que eu ainda permanecia dentro do veículo.

Ela havia vencido. Com certeza havia vencido. Nem que eu quisesse poderia deixá-la escapar.

Saí quase correndo, movida pelo desejo reprimido de anos. A vi já dentro do elevador, com a porta quase fechada, nossos olhos se encontraram rapidamente e ela sumiu. Algumas pessoas saíram do elevador ao lado. Gritei para que segurassem a porta para mim e corri até ele. Teclei os números de seu andar e fiquei observando impacientemente os números subirem, mais devagar que o normal. Quando as portas se abriram apressei-me tanto que quase não notei uma morena encostada à parede. Puxou-me pelo braço pela segunda vez e encostou-me de forma bruta a parede.

Aproximou seus lábios do meu ouvido e sussurrou:

-Está indo encontrar alguém?

Meu corpo todo reagiu aquilo. Até mesmo minha respiração estava dificultada. Levantei minha mão para puxar-lhe pela nuca. Ela impediu-me ao segurar meus pulsos. Aproximei meu rosto mais uma vez tentando capturar seus lábios, mas ela afastou-se. Arfei e ela deixou escapar uma linda risada antes de chupar meu lábio inferior. Quando tentei iniciar um beijo ela puxou-me pela mão e caminhamos até a porta de seu apartamento.

Lana procurava pelas chaves em sua bolsa enquanto eu a envolvia em meus braços pela cintura. Beijei desde sua orelha até seu ombro. Resmungou algumas vezes alegando que eu estava tornando difícil encontrar as chaves. Senti seu cotovelo contra meu braço quando um senhor passou pelo corredor. Eu me afastei e ela o cumprimentou doce. Sorri para ele e foi quando a porta finalmente se abriu.

Fiquei parada próxima a entrada. Ela deixou sua bolsa sobre o sofá e depois virou, ficando de frente para mim. Meu olhar passeou por todo seu corpo escultural e de lindas curvas. De suas pernas expostas até suas orbes agora ainda mais escuras de desejo. Minha pele ansiava por encontrar a dela, meus lábios ansiavam por devorar os dela. Eu precisava estar junto de Lana Parrilla, como precisava.

Sem conseguir esperar mais, avancei em sua direção e ela fez o mesmo. Nossos corpos se chocaram, nossas respirações se misturaram, nossos lábios se encontraram e pouco tempo depois nossas línguas. Naquele momento havia se iniciado uma combustão dentro de mim.

Minhas mãos estavam inquietas e com desejo de descobrir cada pedacinho dela. Em meio aquele beijo ardente ela puxou-me pela gola da camisa. Desviamos de algumas decorações até que ela jogou-me no sofá. Sem dar-me tempo de processar, jogou-se sobre mim e distribuiu beijos por toda extensão do meu pescoço, mordendo ao chegar a ponta do meu ombro. Beijamo-nos novamente com a mesma intensidade. Seu vestido estava um pouco mais levantado devido a forma que estava sentada, expondo ainda mais sua pele. Apertei suas coxas e ela começou um rebolado sobre minhas pernas. Depositei  beijos por seu queixo depois em seu pescoço e colo.

-Eu te quero tanto - sussurrei em seu ouvido esquerdo, chupando o lóbulo da orelha.

-Me mostre isso então - sorriu sacana.

Lana levantou os braços para desabotoar o vestido atrás, em seguida ficou de pé e de costas para mim. Um convite para desvendar seu corpo que só havia visto em alguns de seus projetos. Desci todo o zíper e logo deslizei lentamente por seus braços. Em poucos segundos Lana estava ali na minha frente somente com uma lingerie preta.

-Ah mas vou te mostrar, como vou - grudei seu corpo ao meu novamente. Ela riu. Beijei-a e a levantei. Suas pernas ao redor da minha cintura e seu braços em meus ombros - Onde fica o quarto?

-Primeira porta à direita. Ali - apontou para um corredor e eu não esperei um segundo sequer para ir até lá.

Entramos no quarto e não me importei com mais nada além de localizar a cama. A deitei sobre o colchão e comecei a depositar beijos por sua barriga lisinha e subi até seu rosto. Ela tomou-me em um beijo profundo. Eu precisava daqueles lábios carnudos. Suas mãos entraram para dentro de minha camisa. subiram por minha barriga até encontrarem meus seios desnudos, cobertos apenas pela camisa. Ela sorriu entre o beijo e eu deixei escapar um gemido ao sentir seu toque.

Abruptamente ela inverteu nossas posições deixando-me abaixo dela. Desabotoou cada botão da minha camisa começando pelos de baixo. Levantei-me um pouco para que ela tirasse toda a peça. Assim que o fez deitou-me novamente e prendeu meus braços com suas mãos acima da cabeça. Roçou seus lábios nos meus, mas logo desceu para seu maior desejo naquele momento, meus seios. Abocanhou o esquerdo, hora chupava-os lentamente, hora rodeava o mamilo enrijecido com a língua. Eu me perdia em sensações deliciosas. Acredito que poderia atingir o orgasmo só com aquilo. Fez a mesma coisa com o outro.

 

Ride - SoMo

 

Assim que consegui livrar um dos braços, agarrei-a pela cintura e voltei para nossa posição inicial. Depositei beijos em seu colo. Passei a língua por sua cicatriz que tanto me atraia. Ela arqueou o corpo para que eu pudesse desabotoar seu sutiã. Retirei a peça e a admirei ali deitada, vestindo somente uma calcinha, com os cabelos já desgrenhados, a respiração pesada e o desejo gritando em seu olhar. Abocanhei seus seios um de cada vez, chupei-os com vontade e pequenos gemidos escapavam de sua boca. Levei minhas mãos ao meio de suas pernas e notei que o tecido já estava encharcado por causa de sua excitação. Acariciei seu sexo por cima da peça. Seu gemido cálido era música para os meus ouvidos. Beijei-a mais uma vez, chupei e mordi seus lábios com vontade.

-Por favor... - ela estava ofegante.

-Por favor o que? - pressionei meu dedo em ser nervo pulsante.

-Me faça sua - disse com dificuldade em meio a um delicioso gemido. Selei nossos lábios, depois desci os beijos por todo seu corpo até chegar ao seu umbigo. Deslizei a pequena calcinha por suas pernas, tudo muito delicadamente. Abri um pouco mais suas pernas e encarei o que mais desejava naquele momento. Minha boca praticamente salivava, mas resolvi provocá-la mais um pouco. Cravei os dentes na parte interna de sua coxa. Seu gemido fora tanto de dor como de prazer. Estava tão ansiosa para sentir meus lábios que era provável que a qualquer momento ela mesma guiasse minha cabeça.  

Passei a língua por seu monte de Vênus e em resposta Lana arqueou seu corpo suspirando. Lentamente fui beijando cada cantinho de seu sexo úmido. Seus resmungos e gemidos preenchiam meus ouvidos.

-Você quer me enlouquecer?

Subi meu corpo novamente para ficar cara a cara com ela.

-Pra que a pressa? Quero conhecer cada mínimo detalhe de você - disso em meio à leves chupões em seu queixo e pescoço.

-Se você não fizer o que tem de fazer logo é provável que eu goze antes mesmo de te sentir - ela segurou meu rosto com as duas mão para encarar meus olhos. Sorri antes de beijá-la. Sem que Lana esperasse deslizei dois dos meus dedos para dentro dela. Um forte gemido foi abafado por nossas bocas. Comecei um ritmo lento. Entrava e saia com facilidade devido sua excitação. Encostei minha testa à dela e fixei meu olhar ao seu. O desejo estampado em seu rosto me proporcionava uma imensa satisfação. Sem aguentar mais, desci meu rosto para o meio de suas pernas e a chupei faminta. Ela arqueou sua lombar ao mesmo tempo que gemeu alto. Lana apoiou-se nos cotovelos para olhar-me.

-Oh Jen - ao ouvi-la gemer meu nome foi o combustível para que eu aumentasse as estocadas. Uma de suas mãos foram parar nos meus cabelos. Ela pressionou meu rosto ainda mais ao seu sexo, gemendo cada vez mais forte. Sentia meu corpo em brasa somente por estar deliciando-me dela. Não demorou muito para que Lana explodisse em um gozo espetacular. Seu corpo todo desfaleceu sobre a cama. Lambi cada resquício de seu orgasmo. Incluindo o melado em meus dedos.

Colei meu corpo ao seu e a observei tentando normalizar a respiração. Um sorriso brotou em seu rosto e então eu a beijei com ternura e desejo. Rolamos abraçadas, com os corpos suados por toda a cama.

-Me deixe recompensar esse orgasmo incrível, Srta Morrison - Ela afastou-se de mim e às pressas arrancou minha saia e calcinha. Cravou os dentes no meu lábio inferior. Pude sentir o gosto do sangue. Beijou-me e antes que eu esperasse pressionou meu clitóris entre seu indicador e polegar, arrancando-me um gemido. Passou a massageá-lo com o polegar proporcionando-me um prazer incrível.

-Fica de quatro - sussurrou ao meu ouvido. Demorei um pouco a processar suas palavras. Seu corpo afastou-se do meu e só então entendi sua fala. Acabei atendendo-a.

Uma leve mordida em minha bunda foi a primeira coisa que senti. Logo sua língua deslizou por minha buceta, fazendo-me cravar as unhas no lençol da cama. Ela voltou a morder minha bunda dessa vez com mais força. Um gemido carregado de dor e prazer saiu de meus lábios. A falta de sua boca em meu sexo logo deixou de existir, pois Lana passou a chupar-me com vontade. Lentamente passei a rebolar. Suas unhas por vezes arranhavam minhas coxas. Eu estava recebendo o sexo oral mais prazeroso de toda minha vida. Afastou sua boca de novo e passou o dedo por minha buceta completamente molhada.

-Céus, como você é gostosa - suspirou antes de praticamente montar em mim.

Senti sua barriga e seus seios em minhas costas. Suas mãos afastaram meus cabelos deixando meu pescoço em livre acesso para sua boca. Sua mão esquerda agarrou meu seio esquerdo e a direita percorreu minha barriga até chegar onde eu mais queria. Penetrou-me com dois dedos levando-me às alturas. Meu corpo quase não foi capaz de sustentar-se ao sentir sua invasão. Com estocadas fortes e cada vez mais rápidas, aquela morena me preenchia.

-Você é linda - sussurrou ao meu ouvido. Virei um pouco o rosto para alcançar sua boca.

A qualquer momento eu chegaria ao ápice. Estava gemendo cada vez mais alto sem me importar se seria ouvida. Senti uma falta enorme quando ela retirou seus dedos de mim. Eu reclamaria se ela ao menos tivesse me dado tempo para isso. Deitou-me novamente, suspendeu minha perna direita e encaixou seu sexo ao meu. Gememos juntas somente ao toque. Levantei meu quadril para que houvesse um maior atrito. Nos movimentamos com sede uma da outra, com constante desejo por maior contato.

-Puta que pariu - gritou rouca. O som uníssono de um gemido forte preencheu o cômodo quando explodimos em um maravilhoso orgasmo, uma após a outra. Um lampejo de eletricidade percorreu por todo o meu corpo.

Lana caiu sobre mim e afundou seu rosto na curva do meu pescoço. Nossos corpos pareciam ter sido feitos para acomodar-se um ao outro.Era o calor daquele corpo latino que sempre ansiei em sentir. Nos abraçamos suadas e quase sem fôlego. O peso dela sobre mim parecia tão confortável que me fazia não querer largá-la.

-Eu poderia passar uma eternidade aqui agarrada a você - proferi quase sem perceber. Apesar de não está vendo seu rosto pude sentir que ela sorriu.

-Isso seria estranho - confessou - mas eu também poderia.

Fiquei extasiada com sua resposta. Eu não sabia o que aconteceria amanhã ou nos dias seguintes, e nem queria pensar nisso. A única coisa que me importava era aproveitar aquele momento de conforto que estar sob ela me proporcionava.


Notas Finais


Seria meu sonho Jennifer chamar a Lana pra atuar em um filme dela? Ah seria.
Me contem o que acharam :)


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