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História Sweet Devil - Capítulo 1


Escrita por: yausi

Notas do Autor


Hello! mais um capítulo aqui!

Hope you like it!

Capítulo 2 - Capítulo 1


Fanfic / Fanfiction Sweet Devil - Capítulo 1

 

“Eu sou um demônio”

 

Essas foram as últimas palavras ouvidas por Sergei antes de adormecer em um sono profundo. O que fez o cazaque acordar um tanto quanto desnorteado pela manhã com o barulho do despertador. Se perguntava o que estava fazendo ali deitado naquela cama, já que, não se lembrava de ter ido dormir em seu quarto noite passada, na verdade, não se lembrava de nada daquela noite. Suspirou, aquilo era consideravelmente bizarro em seu ponto de vista, porém, resolveu ignorar o fato. Tinha que focar-se em levantar daquela cama e se arrumar para mais um dia de aula.

 

Estava prestes a desligar aquele maldito despertador que insistia em fazer aquele incômodo som ecoar pelo ambiente, até que, o barulho cessou-se repentinamente. O que fez Blanca remexer-se naquela cama de casal, virando-se para o lado em que o criado mudo encontrava-se, notando que o tal relógio não estava ali.

—Está procurando por isso, Blanca? -Ouviu uma voz cortando o ambiente. Procurou a fonte e viu aquela figura humanóide nua com chifres literalmente em cima da estante de livros, segurando o despertador em mãos.

 

 Naquele exato instante todas as memórias da noite anterior voltaram como num piscar de olhos.

 

 —Meu Deus… Então… -Sergei nunca foi uma pessoa que se impressiona facilmente, porém, não ficar surpreso com o que estava acontecendo agora era impossível.

 

 —Isso é muito irônico! -O demônio começou a rir num tom que exalava puro deboche  —Você é ateu! como pode usar esse tipo de expressão? Que patético!

 

 Blanca não disse nada, nem ao menos dirigiu sequer um olhar ao demônio. Apenas tentou se manter calmo e apressar-se para não se atrasar para aula de hoje, até porque, ele é o professor.

 

Dirigiu-se até o banheiro e fez sua higiene matinal, sentindo-se agradecido por aquele ser não ter lhe seguido. Em seguida, foi até a cozinha para preparar seu desjejum. E adivinha? Ao chegar lá deparou-se com o ser sentado em cima da geladeira, balançando suas pernas nuas num ritmo que ele próprio parecia ter criado para se distrair.

 

 —Você… Tem fetiches por lugares altos ou algo assim? -Perguntou enquanto preparava duas xícaras de café.

 

  —Eu achei que a primeira coisa que você me perguntaria é “nossa! o que um demônio faz na minha casa!?” -Tudo o que saía da boca daquele demônio parecia ser em tom de deboche  —Uma hora ou outra você iria perguntar isso, não é, Sergei?

 

 —Claro, mas antes iria pedir para você se vestir. É extremamente desrespeitoso andar nu pela casa de alguém dessa maneira. -Expressou um tom extremamente amigável, tanto que, aquilo nem parecia ser uma “bronca”.

Ouviu um suspiro pesado vindo daquele ser. Quando foi entregar a xícara de café para ele percebeu que havia sumido. Por um segundo considerou que tudo aquilo era fruto de sua imaginação, porém, algum tempo depois quando já estava sentado à mesa da cozinha bebendo seu café, percebeu a presença do demônio ali. Dessa vez, estava vestido: Trajava algum tipo de roupa tradicional chinesa com tons de preto e vermelho e ainda seu cabelo estava arrumado graciosamente num penteado que parecia realmente complicado de ser feito. Sentou-se na cadeira vazia à frente de Blanca.

 

 —Pode começar a falar -Sergei sorriu amigavelmente.

 

 —Huh, meu nome é Yut-Lung Lee e eu sou um demônio. Fim da história -Yut disse num tom irônico  —Isso é tudo que você precisa saber.

 

 —Nada disso. Eu tenho mais uma pergunta: O que você faz aqui na minha casa? -Blanca questionou

 

 —Sabe aquele vaso ali? -Sergei confirmou com a cabeça  —Meio que eu estava aprisionado dentro dele. E a maldição de cem anos durava até ontem, então, você como novo proprietário do vaso é obrigado a passar o resto da sua vida mortal patética comigo.

 

Blanca ainda estava perplexo com isso. Era muita informação para digerir de uma vez só, precisava de mais alguma prova sobre esse tal Yut-Lung ser mesmo um demônio. Colocou sua xícara vazia sob a mesa.

 

 —Você é tão chato que me cansa, sabia? -Yue suspirou  —Posso ver que quer alguma prova sobre a veracidade dos fatos, não?

 

E então o ser com chifres estalou os dedos, fazendo com que um pingente prata em formato de rosa aparecesse em suas mãos. O tal adereço era de Natasha e havia sido enterrado com ela.

 

 Blanca arregalou os olhos, sentiu uma imensa raiva repentina por esse tal ser ter violado o túmulo de sua falecida esposa dessa maneira. Suspirou, controlou-se. Não era o tipo de homem agressivo, então, apenas encarou Yue-Lung com o olhar mais mortal que possuía.

 

 —Devolva isso exatamente no lugar onde estava -Pronunciou essas palavras de maneira curta e direta.

 

 —Nossa, está bem, está bem. Não precisa ficar estressado -Yut estalou os dedos novamente, fazendo com que o objeto desaparecesse.

 

Blanca suspirou. Levantou-se subitamente da cadeira, logo em seguida adentrando um dos quartos da casa. Yue ficou sozinho ali por apenas alguns instantes até que Sergei retornasse. Agora estava vestido apropriadamente para mais um dia: As madeixas curtas estavam presas num rabo de cavalo desleixado, trajava uma camisa social branca por baixo do mesmo sobretudo que usou no dia anterior.

 

—Uh, parece que nós vamos sair! -Yue-Lung caminhou até o cabideiro ao lado da porta. Em seguida pegou a bolsa pendurada ali, entregando-a para Blanca.

 

—Nós? -O mais alto questionou.

 

—Claro, até parece que eu ficaria nesse apartamento entediante o dia todo. -O demônio revirou os olhos -E fique tranquilo -Yut estendeu uma de suas mãos gélidas até o rosto de Sergei, pousando-a ali —Eu sou exclusivamente visível apenas á você. Outros humanos não possuem a sorte de poderem me ver ou ouvir.

 

Blanca não pôde recusar, até porque, mesmo que o fizesse sabia que aquela criatura iria segui-lo por aí de qualquer maneira.

 

Ao passar pela portaria do prédio cumprimentou o porteiro com um educado “bom dia” e conseguiu comprovar o que aquele ser havia dito para si: Realmente, outros humanos não conseguiam vê-lo. Porém, ainda considerava a possibilidade de tudo isso acontecendo a sua volta ser apenas uma ilusão, um devaneio de sua mente cansada.

 

No momento exato que deixaram o edifício, Yut-Lung parou por um instante. Blanca, por sua vez não fez o mesmo, continuou caminhando porque sabia que uma hora ou outra o demônio iria voltar ao seu lado.

 

Dois estalos de dedos seguidos, aquilo foi o suficiente para os pés de Yue começarem a deixar o solo, cada vez mais alto e mais alto. Com toda sua graciosidade demoníaca, flutuava pelos ares como se estivesse nadando numa piscina olímpica.

 

Observava a paisagem urbanizada de Nova Iorque com um certo brilho no olhar. Muitas coisas haviam mudado ali em cem anos. Os carros, a tecnologia agora presente em quase todos os cantos e principalmente as pessoas. Lembrava-se de sua primeira vinda ao mundo humano em meados de 1916, quando tudo parecia um verdadeiro caos. Naquele fatídico dia, bem no dia em que havia deixado o submundo presenciou um atentado de proporções catastróficas: Mil toneladas de dinamite explodiram o porto da cidade. Lembrava-se daquele dia como se fosse hoje, todo o medo estampado no rosto daqueles humanos ainda era visível em sua mente. Não que realmente se importasse com a dor humana, aquilo foi só… um pouco chocante.  

 

Continuava flutuando pelo ar. Cachorros raivosos latiam provocando um certo escândalo quando viam a figura demoníaca atravessar os ares. Já que, animais possuíam um olhar mais sensível ao sobrenatural conseguiam enxergar Yut sem muito esforço, que fazia caretas e zombava da cara dos pobres bichos.

 

—Blanca! -Chamou pelo cazaque enquanto flutuava sob a cabeça dele, o que fez Sergei olhar para os lados procurando a fonte daquela voz —Olhe para cima!

 

O professor universitário olhou para cima discretamente, levando um pequeno susto ao ver Yut-Lung ali, lhe encarando com seu par de olhos vermelhos.

 

 —Falta muito até lá? -O demônio questionou.

 

Blanca balançou a cabeça em negação, discretamente, até porque, não poderia se comunicar diretamente com Yue no meio da rua. Era a mesma coisa que falar sozinho e não queria ser tachado como louco. Então, ao chegarem no campus, Sergei trancou-se  como o demônio no banheiro masculino dos professores para tratar do quesito comunicação em público.

 

—Sabe que não posso falar devidamente com você em público, não? -Perguntou a Yut-Lung que parecia estar distraído pensando em algo.

 

—Claro que sei -Respondeu com um sorriso presunçoso nos lábios.

 

—Se sabe por que insiste em me fazer perguntas na meio da rua?

 

O demônio nada respondeu, apenas começou a rir num tom extremamente debochado enquanto se aproximava de Blanca, o bastante para ficar na ponta dos pés e conseguir ficar cara a cara com o cazaque, tão perto ao ponto de sentir a respiração do mais alto contra sua pele pálida.

 

—Eu as faço porque é divertido observar sua agonia interna por não poder respondê-las. -Yue sorriu de maneira maldosa

 

 Um passo para trás foi dado pela parte de Sergei. Como aquele ser havia percebido aquilo? Bom, não fazia diferença. Não conseguia se surpreender mais com nada mesmo.

 

—Certo, tudo bem. Agora me escute, caso você tenha algo a me falar em público eu lhe responderei fingindo estar falando no telefone ou escrevendo no celular, tudo bem?

 

—Uh! bem pensado! -O demônio voltou a aproximar-se de Blanca, que por sua vez, dava passos e passos para trás até suas costas chocarem-se contra os azulejos brancos da parede.

 

Foi bem ali, naquele momento em que Blanca percebeu o quanto as feições daquele ser não humano eram atraentes: os orbes vermelhos da criatura, juntamente com seus lábios da mesma coloração possuíam um enorme destaque sob a pele pálida.

 

—Eu sei que sou lindo, Blanca. -Yut sorriu de maneira convencida.

 

Lembrou-se que aquele demônio a centímetros de si podia também ler seus pensamentos. Se sentia realmente violado.

 

—Se me dá licença -Blanca de alguma forma conseguiu livrar-se da mira do ser demoníaco e ir em direção a porta —Tenho que trabalhar, estou atrasado.

 

Yue não estava realmente interessado em ficar o dia todo ouvindo aquele humano ensinar jovens sobre equações matemáticas e outras, em sua opinião, baboseiras exatas. Então, decidiu não seguir o professor universitário e dar uma volta pelo campus. Seria divertido pregar algumas peças em jovens inocentes.

 

E ele o fez. No final daquele dia o complexo estava um verdadeiro caos.

 


Notas Finais


Bom, resolvi parar por aí nesse capítulo porque pretendo dividir com os acontecimentos do próximo rs

Até o próximo!


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