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História Sweet Old Love - Cicatrizes.


Escrita por: TheKpopLoversz

Notas do Autor


Ano novo, vida nova!
Bem, povinho, tô atualizando as fics e essa aqui eu tenho muitos cap's guardados. É meio difícil manter essas fanfic's de cotidiano atualizadas mas eu vou tentar o meu melhor <3
Então, aproveitem um capítulo que eu deixei guardadinho pra vocês, espero que gostem!

Boa leitura ^^

Capítulo 5 - Cicatrizes.


Fanfic / Fanfiction Sweet Old Love - Cicatrizes.

- Yoongi On -

Os olhares penetrantes e raivosos das pessoas pareciam queimar minha pele. Respirei profundamente e desci o lance de escadas, observando a noite. O céu já mostrava algumas de suas estrelas. Eu sabia que não iria demorar muito para que alguém fizesse um escândalo perguntando o que tinha acontecido, então, fui andando sozinho para casa. O espaço entre a calçada e os carros era bem estreito, e parecia que cada carro que passava o meu passo apertava. Então um dos carros foi parando ao meu lado, e comecei a ficar desesperado. O vidro foi abrindo lentamente, e fui surpreendido. Namjoon estava no volante e Jin ao seu lado.

 

- Entra aí. - Jin disse, num tom autoritário.

 

- Eu tô bem, não se preocupe. - Voltei a encarar a calçada e comecei a caminhar.

 

- Mano, é sério, entra logo. - Seu tom de voz aumentou. Eu nunca tive muito contato com Seokjin, porém sua voz me deixou arrepiado por completo. Parei de caminhar, e fiz o que ele disse.

 

- Olha, a gente não vai falar nada sobre o que rolou na festa, se você não quiser. Só queríamos ver você bem, e sinceramente, você tá mais acabado do que um mendigo alcoólatra. - Comentou Namjoon.

 

- Valeu, gente... mas, eu realmente não quero falar sobre isso... agora, não. - Sussurrei.

 

- Vou te levar pra minha casa. - Namjoon ajustou o espelho, e me fitou pelo reflexo. Depois voltou a observar o semáforo, e avançou o carro quando o sinal mudou de cor. 

 

Assenti com a cabeça, para mim mesmo. Aquela noite foi muito agitada, e eu sabia que se ficasse sozinho em casa era capaz de fazer alguma bobagem. O que eu mais precisava era passar um tempo com meus amigos, e relaxar um pouco. Após alguns minutos, o carro parou. No trajeto que fizemos até o apartamento de Namjoon, Seokjin acariciava meu ombro direito e me consolava com calma. Eu me senti acolhido e protegido, parecia que Jin estava se colocando no meu lugar, e aquilo era muito reconfortante. 

 

- Cara, o bom de você vir aqui é que a gente pode ver um filme muito foda. - Namjoon sorriu para mim, e foi até a geladeira, abrindo-a e retirando algumas latas de cerveja. Jin sentou  ao meu lado no largo sofá que havia na casa, e apanhou lentamente o controle remoto da televisão, ligando a mesma e selecionando o Netflix.

 

- Vocês me mimam demais. - Ri baixinho. 

 

- É O QUE EU ESTOU PENSANDO QUE É? - Surpreendentemente, Hoseok apareceu na sala, de braços abertos, com o maior sorriso que podia dar. Hoseok, popularmente J-Hope, dividia o apartamento com Namjoon. - Ora ora, se não é Min Suga! O que tá acontecendo? 

 

Jin colocou seu dedo indicador sobre os lábios, e continuou a selecionar os filmes. Namjoon voltou à sala, enchendo quatro copos com a bebida. 

 

- Aconteceram umas coisas e o Suga precisa dar uma animada. - O maior respondeu.

 

- A gente assiste um filme feliz ou triste? - Seokjin voltou a olhar para nós.

 

- Feliz. - Responderam em uníssono. 

 

- Viu, Yoongi? Vai ser legal. - O moreno passou seu braço esquerdo pelas minhas costas. Os outros dois se esticaram no sofá, e começamos a assistir Star Wars. A ideia era maratonar até o  sol raiar, e beber de montão, porém o resultado foi: todos nós ficamos bêbados, Jin e Namjoon se pegaram, Hoseok assistiu o filme comigo e eles cairam no sono, menos eu. Olhei para o relógio, que marcava 4:37 da manhã. Tentei arrumar os fios de cabelo teimosos que caiam nos meus olhos, e fui até o banheiro. Aquele silêncio me lembrou o que havia acontecido, e meus olhos começaram a esquentar. As lágrimas caíam como um pincel encharcado de tinta sobre uma folha de papel. "Fraco". Essa palavra se repetia em minha mente. Por que eu não conseguia esquecê-lo? Eu devia superar tudo isso. Porém, ele não saia de minha mente. Ergui meu rosto, olhando o espelho. O que eu havia me tornado? Um monstro sem alma? Nem eu sabia. Cerrei meus punhos, e acertei o vidro com a mão direita. O barulho resoou pelo ambiente, porém os garotos estavam tão cansados que nem ouviram. Os cacos se espalharam sobre a penteadeira, e apanhei um deles. Foi naquele momento que uma nuvem de pensamentos pairou sobre minha cabeça. Era a coisa certa a se fazer? Foi com aquele impulso incontrolável que o caco entrou em contato com minha pele. Doía, demais inclusive. Porém ao mesmo tempo que dóia, aquilo me reconfortava. O líquido viscoso e avermelhado escorria num ritmo lento. 

 

- Suga... sabe onde tem um copo? - Jin forçou seus olhos, na tentativa de me encontrar. Foi empurrando a porta do banheiro com fraqueza, e seus olhos arregalaram instantâneamente. - N-NAMJOON! - Gritou. - NAMJOON, AJUDA!

 

Namjoon teve um espasmo ao ouvir seu nome, e automaticamente chutou Hoseok, que também acordou. 

 

- O QUE FOI? O QUE FOI? - Namjoon correu até o banheiro, e envolveu Jin com seus braços, provavelmente pensando que o problema era com seu amado. Porém, ao observar a cena, foi soltando-o lentamente. - YOONGI, TU TÁ DOIDO? - Agarrou meu braço esquerdo, que estava sangrando, e o pressionou contra a camiseta. - Hoseok, pega um pano na cozinha. VAI!

 

J-Hope mal teve tempo para raciocinar, apenas saiu correndo até a cozinha, revirou as gavetas e pegou um pano qualquer. 

 

- Tinha que ser esse pano novinho, né? Ah, deixa. - Namjoon deu algumas voltas com o pano em meu braço e saiu do apartamento. Não dei uma palavra. Jin fez companhia para Hoseok em meio ao desespero. 

 

- Desculpa. - Meus lábios tremiam, e algumas lágrias escorriam, enquanto eu olhava para o maior, que mantinha suas mãos rígidas no volante. Ele suspirou e me olhou de relance.

 

- Suga. A culpa não é sua, tá? Não é de ninguém. Eu entendo que você tá confuso, e eu sou seu amigo, tô aqui pra você. Não precisa se preocupar, agora aguenta firme, irmão. 

 

Chegamos no estacionamento, o carro parou de se movimentar. Um homem qualquer, provavelmente o segurança do hospital, barrou o moreno.

 

- Não dá pra estacionar aí, moço. - Disse num tom sério, encostando no ombro de Rap Mon.

 

- Senhor. Eu sei que você não tá tendo um dia bom, e eu também não tô. Mas meu melhor amigo fez uma besteira e se cortou. Se fosse com o seu melhor amigo, você provavelmente pararia tudo para ele ficar bem. Não é? Então, por favor, deixe-nos ir. É rápido, não vai interfirir no seu trabalho. - O moreno não esperou a resposta do homem, apenas acelerou o passo, observando o meu estado. Eu não sabia o que dizer, apenas fitei-o, com gratidão. Me sentia orgulhoso de ter Namjoon como amigo. 

 

- Emergência, moça. - O maior disse num tom de voz grave, pousando seu palmo destro pelo balcão da recepcionista. Sabia que ele havia feito muito por mim, e como não estava muito interessado em dar explicações, ergui o braço machucado para comprovar. Eram tantos cortes que parecia ser até uma hemorragia. O pano estava encharcado de sangue, de tão grave que era meu estado. A pobre mulher concordou com a cabeça, um tanto quanto nervosa, e apertou um botão aleatório no telefone. Em seguida, uma equipe médica apareceu no salão, e me acompanhou até uma sala, o que me separou de Namjoon. 

 

A sala era fria, muito iluminada e vazia. Fiquei completamente atordoado. Me colocaram sobre a maca hospitalar, e fizeram com que eu deitasse. Estenderam meu braço, e o médico que aparentava ser o "administrador" da equipe trocou um olhar com seu ajudante. 

 

- Uau, você fez um belo estrago aqui. - Disse a enfermeira. Ela deu um sorriso gentil, não como alguém que estava me caçoando, e sim como alguém que transmitia uma mensagem de conforto. - Como fez isso? - Perguntou. Silêncio no cômodo. Os médicos estavam tão focados em estancar o sangue com maços de algodão, porém pude notar a vibração negativa no ambiente. Era como se ela fosse rejeitada dos demais, porém a mulher não me parecia ser como eles. Eu via a sinceridade em seus olhos.

 

- Aconteceram umas coisas... uma festa. Fui para a casa de um amigo e tentei aliviar, mas não adiantou muito... - Murmurei, esboçando um sorriso de lado. A expressão dela mudou completamente. Estava mais empolgada. 

 

- De qualquer modo, vou ajudá-lo. Isso pode doer um pouco, ok? - Respondeu, entregando ao médico principal a linha hospitalar e a agulha. - Respire fundo.

 

Assim que ela disse, eu o fiz. O médico passou a linha pela agulha e deu um nó. Minha respiração ficou pesada e senti minha mão suar. A enfermeira ajeitou cuidadosamente meus fios de cabelo. Foi então que a agulha entrou em contato com minha pele, fazendo movimentos sucessivos. Era muito mais dolorido do que os cortes, ao que aparentava. Não tive coragem de olhar, apenas para a mulher. Ela continuava me observando. E aquilo parecia amenizar minha dor. Imaginei que fosse Jimin. Sem explicações. Só conseguia pensar nele. E meu organismo reagiu de modo estranho, tão estranho, que desmaiei. 

 

Continua... 

 

 


Notas Finais


Até o próximo cap, xuxus! <3


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