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História Sweet Poison - Jikook ABO - Fifty Four


Escrita por: Sweet_Kpopper

Notas do Autor


Boa Leitura! ^^

Capítulo 55 - Fifty Four


Fanfic / Fanfiction Sweet Poison - Jikook ABO - Fifty Four

“Busco viver, para viver contigo. Te falo as mais belas frases de amor, para receber teu carinho. Desato o nó, para que ele se fortaleça. Planto sua felicidade, para colher a minha.”Diórgenes Maicon 

JIMIN

Depois de semanas em uma rotina inconstante entre hospital e a universidade, as últimas notícias não poderiam ser melhores. Jungkook lutou bravamente contra a doença, está sendo um verdadeiro guerreiro desde o início, saber que a medula finalmente se fixou está sendo um alívio imenso para todos nós. 

Nossa família inteira sofreu os reflexos deste período turbulento, inclusive meu pai que ficou entre se preocupar comigo, com Jungkook e sua esposa grávida que insistiu em permanecer a todo o momento ao lado do filho mais velho. JiHyo provou o quão forte é e sempre foi se tratando de seus filhos, evidenciando um dos pontos pelo qual o velho alfa passou a admirá-la no começo da relação. 

Apesar da confirmação de que o transplante deu certo, Jungkook precisou ficar mais tempo no hospital, apenas para garantir a segurança de que seu corpo está pronto para voltar à mesma rotina de antes. Sei que quando ele finalmente vir para casa, não irá faltar cuidados e carinhos para meu noivo, afinal todo esse caos serviu para unir ainda mais a nossa família. 

Nesse período turbulento, minha madrasta acabou tendo de ceder a um dos pedidos do meu pai e contratou uma funcionária para auxiliá-la nas tarefas da casa, mas em momento algum permiti que entrassem no quarto onde Jungkook e eu passávamos boa parte das noites. Fiz questão de manter tudo em ordem, tudo para recebê-lo da melhor forma possível em seu retorno para nossa convivência. 

Obviamente continuamos com restrições a respeito de contato, mas Jungkook e eu já aprendemos a burlar algumas regras, até porque ele ainda permanece sob cuidados médicos em um dos quartos do hospital. Visitas e acompanhantes estão sendo liberados, mesmo que meu noivo esteja passando a maior parte do tempo sozinho, lidando com seus próprios pensamentos ou a programação ruim da televisão, algo que o alfa fez questão de reclamar. 

Após uma noite tranquila, acordei mais cedo que o costume. Tem sido assim desde que Jungkook passou a apresentar sinais evidentes de sua melhora, mas não devo tirar os créditos das terapias que se tornaram frequentes em minha rotina. Agora ouso dizer que tenho um tempo apenas para mim, onde posso pensar e organizar meus sentimentos, além de me manter preparado para momentos ruins. 

Passei a focar mais em minha universidade, especialmente no encerramento de mais um semestre. Mesmo com a cabeça atolada em tantas preocupações, consegui passar com as melhores notas da turma, mas permaneço colhendo os frutos da negligência que tive em relação a mim. 

Quando contei ao meu alfa sobre as conquistas na universidade, ele fez questão de demonstrar o orgulho em relação a mim. Jungkook sempre me apoiou independente de minhas escolhas, assim como me encoraja a prosseguir com todos os meus projetos, colocando em minha frente um futuro cheio de possibilidades. 

A vida de universitário é exaustiva, mas devo reconhecer que as coisas são bem mais fáceis para mim do que para aqueles que precisam trabalhar e estudar para manter a sobrevivência. Tenho inúmeros privilégios em relação a outras pessoas, tal como o apoio de todos à minha volta. 

Desejei passar mais um tempinho na cama, curtindo o aconchego debaixo do edredom e sentindo o aroma do meu alfa ainda preso aos tecidos. No entanto, com uma rotina cheia de tarefas, precisei me levantar a contragosto para iniciar mais algumas horas sem pausa. 

Nossas vidas ficaram de ponta cabeça por conta de tudo isso, e agora que a saúde de Jungkook está melhorando, pudemos parar para apreciar a notícia de um novo membro na família. Jamais imaginei que fosse ganhar um irmão a essa altura da vida, mas meu pai provou que continua apto à expansão familiar. 

Até onde sei, eles estavam planejando essa gestação há pouco mais de um ano, é uma pena que ela tenha se confirmado em um momento cheio de conflitos. Apesar de tudo isso, JiHyo tem se mostrado capaz de lidar com todas as responsabilidades ao mesmo tempo, pois tivemos acesso aos seus últimos exames, além de que a médica responsável por seu acompanhamento disse que tudo está em ordem. 

Meu pai está nas nuvens com o novo herdeiro, mas não mudou seu modo em relação a mim. O alfa continua me tratando como um bebê, mesmo reconhecendo que não há mais a necessidade de se preocupar comigo como antes. 

Falando nos mais velhos, os encontrei trocando algumas carícias e palavras fofas na mesa de refeições. Apesar de não estarmos com a família completa, não dispensamos as pequenas reuniões antes do dia começar. Fico feliz e esperançoso ao ver a forma como eles se tratam, acompanhar o amor deles é como desejar que Jungkook e eu sejamos românticos incuráveis pelo resto de nossas vidas. 

Tomamos café juntos, pude sentir o ambiente mais leve ao nosso redor. Não há mais aquela apreensão sobre a gravidade do quadro de Jungkook, ou o temor de receber uma notícia ruim a qualquer momento. Estamos vivendo em paz, um dia por vez e na torcida incansável para tê-lo novamente ao nosso lado. 

– Mãe, pode dizer ao Jungkook que hoje irei me atrasar um pouco, por favor? – JiHyo apenas acenou concordando. – Preciso passar em casa para deixar algumas coisas, irei para o hospital depois. 

– Certo. Boa aula, meu anjo. – disse ela, me surpreendendo com a serenidade em sua voz. 

– Obrigado. – respondi, deixando um beijo na bochecha da ômega e outro no rosto de meu pai.  

– Filho, tenha cuidado com a direção, as pistas estão escorregadias por causa da chuva. – o mais velho alertou, ainda que eu esteja ciente de tal responsabilidade desde que consegui minha habilitação. 

Optei pelo carro que minha avó nos presenteou, o mesmo veículo em que criamos inúmeras memórias incríveis nos últimos anos. Todos os detalhes me lembram Jungkook, desde o cheiro presente em seu interior ao chaveiro pendurado na parte posterior do retrovisor. O objeto foi um presente que dei ao alfa em seu último aniversário, um enfeite feito à mão com nossa foto e nomes gravados em uma placa metalizada. 

Sinto falta dos nossos momentos eróticos, especialmente daqueles que criamos dentro de nosso carro. É impossível não pensar na vida ativa que tínhamos, as restrições estão sendo uma tortura para nós dois. Sabemos que é um mal necessário, e mesmo sendo complicado lidar com tudo isso, prefiro a abstinência do que passar por todo o processo de angústia outra vez. 

Como meu pai havia me alertado, controlei a velocidade durante todo o trajeto até a universidade. Não me importei com o atraso de alguns minutos, é quase rotina que algum aluno ou até mesmo professor chegue um pouco atrasado em dias de clima ruim. 

A manhã passou tão rápido que nem sequer me dei conta da velocidade do relógio, isso por estar concentrado na última avaliação do semestre, um passo importante para curtir as férias sem muita preocupação. Meu nervosismo é evidente em relação a expectativa por uma boa nota, talvez um dos pontos negativos que carrego por sempre querer manter um padrão em tudo o que faço. 

Em todos esses anos, não aprendi que excessos de expectativas geram frustrações ainda maiores. Soa como calcular o toque de uma onda conforme o seu tamanho, não o estrago que ela pode causar após se quebrar sobre a faixa de areia. 

Fomos liberados mais tarde do que havia previsto, o que atrasou boa parte de meus planos e me fez acelerar os passos até o estacionamento. Sei que parte dessa culpa se dá a saudade e a ansiedade para ver Jungkook, embora tenha conseguido mais alguns dias para mimá-lo graças ao feriado prolongado junto ao final de semana. 

A aflição para chegar ao estacionamento acabou desviando o foco de minha atenção, e somente percebi isso quando senti meu corpo atingindo o chão após esbarrar em outra pessoa. Me preparei para pedir desculpas e ajudá-la, até paralisar diante da figura da ômega juntando seus pertences que se espalharam pelo corredor. 

Nunca fui de acreditar em coincidências, mas o destino provou inúmeras vezes que não é um amigo confiável. Poderia ter esbarrado em qualquer pessoa, porém jamais imaginei que Nari e eu fôssemos nos encontrar outra vez depois que ela me empurrou da escadaria do colégio. O mundo é menor do que imaginamos, ou o universo novamente cruzou nossos caminhos novamente por algum propósito maior. 

O fato é que a ômega está bem diferente da imagem que apresentava no colegial, tanto no modo de se portar, quanto no estilo de se vestir. Sei que as pessoas amadurecem, mas sua mudança me surpreendeu de uma forma inexplicável. No entanto, mesmo vendo o resultado de sua evolução, é difícil acreditar sendo uma de suas vítimas.  

– Me desculpe, senhor Park. – disse ela, em um tom de voz baixo e extremamente submisso, bem longe de se parecer com a garota com quem convivi em parte do colegial. 

– Está tudo bem, eu também estava distraído. Me desculpe, senhorita Seo. – me levantei rapidamente, e estendi minha mão para ajudá-la em seguida. – Você está bem? 

– Sim, não foi nada. – a ômega respondeu sem ter coragem de me encarar. – Quero aproveitar esse reencontro para me desculpar. Irei entender sua resposta, de qualquer modo nenhuma palavra vai mudar as ações que tive. 

– Vamos deixar o passado onde ele deve ficar, senhorita Seo. Ambos amadurecemos e aprendemos com os erros desde então, eu já te perdoei. – disse, notando seu olhar fixado em mim, mas ao mesmo tempo os olhos pareciam distantes. – Apenas viva tranquila, não há ressentimentos. 

– Obrigada, senhor Park. – respondeu, novamente se curvando de maneira formal. 

– Nari, venha agora! – minha atenção foi voltada para a voz estridente de um alfa, o mesmo que pareceu tratá-la como um objeto somente pela forma rude de se dirigir a ela. 

Analisei minuciosamente as expressões dela diante daquela ordem, a postura de Nari se enrijeceu ao localizar o tal alfa com o olhar, e logo pude notar o comportamento totalmente submisso em relação a ele. A ômega ainda não porta sua marca, mas o cheiro forte dele está impregnado em sua pele, um aroma que me causou ânsia quando pude distinguir. 

A irritação do alfa foi o que mais me chamou a atenção, como se visse em mim ou qualquer pessoa à sua volta uma potencial ameaça para Nari. Ela apenas se despediu de forma tímida, mas agindo por instinto segurei um de seus pulsos ao notar o sorriso triste que a ômega me lançou. 

– Anda, garota! Não tenho o dia todo. – o alfa voltou a gritar, e no mesmo instante ela me encarou como se pedisse para deixá-la ir. 

– Senhorita Seo, está tudo bem? Você quer mesmo ir com ele? – indaguei, deixando-a livre para seguir o caminho que desejasse. – Desculpe, aquele alfa não me parece confiável. 

– Eu vou ficar bem, ele é meu noivo. – ela respondeu, mas minha atenção foi voltada para oscilação em sua voz. – Não precisa se preocupar, estou apenas colhendo frutos de escolhas ruins. 

Antes que eu tentasse impedi-la outra vez, a ômega foi ao encontro do alfa que ainda me encarava como ameaça. Ela me observou por breves segundos até o homem dar partida na moto, mas foi tempo o suficiente para ver uma lágrima escorrendo por seus olhos. Nari está errada em um ponto, mesmo tendo feito escolhas ruins em sua vida, ninguém merece ficar refém de uma relação abusiva para se autopunir. 

É nítido o quanto o alfa a trata como um objeto sem valor, enxergo isso em seu modo possessivo e rude de tratá-la, não se importando nem um pouco com as pessoas que estão ao redor. O pior de tudo foi assistir o quão submissa ela é em relação a ele, como se essa fosse sua única saída para sobreviver, a tornando dependente de alguém que nem sequer consegue lhe dar o mínimo de respeito. 

Embora minha mente esteja me dizendo para manter distância, meu coração insiste que o certo é ajudá-la a sair deste buraco. Não devemos guardar mágoas, tampouco virar as costas para alguém que está implorando por socorro sem ao menos dizer uma palavra. É impossível entender como Nari foi parar nessa situação, afinal está longe de ser a garota cheia de si que me infernizou por anos. 

Segui até o carro após me recuperar, então dei partida rumo ao mercado mais próximo a minha casa. Visitar o supermercado não é algo que faço com frequência, mas tenho feito disso um hábito, especialmente quando se trata de abastecer meu pequeno estoque de guloseimas. 

Não demorei muito, pois o tempo que o professor nos segurou na universidade, atrapalhou todo o cronograma que havia feito para cumprir durante o dia. Prometi que passaria em casa apenas para deixar algumas coisas, e quanto mais tempo demorar com outras tarefas, menor será o período que ficarei ao lado de meu noivo no hospital. 

Estranhei a movimentação quando cheguei em casa, principalmente o carro de minha madrasta e de Taehyung estacionados logo em frente ao hall de entrada. Com o coração acelerado e já pensando no pior, estacionei de forma desajeitada e segui as pressas para dentro da casa, encontrando um ambiente completamente silencioso no primeiro andar. 

Se tem algo que a terapia está me ensinando, é parar de pensar no pior, mesmo que tenhamos de aprender a lidar com ele. A vida costuma me dar rasteiras terríveis, por essa razão é mais fácil pensar nas quedas do que em coisas realmente boas. Diante de todo silêncio na sala principal, apenas me deixei guiar pelos barulhos vindos do segundo andar, em sua maior parte concentrados no corredor de acesso aos quartos. 

Pude ver JiHyo correndo atrás de Daesung, que com toda sua animação não teve muitas dificuldades para escapar do alcance das mãos de sua avó. Sua fuga somente terminou quando ele me viu, pois correu para meus braços acreditando que eu fosse protegê-lo. 

Com uma cena confusa diante dos meus olhos, demorei a entender aquelas presenças aleatórias. Minha madrasta deveria estar no hospital, mas estava ali lidando com o neto. Taehyung falava ao telefone sobre o cancelamento de uma reunião importante, enquanto pude ouvir a voz de Yoongi brigando com alguém que estava dentro do quarto que divido com Jungkook. 

– O que está acontecendo aqui? – questionei, notando toda a movimentação diante do cômodo. 

– Venha ver, meu príncipe. – JiHyo me chamou fazendo um gesto com as mãos, também pude notar a quantidade de lágrimas acumuladas em seus olhos. 

Coloquei Daesung no chão, mas nem sequer dei atenção para o lado em que o pequeno correu. Caminhei com as pernas levemente bambas em direção ao quarto que Jungkook e eu passamos boa parte do tempo. JiHyo me acompanhou até o cômodo depois que Taehyung e Yoongi saíram, porém me vi mais confuso quando encontrei o local vazio, apesar da cama não está arrumada como deixei pela manhã. 

Então a porta do banheiro foi aberta, revelando a presença de Jungkook secando os cabelos com uma toalha, agindo de forma despreocupada como se não me esperasse naquele momento. Foram meses sem sua presença em nossa casa, mas agora posso finalmente respirar em paz sabendo que seus cuidados estão sob nosso alcance. 

– Oi, meu bebê. – disse Jungkook, me surpreendendo com sua voz rouca, típica de quem acabou de acordar. – Eu voltei, meu amor. Onde está meu abraço? 

Sei que contatos físicos ainda estão proibidos, mas foi impossível conter a emoção de seu retorno. JiHyo não proibiu nosso abraço, se emocionou com nossas lágrimas e a intensidade do reencontro esperado e necessário. Quase joguei Jungkook sobre a cama tamanha força que pulei em seu colo, porém meu alfa provou que está mais que recuperado ao aguentar o impacto que causei. 

É como a realização de um sonho tê-lo em casa outra vez, podendo assumir e me dedicar a cuidar de sua saúde após tantos dias longe. Prometi fazer de tudo para que ele se recupere cem por cento o quanto antes, afinal precisamos dar sequência em um de nossos maiores desejos, o casamento. 

Não sei dizer quanto tempo ficamos abraçados, tampouco quantas lágrimas foram derramadas durante o gesto. Ambos choramos com intensidade, em nenhum instante fizemos menção em nos separar. Jeon me apertou com força contra seu peitoral, como se quisesse me manter ali por um longo período, sem intenção alguma em me libertar. 

– Quando você recebeu alta? Por que não me ligou, Jungkook? Eu teria ido te buscar no hospital e… – o enchi de perguntas, mas logo fui calado por um selinho rápido, que terminou com JiHyo nos repreendendo. 

– Queria fazer uma surpresa, meu anjo. – Jungkook voltou a me abraçar, apertando seus braços com um pouco mais de força em torno de meu corpo. – Por que demorou tanto, Jiminnie? Encontrou alguma distração na universidade? 

– Óbvio, meu amor. – respondi, notando seu sorriso desaparecer aos pouquinhos. – Encontrei ótimas distrações na sessão de doces do mercado. Fiquei em dúvida entre nutella e jujubas. 

– E o que comprou? 

– Na verdade, os dois. Descobri que ainda não tenho autocontrole para escolher apenas um. – disse, deixando inúmeros selinhos em suas bochechas, até sermos novamente repreendidos por minha madrasta. 

– Por favor, tentem se controlar. O sistema imunológico de Jungkook não está totalmente recuperado, então… 

– Nada de beijos, abraços exagerados e sexo. – Jungkook completou, revirando os olhos pelas inúmeras regras que precisa seguir por mais algumas semanas. – Se não morri naquele hospital, morro em casa com tantas recomendações. 

– Vai me agradecer por não precisar passar mais tempo trancado sozinho naquela sala. – JiHyo o rebateu à altura, deixando meu alfa sem argumentos por alguns minutos. – Preciso ajudar Chaeyoung com a refeição, mas estarei de olhos abertos em vocês dois. Tenham juízo, se quebrarem as regras os deixo em quartos separados até o final do tratamento. 

– Mãe?! – meu noivo tentou protestar, mas voltou sua postura quando o observei diretamente. – Desculpe, bebê. 

O deixe sozinho no quarto para tomar um banho rápido, algo que não passou despercebido pelo alfa que anda tão carente quanto eu. Peguei apenas uma boxer e uma de suas camisas no closet, hábito que adquiri e mantive mesmo no período em que Jungkook esteve internado. 

Obviamente não pude prosseguir com minha liberdade depois que saí do banheiro, pois meu noivo desejo quebrar algumas regras somente por ver parte de minhas pernas expostas. Por mais que queria acabar com toda a saudade, preciso entender que Jungkook continua o tratamento e terá restrições até a médica liberar, algo que pode ser prolongado caso não leve à sério todos os cuidados. 

– Você é cruel, meu amor. – disse Jungkook, me fazendo gargalhar ao notar o tom manhoso em sua voz. 

– Não sou cruel, Jungkookie. Apenas desejo que você melhore o quanto antes. – respondi, me deitando ao lado dele e aninhando contra seu peitoral. – Também estou com saudades dos nossos momentos, mas devemos ser cautelosos por mais algumas semanas. 

– Concordo com tudo isso, bebê. Eu só… Droga, só queria matar a saudades. – respondeu, evidenciando parte de sua frustração. – Senti tanto sua falta. 

– Eu disse que você iria voltar, Jungkook. – murmurei, usando as pontas dos dedos para fazer desenhos imaginários em seu abdômen ainda sem músculos. 

– Sempre acreditei em você, meu anjo. – o alfa respondeu, deixando inúmeros selinhos em meu pescoço. – Por sua causa estou aqui, Jimin. Aguentei tudo aquilo por te amar incondicionalmente, seu amor me deu forças. Eu te amo muito, meu bebê. 

– Eu também te amo, Jungkook. – sussurrei, me entregando de vez a sensação maravilhosa de suas carícias. 

Ficamos por um tempo em silêncio, apenas apreciando a presença um do outro. No entanto, o sono me atingiu na medida em que Jungkook continuou com seus carinhos, resultado de acordar mais cedo que o habitual. Sinto falta do calor de seu corpo, agora que tenho isso de volta, quero apreciar cada segundo. 

Dizem que a calmaria vem após a tormenta, mesmo que o rastro da destruição permaneça até as coisas estarem em ordem outra vez. Me sinto saindo da tempestade, lidando com os destroços, mas tendo a esperança de que os dias melhores estão cada vez mais próximos.


Notas Finais


Beijos e até o próximo capítulo! <3


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