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História Sweet Poison - Jikook ABO - Sixty Six


Escrita por: Sweet_Kpopper

Notas do Autor


Boa Leitura! ^^

Capítulo 67 - Sixty Six


Fanfic / Fanfiction Sweet Poison - Jikook ABO - Sixty Six

“Mas eu realmente acredito que, embora o amor possa ferir, ele também seja capaz de curar...”Nicholas Sparks

JIMIN

As pessoas estão certas quando dizem que o desconhecido causa medo, por isso fiz uma verdadeira entrevista com meu cunhado antes de Jungkook inventar de ir para Busan. Embora as informações de Yoongi tenham sido bem úteis para mim, não diminuiu o receio de encontrar a parte da família a qual ambos sentem repulsa.

Yoongi os pintou como verdadeiros monstros, e pelas coisas confirmadas por Jungkook, comprovei o fato de que o ômega nunca foi um neto querido. Sua avó é como uma espécie de matriarca impiedosa, do tipo que exige perfeição, porém não cumpre um terço daquilo que cobra.

Embora carregue o status de ômega, a senhora Jeon sempre evidenciou seu preconceito contra os considerados mais fracos de sua família, mas convenhamos que precisa ser muito desprovida de inteligência para achar que Yoongi abaixa a cabeça para os alfas. Jungkook quem o dia, era a principal vítima do irmão, e hoje esse papel é ocupado por Taehyung.

O encontro deles com ela não foi tão amistoso, mas Yoongi acredita que com Jungkook e eu será diferente, afinal meu alfa era seu neto favorito durante a convivência. Apesar de eles terem um primo e o mesmo também ser ômega, o tratamento recebido por ele é bem distinto do que meu cunhado recebeu um dia.

Jungkook me deixou em alerta sobre esse primo, em especial a respeito das brincadeiras de infância e como o ômega até hoje acredita que irão se casar. Bom, sinto em dizer que isso só irá acontecer por cima do meu cadáver, porque se depender de mim, ele nem sequer vai chegar perto do meu noivo.

A verdade é que eu não queria acompanhá-lo por receio, mas mesmo não estando cem por cento após o exagero na festa, decidi entrar no carro e seguir com ele para Busan. Ao menos aproveitamos ao longo do trajeto, exceto no instante em que senti uma dor quase insuportável em meu estômago.

Quando finalmente chegamos à casa de seus avós, senti como se estivesse entrando na propriedade de uma bruxa. O local tinha todo o potencial para ser magnífico, mas pareceu perder os encantos aos poucos junto a negligência de cuidados por parte dos moradores. Não é difícil de imaginar que uma pessoa amargurada reside ali, afinal até mesmo o jardim reflete o coração de pedra da tal ômega.

Meu noivo não precisou pedir duas vezes para que eu ficasse grudado em seus braços, e quando entramos logo notei a razão pela qual Jungkook e Yoongi sentem medo da mais velha. Não há respeito, sempre houve medo pela imagem imponente e cruel exalada por ela, como alguém que condenaria apenas em observar.

Não há como negar seu bom gosto para moda, pois a encontramos vestida com os melhores conceitos de grife, mas não podemos afirmar o mesmo da expressão raivosa em seu rosto levemente enrugado. Me senti mal ao ser encarado da cabeça aos pés, como se fosse alvo de um julgamento silencioso, sendo obrigado a ouvir sua sentença a qualquer instante.

– Boa tarde, senhora Jeon. – disse Jungkook à tratando de maneira formal, logo fazendo uma breve reverência em sinal de respeito.

– Boa tarde. – a mulher respondeu meio ríspida, e apontou o dedo indicador em direção a um dos sofás. – Sentem-se, por favor.

– Obrigado. – respondemos em uníssono.

Em nenhum instante permiti que minha postura relaxasse diante dela, principalmente ao notar o quão nervosos meu alfa ficou com a simples presença de sua avó. As coisas ditas por Yoongi foram o suficiente para que eu pudesse ter um pouco de conhecimento em relação a ela, e se provam verdade a cada segundo que me sinto queimado por seus olhos.

– Posso saber o que veio fazer aqui? Achei que havia deixado claro para seu irmão que não queremos ninguém ligado àquela ômega vadia dentro da minha casa. – só os anjos e Jungkook sabem como me controlei ao ouvi-la falar de JiHyo de forma tão desprezível. – Meu filho morto e ela se casando novamente.

– A senhora queria que minha mãe ficasse sozinha pelo resto da vida? – Jungkook a rebateu, mas recuou em suas reações ao vê-la revirar os olhos e encará-lo com certa raiva. – Me desculpe, vovó.

– Você e o impuro do seu irmão perderam o direito de me chamar assim. O que veio procurar? – ela indagou novamente, e me encarou logo em seguida. – O que esse ômega faz grudado em seu braço, Jungkook?

– Jimin é meu ômega e meu noivo. – o alfa a respondeu, e logo tirou o envelope do bolso interno de sua jaqueta. – Inclusive, viemos pessoalmente convidá-los para nosso casamento.

– Ele não está esperando uma criança, está?

– Não, senhora. – respondi no mesmo instante. – Jungkook e eu decidimos esperar por mais alguns anos, talvez para depois da minha formatura na universidade.

– Hum. – a mais velha murmurou mantendo a expressão fechada. – O que você está cursando na universidade?

– Medicina, senhora.

– Falando em medicina, você esteve doente há alguns meses, não é? – indagou, desta vez evidenciando a pergunta direto ao meu noivo.

– Sim, mas me recuperei graças a Deus e às pessoas que amo. – Jungkook a respondeu, e no fundo senti o tom de mágoa em relação a indiferença de sua avó.

– Seu avô está no escritório, vá vê-lo por um instante. – disse ela, ou melhor, aquilo soou como uma ordem que foi obedecida por meu alfa ainda que ele estivesse receoso em me deixar sozinho. – Seu ômega e eu vamos conversar um pouco.

– Eu volto logo, meu bem.

Fiquei temeroso diante do olhar que me causou calafrios, temendo por perguntas que não houvesse como responder, ou uma chuva de palavras na tentativa cruel de me fazer desistir de tudo isso. Não há ninguém no mundo capaz de me fazer abandonar Jungkook, não digo isso apenas pela marca, mas por tudo o que já passamos e sacrificamos um pelo outro.

A mais velha somente queria confirmar algumas coisas em relação à minha família, e pude notar um sorriso arrogante em seus lábios, como se ficasse orgulhosa pelo neto ter conseguido um ótimo casamento. Estranhamente fui elogiado pela aparência e modo de me portar, e para comprovar esse maldito teste precisei me controlar ao ouví-la falar inúmeras besteiras sobre JiHyo e meu pai.

Aparentemente ela não sabe que o novo marido de sua ex-nora e eu temos uma ligação sanguínea, mas acredito que isso não a faria mudar de ideia a respeito deles. É uma senhora amargurada que acredita na teoria de que o mundo deveria girar ao seu redor, e é com esse tipo de pensamento que provavelmente ela passará sozinha os seus últimos dias de vida.

Enquanto eu estava sendo torturado com aquele universo de absurdos, Jungkook pareceu estar bem na conversa com seu avô, ao menos não o senti nervoso ou qualquer reação semelhante vinda dele. Confesso que somente me vi seguro novamente quando o avistei caminhar em minha direção, na companhia do patriarca da família que aparentava estar feliz em reencontrar o neto depois de tanto tempo.

Quando o alfa mais velho me observou, ele cochichou algo para o neto, que sorriu me deixando mais curioso quanto às palavras. Embora tenha me estressado um pouco com as perguntas da ômega e a submissão absurda de Jungkook em relação a ela, ouso dizer que tudo parece em ordem até o momento.

No entanto, nossas vidas são repletas de peças de mal gosto, do tipo que mina a saúde mental e atenta contra a condição de réu primário nas piores ocasiões possíveis. A porta principal foi aberta de repente, e por ela passou o tal ômega completamente animado.

Pude sentir o nervosismo de Jungkook quando o ômega se deu conta de sua presença, mas me segurei ao perceber que inicialmente não havia perigo algum. Claro, pensando positivamente acabo me esquecendo de que o universo decide ser filho da puta nos momentos mais inapropriados, e foi o que aconteceu quando no instante seguinte ele estava se atirando nos braços de meu noivo.

Não houve tempo de pará-lo, todos fomos surpreendidos com tal atitude. Me senti extremamente incomodado quando o ômega envolveu suas pernas na cintura de meu alfa, e literalmente o beijou como se fosse a atitude mais normal do mundo. Jungkook não demorou a empurrá-lo para o chão, mas foi tarde demais, a sensação da marca queimando se tornou uma das piores que já tive em toda minha vida.

Ainda que meu noivo não tenha o correspondido, senti a dor infernal e a fraqueza em seguida. Pude ter um pouco da amostra que JiHyo sentia todas as vezes que o pai de Jungkook a traía, e mais uma vez comprovei que ela não merecia absolutamente nada de todo o sofrimento que passou pelos filhos.

– Jiminnie?! – Jungkook veio em minha direção, com toda certeza sentindo os reflexos de meu corpo mais fraco que o normal. – Eu não tive culpa, meu amor.

– Kookie, eu estava com saudades. – o ômega tentou vir novamente, e me apoiando nos braços de Jungkook, não me importei com a presença dos demais antes de unir todas as forças e descarregar em um golpe no rosto do desgraçado.

– Cala a porra da boca, cretino. – voltei a partir para cima dele, porém meu noivo me segurou com mais força pela cintura. – Me solta, Jungkook.

– Vovó, esse desequilibrado acertou meu lindo rostinho.

– Como ousa encostar suas mãos imundas no meu neto? – senhora Jeon disparou, fazendo minha irritação dobrar.

– Vai para o inferno, velha hipócrita! – disparei, vendo a mesma recuar como todos os que estavam na sala. – Não tenho paciência para pessoas como você, como pode ser tão ardilosa? – indaguei, enquanto o alfa permaneceu tentando me controlar. – Se diz perfeita, mas continua passando a mão na cabeça de quem está ridiculamente errado.

– Vamos, meu amor. – Jungkook sussurrou, fazendo um esforço para me manter próximo ao seu corpo. – Me desculpem, eu…

– Não ouse pedir desculpas, Jeon Jungkook. Essas pessoas fizeram da vida da sua mãe um inferno, não merecem nem um pingo de consideração e respeito. – respondi, sentindo meu peito arder devido a falta de ar. – Por favor, não quero ficar aqui nem mais um minuto. Por mim que esses desgraçados apodreçam no inferno junto com seu pai.

Inicialmente não senti arrependimento algum diante do que disse a eles, ao menos isso serviu para Jungkook me arrastar o mais rápido possível pela longe da propriedade. Apenas deixei que toda a indignação fosse extravasada, colocando para fora tudo aquilo que jamais tiveram coragem de dizer aos velhos.

Levei um tempo para me recuperar, foram quase meia hora sem conseguir dizer nem sequer uma palavra. Senti meu corpo inteiro trêmulo, a respiração pesada e uma vontade imensa de chorar, mesmo que nenhuma lágrima tenha saído de meus olhos. Tudo o que ouvi deles foi um completo absurdo, coisas totalmente retrógradas e desumanas para se dizer a outra pessoa.

Acabei quebrando uma promessa que havia feito a Jungkook, de me manter neutro não importa o que fosse dito. É impossível não sair em defesa dos que amo quando tudo o que a pessoa sabe dizer é um insulto atrás do outro, como se não conseguisse fazer o mínimo, que é respeitar e aceitar que a outra precisa seguir a vida.

Pelos poucos minutos de conversa notei que ela é capaz de tudo para encobrir os erros de seus familiares, em especial se esforçando para preservar as memórias do filho inútil que colocou no mundo. É simplesmente inadmissível deixar que opiniões assim afetem nossas vidas, pois vêm de pessoas totalmente fúteis e sem amor.

Jungkook me levou direto para uma praia calma, onde senti a brisa do mar me acalmando aos pouquinhos. Meu alfa se distanciou apenas para me comprar uma bebida, voltando minutos depois com um copo de suco natural do meu sabor favorito.

Ele respeitou meu silêncio e meu espaço, não houve questionamento ou briga por tudo o que disse na casa dos mais velhos. Jungkook passou boa parte do tempo preocupado com minha reação, pois tal encontro conseguiu de fato minar parte de minhas energias.

– Você está bem? – o alfa perguntou, me observando com certa preocupação.

– Desculpe, meu amor. – sussurrei, me deixando levar pela vergonha. – Eu deveria ter me controlado.

– Não julgo o que você fez, bebê. – disse ele, segurando carinhosamente meu rosto entre suas mãos. – Na verdade, você agiu como Yoongi e eu sempre desejamos, mas nunca tivemos coragem. Estou muito orgulhoso do que fez.

– É sério?

– Você defendendo minha mãe daquele jeito, mandando todos eles para o inferno. Porra! Meu coração escolheu o ômega certo. – respondeu, com seus olhinhos carregados de lágrimas. – Obrigado por novamente tirar um peso imenso das minhas costas, e me perdoe por ter lhe feito passar por essa situação estressante.

– Pela minha família eu faria tudo novamente. – sorri, sentindo as suas mãos firmes deslizarem lentamente pela lateral do meu corpo. – Meu amor, realmente não estou me sentindo bem. Era para os efeitos do álcool terem passado, mas ainda me sinto estranho.

– Quer ir até um hospital? – neguei, sentindo seu rosto bem próximo ao meu. – Sua marca continua queimando?

– Não, já passou. – murmurei, voltando a me apoiar em seu peitoral. – Por favor, vamos voltar para o hotel, preciso descansar um pouco mais.

– Sem brincadeiras? – perguntou de bom humor, tendo uma negativa como resposta. – Tudo bem, meu anjo. Vou cuidar direitinho de você.

Voltamos para o hotel no finalzinho da tarde, mas não prosseguimos com os planos que havíamos feito mais cedo. Pelo contrário, Jungkook novamente cuidou de mim, escolheu cuidadosamente nosso jantar, e me acolheu para dormir me passando toda a segurança que somente encontro em seus braços.

Ouso afirmar que tive a melhor noite de sono dos últimos meses, talvez pelo estresse ter tirado parte de minhas energias, somado aos reflexos da noite anterior. É uma pena que tivemos que levantar cedo outra vez, depois de cumprir o que viemos fazer em Busan, ainda que não tenha ocorrido de forma amigável, meu noivo decidiu voltar para Seul no finalzinho da madrugada.

Ao menos a viagem de retorno foi mais tranquila, embora eu tenha dormido quase todo o trajeto. A melhor parte ficou para nossa chegada em casa, quando JiHyo se levantou da cama apenas para ouvir as fofocas, mas teve que se contentar com as informações estrategicamente selecionadas por Jungkook e eu.

Evitamos irritá-la, mas foi maravilhoso o momento em que contei sobre o que fiz ao tal ômega. JiHyo pareceu se orgulhar, mesmo tendo nos dado uma bronca de fachada já que meu pai não costuma ver com bons olhos a falta de respeito com os mais velhos.

Passei a tarde inteira com minha madrasta, enquanto Jungkook foi até a casa de Yoongi, além de fazer uma visita em nosso futuro apartamento para ver se está tudo em ordem. Os efeitos da ressaca me desanimaram a acompanhá-lo, mas me fizeram desconfiar de algo mais sério já que consequentemente era para terem desaparecido.

Quando meu noivo voltou, me agarrei a ele com força, sem intenção de soltar e cheio de manha. Mesmo não estando próximo da data, desconfiei que tais sintomas possam ser coisa do ciclo, mas meu maior medo é de estar sofrendo reações graças aos inibidores que consumi durante o período do tratamento do meu alfa.

– Jimin, vou te levar até o médico. Sei que não está se sentindo bem, consigo notar as reações de seu corpo. – o alfa disse, mantendo suas mãos em volta de meu corpo. – Sei que quer evitar descobertas de algo grave, mas você se exaltou muito durante a viagem, podem ser apenas reflexos de seu psicológico.

– Eu estou bem, meu amor. – sussurrei, tentando convencê-lo pela manha. – Não precisa se preocupar tanto.

Tentei disfarçar uma leve tontura quando me levantei da cama, algo que Jungkook aparentemente fingiu não ver, mesmo sentindo o desconforto através da marca. Me apoiei em seus braços com a desculpa de estar com preguiça, e acabei conseguindo colo até a mesa de refeições.

Para quem achou que teria mais uma refeição calma ao lado da família, se enganou feio ao deparar com o caos assim que JiHyo entrou em trabalho de parto. Enquanto ela ria apesar de estar sentindo algumas dores, meu pai parecia perdidinho por ter se esquecido do procedimento certo a ser feito.

Jungkook assumiu as rédeas para ajudar sua mãe, a pegando no colo e levando até o carro, deixando a tarefa de buscar os documentos e a bolsa do bebê para meu pai e eu. A maior ironia está no fato de eu ter fugido de uma consulta médica, mas estar a caminho do hospital porque minha irmãzinha achou que esse é o melhor momento para seu nascimento.

Meu noivo e eu ficamos na sala de espera, já meu pai teve a autorização da equipe médica para acompanhar o parto. Não demorou mais de uma hora para ele retornar todo emocionado, dizendo que SunHee é uma bonequinha linda. Não é difícil de imaginar, afinal os pais são incrivelmente lindos, a mistura de ambos dificilmente iria destoar da perfeição.

Jungkook e eu ainda ficamos por ali, esperando JiHyo se recuperar do parto para fazermos uma breve visita antes de voltarmos para casa. É óbvio que a mais velha parecia exausta quando finalmente fomos liberados para vê-la, mas a atenção de meu noivo ficou todinha para a pequena em um macacãozinho bem maior que ela.

Embora tenha ficado todo bobo com o jeitinho de SunHee, Jungkook se recusou a pegá-la no colo por estar com medo. Não o julgo, os bebês parecem e são bem frágeis, é preciso todo um cuidado antes de tirar um deles de seu confortável bercinho. Ele sentiu esse mesmo receio quando Daesung nasceu, e só foi pegá-lo nos braços quando o mais novo completou seis meses de idade.

Tive que me sentar ao sentir meu corpo inteiro esfriar, não sei dizer se é pelos sintomas estranhos que venho tendo, ou todas as fortes emoções mexeram bastante comigo. Minha madrasta que percebeu, mesmo de longe e quase imóvel sobre a maca, seu olhar clínico analisou cada expressão em meu rosto.

Jungkook estava falando com Lisa ao telefone, e meu pai completamente distraído com SunHee nos braços. Juntei o que restou de forças para sorrir para minha madrasta, tentando transmitir um controle que fugiu de mim há tempos. Não pude mais me controlar, e meu campo de visão passou a diminuir gradativamente a cada segundo.

– Meu príncipe, chame uma das enfermeiras. – ouvi JiHyo chamá-lo, e no instante seguinte Jungkook deixou o aparelho de lado e veio em minha direção.

– Jimin?! Bebê, por favor, acorda.

É impossível dizer por quanto tempo fiquei desacordado, mas me deparei com um local estranho assim que abri os olhos. Havia um acesso de soro conectado ao meu braço direito, e a companhia preocupada de meu alfa me observando pacientemente. Também pude ouvir a voz de outra pessoa dentro da sala, e logo identifiquei a presença de Taehyung que o questionava sobre os exames que fui submetido.

A leveza provocada pelas medicações tirou qualquer desconforto do meu corpo, mas no fundo meu desejo maior é de estar em minha cama. Apesar de estar cursando medicina, os hospitais nunca foram meu local favorito, depois do tempo que Jeon foi submetido ao tratamento, é um dos ambientes do qual quero total distância.

– Meu amor, o que houve? – indaguei, fazendo um pouco de esforço para me sentar na maca. – Como vim parar aqui?

– Você desmaiou, bebê. – Jungkook respondeu com calma, então deixou um selinho rápido em minha testa. – Os médicos te submeteram a alguns exames, estamos aguardando os resultados há pouco mais de quatro horas.

– Eles suspeitam de algo?

– Sim, anemia ou apenas sintomas emocionais. Acham que você teve uma crise de ansiedade depois que o tirei da casa dos meus avó, mas querem os exames para checar se está tudo em ordem com seu organismo. – disse ele, e no instante seguinte senti seu carinho em minha bochecha. – Você está melhor?

– Me sinto bem. – suspirei, o puxando para um abraço logo em seguida. – Não quero ficar aqui, meu amor.

– Eles vão te liberar, estão apenas aguardando os resultados enquanto o soro cai em suas veias para te hidratar. – respondeu, me encarando de forma serena. – O álcool fez mais estragos do que imaginava.

– Da próxima vez não me deixe beber tanto.

É óbvio que as coisas precisavam sair dos eixos no momento mais estável de nossas vidas, mas não há convivência normal sem um pouco de problemas diários ou fatos inesperados. Jungkook e eu estamos aprendendo a lidar com isso, mesmo naqueles instantes em que o universo inteiro parece ir contra nós dois.


Notas Finais


Beijos e até o próximo capítulo! <3


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