História Sweet Revenge - He's a liar

Hilary Blake p.o.v

Eu precisava fazer alguma coisa, precisava ligar para Amber e mandar ela invadir o sistema da casa do Bieber e apagar quaisquer arquivo que me denuncie.

- E como você descobriu isso? - Justin questiona e eu pego o celular no mesmo instante.

- Várias pistas que achamos eram falsas, então optamos por procurar quem deixou as pistas - Charles diz e eu sinto o ar me faltar - achamos um segurança da sucessora e o seguimos até um aeroporto.

Provavelmente ele seguiu Otávio antes de eu seguir em viagem até Londres.

- O Jatinho era particular, com “MSB” na asa. - Chaz continua e eu começo a enviar mensagens para Amber.

“Vem na casa do Bieber agora! Chame Lana e Gerald”

“Traga seu notebook em alguma bolsa, se vire, preciso de que você invada o sistema pra agora!”

- Obrigado, veremos isso amanhã! - Justin faz um toque com Chaz e ele sai me lançando um olhar - finalmente alguma porra está ao meu favor! - ele se joga na cama e eu me levanto rapidamente sentindo minha coxa latejar. - O que foi?

- Eu preciso respirar - digo indo até a varanda pulando em um pé só e me apoio no balaústre olhando para o horizonte.

Passou da hora de eu começar a agir com Justin, com a perna fodida ou não eu tenho que dar um jeito de exterminar cada arquivo sobre mim.

- O que foi? - ele para do meu lado e eu tento ao máximo ignorar sua presença - vai falar?

- Você não acha que isso da sucessora pode ser algo falso? - pergunto e ele estranha - Sabe… já mandaram pistas falsas.

- Meus seguranças seguiram ele até o aeroporto e viram, e Chaz comentou que eles desembarcaram anteontem.

Merda.

- Mais por que a preocupação?

- Nada eu só queria puxar assunto… - Digo disfarçando e ele ri revirando os olhos me puxando pela cintura e eu o empurro - por que está me tratando assim?

- Depois do que você fez pela Jazzy, você merece - ele diz sério - e não se acostuma, quando seus pontos cicatrizarem acaba a mordomia.

- Eu queria falar que… - olho em seus olhos - eu não vou ficar aqui sob seus cuidados.

- O que?! - ele cruza o cenho - Por que?

- Porque eu tenho a minha casa, eu tenho minhas amigas, e eu não quero ficar aqui sendo mimada pela sua mãe e por você, minhas amigas vão vir aqui e eu vou embora amanhã, certo?

- Eu não quero que…

- Bizzle - digo e ele ri - É sério, obrigada mesmo por me ajudar, mais as garotas vão vir me ver e talvez eu vá pra casa ainda hoje.

- Vai amanhã? - ele pergunta e eu desvio o olhar - passa a noite aqui e eu te levo amanhã.

Suspiro me dando por vencida e vejo os portões da mansão de abrirem.

- Chegaram! - sorrio animada, estava com saudades das minhas amigas. Saio dali de pressa sentindo mãos na minha cintura.

- Vai se machucar - Ele diz e eu reviro os olhos andando mais devagar.

Agora eu só preciso falar com as meninas sem ninguém por perto.

Descemos as escadas e eu vejo Gerald, abro um sorriso e ele vem até mim ignorando a presença de Justin.

- Ruiva! - ele me abraça com cuidado - Você está péssima.

- Obrigada - bufo e Justin me aperta pela cintura como se estivesse marcando território - esse é Justin Bieber, irmão da garotinha que foi sequestrada. - Jogo à Gerald um olhar cúmplice e ele assente.

- Sou dono de carregamentos de drogas, boates, mansões, armamentos… e muitas coisas que eu sei que você não entende.

- Eu entendo - Gerald diz indiferente passando a mão nos meus cabelos - você é louca, olha pra você, está toda machucada.

- Eu estou cuidando disso - Justin atravessa a conversa me fazendo encara-lo.

- Como se pagar remédios e limpar as feridas fosse mudar o que ela passou por imprudência sua.

- Ruiva gostosa! - Lana grita quebrando o clima - eu fiquei preocupada com você.

- Oi, Lana - a abraço e ela me aperta, olhando para Justin em seguida.

- Espero que esteja cuidando bem da minha amiga.

- Com certeza - Justin sorri malicioso e ela me olha com os olhos semicerrados.

- Safadinha - ela murmura e eu dou o dedo do meio vendo Amber com outra mochila, onde provavelmente o notebook deve estar.

- Justin eu sei que é a sua casa e que eu não tenho palavra aqui mas… você poderia me deixar aqui com as minhas amigas?

- Posso - ele diz e sela meus lábios rapidamente, ouço Eazy bufar e me separo coçando a cabeça - já que a conversa é entre amigas, vamos conversar em outro lugar, Gerald. - Justin diz em deboche e Eazy assente, ele vai distrair Bieber para mim.

- Como vai ser? - Digo indo até o sofá e Amber retira o notebook da bolsa olhando em volta.

- Você vai precisar ficar uns dois ou três dias aqui, o sistema é muito protegido, tipo segurança máxima nível Barack Obama - ela faz uma pausa - olhe bem para o esquema, são sete senhas só pra entrar nos arquivos privados do Beadles e dezoito senhas padrão pra entrar na do Bieber, eu preciso que fique aqui mais tempo, se fazendo de doente amorosa.

- Certo.- observo bem o esquema. 

- E o que houve? - Lana cruza o cenho.

- Descobriram da viagem que fizemos até Londres, alguém seguiu Otávio e viu as iniciais do nome do meu pai na asa do avião, eles sabem que é uma mulher e que a sucessora é de LA.

- Fica calma - Ambbie sorri - vamos conseguir.

- Sim eu só… - levo a mão no rosto - eu quero ir embora.

- Vai ter que esperar e pegar as senhas. - Lana diz e sorri - e vai ter o inimigo delícia pra foder o tempo todo.

- Eu realmente não aguento ficar aqui, a Jazzy grudou em mim, o irmão dela também e a mãe dele decidiu me tratar igual uma rainha - bufo e elas dão risada, Amber fecha o notebook colocando na bolsa e logo ouço a voz de Charles e Ryan, vindo da porta da frente.

- Boa noite - Ryan diz olhando fixamente para Lana e ela olha de volta me olhando em seguida e eu reviro os olhos, percebendo o olhar de Chaz direcionado à Amber.

Estou sobrando.

- Charles essa é Amber! - digo de imediato, se Charles se interessar por ela, ela vai conseguir manter ele distraído, assim fica mais fácil pro meu lado.

- Hilary! - Amber diz entredentes e eu dou um sorriso de advertência.

- Oi Amber - Charles sorri largo e Amber se levanta.

- Oi - ela estica a mão e ele segura mordendo os lábios.

- Ryan? - chamo e ele me olha - essa é a Lana, minha amiga, bom… eu vou ir subindo.

- Sozinha não! - ouço a voz de Gerald e ele vem até mim - eu subo com você.

- Não precisa - Vejo Justin passar por ele - eu subo com ela.

- Eu subo sozinha - Digo vendo as meninas se levantarem e Lana me entrega a mochila com o notebook. Creio que depois ela vai dar um jeito de pegar.

- Não - Justin me segura - seus pontos abriram e eu não quero que abra mais uma vez.

Reviro os olhos olhando para Gerald e ele vem até mim me beijando na bochecha.

- Fica bem - ele diz e eu assinto.

- Vou ficar - sorrimos e Justin começa a subir comigo no colo - não precisa disso.

- Cale a boca - ele entra no quarto me colocando na cama - já tomou banho?

Assinto, Pattie me mimou o dia inteirinho, até não querer mais, eu até ganhei um namorado chamado Jaxon que disse que minhas sardas são sujeira. Foi um dia estranho.

- Vou tomar banho - ele diz e eu assinto louca para que ele demore, preciso fazer algumas coisas no computador que Amber mandou pelo meu celular.

- Quão longo será esse banho? - questiono - não quero ter que ficar sozinha a noite toda.

- Longo - ele morde os lábios - mais não o suficiente pra te deixar esperando demais.

- Perfeito - retiro sua camiseta ficando só de sutiã e ele entra no banheiro rindo.

- Você acaba comigo nenê - vejo ela pelo vidro do banheiro e levo às mãos na testa, como vou mexer nisso com ele vendo tudo? Observo seus movimentos vendo ele se sentar na banheira de costas para mim.

Obrigado, meu bom Deus!

Pego o notebook da mochila e meu celular lendo as mensagens.

“Tem um atalho na tela inicial, criei ele pra quando você entrar você vá direto pra dentro do sistema” - Vou até a pasta depois de ligar o computador vendo tudo ficando a azul, depois de alguns segundos a tela clareia.

“Insira sua senha”

Leio e olho no celular vendo números e letras, insiro a senha e o computador permite a minha entrada.

É muita coisa.

São pastas e mais pastas com abreviações, cada uma com uma senha, alguns arquivos estão nomeados como “ Arquivos fantasmas”, “roubos internacionais”, “máfia italiana”, “ Suíça”, é muita coisa!

Continuo a procurar olhando para o banheiro vendo ele com a cabeça inclinada para frente, em um ato bem sexy.

Volto o foco achando uma pasta modificada há apenas algumas horas, “ MSB”. Clico na pasta vendo que tem outra senha, essa as garotas não conseguiram descobrir, mordo os lábios e dígito seu nome ao contrário.

Nada.

Coloco sua data de nascimento em números Romanos e sem sucesso, mordo os lábios aflita e digito os números romanos que ele tem tatuado, escrevendo Bieber de trás pra frente, dou enter e a pasta começa a carregar me fazendo sorrir.

Facílimo.

Pego o celular e mando uma mensagem com a senha e tiro foto da tela do computador.

O primeiro passo eu já dei.

- É isso aí, porra - murmuro e desligo o computador guardando rapidamente e bloqueio meu celular, vendo ele se levantar mostrando sua bunda impecável, me fazendo ficar alarmada.

Justin sai do banheiro com a toalha amarrada na cintura e eu rezo para que ela caia.

- Desse jeito eu vou achar que eu não estou dando conta, nenê - ele diz rindo e eu ignoro suas palavras fitando seu corpo.

Santo inferno que esse homem tenha tudo isso, esse corpo, essas tatuagens… é impossível não babar, realmente, impossível.

Ele ri retirando a toalha e aí sim eu infarto em ver seu membro um pouco duro.

- Quer brincar um pouquinho? - ele questiona e eu assinto como uma criança.

Chamo ele com os dedos e ele sorri vindo até mim jogando os lençóis no chão, tento me ajoelhar,  porém  sinto minha perna doer.

- Sem movimentos bruscos - ele diz e sorri me beijando, seu corpo se inclina sobre o meu e ele massageia meus seios por cima do sutiã, me excitando.

- Sem essa de cuidado  - digo começando a ficar ofegante e ele para o beijo descendo os lábios para o meu pescoço, sugando ali, sorrio de ao sentir sua língua quente se arrastar pelo meu seio esquerdo e suas mãos desabotoarem meu sutiã, revelando meus seios.

Justin morde os lábios chupando cada um dos meus seios, enquanto eu luto para não gemer e fazer a casa toda escutar. Seguro em sua nuca apertando ali e ele ri fraco fazendo com que eu me arrepie.

Ou esse sexo está muito diferente ou ele está tomando cuidado demais.

Ergo seu rosto o puxando para um beijo sentindo seu pau na minha coxa, me deixando ansiosa para tê-lo.

Suas mãos dedilham a minha calcinha retirando-a devagar, totalmente úmida por conta da minha pulsação descontrolada. Contraio nossos quadris gemendo baixo e ele faz movimentos circulares no meu ponto de prazer com a mão direita, a esquerda ele usa para apertar minha cintura e passar os dedos pelo meu corpo.

Seu toque está diferente e eu gosto disso.

- Você me quer? - ele luta para dizer essas três palavras e tudo o que eu tenho a fazer é assentir - você é minha?

- Bieber… - digo manhosa sentindo ele passar somente a cabeça do pênis totalmente ereto na minha entrada me deixando mais ofegante.

- Você é minha? - ele morde a minha boca ameaçando entrar e eu arqueio as costas assentindo - eu não ouvi…. - ele coloca somente a cabeça e eu aperto o lençol gemendo seu nome em súplica.

- Sou sua - sinto ele entrar mais e seus lábios encontrarem os meus em um beijo lento, me fazendo suspirar e estranhar um beijo transbordando carinho.

Justin entra mais me fazendo delirar por instantes, agarro seus cabelos o prendendo contra mim e ele equilibra o peso colocando as mãos em volta de mim, me olhando de uma maneira que ele sequer havia olhado antes.

- Você é linda - ele diz e eu aperto sua cintura mantendo os movimentos lentos, como se quisesse ficar nisso pra sempre.

- Isso… Justin - mordo os lábios fechando os olhos e vai mais fundo, me fazendo gritar seu nome abafado.

Com cuidado ele aumenta o ritmo me mordendo de leve no queixo, subindo o beijo para a minha boca. Sua língua passa pelos meus lábios pedindo permissão para se entrelaçar com a minha, com dificuldade - por conta dos meus gemidos - retribuo o beijo sentindo ele sorrir, eu gosto quando ele sorri é… merda, que porra eu estou falando? É delírio, só pode.

- Caralho - murmura engrossando em mim e eu mordo meus lábios mantendo o contato visual, vendo ele ainda me olhando diferente.

- Justin… - Sinto minha intimidade pulsar desesperadamente o obrigando a ir mais rápido, chegando ao seu ápice, comigo em seguida.

Ele sai de dentro de mim e eu gemo frustrada querendo ficar nessa posição eternamente.

- A perna está doendo? - ele questiona e eu nego me sentando o encarando.

Por que ele está diferente comigo? Eu juro que se ele estivesse sendo um imbecil seria mais fácil de lidar.

- Nenê? - ele chama e eu me levanto colocando somente a camiseta e a calcinha passando as mãos no rosto.

- Olha… eu sei que você está me agradecendo através de tudo isso - coço a cabeça - mais já está bom, eu não preciso disso tudo.

Eu não preciso, mais eu quero isso, eu quero que ele cuide de mim, e todos sabemos que eu querer isso é errado.

Ele tem me tratado com carinho, e eu desconheço essa palavra, eu sei que quando eu melhorar ele me coloca pra fora e me chama de mentirosa mais uma vez, ele pode estar me testando agora.

Eu só estou ficando confusa no meio disso tudo, só estou perdida… eu não sei o que sentir.

Depois desse sexo, disso tudo, eu não consigo pensar em nada congruente.

- Eu não estou fazendo isso só por estar grato, eu acho legal passar um tempo com você - ele diz me olhando e eu sento na cama.

- Quando eu melhorar você vai voltar a me tratar como antes? Me testando?

- Hilary, eu já disse que o que eu fiz foi um erro, eu não quero mais te testar, porque eu confio em você.

Três socos no estômago.

- Como confia em mim? Nós nos conhecemos há três meses e…

- E você sempre esteve aqui, quando eu precisei de ir atrás de Blanco, quando fomos no jantar, sempre que eu pedi ou mandei, você estava… isso pra mim é o suficiente.

Justin demonstrando sentimento e me deixando na merda sem ao menos saber, eu estou ficando com nojo de mim.

Malditas palavras, maldita vingança.

- Eu confio em você, eu sei que atrás dessa marra tem uma nenê.

- Você nem parece um gângster falando assim - digo tentando esconder meu maldito sorriso.

- Só você consegue me fazer falar isso - ele sela meus lábios e eu prendo a respiração por dois segundos tentando absorver suas palavras.

- Você tinha namorada - digo - é claro que você já disse isso à ela.

- Eu e a Caitlin nunca fomos amorosos - ele diz e eu faço um coque no cabelo me deitando, mais dois ou três dias aqui e os registros somem, eu desapareço por um tempo e volto para cumprir meu objetivo.

- Boa noite, Bizzle - digo e ele ri perto do meu ouvido me abraçando, totalmente pelado - veste uma cueca, isso tá estranho.

- Deixa assim, vai que ele escorrega e acaba entrando em você.

(...)

- Bom dia - ouço a voz da empregada longe e bato na cama procurando Bieber.

Não que eu esteja com saudades dele aqui, longe de mim.

- Bom dia - me sento abrindo os olhos.

- O senhor Bieber está em uma reunião e pediu pra eu trocar seu curativo.

Reunião? Certo, Bieber não me falou nada disso, talvez ele tenha notado que eu desisti da ideia louca de ser do covil.

- Ele pediu pra trazer frutas, e um suco sem açúcar recomendado pelo médico. - ela sorri e eu fico quieta.

Quando a esmola é muita, santo desconfia.

- Certo - pego meu celular - obrigada - digo e ela troca o curativo saindo dali.

Teclo o número da minha casa e Martha atende.

- Residência da Senhorita Levy, quem gostaria?

- Martha, é a Hill - digo.

- Olá! - ela diz e eu sorrio fraco - O que deseja?

- Chame Lana pra mim? Ou a Amber…

- Vou transferir a chamada para o quarto da senhorita Amber, Lana não dormiu em casa.

- Oh - digo rindo - certo. - o telefone fica mudo e logo Amber atende - Loira?

- Ruiva… - ela diz sem animação - conseguiu?

- Consegui - digo, mais nessa parte eu não consigo dizer animada - vou mandar a foto pra você.

- Certo, eu vou ir tentando, caso eu não consiga você vai ter que continuar aí mexendo nas coisas dele.

- Quantos dias?

- Eu não sei - ela suspira - e você está conseguindo respirar o mesmo ar que ele?

Melhor do que ela imagina.

- Estou.

- O que aconteceu? - Ambbie questiona - Você está bem? - essa loira me conhece.

- Amber, eu posso falar com você pessoalmente depois?

- Claro que pode - ela diz - Hilary, você está sentindo algo por ele?

Silêncio.

Mais silêncio.

Silêncio mais uma vez.

- Hilary?

- Eu não sei… só - tento respirar fundo - só vem aqui depois?

- Claro, eu tenho que pegar o notebook.

- Certo. - me encosto na cabeceira da cama - até depois.

- Até, fica bem.

Depois de tomar um banho longo e vestir finalmente minhas roupas e passar pomada nos hematomas no meu rosto, desci para a sala vendo Jaxon e Jazzy assistindo desenho.

Não que eu não goste de crianças, mais eu me sinto pior ainda sabendo que eu estou passando todos eles para trás sem o mínimo de vergonha na cara.

Eu não sei o que está acontecendo comigo.

- Namoradinha - Jaxon diz assim que me vê e eu dou um beijo em sua bochecha, beijando Jazzy em seguida.

- Bom dia.

- Meu irmão disse que não é pra você sair da cama sem ajuda - Jazzy abre espaço para mim sentar no sofá e eu sento entre os dois.

- Ele não precisa saber - digo e ela ri - será que ele vai demorar lá dentro?

- A moça ainda não saiu. - Jazzy comenta e eu cruzo o cenho.

- Moça?

- É, ela tá lá desde que o desenho começou.

- Pensei que ele estava com Ryan, Chaz e Chris.- suspiro inquieta.

- Tipo Ryan não dormiu em casa - Jazzy diz - fui brincar de boneca e ele não estava.

- Tio Chaz está lavando o carro dele. - Jaxon fala e eu me levanto.

- Mais o Chris…

- Que merda de desenho - ouço a voz de Christian - oi,  ruiva. - diz seco.

- Oi - murmuro indo em direção do escritório ouvindo uma risada feminina.

Ouvir atrás da porta é feio? Bom, a porta está meio aberta.

Olho no batente da porta e arregalo os olhos.

Amanda, Mandy, vadia, piranha… chamem como quiser.

- E por que não vamos no seu quarto? - ela pergunta se sentando de frente para ele, suas mãos descem pela sua bunda e ele aperta.

- Tem gente lá - ele diz e ela ri.

- A ruiva,  né? -  ela debocha - ela é perca de tempo.

- Já ouviu falar no pegar, usar e jogar fora? Com ela é assim - ele ri - é um mal necessário.

Ótimo, uma, duas três facadas no peito quem sabe?

- Eu sou melhor que ela, eu não sei por que ainda quer ela por perto.

- Meu inimigo quer ela e a mim, preciso dela de qualquer maneira e agora eu tenho que dar uma moral, afinal ela salvou a minha irmã.

Eu iria entrar e socar os dois até a morte ou eu iria sair dali e ir embora?

A primeira opção me parece uma boa causa, a segunda, uma consequência.

- Pode subir pro quarto - Digo forçando uma risada amarga abrindo a porta e Justin se levanta - Ele está desocupado.

- Hilary! - ele corre até mim e me puxa  eu saio dali rapidamente subindo as escadas correndo, sentindo meus pontos abrirem mais uma vez, e logo tudo começa a sangrar - Hilary! - Justin corre atrás de mim e eu entro no quarto pegando minha mochila, sendo impedida de sair por Justin.

- Mentiroso - cuspo as palavras - é isso que você é.

- Eu posso explicar.

- Nós não temos nada, não precisa - o empurro - eu já ouvi o bastante - saio dali quando Mandy no corredor e vou para cima dela socando seu rosto ouvindo um grito dela, a mesma que me empurra me fazendo desequilibrar com a perna ruim e eu dou passos para trás sentindo a escada. Tropeço no degrau caindo com tudo nos degraus vendo Justin desesperado correndo até mim, paro de cair quando minha cabeça bate em uma das quinas, logo um corte se forma e eu sinto sangue escorrer, me tonteando.

A última coisa que eu senti foram as mãos de Justin no meu rosto, depois eu apaguei.