História Sweet Revenge - The Feeling

Hilary Blake p.o.v

- James?! - Entro gritando em certo desespero onde os seguranças costumam ficar - JAMES!

- Oi? - um outro cara fala comigo - James está em missão com o senhor Bieber.

- Você viu com quem a Pattie saiu? Você viu? - questiono e ele me olha estranho - VOCÊ VIU?

- Numa limusine - ele diz e eu pego o celular no bolso da calça.

- Presta a atenção no que eu vou falar - digo e ele dá risada - É A MÃE DO SEU PATRÃO ENTÃO ME OUVE! - Explodo - Me arrume dois seguranças e uma arma.

- Tá doida? - ele parece querer rir.

- Você ouviu Justin falando sobre Blanco? - ele assente mudando a expressão - Blanco está com a mãe dele seu filho da puta! Então anda logo nesse caralho!

O segurança sai dali chamando mais dois e eu tento ligar pra Justin.

As quatro ligações foram perdidas. Na quinta, não foi ele quem atendeu.

- Quem é? - Uma mulher pergunta e eu ouço alguns barulhos e alguma música eletrônica no fundo.

- Passa o celular pro dono da porra que ficou na sua buceta! - eu juro que eu mato ele, juro.

- Ah, pro Senhor Bieber - ela diz maliciosa - ele está ocupado com a Rachel agora.

- Quem é Rachel? - digo alto - Passa pra ele!

- Não dá, até mais - ela desliga na minha cara.

Ótimo!

Depois de trazer a Pattie eu vou bater nela por ter gerado aquela peste.

Vejo o carro com os seguranças e me sento no banco de trás.

- Tem ideia pra onde eles foram? - questiono e o que está no volante nega - viu pra que direção eles seguiram? O carro?

- Vimos um carro azul, uma limusine  se não me engano.

- Isso vocês já falaram, bando de inúteis! - xingo pegando meu celular, mandando o número de Pattie para Amber, para que ela rastreie.

“em cinco minutos te mando a localização” - Amber me envia e eu fico em partes mais aliviada.

Justin é um filho da puta, está lá comendo não sei quantas e eu atrás da mãe dele. Eu juro que esse é o último favor que eu faço. Juro.

Andamos com o carro pelo quarteirão e nada, nenhum sinal, e de noite está pior ainda pra achar alguma coisa.

“ Eles foram no Vesúvio, aquele restaurante no centro, perto do Shopping” - Leio e dou o endereço para o segurança indo até lá, em seguida meu celular começa a vibrar, com o nome de Justin na tela, me fazendo bufar e em seguida atender.

- Ligou pra mim? - ele pergunta parecendo meio bêbado.

- Seu otário, o filho da puta do Blanco tá com a sua mãe! - Digo nervosa e a linha fica muda, em seguida o barulho do local fica mais baixo.

- O que? - ele pergunta realmente perdido e eu dou uma gargalhada irônica.

- Enquanto você estava deixando a sua porra nessas vaginas aí, a sua mamãe tinha um encontro, com quem? Adivinha… - Finjo fazer mistério - Blanco!

- Você tá louca?! - ele pergunta e eu vejo Pattie correndo na avenida com o salto na mão.

- Para o carro! - digo e o motorista freia, abro a porta - PATTIE! - Chamo e ela me olha correndo até mim com lágrimas nos olhos.

- Hilary, o que está acontecendo? - Justin pergunta e eu desligo o celular abraçando Pattie.

- O que aconteceu? - Pergunto e ela soluça, ajudo ela a entrar no carro e vejo suas mãos tremerem - Pattie?

- E-ele estava comendo e do nada mostrou uma arma na cintura, começou a fazer perguntas sobre meu filho falando que ia me esquartejar na frente do Justin… - A abraço mais uma vez suspirando - ele mandou eu correr pra poder ir atrás de mim e gravar meu desespero pra descontrolar Justin.

- Meu Deus - nego com a cabeça vendo um cara aparecer na esquina com uma arma, o motorista sai dali acelerando e eu pego minha arma atirando contra ele, levando um tiro de raspão no braço.

- Hilary! - Pattie puxa meu braço preocupada e eu subo o vidro, agradecendo aos céus que dele ser blindado.

- Tá tudo bem - olho vendo sangrar um pouco - tudo bem.

- Hilary, se você não estivesse aparecido - ela chora e eu suspiro passando a mão no rosto.

- Passou, Pattie, passou - murmuro fechando os olhos - relaxa, certo?

Justin Bieber p.o.v

O Helicóptero parece não funcionar direito, depois da ligação eu simplesmente saí correndo da boate para voltar pra casa.

Blanco com a minha mãe? Eu realmente entendi direito?

Até onde ele vai ir pra me testar?! Quando ele vai dar as caras?

- Justin, eu falei com a Hilary, sua mãe pegou o celular da mão dela e disse que chamou um médico pra casa, parece que ruiva levou um tiro no braço direito.

- Como? A minha mãe já está em casa então? - suspiro aliviado, mas a tensão volta quando… - a Hilary levou um tiro?!

- Calma, parece que não é nada grave, chegamos em meia hora. - Charles diz e eu assinto  pegando o celular começando a ligar  para Hilary, ligo duas vezes e ela não atende.

- Beadles, vamos parar com as buscas pela filha do Blake por enquanto - digo e ele me olha estranho, porém não discute - Vamos focar em Blanco, de um jeito ou de outro a filha do Marvin está ligada na história, vamos parar de procurá-la e focar no Blanco. Ele está passando dos limites, quero ele bem morto.

- Tudo bem - ele assente.

Eu sei reconhecer quando algumas necessidades são maiores do que as outras, a sucessora ataca com máscaras, mas sempre contra mim, nunca contra minha mãe e meus irmãos, Blanco atira para todos os lados, ele quer me ver definhar, prefiro pegar ele primeiro e deixar a minha família em segurança.

(...)

- Filho! - minha mãe vem correndo até mim com um vestido longo e bonito, chorando bastante e eu a abraço.

- Como você está? - olho em seus olhos e ela chora um pouco - ele te machucou?

- Só estou assustada - ela diz e eu a abraço dando um beijo em sua testa. - Se não fosse a Hilary, eu… eu estaria morta, filho - ela diz e eu cruzo o cenho.

- Me explica o que aconteceu - digo e ela abraça os garotos se sentando no sofá, comigo ao lado e os garotos em volta.

- Eu recebi algumas mensagens que eu achei super românticas - ela sorri ao lembrar - fiquei uma semana conversando com o rapaz, ele disse que era um amigo seu e que estava interessado em mim, mandou presentes e nós marcamos de ir jantar, mais quando eu cheguei ele começou a fazer perguntas sobre você, falando que você era uma má pessoa e que iria te derrubar, eu fiquei nervosa e joguei vinho nele pra ir embora, tinha uns homens que estavam com e ele me falou que ia me fazer correr e gravar, depois ele ia me esquartejar, eu comecei a correr e encontrei a Hilary.

- Meu Deus, Mãe - coloco a mão na cabeça respirando fundo, tentando raciocinar - como ele era?

- Alto e magro, barba mal feita e cabelo curto e grisalho.

- Era ele mesmo - Chaz diz e eu assinto dando outro abraço nela. - Fica tranquila tia, nós vamos dar um jeito.

- Cuida da Hilary - ela diz e eu assinto - se não fosse ela…

- Certo, mas e a senhora? Está bem? - pergunto a analisando e ela assente.

- Preciso de um banho - ela se levanta - o médico já foi, ele disse que ela dormiu com um remédio que ele deu à ela pra passar a dor, mas mesmo assim, observa o ferimento dela.

- Pode deixar, mãe - beijo sua bochecha subindo para o quarto, vendo Hilary totalmente apagada, com um curativo no braço.

Começo a me despir indo tomar banho e opto por uma ducha longa.

Eu não sei o que a Hilary tem, eu não sei o que ela é.

Olha como ela age, ela é… fora do normal!

Saio do banho vestindo uma cueca indo até a cama, ajeitando ela.

- Que merda você fez comigo que eu não tiro você da porra da cabeça? - suspiro derrotado - é uma merda sentir isso sozinho, é uma merda querer te dar atenção e você agir sempre de uma forma diferente. - nego com a cabeça - é uma merda, porém eu não consigo dar um basta.

(...)

Acordei mais cedo do que Hilary, a primeira coisa que eu fiz foi convocar uma reunião bem cedo com os garotos, desta vez, incluindo a minha mãe, eu preciso saber sobre tudo, detalhe por detalhe.

- Ele te ligou alguma vez, Pattie? - Ryan pergunta e ela assente - Você tem o registro da ligação ainda?

- Tenho sim, querido - ela pega o celular e faz um “P” desbloqueando, me fazendo rir fraco - É esse número aqui - ela mostra e Christian pega o celular digitando o número no computador e anotando rapidamente num papel.

- O que ele costumava falar nas mensagens? - Chaz pergunta.

- Ele me elogiava e dizia que era um grande amigo de Justin… também falava que conhecia a namorada nova dele.

- Namorada nova? - Cruzo o cenho - a Hilary?

- É, ele dizia que admirava o casal e que você era um cara legal. - ela explica e os garotos assentem.

- Ele disse algo pessoal dele? - Chris pergunta e ela parece pensar.

- Disse que tem cassinos em Las Vegas e… acho que foi só isso - Pattie diz e mordo meu lábio inferior pensativo - Ah, ele me disse que vai estar lá daqui um mês mais ou menos, no cassino.

- Se ele disse isso é uma armadilha pra nós irmos e sei lá… morrermos? -  Chaz ri de lado - é uma missão suicida entrar em Vegas atrás do Blanco, mas é necessário.

- Então iremos à Las Vegas, a cidade que nunca dorme,  no próximo mês - digo e todos assentem.

- Você quer morrer? - minha mãe me olha séria - Se é uma armadilha você não pode ir!

- Ou sou eu ou a minha família, e você sabe bem o que eu deixo como prioridade - dou um beijo em sua bochecha e ela me olha séria - Para com isso.

- É tia - Chaz passa o braço pelo pescoço dela - agora que você sabe que o seu paquera é um filho da puta, você poderia sair com o Gostoso Somers aqui - Charles brinca e ela o empurra.

- Você me respeita que eu tenho idade pra ser sua mãe - Pattie levanta e eu dou risada - Tomem cuidado, entenderam? - ela faz pose e nós assentimos.

- Sua mãe é o máximo - Chaz brinca fingindo paquerá-la e eu dou um soco no braço dele.

- Eu te mato se encostar nela - digo rindo e ele ri de lado - Bom, Chris preciso que você rastreie esse número, está na cara que ele ligou pra nós podermos rastreá-lo e cair em alguma armadilha,  mas se não fizermos isso e cair na rede dele não vamos sair da estaca zero, organize tudo para Vegas, procure o tal cassino que ele tem, precisamos de encontrá-lo, antes que mais alguém se machuque. - digo por fim me levantando da minha cadeira.

- Vai lá com a sua namorada - Ryan debocha e eu reviro os olhos dando o dedo do meio, saindo dali.

Subo para quarto vendo ela penteando o cabelo e quando ela percebe minha presença, faz uma cara péssima.

- Bom dia pra você também - ironizo e ela começa a falar :

- Peguei o buquê da sua mãe e li o bilhete, mandei o número de telefone da sua mãe pra uma amiga rastrear, depois disso eu fui atrás dela e a encontrei correndo na rua, levei um tiro de raspão no braço e tá todo mundo feliz. - Hilary sorri e pega a bolsa.

- Vai embora? - questiono sem expressão e ela nega.

- Vou levar pra outro quarto, parece que a sua mãe quer que eu fique aqui por uns dias, como agradecimento por eu ter salvado a Jazzy e ela. - dá de ombros.

- Por que vai pra outro quarto? - chego mais perto e ela revira os olhos - fala, porra!

- Porque eu não aguento respirar o mesmo ar do que um imbecil igual à você. - diz ríspida me deixando confuso - sua presença me dá nojo.

- Eu falo que você é toda estranha, uma hora fala comigo como se fôssemos amigos ou sei lá, e do nada muda de humor, eu não te entendo.

- Não precisa entender - ela bufa e eu puxo ela pelo braço - me solta - vocerifica.

- Senão o que? Se eu não soltar vai fazer o que? Gritar? - dou risada - você parece ser uma mulher madura, aja como tal, diga qual o problema e nós resolvemos.

- Eu não preciso resolver nada - ela olha para mim parando no olhar no meu pescoço - engraçado que… enquanto eu estava indo atrás da SUA mãe você estava com quem mesmo? Ah… Rachel  - Ela ri em descontentamento - estava fodendo ela com perfeição, otimo, e sua mãe com Blanco, legal! - ela ameaça sair do quarto e eu não contenho a risada.

- Isso é ciúmes? - pergunto e ela ri, uma risada totalmente forçada.

- Ciúmes? De um merda igual à você? - cruza os braços me encarando - me diz quando foi que você começou a ficar tão iludido assim!?

- Ah, se não é ciúmes é o que? - arqueio a sobrancelha.

- Você é patético, estava gozando adoidado e eu aqui, igual uma louca indo atrás da sua mãe! Não é a minha obrigação fazer isso!

- Então por que fez?! - Pergunto perdendo a paciência.

- Porque a Pattie não merece correr esses riscos! Onde está o homem da casa essas horas? Assaltando um banco e passando a noite onde? Numa boate lotada de vaginas enquanto a família sofre ataques de um psicopata!

- Você não ouse insinuar  que eu não cuido da minha família! - vou até ela erguendo minha mão, segurando seu braço com a outra.

- Vai bater? - ela ri alto em deboche - vamos… bate, bate eu não ligo, só vai fazer eu ter mais nojo de você!

Abaixo a mão aos poucos e puxo ela pela cintura a calando com um beijo, recebendo um empurrão.

- Não encosta essa merda em mim! Eu não sei onde isso passou - ela pega a muleta saindo do meu quarto, vou atrás parando na sua frente e ela revira os olhos - Você é um chiclete? Puta merda!

- Só vou deixar bem claro uma coisa, continua esse cuzinho que você está, que eu vou te tratar igual eu trato uma putinha de beco.

- Não é como se eu ligasse - ela abre a porta do outro quarto - vai pro inferno.

- Não agora - ironizo - você é patética, Hilary, patética! Custa admitir que está com ciúme? Custa me falar realmente qual o problema? Me responde porque eu realmente não estou entendendo! - digo ríspido.

- Ou você sai daqui, ou eu vou embora e você nunca mais me vê!

- Só sabe fazer as coisas na base da chantagem? - cruzo os braços - Se você quer saber porque eu não atendi a sua ligação, pois bem… você nunca atende as minhas, só quando é uma emergência e eu tenho que ficar mandando mensagem antes, nunca fala comigo igual gente, uma hora temos amizade colorida e do nada você muda, eu não consigo acompanhar isso, e eu já falei que eu estou confuso em relação à nós dois, e foder cada uma das cinco mulheres que eu fodi bem gostoso depois do assalto…  - vejo ela virar de costas e apertar os punhos - foder elas não fez eu parar de me confundir em relação ao que temos - faço uma pausa e digo com firmeza a última frase - Ao que eu estou sentindo!

- E o que você está sentindo? - ela se vira e eu vejo ela chorar - você está esperando eu melhorar para voltar a me testar? Ah por favor, não seja tão hipócrita!

- Eu não quero te testar, que caralho! - Bufo irritado - É impossível querer ter uma conversa com você! Impossível!

Saio dali batendo a porta.

(...)

Hilary Blake p.o.v

- Dói muito? - Gerald pergunta se sentando comigo no colo em uma das espreguiçadeiras do jardim da casa.

- Só quando eu forço - bufo - eu não aguento mais um minuto sequer aqui.

- E por que não vai embora?

- Patricia Mallette - digo e ele torce a boca - como vão as coisas por lá?

- Vão bem - ele sorri - Lana está saindo com o Ryan, parece que os dois estão dando certo, o que é surpreendente, já que Lana não curte nada sério - ele diz e eu dou risada - Amber não está nem aí pro Somers, ele tem ligado pra ela mas ela manda ele para a puta que pariu.

- Bem a cara dela - balanço a cabeça - tem recebido alguma ameaça de Blanco? - pergunto baixo.

- Nada… ele não fez nada contra você.

- É estranho, Eazy… - murmuro - ele me sequestrou uma vez sabendo que eu ia fugir, enquanto Justin ele ataca sempre, explosões, seguranças mortos, a irmã e a mãe… - mordo os lábios e ele assente - Eu estou estranhando que ele não tenha feito nada grande contra mim, e eu acho que essa coisa grande vai ser pior do que tudo o que ele está fazendo com Justin, eu sou com certeza uma parte assustadora disso.

- Com certeza é - ele diz e eu suspiro - Amber apagou a maioria dos registros e mandou documentos falsos da sucessora por correio, assim ele não tem como perseguir o entregador como fez com Otávio.

- Bom… - digo - muito bom.

- É - ele olha no fundo dos meus olhos - você está abatida… seu olho está meio vermelho assim como o nariz, tem chorado?

Você não sabe o quanto.

- Sim eu… - procuro uma desculpa - saudades do meu pai, sabe?

- Imagino - ele me dá um selinho longo e eu ouço passos rápidos por ali, ignorando, apenas o puxando para um beijo mais profundo.

Quando eu ia ceder a passagem de língua, eu praticamente fui jogada para a espreguiçadeira vendo Gerald ser puxado e ganhar um belo soco na boca.

- Justin! - tento puxar ele de cima do Eazy e ele me empurra, me fazendo cair sentada na espreguiçadeira,  quando volta a atenção para Gerald, leva um soco forte no olho, me fazendo ficar meio desesperada.

- Você é louco?! - Eazy puxa Justin pela camisa, dizendo com raiva e acerta outro soco.

- Gerald, chega!! - grito entrando no meio separando as moças - CHEGA!

- Sai da porra dessa casa agora! - Justin diz ofegante e Gerald me abraça, saindo dali - E você, Hilary? Por que caralhos estava beijando aquele merda?! - sua veia do pescoço salta - fala, caralho!

Começo a rir e ele me segura.

- Me responde! - diz me chacoalhando.

- Desde quando quem eu beijo ou deixo de beijar te convém? - pergunto o empurrando - pelo amor de Deus, Bieber, cresce!

- Você não pode fazer isso! - ele passa a mão no cabelo totalmente nervoso - Você não precisa de outro cara quando me tem!

- Eu tenho você? - dou risada incrédula - você estava fodendo não sei quantas ontem, depois veio falar comigo como se eu fosse a culpada desse seu comportamento estranho! Falando que transa pra parar de pensar em mim, por favor! Para com isso!

- Merda, Hilary! Eu tenho ciúmes de você! Ciúmes! Eu não suporto te ver com outro, não suporto te imaginar com outro, você não entende?!

Minha garganta seca e eu nego com a cabeça, ele não pode sentir nada relacionado à mim, nada!

- Para de mentir - digo saindo dali totalmente confusa.

Já me basta tudo o que ele falou ontem que acabou comigo, já basta ter chorado de noite me sentindo arrependida por estar mentindo tanto.

Me basta estar sentindo coisas por ele! Eu não preciso de ouvir mais nada.

- Você não pode se esforçar - Justin me pega no colo subindo comigo e eu tento sair - para de ser assim pelo menos um pouco. Deixa essa carranca de lado!

- Me solta - desço no chão - você não pode me dizer essas coisas!

- Por que?! - ele questiona me prensando na parede olhando nos meus olhos. - Eu estou falando a verdade! Eu sinto ciúmes de você, eu não sei quando isso começou, mas eu sinto! E é uma merda sentir tudo isso sozinho!

- Você não sente isso sozinho! - digo alto vendo ele me olhar meio assustado - eu estou confusa sobre tudo isso, uma hora você me trata como se eu fosse sua amiga e depois nós quase nos matamos! É mais fácil de lidar com toda essa bagunça se você estiver querendo me bater, perdendo os escrúpulos comigo e vindo pra cima de mim!

- Eu não consigo mais chegar à esse ponto! Não consigo chegar à ponto de te socar como eu fiz antes!

- Pois é bom você conseguir, nós somos melhores querendo nos matar, somos melhores brigando do que sentindo essas coisas! Toda essa confusão.

- Me diz o que se passa na sua cabeça? Eu quero te ajudar, sei lá? Algum trauma? Alguma perda forte além do seu pai? Me conta!

Ver ele tocar nesse assunto está me matando, ele matou meu pai, ele me traumatizou, ele destruiu a minha vida, como eu posso me abrir assim?

Era pra mim estar apontando uma arma na cabeça dele agora, era pra mim estar o socando. Mas eu não consigo pensar em nada.

- Não é como se você se importasse - murmuro prendendo o choro.

- Você não se permite dizer o que sente! Como eu vou demonstrar que me importo se você se fecha totalmente? Como? Você tem que ser mais viável, deixar eu mostrar que me importo!?

- Se importa tanto que fodeu quinhentas na  madrugada passada.

- Diz que está com ciúmes de uma vez! Qual o problema de demonstrar sentimentos pelo menos uma vez?

- EU TENHO CIÚMES! - Grito começando a chorar - Satisfeito?!

- Se sente melhor? - ele pergunta me abraçando e eu o empurro negando - diz tudo o que você quer, Hilary, eu quero te ver bem.

- Você nunca vai entender por eu ser fechada, eu não costumo falar com ninguém, eu não tenho mais uma fonte de carinho desde que meu pai morreu - as palavras saem tão fáceis que eu mal acredito que estou conseguindo falar - há dois anos e meio eu não me sinto especial e protegida, ai você vem e faz com que eu me sinta assim, faz com que eu goste de estar com você! Me coloca apelidos e no outro dia está transando com uma puta no escritório - seco as lágrimas - depois nós nos damos bem e você sai da cidade para fazer um assalto e para em uma boate, usando como justificativa que tenta me tirar da cabeça!

- Não tente desequilibrar os acontecimentos, eu decidi parar de me importar e ligar pra você, justamente por esse seu jeito, eu sou legal com você e você me dá patadas! Eu mando mensagem e você é curta e grossa, acha o que? Que eu vou parar tudo pra tentar fazer com que você goste de mim como eu gosto de você?! - ele grita a última frase me deixando estática - Eu gosto de você, caralho! E isso é uma tortura, uma tortura por eu saber que você não se permite sentir, não se permite a nada!

- Você está blefando - nego com a cabeça - é impossível… - viro de costas - não pode, você não pode…

- Eu não queria - ele me puxa pela cintura me virando de frente, fazendo eu olhar em seus olhos.

Porra, ele está chorando.

Chorando.

Caralho.

- Eu queria te odiar, te abominar, te enxergar como eu enxergava antes, como uma puta, mas eu não consigo mais, eu não consigo… imaginar você com outro cara, eu fiquei louco de ver você com o Gerald, eu fiquei louco, eu… - ele molha os lábios me soltando. - eu quero saber se você sente o mesmo.

Eu gosto dele? Eu… eu só… eu não sei! É um sentimento estranho, é um sentimento que está me matando, que está explodindo em mim com as palavras dele…se isso é gostar de alguém, eu gosto.

- Eu não sinto nada por você, desculpe - digo e ele assente rindo amargo, saindo dali.

- Eu devia ter imaginado. - Justin bate a porta e eu me encurvo começando a chorar.

Eu estou decepcionada comigo mesma, eu… eu não sei mais o que fazer.

Eu sei que gosto, da minha maneira, da minha maneira estranha eu sei que gosto dele, mas tem tantas coisas envolvidas… eu não consigo raciocinar direito, eu nunca senti isso antes.

Eu quero sair daqui e beijá-lo, dizer que eu também gosto dele ou algo assim… Mas eu não sei se é certo, não sei se consigo.

Justin Bieber p.o.v

“ Eu não sinto nada por você, desculpe.”

Essa frase quase me fez perder o ar, me fez travar, me sentir um otário. E é exatamente isso que eu sou por tentar ter algo com ela, por me importar com ela.

Eu sou um otário.

Foi difícil conseguir falar tudo aquilo, me abrir, tentar fazer ela se abrir e decidir o que nós dois iríamos fazer com o que temos.

É impossível que ela não sinta nada além de ciúmes! Nós nos conhecemos há alguns meses, fodemos poucas vezes, quase não temos conversas sadias que não acabem em briga.

Mas mesmo assim, eu sei que gosto, gosto da marra toda que ela tem, gosto do jeito que ela me olha até mesmo com raiva, gosto que ela durma comigo, gosto de ouvir ela gemer meu nome de prazer.

Eu gosto dela.

Hilary me deixou uma bagunça, porém eu tenho meu orgulho bem intacto, totalmente inabalável, assim como meu ego. Se a ruiva me desapontou, não vou negar que não tenha me chateado, mas eu não vou ficar correndo atrás, implorando por atenção.

Eu vou ser o que eu sempre fui : pegador, arrogante e auto suficiente.

Entrei no banho meio tenso com tudo isso, seria viadagem eu dizer que em abalei com toda discussão. Fiquei lá por uma hora, pensando no que iria fazer pela noite.

Passei o resto da tarde enfiado no escritório vendo com os garotos registros e mais registros sobre as possíveis terras e propriedades privadas no nome de Blanco, toda a busca foi falha, os registros eram falsos e a nossa única saída agora é ir até Las Vegas.

- Vão querer ir na boate? - pergunto saindo do escritório vendo que minha mãe está na sala, sem sinal da ruiva.

- Hoje não dá - Ryan diz olhando para o celular e eu gargalho alto - Que foi?

- Sério que está saindo com a amiga da ruiva? E ainda salva o contato dela como “ Lana Gostosa”?

- E ela é o que? Feia?  - ele sorri - estou no lucro, e ela transa bem demais.

- Tudo bem - reviro os olhos - e você, Somers? - encaro Chaz.

- O gostoso aqui vai pra uma boate na saída da cidade, marquei com uma puta lá - ele sorri e nós o encaramos - não é a outra amiga da ruiva, aquela loira é o capeta. - ele reclama e eu dou risada.

- Chris? - pergunto ele me olha - vai pra boate hoje?

- Não dá, Drew, esqueceu que eu estou trabalhando dobrado agora? - ele revira os olhos.- e amanhã é segunda-feira, precisamos ir ver como andam as coisas com o governo.

- Nem fale - bufo, eu realmente tinha esquecido, ainda tenho que dar umas porcentagens do roubo que fizemos no banco para aqueles filhos da puta.

É como um imposto, nem que seja cinco por cento temos que pagar, ou então o Governo começa a atacar contra mim querendo pegar o meu poder.

- Temos que ir amanhã cedo, eles querem a reunião em um bar bem dotado - Chris continua a falar e eu assinto me despedindo deles, dando um beijo na minha mãe.

- Somers e Butler - chamo os dois vendo que eles iriam sair - amanhã eu quero os dois aqui cedo, sem atraso.

Eles assentem saindo de lá.

- Eu vou foder demais! - ouço Chaz comemorar e minha mãe ri, subo para o quarto e ouço a voz da ruiva me chamando.

Eu não vou ser mais suportável com ela, nem um pouco.

- Justin? -  ela chama mais uma vez e eu ignoro novamente, entrando no meu quarto, batendo a porta com força.

- Me ignorar? Sério isso? - ela diz e eu percebo que Hilary está com voz de choro - eu só queria conversar! Só isso.

- Hilary - digo rindo abrindo a porta - eu não quero falar com você, tudo o que tinha que ser dito, eu disse. - cruzo os braços e ela se apoia na muleta secando os olhos, assumindo a postura de séria, como sempre.

- Eu não disse o que eu queria - ela me encara e eu faço pouco caso.

Sou notório por pensar que você é cheia de beleza

- Diz logo que eu tenho que sair - Digo e ela assente - anda, fala logo porque eu tenho coisas pra fazer - deixo minha mão no pescoço, onde estava um pouco marcado pela noite que eu tive ontem, porém já saiu, e eu sei que ela viu, e que se incomodou com isso.

Eu estou apaixonado por você? Eu estou apaixonado por você?

- Pra começar, eu sou fechada assim porque cresci assim, eu nunca tive um apoio maternal pra saber lidar com sentimentos estranhos. - ela faz uma pausa - eu queria te odiar, assim como você queria me odiar, eu queria te socar por você ter ido pra cama com quinhentas na noite passada, mas eu não posso ter ciúmes do que não é meu… - eu juro que até pisco os olhos pra ver se é a ruiva ali na minha frente falando isso - eu desapareço às vezes do nada, justamente por eu não saber lidar com o que eu estou sentindo agora, parece que eu não consigo pensar direito quando o assunto é você - ela parece buscar palavras - acredite, é mais fácil ver você me odiar do que eu sentir ciúmes. Eu odeio isso, odeio quando não consigo me controlar, e desde que nós começamos a conversar mais, eu não consigo controlar minhas emoções dentro de mim.

Você me dá

- Hilary… - nego com a cabeça - agora eu que digo : você está blefando!

Sou notório por pensar que você é cheia de beleza

Ela nega com a cabeça e segura a minha mão, colocando no seu peito esquerdo, me fazendo sentir seu coração acelerado, sua pele gelada e trêmula.

Eu estou apaixonado por você? Eu estou apaixonado por você?

- Eu queria estar - ela abaixa a cabeça.

- Você esconde coisas de mim, não da pra confiar cem por cento, você…  sei lá, daqui dois minutos vai estar rindo de mim?

- Eu juro que eu queria estar brincando - ela olha nos meus olhos e eu assinto sentindo ela me abraçar com muita força - Eu escondo coisas sim… mais não posso falar agora, não estou preparada pra falar, só… não me pressione.

Demoro um pouco para associar tudo e passo as mãos no cabelo nervoso.

- Não vou… mais é grave? - pergunto e ela paralisa - é grave?

- Não - sua voz sai trêmula por conta do choro. - Não é tão grave - diz com mais convicção.

- Eu estou confuso com tudo o que você está falando - digo e ela ergue o olhar. - eu não consigo pensar! - viro de costas.

- Quer que eu simplifique? - ela pergunta. - Você queria me conquistar lembra? Não queria me fazer comer na sua mão pra me usar e pegar Blanco?

Estou afundando mais e mais rápido

- Quem acabou sendo conquistado foi eu - molho os lábios rindo - quer o que? Que eu confesse que gosto de você? Que eu estou me apaixonando por você? Eu confesso, eu não tenho nada pra esconder de você!

- Eu não quero dizer isso! - ela diz ofegante encarando o chão - eu não consigo formular uma frase decente na minha cabeça eu…

- Você o que?! - ergo seu queixo obrigando ela a olhar nos meus olhos.

Eu estou apaixonado por você? Eu estou apaixonado por você?

- Eu realmente fui conquistada, Justin… - ela faz uma longa pausa - eu gosto de você.