História Sweet Revenge - Can I?

Justin Bieber p.o.v

Flashback on

- Está demorando muito - Ouço a voz de Ryan no ponto e fico pensativo olhando pra pista, sem sinal do caminhão - porra, dudes, eu tinha que ver a Lana hoje, tem quase quarenta e oito horas que eu não gozo.

- Ryan, fale algo construtivo - essa é a voz de Christian.

- Sexo é construtivo - agora é a vez de Chaz, mas a minha atenção está apenas na pista - Justin, eu estou achando que passaram a perna em nós, olha aí cara, sem sinal dos caminhões.

- Está estranho - comento ouvindo meu celular vibrar e atendo, deixando no viva-voz - fala, James.

- Patrão, nada aqui - ele murmura, já que está na outra rota - devemos esperar mais?

- Eu mandei sair? - digo ríspido e sem paciência - só sai daí quando eu mandar, caralho.

- Certo - ele diz e eu volto a olhar pra pista e mantenho o celular ligado.

- Dude, está vindo na direção oposta - Charles diz e eu olho para trás - mas tem só um caminhão.

Porra, não eram dois?!

- Chefe? - a voz de James se evidencia através do meu aparelho - está vindo um aqui, sem sinal de dois caminhões.

- Aposto que o destinatário dessa carga dividiu as cargas para evitar que tudo fosse roubado, otário - pego minha AA-12 e vejo os seguranças começarem a cercar a rua com suvs.

Desço do carro, assim como os garotos vendo o motorista descer e começar a atirar contra nós, Ryan atira contra ele acertando na barriga, mas o filho da puta está de colete, atiro na sua perna e no braço, vendo Chris metralhar a cabeça do cara.

- Facílimo - murmuro indo até a porta traseira do caminhão, abrindo ali com a ajuda dos garotos. Tem no mínimo sete cadeados - porra… - bato forte ali com o cano da arma, estourando os cadeados, sorrio vitorioso, abrindo a porta, porém estranho quando ouço passos e vozes, em questões de segundo, a porta é totalmente aberta e vários caras de preto pulam de dentro do caminhão, os garotos começam a correr, mas duas vans estacionam com mais homens, nos cercando.

- Bieber, há quanto tempo, eu não te vejo desde quando seu pai foi assassinado - ouço a voz de alguém bem distante e cruzo o cenho me virando, procurando pelo rapaz que está falando - é… a senhorita Blake não brinca em serviço, ela até me pediu pra ver se a carga dela não ia ser roubada e eu me certifiquei que a carga não fosse roubada - ele continua a falar e eu sinto meu sangue ferver, olhando em volta, vendo os homens de preto darem espaço para um cara de terno passar, dou uma risada de deboche, tomando postura com os punhos cerrados.

- Blanco… - murmuro e ele estala os dedos, rindo alto.

- Touché - ironiza, vindo para perto de mim - como vai a mamãe e a irmãzinha? - provoca e eu vou pra cima, sendo parado quando armas são apontadas para nós - e a namoradinha? Eu pedi pro Troy dar um jeito naquela putinha ruiva, mas nem pra isso ele serviu, e ainda ficou paraplégico, pelo menos você não matou… opa! Você pensou que tinha matado ele? - Blanco passa a mão no meu ombro em forma de consolo - ele tá bem vivo tratando de assuntos importantes com a senhorita Blake.

Fico estático, é impossível que aquele filho da pura esteja vivo! Eu…  porra…

- Hoje vai ser uma noite esplêndida, eu não vou poder ficar pro show, mas meus aliados vão levar você  até um lugar especial - ele vira de costas e eu pego a minha arma, ouvindo mais dezenas de metralhadoras serem carregadas.

- Acredito que esteja em desvantagem e não vai querer criar uma guerra aqui, faça o que meus funcionários mandarem, vai ser melhor pra você.

- Você está fodido! - digo ríspido, sentindo um dos caras me puxarem - eu vou acabar com você por você ter tocado na minha família! - tento me soltar, vendo meus amigos serem jogados e rendidos numa van e sou jogado lá em seguida, sentindo o carro arrancar.

Flashback off

- Isso…quietinha - ouço a voz de Gerald e ergo meu olhar achando tudo estranho, puxando as minhas mãos que estão amarradas na cadeira, assim como meus pés, olho para os garotos vendo Ryan tentar se soltar já com a mão sangrando de tanto raspar no ferro da algema, bufo olhando pra cima, vendo que estou num depósito de drogas ou algo do tipo, puxo a mão sentindo uma dor ali, porém não solta de maneira alguma - anda! - vejo a sombra de duas pessoas no fim do corredor, e Gerald… espera, Gerald?!

- Que merda você… - começo a falar e paro, quando vejo ele apertando o couro cabeludo da Hilary, jogando ela no chão com força - Hill! - tento levantar, sendo impedido pelas correntes nos pés, vejo a minha garota levantar rapidamente e partir pra cima do “amigo”, chutando sua cintura com força e o socando, Chris e Chaz cochicham algo inaudível e me olham, indicando um vitrô pequeno no canto do local, volto a atenção para a briga, vendo ele socar o rosto da minha namorada.

- Eu te mato, você… eu não acredito nisso - ela murmura, sem me olhar, parecendo ficar fora de si.

- SOLTA ELA! - Grito nervoso, ninguém vai tocar nela, ninguém pode fazer mal à ela - solta! - grito e Gerald chuta a barriga da ruiva, fazendo ela urrar de cair de joelhos no chão, ele golpeia seu rosto mais algumas vezes, me deixando desesperado, mais desesperado ainda quando a minha namorada cai no chão desacordada e ele a prende numa cadeira.

- Isso vai ser interessante - Gerald toma postura, rindo e saí de lá.

Fico olhando pra minha garota ali por uns minutos, vendo os caras com cara de cu, tentando se soltarem.

- Merda… - ela abre os olhos, respirando fundo e me olha em seguida, com os lábios sangrando - você tá bem? - assinto.

- E você? - pergunto vendo ela concordar, tombando a cabeça para o lado - Hill, o que foi? Você tá realmente bem?

- Estou… eu - ela vira pro lado cuspindo sangue e eu tento soltar minhas mãos, em segundos a sala enche com dois caras e os mesmos param ao lado da ruiva.

- Não encoste um dedo nela - digo entre dentes, vendo o rapaz da direita segurar forte no queixo dela e em seguida, ele acerta um tapa estalado no rosto da mesma, me deixando louco.- tirem a mão dela! - tento soltar e não tenho sucesso.

- Bom, o meu objetivo por enquanto é fazer você renunciar ao seu Império, e eu sei que você não quer muito dar o seu poder de bandeja, então eu vou deixar a sua namorada machucada e nós decidimos o que você vai fazer…

Encaro os meninos, aflito. Entre a Hilary e o meu poder eu… merda, eu não posso perder meu Império e nem a minha namorada.

- Eu vou acabar com você - minha namorada chuta com força a canela do cara ali, recebendo um soco no rosto.

- MERDA, SOLTA ELA! É O MEU PODER E A MINHA NAMORADA, MATE-ME, MAS SOLTE ELA! - Eu praticamente entro em desespero, fazendo de tudo para de soltar e eu vejo Chris quase soltando as mãos dali, me debato recebendo um soco de um deles, e continuo a tentar me soltar.

A voz da minha garota se faz presente em alto volume quando ela profere um grito… o filho da puta enfiou a ponta de uma faca na coxa dela e começou a aprofundar a ponta ali.

Hilary tomba a cabeça para frente fechando os olhos e o segurança moreno da uma coronhada em sua cabeça, deixando-a desacordada.

Eu preciso tirar ela daqui, preciso sair dessa porra de cativeiro e cuidar dela.

- Bons sonhos pra vocês - um deles diz e a luz se apaga, com eles abandonando a sala em seguida.

(...)

Hilary Blake p.o.v

A minha cabeça está latejando, eu não sei o que me deixa mais inconformada, esse sequestro idiota e sem nexo ou Gerald ter me trago pra cá.

Gerald era meu melhor amigo, ele me ajudou a passar pela morte do meu pai, ele… ele me traiu, eu nunca pensei que ele poderia fazer algo dessa proporção, eu sempre estive pra ele, sempre procurei manter nossa amizade no ápice,pra ele simplesmente ser a porra de um infiltrado e me enfiar nesse lugar.

- Hill? Tá acordada? - ouço a voz de Justin bem distante sentindo uma dor horrível no maxilar junto com o gosto do sangue - Hilary? - ele parece preocupado e eu ouço alvoroço entre os garotos sem ao menos abrir os olhos, parece que a minha cabeça vai explodir.

Ouço a porta do local se abrir em um estrondo com alguém andando por ali, abro os olhos vendo Troy na cadeira de rodas, viro o rosto para Justin vendo ele com muita raiva.

- A senhorita Blake te mandou um beijo, Justin - ele diz, Troy  ainda vai insistir em colocar meu nome no meio, para a  descoberta da minha verdadeira identidade ser banal - ela está muito feliz em saber que você queria roubar a carga dela… o que acha disso, Hill? - Troy passa a mão no meu rosto e eu viro a cabeça - não faz assim… eu gosto das difíceis mas não tanto - ele ironiza e eu ouço Justin bufar.

- Tira a mão de mim - viro o rosto e ele aperta meu queixo - tira! - tento me soltar vendo Chaz me olhar mostrando as mãos livres, assim como Justin, Ryan e Chris.

- Queremos o poder do seu namorado… então, o que eu faço com você? - ele segura uma tesoura e passa no meu pescoço com um pouco de força, perfurando ali, me fazendo reprimir um grito.

Já basta minha coxa machucada e meu rosto, agora vem de tesoura no pescoço.

- Vocês ainda vão ficar aqui por bastante tempo, nem que eu mate a sua namorada você vai entregar esse poder, Bieber - ele sai dali e eu suspiro pesadamente, vendo os meninos soltarem os pés e Justin é o primeiro a sair da cadeira e vir até mim.

- Ei… - ele me segura forte enquanto estoura as correntes com uma barra de ferro que estava na porta - olha pra mim - ergo o olhar com dores pelo rosto todo - segura forte no meu pescoço - minhas mãos são libertadas e ele me pega no colo enquanto os meninos retiram o vidro do vitrô - Ryan vai primeiro e segura ela do outro lado - Justin diz e Ryan pula na base do vitrô,  pulando pro outro lado. Justin me ajeita e me coloca na base, olho pro outro lado vendo Ryan ali e pulo, sendo segurada por ele.

Os meninos pulam em seguida e eu mal aguento ficar em pé e de olhos abertos, já que meu rosto está todo machucado.

- Hill? - Justin me pega no colo e os garotos começam a correr de lá, antes que alguém veja - segura forte em mim, vamos correr um pouco - ele diz e eu o aperto - Chris entrou em contato com James, ele deve estar nos esperando, preciso te levar pra casa e cuidar de você, tenta não fechar os olhos  - ele parece desesperado e eu tento manter os olhos abertos, mas foi uma tentativa sem muito sucesso, em segundos eu apaguei.

(...)

Tento levantar da cama que estou, sendo impedida.

- Shh - Justin me ajeita na cama e eu percebo curativos na coxa e pelo meu rosto e pescoço - tá se sentindo bem?

- Meu corpo dói - murmuro e ele se deita do meu lado - como você está?

- Confuso demais - ele murmura e eu cruzo o cenho - Eles falam da sucessora e ela nunca tá por perto, nunca - me sento melhor, coçando a garganta - eu estou indo mais à fundo nisso e quando eu encontrar essa mulher eu vou garantir que ela tenha o mesmo fim que o pai dela teve - nessa hora eu o encaro perplexa, me segurando para não socá-lo.

- E o que o pai dela fez de tão ruim?! - digo exaltada, o que faz ele estranhar, mas logo disfarço.

- O Marvin… ah ele foi um filho da puta - ele faz uma pausa - ele matou meu pai por poder, roubou os Biebers.

Que mentira do caralho.

- Não me admira ele ter sido aliado com Blanco, eram dois falsos e mentirosos, onde quer  que Marvin esteja, foi merecido.

Agora sim eu mudo a expressão totalmente.

- Tá tudo bem?! - ele pergunta e eu assinto.

- Só um pouco de dor.

- Quer algo pra comer? Eu tenho uma reunião com os meninos... preciso entender por que eles não estão atrás da gente ainda.

Isso me fez parar e pensar… quando eu estou por perto, o dano que Blanco causa não é grande… por exemplo, ele mandou que  me surrassem hoje, quando ele simplesmente poderia me matar, no primeiro sequestro - quando eu estava na boate do Justin no começo de tudo - ele poderia ter me matado, ele já teve chances de me matar e não o faz, ele quer me afrontar e me deixar com medo, e o modo de em fazer isso é fazendo esses joguinhos com Justin, ele me ameaça, mas não pode matar nenhum de nós dois, se ele quisesse a nossa morte, hoje era a oportunidade perfeita.

Ligando os pontos seria o seguinte : Blanco não pode matar à mim e nem Justin, ele não tem poder pra nos derrubar, os maiores são Bieber e Blake… então, se ele quer realmente o poder o jeito que ele tem é colocando um contra o outro, por isso que estão usando meu nome.

Ele só vai ter o poder se eu e Justin nos matarmos.

- Hill? - ele me tira dos devaneios - me diz, quer comer?

- Me ajuda a descer - eu peço e ele me pega no colo indo comigo até sua sala, me sentando no sofá.

- Amélia, trás algo pra minha namorada comer - ele diz alto e me lança um sorriso, retribuo esperando pela empregada.

Justin Bieber p.o.v

- Troy vivo, Blanco aparece, sucessora escondida… - Ryan murmura - que ano mais conturbado.

- Nem fale - eu me sento, pegando meu notebook e Chris mexe em algumas folhas - agora que Blanco apareceu, significa que ele vai aparecer mais vezes por aí… precisamos ir logo para Vegas - tiro a minha camiseta suada, eu fiquei tão preocupado com a Hilary que não desgrudei dela um minuto, o rosto da ruiva está até brilhando de tanta pomada que eu passei.

- Hilary não tem nem sinal da irmã? Nunca viu a Blake? - Chaz pergunta e eu nego.

- Ela ao menos sabia sobre a morte da mãe, eu imagino como a mente dela deve estar - murmuro - realmente, eu não tenho nada sob controle e não tenho ideia do que fazer.

- Só temos que ir mais à fundo, vamos para Vegas na semana que vem de uma vez, precisamos acabar com Blanco, já que agora ele está com a Blake, os dois não devem ficar muito distantes.

- Isso, vamos pra lá, já comece a organizar a viagem, hotel e tudo mais, nós vamos dar um jeito naqueles dois.

Eles assentem e quando eu vou me levantar, Chaz me chama.

- Bieber, já parou pra olhar na casa da Hill se tem algum arquivo importante? O pai dela deveria ter coisas da mãe, nem que seja uma certidão de casamento, batismo, sei lá… algum documento qualquer, já ajuda - ele dá a ideia.

- Vou falar com ela - assinto saindo e vou até a sala - Hill? - chamo e ela me olha terminando de comer.

- Sim?

- Posso ir na sua casa dar uma olhada nos seus documentos, arquivos do seu pai e tudo mais?

Ela cuspiu o suco.