1. Spirit Fanfics >
  2. Sweet Shades >
  3. Sorry, Liam...

História Sweet Shades - Sorry, Liam...


Escrita por: stayhereniall

Notas do Autor


Boa Leitura :)

Capítulo 21 - Sorry, Liam...


Fanfic / Fanfiction Sweet Shades - Sorry, Liam...

Soltei um suspiro e tentei por meus pensamentos em ordem.

Eu fui sequestrada por um psicopata que não visava meu dinheiro, só queria meu sofrimento, meu medo, como se quisesse ver os sentimentos que ele não podia ter. As vezes eu pensava que ele podia ter compartilhado algum tipo de emoção comigo, mas era apenas uma ilusão de sua bipolaridade emocional. De todas as vezes que eu havia o encontrado não havia nenhuma vez que ele tivesse tido algum tipo de compaixão. Talvez na noite do tiro em que ele provavelmente atirou no céu e não em mim que estava em sua mira, talvez naquele momento ele tivesse mostrado um pouco de pena por minha vida. Mas a verdade era que ele só queria me amedrontar para depois me sequestrar, então ele não me poupou a vida por pena e sim porque tinha um plano bem mais mirabolante para por em ação.

Bati a cabeça na parede e senti um dos galos que provavelmente havia se formado depois de meu ataque de fúria.

Maldita hora em que eu tive que de querer saber o motivo daquele menino misterioso me perseguir. Maldita hora de querer desafiar o garoto que dizia ser “meu pior pesadelo”. Maldita hora em que eu quis ser a forte e ficar bêbada no momento que poderia ter salvado a minha vida, salvar-me de ter que estar presa aqui com um maníaco.

E toda a consequência de ser tão idiota estava bem visível: Cabeça machucada, braços e pernas cortados, estado mental seriamente danificado e cansado.

Bati o punho contra o colchão e encarei o quarto pequeno.

As paredes que tinham a finalidade de serem brancas estavam imundas com musgos e fungos além de respingos vermelhos. Sangue... Eu certamente não era a primeira vitima do tal psicótico Niall Horan. Mirei o teto e observei a poeira demasiada e as aranhas impregnadas nos cantos das paredes. Aquele porão era extremamente nojento.

O barulho da porta se abrindo me tirou do transe e eu olhei para a escada. Liam apareceu com um prato na mão.

- Comida, Grey! – Falou e me fitou. Eu o observei de volta ate ele se dar conta de que me olhava fixo e desviou descendo ate meus aposentos para me entregar o sanduiche caprichado. Acho que depois da ultima vez que tive um ataque eles decidiram que deviam me dar um tratamento melhor com base a comida.

Liam colocou o prato no chão e me encarou novamente, olhando do prato e de volta para mim, mas eu não quis me mexer. Algo estava rodeando minha mente. Uma ideia. E esperava que não fosse das ruins.

Abaixei o rosto e voltei a encarar meus pés. Liam trocou o peso do corpo para outro pé e ficou de frente para mim.

- Não vai comer, raivosinha? – Perguntou-me. Então esse era meu novo apelido?

Neguei com a cabeça e me deitei no colchão.

- Você sabe que se não comer ficará doente, não sabe? – Lembrou-me e eu assenti com os cabelos em frente ao meu rosto. Ele se agachou ao meu lado e tirou os fios de cima dos meus olhos.

Que o plano comece.

- Grey, você não pode ficar sem comer.

- Eu posso, se quiser definhar até a morte. – Disse e ele bufou.

- Você não vai morrer nem que eu quisesse. Niall comanda o tempo que você vai ficar por aqui. Você depende dele pra ter esse pensamento suicida. – Ele me explicou e tocou minhas bochechas.

- Eu ainda não entendo. O que ele vê em mim? – Perguntei e me levantei basicamente, ficando sobre os cotovelos e fixando meus olhos nos seus.

Liam endireitou-se sobre os calcanhares e continuou a me olhar.

- Ele só quer seu sofrimento. Por que não sofrer para ele ver? Seu orgulho é tão alto assim? – Disse sem parar e como se brigasse comigo.

- Eu não vou deixar que ele ganhe, Liam! É só isso que ele faz. Quer o sofrimento das pessoas e... – Falei alto, me exaltando em sua frente, levando sua atenção junto comigo. Peguei o fino lençol que tinha no colchão e agarrei em meu punho com um fraco movimento.

- Esse é o problema, Grey. Ele não sente tedio quando esta com você. Ele sente o que nunca sentiu com ninguém.

- O que? Mas ele é um psicopata, ele não sente. – Disse perplexa e me levantei mais um pouco.

- Niall não é cem por cento psicopata. Ele nutre sentimentos, poucos, mas suficientes para garantir uma vida social com nós e uma certa amizade. – Me explicou Liam. Seus olhos não paravam de me vasculhar. Enrubesci e ele desviou.

- Então por que ele gosta de ver o sofrimento das pessoas? E porque ele tem uma atração tão grande por mim? – Indaguei começando a ter um interesse pelo que conversávamos.

- Sofrer é um hobbie para Niall. Ele é um pouco sádico...

- Um pouco? – Interrompi e ele me fuzilou com os olhos.

- Niall gosta de você porque você, com base o que ele me disse, não é fraca, não se entrega ao medo, não se submete ao que ele quer. Você é...

- Uma completa idiota por dar continuação a tudo que ele quer. Quando eu enfim desistir, ele vai me matar, e o pior ele vai querer...

- Te torturar. – Completou-me e mexeu os dedos, nervoso. Liam parecia triste.

- Niall quer brincar comigo. – Falei pensativa.

- Sim, é tudo que ele quer. – Concordou e se sentou ainda fitando o chão absorto com qualquer coisa.

Essa é a hora.

Me joguei para Liam e enfiei o lençol que eu segurava em sua boca para calar os gritos de protestos que com certeza teriam, mas logo bati meu joelho e meu cotovelo em suas partes baixas para segurá-lo no chão, já que sua força é bem superior a minha. Liam choramingou e provavelmente me xingou de todos os piores nomes possíveis, pois seus olhos me fuzilaram profundamente e seus braços tentavam se soltar de minha força, que talvez não fosse muita, mas naquela situação Liam não tinha muita escolha senão se contorcer no chão e torcer para que minhas joelhadas não tivessem sido fatais para seu amiguinho. Bati mais uma vez, um pouco mais forte e soquei seu rosto uma vez apenas para desnorteá-lo enquanto eu poderia fugir. Quando meu punho tocou seu rosto senti o martírio de ter batido nele.

- Desculpa Liam. – Sussurrei quando seus olhos rodearam no teto, com os sentidos prejudicados.

Me levantei e dei um impulso para começar a correr, mas ele segurou meu pé no mesmo momento e disse algo, e mesmo com aquela fronha amarrada a sua boca eu entendi que ele havia me chamado de vadia. Não pude evitar rir daquela cena, mas logo dei um chute em sua mão e corri ate a porta, tentando evitar o barulho de meus passos descalços.

Olhando o lado de fora do quarto pude ver uma escada em frente à porta do porão e do lado esquerdo tinha a sala iluminada com a porta que me levaria à liberdade. Senti a ânsia e o medo brotarem em meu coração e analisei o perímetro: estava tudo tão silencioso apesar dos gemidos de Liam abafados. Andei um passo para fora e olhei melhor o local. Estava realmente tudo limpo. Na copa, ou cozinha, tanto faz, tinha algumas panelas sujas e um balcão com uma garrafa de agua em cima. A garrafa suava então alguém tirou a agua e não voltou há um pouco de tempo. Talvez Liam, mas eu não podia me arriscar no talvez.

Corri ate a porta com os pés pisando delicados no assoalho e toquei a maçaneta da porta. Examinei o lado de fora pelos pequenos vidros da porta e não havia ninguém por ali. Abri a porta silenciosamente e deixei a luz do sol bater em mim novamente. Sentia falta daquela luz quente e agradável. Sentia falta, incrivelmente, de meus pais, e logo eu estaria ao seu lado explicando meu sequestro e de como eu queria os quatro garotos na cadeia e Niall Horan num manicômio em que eu faria questão de me certificar que ele estava sendo tratado com tratamento de choque.

Andei beirando a porta e apressei o passo ate o portão exterior e passei para fora com ele. Quando eu pensava que tudo estava calmo demais para a minha sorte escuto o meu nome sendo citado e um grito de raiva ser ouvido a menos de oito metros de mim.

O garoto de cabelos cacheados e o moreno estavam vindo em minha direção e a única coisa que pensei foi que o idiota é quem fica. Sai correndo em direção à floresta que eu tinha visto e me adentrei sem notar que os espinhos no chão machucavam meus pés e que as arvores machucavam minha pele. Eu só queria sair dali.

Ouvi as arfadas dos meninos atrás de mim e os gritos que chamavam Niall e Liam. O nome de Louis não era citado, talvez todos saibam que ele só faz isso por necessidade e que não gosta de sujar as mãos. Eu pouparia a vida de Louis quando eu finalmente chegasse em casa.

Uma coisa eu não havia pensado enquanto corria: minha casa era a vários quilômetros de distancia, talvez levasse um dia inteiro para chegar lá correndo, e em quanto tempo irei aguentar afugentar os dois garotos que estavam em meu encalço. Eu ainda não sentia o cansaço chegar, mas meu coração batia ansioso para chegar em um local com alguma pessoa, ou algo que me ajude neste momento de desespero.

Me esquivei de uma grande arvore que apenas quem fosse hábil e magro passaria e me ousei olhar para trás e consegui que um sorriso aparecesse na minha boca, pois os dois meninos estavam se enroscando um no outro tentando passar inutilmente pelo fenda. Continuei correndo me esquivando dos galhos e pude sentir a dor da madeira arranhando minha pele e meus pés provavelmente furados.

Parei um segundo para respirar. Pus minhas mãos nos joelhos e puxei o ar para dentro, mas ele não queria ficar, apenas entrava e saia e logo eu estava arfando e limpando o suor. O efeito da adrenalina fazia menção de que pararia de fluir e eu continuei andando mais calma, como se já estivesse livre de qualquer surpresa desses meninos, mas eu sabia que a qualquer momento eles poderiam chegar e me pegar novamente. Eu precisava me mostrar em algum lugar.

Ouvi os galhos atrás de mim se quebrando e o som dos passos rápidos vindo em minha direção. Eles se soltaram. Droga. Voltei a correr como uma louca desvairada e passei algumas arvores antes de sair numa trilha marcada com pneus de carro. Corri pela trilha, mas parei por um milésimo de segundo. Apenas Niall me conhecia bem naquele lugar, o moreno sabia que eu era esperta, e se eu apagasse minhas pegadas e me escondesse em algum lugar na mata em que estávamos eles ainda continuariam ou a correr pela trilha ou pela mata a frente, nunca suspeitariam de que eu continuaria na área perigosa.

Inspirei e raspei os pés na areia. Senti arder a sola do pé, mas continuei raspando os cortes no chão e escondendo minhas pegadas. Quando ouvi o som deles correndo, pulei mata adentro e parei de respirar. Sentia meu coração batendo e fazendo o mínimo ruído, mas era tudo que eles precisavam para me pegar.  Xinguei meu coração de todas as palavras possíveis lembradas naquele momento e observei os garotos chegando na trilha. Respirei fraco e deixei meus olhos se fecharem lentamente buscando a paz do silencio que foi interrompida por grunhidos e gritos de frustrações dos dois meninos em minha frente. 


Notas Finais


Pronto! Curiosos? Prometo que antes de ir pra casa do meu papis nas ferias eu posto pq depois eu n sei quando vou postar pq ele não me deixa mexer no pc. Deixem seus coments, estrelinhas, e vou adorar se indicarem a fic pra ter mais favoritos :) Enfim tchau


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...