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História Sweety - Make Me


Escrita por: stefanysslopes

Notas do Autor


Mais um pouco de June e Ney <3

Capítulo 6 - Make Me


Fanfic / Fanfiction Sweety - Make Me

JUNE


Turim, Italy. 2019.


Eu não gostava de festas infantis por um motivo: eu parecia fazer parte dos mini convidados.


Era humilhante ter o tamanho de uma garota de 14 anos.


E Neymar Júnior não me deixa em paz nesse exato momento, quando estamos adentrando a festa dos gêmeos Dybala.


— Vai, pinscher, só uma foto do lado do balão aí — ele pede pela segunda vez apontando para a estátua de balões duas vezes maior que eu. Suspiro.


— Vai a merda, garoto — dito isso, eu disparo em sua frente.


Precisava de doces.


Pelos próximos quarenta minutos eu evito Neymar e sua obsessão por me comparar com as coisas. E, estando numa festa infantil cheia de brinquedos... Eu preferia ficar longe da peste ou um assassinato ocorreria na piscina de bolinhas.


Até que vejo o enxerido apostando com os jogadores presentes. Quando Lena se aproxima eu percebo que tem algo a ver com ela, a morena diz alguma coisa e sai, deixando alguns eufóricos e outros tristes. Uma pena Neymar ter sido o grande vencedor. Me aproximo de Lena assim que a vejo na minha direção.


— Ele sempre arranja um jeito de ficar mais rico né?


— Esse é o Neymar — riu.


—  É, esse é ele — ri junto, não resistindo. O canalha era um baita aproveitador, pensei enquanto o observava gargalhar ao lado de um cara muito alto. Devia ser um goleiro. E anoto mentalmente de não passar perto dele.


— Vocês deviam ver o jeito que ficam perto do outro — a voz da italiana me chama a atenção.


— Como dois animais?! — rebato.


— Não — diz rápido. — Bem, sim, mas também...


— Não é a primeira a insinuar algo do tipo — falo. Todos no CT pareciam pensar o mesmo. Deus, tinha até boatos de uma aposta.


— Então não deve ser mentira hu? Escute, eu sei bem como ele pode ser difícil e tudo mais — ela rouba um de meus salgados, e sinceramente só deixei porque ela é a dona da festa. Caso o contrário eu tinha cortado a mão dela fora. — Mas ele é um bom homem, só que às vezes acaba esquecendo disso com tanta pressão que o colocam.


Eu não duvidava que podia ser um homem legal. Mas ser um homem bom é uma coisa, ser um amante bom... Bem, isso sem contar com o possível fator "Bruna" e... Que porra eu estou dizendo?


— Você o protege tanto, é bonito de ver uma amizade assim — falo, tentando mudar o assunto.


— Todo Anakin tem seu Obi-Wan — uma careta surge em meu rosto e tenho que dizer:


— Suas referências são estranhas.


— Eu sei — resmunga quase chateada consigo mesma. — Estou treinando isso.


— Bom, continue tentando — ela até abre a boca para responder, mas seu namorado a chama e ela se despede com um sorriso antes de ir atrás dele.


Mal tive tempo de enfiar os doces na boca e chamaram para cantar parabéns pros gêmeos. Eu ficava abismada toda vez que olhava os dois ao lado do pai deles, com aquelas orbes azuis brilhantes. E eles tinham um sorriso tão bonito, uma coisa pura. Lena teve muita sorte. Nem todas tem uma vida assim.

Nem todas são permitidas a ter uma vida assim.

O tradicional Parabéns italiano foi recitado, com os pais dos bebês os segurando no colo. Eu me mantinha perto de Júnior apenas porque ele era o único que eu tinha intimidade.

Após o canto, o casal se inclinou e ajudou os gêmeos a assoprar as velas. A italiana se vira e beija o namorado enquanto abraçam os filhos no meio. A família perfeita. Ouço assovios e aplausos.

— VAI, DYBALA — Júnior grita, fazendo-me o olhar feio. — O quê? É o meu garoto — diz pra mim. Então ele faz algo que me faria o bater: — Galera, galera! No meu país, nós cantamos algo após o parabéns. Mais conhecido como "Com quem será?"! Eu quero chamar os brasileiros aqui presentes para me ajudar no coro, nem todos irão compreender, mas a intenção é essa.

— Júnior, não faça... — tento repreender, que me ignora completamente e se junta aos demais brasileiros ao nosso redor, cochichando umas coisas antes de se posicionarem. Eu me afasto logo, sabendo que coisa boa não sairia do senhor cantor.

— No dois! — levanta os braços — E um, dois...

— Com quem será? Com quem será? Com quem será que o Lippo e Luna vão casar? Vai depender, vai depender se seus pais vão querer! — balanço a cabeça enquanto o resto se divide em rir e em olhar confusa para os brasileiros.

— Meu Deus do céu — resmungo, vendo os brasileiros estourarem os confeites entre si e gargalharem, levando a todos a rir de seus entusiasmos.

— Hora das fotos! — uma, com toda certeza, alemã grita. Me afasto de vez. Precisava correr se quisesse ser uma das primeiras a comer. Me sirvo de tudo o que posso e como feliz, quieta no meu canto enquanto fuxico meu Instagram. Eu tinha largado o Snapchat de vez.

Assim que termino, decido que estava na hora de ir no banheiro. E, droga, tinha que ser no caminho de onde a praga estava, parecendo discutir com o argentino. Ao me aproximar, apenas consegui escutar duas coisas.

— Opa, opa. Nada de brigas, é o dia dos gêmeos! — Selena interrompeu os dois. E a outra coisa:

— Vou ver se alguém quer dar uns beijos na máquina de fotos ali atrás, fui — o brasileiro diz antes de afastar do casal. Reviro os olhos enquanto continuo andando na direção do banheiro.

Nem na festa dos próprios afilhados...

Ao retocar o batom e a maquiagem, saio da casa de banho. Ri, lembrando de como essa expressão em português soava engraçada quando se falava no português do Brasil. Acabo esbarrando em alguém sem querer.

Meu olhar se encontra com um par de olhos azuis. Matthijs De Ligt.

— Oh, hey, June — ele sorri.

— Foi mal pelo esbarrão, Matt, como vai? — dou meu melhor sorriso educado.

— Bem! E você? Soube que voltou para Paris.

— Ah, pois é. Meu novo caso — cruzo os braços.

— Bem, boa sorte, eu sei bem como você consegue domar essas feras — pisca. Ri fraco.

— Onde está sua namorada?

— Por aí, eu acho — homens.

— Acho que vou atrás dela — não iria, eu quero apenas ir para casa e deitar numa cama. Olhar para Matt aqui de baixo terminou de destruir meu ânimo. Veja bem, eu não tenho problemas com minha altura de fato, mas eu só estava cansada.

Qualquer coisa só atribua mais e mais cansaço.

— Bem, até mais, gatinha — ele pisca e se afasta, indo para o banheiro masculino enquanto eu me dirigia a saída. No caminho ainda encontrei o atacante do time francês de papinho com alguma prima de Lena.

Revirei os olhos. Esse cretino não mudava nunca.

•••


Nunca fiquei tão feliz em ver um jatinho na vida. Eu amo a Itália e tudo, mas nada se compara a minha cama, na minha própria casa. Bem longe de onde Neymar Júnior dorme. Veja bem, aturá-lo durante o trabalho é uma coisa. Vê-lo 24 horas por dia é uma tortura.


E eu sentia falta de Davi Lucca, o pestinha sempre me salvava de não matar o pai dele.

Foi o tempo de eu me ajeitar na cadeira e abrir meu livro até ver Lena e Junior entrando no jatinho. Ela viria conosco.

— Não cite Las Vegas, foi um período sombrio — a morena disse, gesticulando como a verdadeira italiana que era. Eu fingia me concentrar na leitura.

— Aquela viajem foi foda, admite — Júnior diz.

— Para com isso — provavelmente, o jogador tinha beslicado ela. Eles sempre se batiam como duas crianças. — E não foi, porque nem eu e nem você nos lembramos direito daqueles dias.

— Ah, mas apenas as partes que sim provam isso! Temos até foto numa capela — não aceito não olhar por cima do livro, e acabo revirando os olhos quando o brasileiro piscou para mim. — Relaxa, pinscher, eu casaria com você numa capela se tivesse muito porre.

— E eu não casaria contigo nem se os Estados Unidos ganhassem um mundial contra a Alemanha — devolvo.

— Por que não o Brasil?

— Vocês não vão ganhar um mundial tão cedo, principalmente com um time tão mal aproveitado — rebato a verdade. Era deprimente ver um time tão bom como o Brasil definhar como fez na última copa.

— O que é que você sabe sobre futebol, americana? Vocês chamam de futebol um esporte que usa uma aberração de bola — eu o olho ofendida.

— Aberração é o time de vocês em campo.

— Segura minhas cinco estrelas, Lena, segura minhas cinco estrelas!

— Suas não, do Pelé, do Ronaldo, do Taffarel, mas suas não — digo maldosa, vendo Lena prender a risada. Neymar me olha como se fosse tacar a mochila na minha cara. Oh, será que eu machuquei o ego dele?

— É claro que são minhas, sou brasileiro antes de ser jogador — cuspiu.

— Então eu sou a Oprah.

— Impossível, você não é tão divertida assim.

— E você não é tão bom jogador assim, mas não jogo na sua cara.

— Vindo de você? Nem se colocasse num altidoor na Times Square eu acreditaria.

— OK! Já chega! — Selena exclama, o que me faz piscar os olhos e "acordar". — Você, vai para o quarto — aponta para o moreno, que levanta e praticamente corre para a ponta do jatinho. Bem feito! — E você, parabéns por colocar ainda mais minhocas na cabeça dele.

— Ele supera — dou de ombros.

— E se não superar, vou até sua casa e arranco seus cabelos — ameaça. Ergo uma sobrancelha. Nós nos encaramos.

E gargalhamos.

— Vou vê-lo, boa viajem, June —  sorrio e coloco os fones, erguendo meu exemplar de ACOTAR. Eu havia começado o primeiro livro depois de tanta enrolação. Fantasia não era minha praia, mas valia o esforço.

E com uma paz, nós voltamos para Paris.

Ah! Que saudade do cheiro fedido dessa cidade!

Júnior me largou em casa primeiro, dizendo que se eu quisesse caçar doces essa era a melhor hora. Estava de madrugada. E claro, eu o mandei se foder.

A última coisa que pensei antes de capotar foi em como seria bom fazê-lo engolir do próprio veneno amanhã no treino. Ele havia ferido meu ego de americana.

Ah sim, Neymar não perdia por esperar!


Sempre me perguntei o que é extrapolar limites. Fico te encarando até ser pego. Para frente e para trás, como se fosse Tênis Make Me, Britney Spears & G-eazy.



Notas Finais


Só eu que tô sentindo que vem coisa boa? Hehehehe

Só uma observação, eu fui ver quantos capítulos já escrevi, e temos mais de 20 deles prontos! Provavelmente eu vou terminar de escrever a fanfic até o final de abril, quem amou?

Sendo assim, talvez eu mude as postagens para 2 vezes na semana, o que acham?

Bjs e até o próximo ♥️


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