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História Sweven - Not coming home


Escrita por: jaurealycia

Notas do Autor


Oi gente, queria deixar um recado aqui de que cada capítulo terá sua respectiva música e para isso resolvi criar uma playlist no Spotify onde eu colocarei a respectiva música – a cada capítulo – e caso você não possua uma conta spotify vou deixar o link da música nas notas finais do capítulo. É isso! Obrigada.

Quem quiser falar comigo, pode me encontrar no twitter. O user é o mesmo daqui.

Capítulo 1 - Not coming home


 

Camila Cabello’s POV

         Mal conseguia sentir o meu pescoço de tão dolorido que ele estava. Minhas pernas estavam na mesma posição a horas pois era impossível se mexer naquele espaço minúsculo entre um banco e outro. Meus olhos estavam pesados e tudo o que eu mais queria era fechar os olhos e adormecer em um sono profundo. Que era o que eu estava tentando fazer há 48 horas e o máximo que eu conseguira foram cochilos de uma hora cada em intervalos de duas horas. Digamos lá que o trajeto de ônibus de Chicago, Illinois até a costa oeste dos Estados Unidos não seja lá o mais confortável (e rápido), mas era o mais econômico e consequentemente o único que eu tinha a possibilidade de pagar.
Olho para a tela do meu celular e vejo: 12:04am. Saímos de Chicago na quinta-feira às 2 horas da tarde, já é domingo e se eu não estiver errada devemos estar chegando em Los Angeles em cerca de 5 horas. Que merda o tempo parece não passar. Eu só quero chegar logo.

        

                 Alycia’s POV

         Você tá de brincadeira que já são 4 horas da tarde? Puta que pariu. Eu tenho que estar na rodoviária de Los Angeles em menos de uma hora. A Maia vai me matar. Eu nunca vou conseguir chegar a tempo. Já estou até vendo, ela vai ficar puta comigo e dar um sermão dizendo o quanto sou irresponsável pois não fui nem capaz de ir buscá-la depois de oito meses sem nos vermos.

         Caralho, falando assim é assustador. Oito meses longe de Maia são uma eternidade, realmente não sei como conseguimos. Somos muito amigas desde pequenas, desde a Austrália. Ela é como uma irmã para mim e eu a amo muito apesar de não dizer isso frequentemente a ela. Acontece que eu não sou boa com isso. Com demonstrações de afeto. Na verdade, sou péssima. Percebo claramente isso quando o taxista me deixa no desembarque do terminal rodoviário às cinco e vinte da tarde. Quando vejo o rosto de Maia se ressaltar da multidão, eu a vejo sorrindo para mim ao passo que corre em minha direção para me dar um abraço, o qual eu desejei dezenas de milhares de vezes nos últimos meses. 

 

Camila’s POV

         Não podia agradecer mais por ter (finalmente) chegado em Los Angeles. Assim que desci do ônibus não pude deixar de sentir o ar, tão fresco, úmido, leve... tão diferente do de Chicago, onde vivi por 18 anos.

         Naquele momento, por mais que tivessem se passado somente cinco minutos eu sabia. Sabia que eu estava no lugar certo e a cada passo que eu dava na rodoviária repleta de gente eu tinha mais certeza disso.

         Já estava andando a alguns minutos apenas observando e guardando na memória cada momento até que percebi que eu deveria tomar um rumo pois logo iria escurecer. Acontece que eu estava completamente perdida. Eu não fazia ideia para onde ir. Eu não tinha nada planejado. Deveria estar parecendo uma louca ali, parada com minha mochila de estampa militar e a aparência, provavelmente, acabada. Tanto é que duas moças se aproximaram de mim para perguntar se estava tudo bem, que eu parecia meio perdida. Sério?

         - Oi! Tá tudo bem gata? – a morena meio hipster me perguntou, fiquei encarando-a e me perdi em devaneios acho que por tempo demais pois ela teve que sacudir sua mão na frente de meu rosto para que eu voltasse a realidade.

         - Ah, desculpa... – dei um sorrisinho de leve e cogitei em falar que sim estava, porém eu realmente estava precisando de uma ajudinha – Na verdade, não. Eu tô completamente perdida!

         - Ihhh, tá de visita por aqui é? – a outra falou calmamente, seus olhos eram fascinantemente verdes e lindos, não pude deixar de notar.

         - Na verdade não, vim para morar.

         Elas se entreolharam e pensei por um instante que bobagem eu tinha dito dessa vez. Porque eu sou dessas, vivo falando bobeira.

         - Nossa mas tão novinha assim? – a morena perguntou

         - Novinha? – dei uma risada – Quantos anos você acha que eu tenho?

         - Sei lá, uns 17?

         - Porra, perdoa minha aparência de neném – rimos – Tenho 19!

         Percebi a surpresa em seus rostos porém não pude deixar de notar o quanto estavam animadas, mesmo que por um instante. Não sei bem o por quê, mas estavam.

         - Bem eu tenho 19 também – disse a dos olhos verdes - e a propósito me chamo Alycia, mas pode me chamar de Lysh se quiser –  falou dando uma piscadinha

         Dei um sorriso e antes que pudesse dizer algo Alycia tomou a palavra novamente.

         - Ô Maia, querida não vai se apresentar não? – disse em tom sarcástico

         - Ai Lysh deixa de ser chata, eu ia me apresentar tá bom... – ela me olhou até que lembramos que eu não havia dito meu nome

         - Camila! - soou animado até demais

         - Ah sim, pois bem, eu ia me apresentar, Camila! Mas como você pode ver, Alycia preferiu falar por mim.

         Havia um ar de tensão porém logo o dissipei.

         - Bom eu devia ir indo sabe, já está ficando tarde e eu nem tenho lugar para ficar e...

         - PORRA POR QUE VOCÊ NAO FALOU ISSO ANTES?

         - Ahn, desculpa, eu só...

         - ALYCIA VOCÊ OUVIU ISSO? ELA NÃO TEM ONDE FICAR! AHHHH!

         - Sim, Maia eu ouvi – Alycia disse tranquila enquanto revirava os olhos para a animação exagerada de Maia.

         - Ai credo sua desanimada, acho que já sei por que você não dura com ninguém... sendo desanimada assim na cama, não há quem queira.

          - Vai se foder sua puta! Ai Camila, nem ouve essa aí viu – ela sorriu em meio ao desespero de responder o fora – Eu sou ótima na cama tá bom Maia?

         - Aham, tá – bufou e logo mudou de assunto – Enfim, Cami, temos uma cama sobrando no nosso apartamento, nossa amiga que morava conosco se mudou a pouco tempo para a Flórida e não achamos ninguém para alugar, então...

         Olhei em tom de dúvida. Mas sabia que não seria fácil encontrar outro lugar pra dormir, pelo menos essa noite. Então aceitei.

         No trajeto para Downtown LA, paramos em uma Liquor Store e compramos uma garrafa de vodca para bebermos no caminho, com as janelas todas abertas, fecho meus olhos e permito-me sentir o momento. Young Blood do The Naked and Famous tocava no último volume. O vento batia forte contra minha face. O gosto da vodca em minha boca se dissipava. E a única coisa que eu pensava naquele momento era que minha vida seria completamente diferente de agora em diante. E isso era tudo o que eu queria.


Notas Finais


Esse capítulo foi mais uma introdução mesmo do que vai vir ainda. Até porque só introduzi duas das quatro personagens principais. Enfim, espero que acompanhem, essa é a primeira vez que escrevo então por favor dê um relevada.
É isso, beijocas, até o próximo capítulo - se preparem.


Link da playlist: https://open.spotify.com/user/juguyer/playlist/3c6O9cVdJD01DcfiOgxe8c
Link no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=0YuSg4mts9E


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