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História Swingbrook - Beloved Son.


Escrita por: Bradfork

Notas do Autor


Eu sei que vocês queriam o Killian morto, eu também queria isso. Mas quando escrevi minha consciência falou mais alto e não pude transformar nenhum dos personagens em assassinos, ou mandante de algo tão grave assim.
Obrigada por todos os comentários e favoritos.
Boa leitura!

Capítulo 20 - Beloved Son.


O corpo todo de Emma doía, antes mesmo que pudesse abrir os olhos à dor tinha atingido para pedacinho dela. Uma mão segurava a sua com força, como se tivesse medo de solta-la, e quando abriu os olhos deu de cara com uma Regina adormecida. A morena estava sentada numa cadeira ao lado do leito de Emma, a cabeça tombada na beirada da cama, e sua mão segurando a da loira.

Mesmo dormindo, o rosto livre de maquiagem, Emma ainda a achava a mulher mais linda do mundo.

Ela deu uma boa olhada no quarto onde estava. Paredes brancas, alguns equipamentos médicos, a cama larga onde se encontrava. Estava no hospital. Imediatamente se lembrou do acidente, as memorias correram pelo seu cérebro e a única coisa que ela pode pensar foi: Henry!

Seu filho estava no acidente, ele tinha acordado e visto seus pais brigando, ele tinha sentido o carro capotar. Onde estava seu filho? Ele tinha se machucado? Ou estava bem? Um milhão de perguntas, e Emma mexeu a mão para leva-la até a boca num ato de desespero, esse movimento fez a morena despertar.

Regina abriu os olhos com dificuldade, eles estavam inchados e vermelhos de tanto que a prefeita tinha chorado.

– Emma. – Deu um pequeno sorriso, que logo sumiu ao notar o pânico no rosto de sua amada.

– O que aconteceu? Henry... Killian... O carro, sofremos um acidente. Onde está Henry? – Emma começou a atropelar as palavras, suas emoções estavam uma bagunça, e seu único desejo era saber onde estava seu filho.

– Eu... Emma, algo aconteceu...

– O que aconteceu? Onde está Henry? Regina, o que aconteceu com o meu filho? – A loira exigiu saber, já sentindo as lagrimas começarem a rolar pelo seu rosto.

– Eu vou chamar o médico, ele vai te explicar tudo. – Regina saiu do quarto praticamente correndo. Emma permaneceu deitada, mesmo que quisesse se levantar, não poderia. Estava com um tipo de soro no braço e aparelhos que acompanhavam seu batimento cardíaco, que no momento estavam acelerados pela falta de notícias de Henry.

Alguns minutos depois e Regina voltou com um loiro alto vestido de médico, era o Dr. Whale, que tinha tomado conta de seu marido quando o mesmo se encontrava no hospital semanas atrás.

– Olá Emma, como se sente? – Ele se aproximou, jogando uma luz nos olhos da loira e pedindo para ela acompanhar.

– Com um pouco de dor, mas quero saber onde está meu filho.

– Você teve hemorragia interna nos rins devido ao acidente, mas foi trazida a tempo para o hospital e pudemos opera-la. Se seguir a medicação certa, vai se recuperar sem sequelas. – Whale disse tudo com calma, mas ignorou completamente a pergunta sobre Henry.

– Eu vou garantir que ela siga a medicação. – Regina se pronunciou, e Emma notou que a prefeita parecia prestes a explodir em lagrimas. O que não era comum, porque desde que tinha a conhecido, Regina não parecia alguém que chorava com facilidade.

– Regina, o que aconteceu com o meu filho? – O modo como eles pareciam evitar falar de Henry disparou todos os alarmes dentro da loira. Tinha acontecido algo com Henry, e ninguém parecia querer contar a verdade.

– Eu... Sinto muito... – A morena começou a chorar no mesmo instante, o que fez Emma ter certeza: algo definitivamente estava errado.

– Emma, você e sua família sofreram um acidente muito grave. – O tom de voz do doutor caiu drasticamente, o que antes mostrava preocupação, agora era de pesar. – Ao chegar no local, os paramédicos conseguiram tirar você e seu marido rapidamente do meio das ferragens. Eles fizeram tudo o que podiam, mas ao chegar em Henry, ele já havia falecido.

As palavras atingiram Emma como flechas direto em seu coração. Ela tinha escutado a informação, mas não pareceu processar. Escutou o choro de Regina aumentar, e seu próprio rosto queimou com as lagrimas que rolaram. Era isso? Henry estava morto? Seu filho, seu próprio sangue, seu bem mais precioso tinha se ido. Assim, tão rápido quando tinha vindo ao mundo.

Cinco anos foi o tempo que passou ao lado do pequeno. Lembrou do quanto à gravidez tinha sido indesejada, como tinha chegado na hora errada, e de como tinha vindo de um homem que ela agora desprezava. Mas era o seu filho, seu mundo todo gira ao redor do pequeno. Girava, ele tinha se ido.

Viu o médico escapulir do quarto em silencio, e no momento seguinte foi envolvida por Regina em seus braços. Foi aí que a gravidade da notícia atingiu Emma. Henry tinha morrido. Ela agarrou na mulher como se dependesse daquilo para continuar a viver, e gritou. Gritou de medo, de dor, de frustração. Não era possível, ela não queria acreditar.

– Diga que é mentira, diga que é mentira. – Ela repetia e gritava, seus olhos já estavam vermelhos por causa do choro. Regina subiu na cama e deitou ao lado de Emma, puxando-a para seus braços e a apertando, chorava junto com ela.

Emma chorou por horas envolta nos braços de Regina, e a morena nem por um segundo saiu do seu lado. Ela sabia que Emma estava frágil, e que a relação das duas iria piorar muito antes de melhorar, mas ela estaria ali durante cada passo. Nada a faria desistir daquela mulher.

***

Emma tinha recebido alta do hospital, seu estado não era grave, por isso com um pouco de persuasão da prefeita, ela foi liberada rapidamente. Agora se encontrava no cemitério da cidade de Storybrook, o caixão de seu filho estava prestes a ser baixado para debaixo da terra. Henry usava um terno infantil preto, o caixão era de mogno escuro e muito refinado.

Regina tinha cuidado de todos os detalhes.

O local estava lotado de pessoas que Emma tinha feito amizade desde que tinha chegado na cidade, pessoas que ela não imaginava que compareceriam, mas que nutriam uma afeição pela loira e seu falecido filho. Mary, a professora de Henry, junto com Belle, que tinha cuidado dele algumas vezes, também se encontravam lá, demonstrando seu apoio para a loira. Regina estava ao seu lado, e durante todo o tempo segurou a mão de Emma. Gesto que ela muito apreciou, pois se não fosse a presença da prefeita ao seu lado, ela desabaria em lágrimas.

Isso era errado, ela pensava. Nenhuma mãe deveria enterrar o filho. Era antinatural, e Emma não conseguia entender porque isso estava acontecendo justo com ela.

Killian não estava em nenhum lugar, e a loira nem se importou em procura-lo. Se colocasse os olhos no marido, seria capaz de mata-lo, fazer o mesmo que ele tinha feito ao seu filho. Isso mesmo, seu filho, e apenas seu. O homem desonrou qualquer papel de pai quando colocou a vida de Henry em perigo, quando matou o pequeno.

Assassino. Era isso que Killian era para Emma.

Ela jogou a primeira pá de terra depois que o caixão foi baixado, e deu uma olhada na lapide que Regina tinha escolhido.

Henry Swan. Filho Amado.

Depois de ler aquilo, ela se virou para a morena e sussurrou:

– Leve-me para casa.



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