04 de Dezembro de 2007, 11 anos atrás.
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O relógio-despertador, da cabiceira ao lado da cama do casal Kim, apontava que das três da matina já se passava.
Inquieta e sem um milímetro de sono, Olive se mexia de um lado para o outro na cama. Seria insônia? Não, não.
Algo mais sério, quem sabe?
As pontas inquietas de seus dedinhos finérrimos iam de encontro com a madeira da cômoda, colidindo, provocando um batuque ecuoso e desafinado - Por assim dizer - que cedo ou tarde viria a acordar seu companheiro de sono leve.
- Mint, querido... está acordado? - Cansada de bater e bater na tal banquinha esperando que seu marido desperte, ela o chama de uma vez. O que tinha para dizer não podia esperar até a manhã.
- Hã? Oquê? O que foi? - Assustado com a - Falsa - possibilidade de estar novamente atrasado para o trabalho, ele pula da cama e soterrado pelas cobertas cai de cara no chão. Após se por de pé, meio zonzo, abre a cortina e encara o céu pouco iluminado. - Já é a terceira vez, só esta semana. - Dita rouco e sonolento, quase sem voz.
Novamente debaixo das cobertas o chefe da família ascende o abajur do seu lado da cama.
- Se tem algo que queira me falar, algo que esteja a encomodando, pode me falar. Olive, somos casados a tantos tempos... sabe que pode contar comigo, huh? - Pega a mão da mais nova, que parecia estar tensa e nervorsa. Tenta lhe passar confiança com seu famoso soriso quadrado.
- Antes de tomar qualquer decisão, por favor, me escute, sim?... Eu quero ter uma bebê, Kim Mint. - Sem enrolação ela vai direto ao ponto fazendo o marido se engasgar com sua saliva. Afinal. As três da manhã " Eu quero ter um bebê ", não é algo que se espera, ou está acostumado a ouvir.
- Olive, eu...
- Você sabe como eu amo crianças! - Corte rápido. - e imagine como Taehyung ficaria feliz, querido. Pense em todos os sorrisos que o bebê estampará em nossos rostos e nas crises de risos que teremos quando ele tiver. Olha só - Destranca a gaveta da cômoda e pega uma agenda. - eu fiz as contas. Todo fim de mês sobra uma pequena porcentagem dos nossos salários, o que não é muito, mas se cortamos gastos será o suficiente para fazer uma reforma no quarto de Taehyung, assim nenhum dos dois ficará sozinho a noite. - Só de mostrar seus gráficos, e complicadas anotações, seu semblante se tornou mais alegre de imediato e seus olhos, seus olhinhos brilhavam. A empolgação a fez falar tudo de uma vez. - Vê!?... E então, vamos ter um bebê?
- ... - Mint se encontrava em uma situação bem delicada, foi pego de surpresa e se viu em um beco sem saída. Seu silêncio foi devido à avalanche de informações que recebeu. Silêncio esse que foi interpretado por sua jovem esposa como um belo "Não".
- Você tem razão! Foi só uma ideia idiota minha, boa noite. - O que há de errado com vocês mulheres? Mint e Olive se conheceram e casaram rápido de mais. Olive, que na época só tinha dezesseis, engravidou e Mint, que tinha dezoito, encerrou a gravidez acidental como algo para fortalece-los como casal. De cara ele amou seu bebê, o pequeno: Taehyung.
Não tem como não amar Taehyung.
Olive se tornou professora de jardim de infância, em seu trabalho cercada de crianças era natural que algum dia seu desejo de ser mãe visse à tona, novamente.
Irritada e frustrada, ela passa por cima do marido para que possa apagar a luz, voltar a se deitar e vira de costas para o Kim mais velho do sexo masculino, cogitando a ideia de expulsa-lo do quarto.
- Ora Olive, vamos não fique assim. - Estou ouvindo uma vozinha mas não vejo ninguém. - Conviver com muitas crianças pode te deixar infantil, tá vendo? - O que está propondo não é algo fácil de se responder tipo : "quer um pão?" "Sim". - Ele voltar a acender o pequeno abajur e se apoia em um cotuvelo deixando a outra mão livre para bagunçar os fios de Olive. - Querida.... tem certeza de que quer um bebê?
- Não. Te acordei as três da matina pra fazer uma pegadinha. Não é óbvio, Mint? Quero muito ter esse bebê. - Ela finalmente se vira, ficando de frente para ele, calando suas testas olhando fundo em suas órbitas. - Então eu também quero.
- Assim eu não quero! Se sente obrigados a fazer tudo por mim!
- Quê? Claro que não Olive... - Se sentou na cama logo em seguida retirando sua camisa.
- O que está fazendo?
- Vai ficar feliz!... digo, o bebê. Ele vai nos deixar feliz... - Ela sorriu entendendo o que ele queria dizer.
- Já disse que te amo?
- Todo dia.
- Não fica aí parada. Tira a roupa!
- Calma. Cê saber que eu sou tímida. - Não importa quantas vezes praticassem o ato sexual. Olive sempre se encabulava. - Mas você já tá duro! - Se impressionada ao se sentar sobre sua pélvis.
- Olive.
- Sim? - Pedra, papel ou tesoura pra ver quem fica em cima?
- Pedra, papel ou tesoura pra ver quem fica em cima!
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