1. Spirit Fanfics >
  2. Taekook-War For Love. >
  3. Aprender.

História Taekook-War For Love. - Aprender.


Escrita por: taegguk2

Notas do Autor


quanta coisa importante em um só capítulo...

Capítulo 38 - Aprender.


Fanfic / Fanfiction Taekook-War For Love. - Aprender.

— E então? Resuma a sensação de almoçar com a sogra. – reforçou Jimin após um sorriso cheio de carinho.

Era fim de tarde na mesma segunda feira, quando Taehyung resolveu chamar Jimin para fazer uma visita à sua casa. Depois do almoço na casa do namorado, todos - menos o bang, esse que teve de ir trabalhar logo em seguida - adoraram a ideia de fazer juntos uma sobremesa, o que resultou numa cozinha bagunçada e hotteok acompanhado de suco de morango com mel e leite fresco.

— Eu sinto como se fosse a minha mãe, Jimin, eu adoro tanto a tia que meu estômago embrulha... – Taehyung sorriu assim como Jimin, enquanto colocava em um pratinho o hotteok que trouxe em nome da santa insistência Yeji.

— Ela é um amor mesmo, teve sorte de encontrar pessoas como eles. – deu de ombros, servindo-se de leite. — eu sinto como se fizesse parte daquela família.

— Eu também! – afirmou várias vezes com a cabeça, logo empurrando o prato com o doce. — e você como se fosse meu outro irmãozinho.

— Nem vem, sou mais velho que você, tampinha! – riu, agarrando o garfo com a direita e a faca com a esquerda, para poder tirar um pedaço da massa. — a propósito, eu penso o mesmo sobre você, maninho.

— Que bom que eu tenho você, Jimini-shi, sou muito grato por isso. – confessou, já mastigando a massa igual ao Park, esse que engoliu e emendou as sobrancelhas.

— Ih, não quero ser chato nem nada, mas por que o meu taetae tá agindo assim?

Não era como se o Taehyung tivesse de fato triste com alguma coisa, mas dentro de si havia um desconforto palpável que é difícil disfarçar. Chamar Jimin pra ir à sua casa foi a melhor ideia que teve, como o banho que tomou assim que chegou da casa da sogra, e vestido roupas confortáveis pra recepcionar seu novo e melhor amigo.

— Bem, hoje depois que saímos da sala do diretor, eu puxei o Niel de canto pra ter uma conversa passiva. – disse, cortando mais um pedaço do alimento e levando a boca. — eu pedi desculpas pra ele outra vez, e surpreendente ele fez o mesmo. A mãe dele foi muito gentil e se desculpou por tudo, percebi que eles não são pessoas ruins de fato.

— A mãe dele é educada e tudo mais, mas o Niel há dois anos vem sendo um idiota com o pessoal da escola, isso inclui o que ele aceitou fazer contigo junto com o Backy. Outro idiota. – resmungou Jimin, deixando nítido que não gostava nada daquilo.

— Eu sei, eu sei, mas eu pude me sentir um pouco mais leve. Não sei se essa reunião foi pra resolver ou causar algo, cê tinha que vê como era estranho a forma como o pai do Backy olhava pra ele. 

Taehyung fez menção no assunto, pensando numa forma de esclarecer o que estava sentindo. Jimin, por outro lado, notou no tom de voz do amigo, que de baixo daquele mar, haviam peixes. — Desembucha, Taehyung.

— Não sei como falar sobre isso. – disse, deixando o lanche de lado. — o pai dele meio que deixou no ar que o Backy não respeita ninguém, mas é meio difícil de acreditar nisso quando se tem um Gyoham muito firme. – comentou, entrelaçando os dedos. — só bastava um olhar, e Backy desmontava.

— Isso é interessante, porque eu vi poucas vezes a mãe dele. E nessas vezes, o idiota desmerecia ela e tudo mais na frente de todo mundo. – deu de ombros, tirando um gole do leite. — mas teve uma vez que ela não aguentou o rojão, e sapecou um tapa no rosto dele em uma sexta feira, bem no período do treino. Na frente de todos.

— Tou começando a achar que as sextas são dias de má sorte. – aplicou o Kim, passando o polegar direito no esquerdo. — eu espero que eles tenham uma boa relação. Não é nada saudável ficar contra os pais.

— Deve ser por isso que ele é tão azedo. – deu de ombros outra vez, rindo.

— Jimin! – riu junto, voltando a atenção pro hatteok. 

— Certo, certo. E sobre o que descutiram com o diretor? – divagou, olhando com curiosidade pro amigo mais novo.

— Ah... Min Jun-nim não mudou nada na questão de "expulsar os meninos do time e do campeonato". – segurando os talheres, fez aspas com dois dedos. — fiquei perplexo quando ele mostrou-se saber sobre os direitos penais. Foi estonteante.

— Que bizarro isso sim. Ele agiu como delegado, juiz, perito... – deu as sugestões, se divertindo com àquilo.

— Não seje bobo, hyung.. Ele agiu como um bom amigo.

— Sério? Tipo, nada de gritos e chicotes?

Taehyung gargalhou, negando. — Ele foi amigável o tempo todo, conversou e deu concelhos. – deu de ombros, sorrindo. — mas eu confesso que fiquei meio chateado por ele ter ligado para os meus pais.

— Não brinca?! – riu nervosamente, engolindo o que havia mastigado para olhar espantado o rosto do Kim. — e o que juiz-meio-termo-legal disse pra eles?

— Não entrou em detalhes... – desviou os olhos para o prato, sentindo àquele incômodo no estômago. — eu sei que ele fez isso pensando no melhor, já que deixou bem claro que não confiava um castigo ao Bangunie. 

— Velho tapado...

— Park Jimin! – o loiro gargalhou, e Taehyung revirou os olhos de brincadeira. — sério, eu acho que mudei de ideia sobre ir mês que vem à Busan.

— Ainda pensando nisso... – Taehyung concordou, bebendo um pouco de leite, e Jimin suspirou derrotado. — o Guk já sabe?

— Não falei pra ele ainda. – confessou, imaginando a reação do namorado, e sentindo-se constrangido ao ver os olhos ameaçadores do Park. — não me mate, ainda me sinto inseguro sobre minhas decisões.

— Eu sei cara, não quero me sentir culpado por colocar tanta pressão. – explicou o amigo mais baixo, sorrindo carinhoso. — mas eu conheço o tapado do Jungkook, sei que na cabeça dele as coisas vão se passar como algo negativo. O garoto fica paranóico.

O Kim assentiu, ponderando um pouco antes de continuar a conversa. — compreendo muito bem, – piscou os cílios quatro vezes. — ele meio que notou alguma coisa hoje, notou como eu tava pra baixo.

— Ih, então quer dizer que não vai desistir de ir, não é? – perguntou só por perguntar, constatando o óbvio pelo o rumo do assunto. Taehyung afirmou, logo deixando o lanche de lado para morder os cantos de unha. — e então, o que disse a ele?

— Divaguei sobre uma pergunta, mas logo percebi que não era necessário. – expirou o ar devagar, já sentindo o coração bater forte. — ele confia em mim.

— Ótimo. Uma relação saudável.

— Não sei não... Acho que enrolei ele demais, tá na hora de dizer quais são os meus planos. – disse firme, espalmando as mãos ao lado do prato. Jimin riu.

— Eu também tenho meus planos para ajudar dois pombinhos...

— Sério? Então adia para o mais perto possível, preciso que mantenha o Gukie sã e salvo da própria cabeça. Não sei se ele entenderia.

— Hein? Pera' pera', deixa eu digerir essas informações com leite. – Taehyung sorriu, olhando em seguida para Jean que adentrava à cozinha com a bag rockbag nas costas.

— Iae gente, fazendo o quê? – perguntou ao que se aproximava de Taehyung para ver o que ele tava comendo.

— Iae, ruivin'. – cumprimentou Jimin, bebendo seu leite enquanto observava o mais velho inclinar-se para cheirar a sobremesa no prato do Kim, que apenas deu de ombros.

— É hotteok, Jean-shi, se quiser pode comer o meu. – sugeriu já empurrando seu prato para o lado, indicando pro mais velho sentar ao seu lado.

— Valeu, V. – foi questões de segundos para Casper livrar da bolsa de suas costas deixando o objeto em cima da mesa, puxou a cadeira sentando perto de Taehyung, e pegando com os dedos a massa recheada. 

Jimin apenas assistiu, mastigando. 

— Aí, cês podem voltar a fofocar na boa, ok? Eu só vou comer aqui e ir pro quarto do Bangu. – falou de boca cheia, rindo sem humor.

— Tudo bem, Casper, confio em você. – o Kim sorriu de lábios cerrados, e Jimin teve um surto interno começando a tremilicar a perna por debaixo da mesa. Àquilo não era nada bom. — e Jimin, vai tudo dá certo.

— Depende de como as coisas forem indo, e também de quando você vai. 

— Código, é? – Jean brincou, batendo de leve o cutuvelo nas costelas do amigo. — me lembra quando estávamos no fundamental.

— Era divertido, éramos bons em códigos! – riram, e Jimin pigarreou incomodado, pensando que, talvez, aquela aproximação toda dos dois garotos, pudesse deixar Jungkook enciumado.

— Vamos resolver mesmo você a minutos daqui. Pra isso que temos a tecnologia. – disse Jimin divertido, na tentativa de dissipar qualquer clima chato que fosse se instalar ali. 

— O que será que você anda tramando, hein? – Taehyung emburrou a expressão brincando, e Jean alternou o olhar de um para o outro. 

— Vai voltar pra casa, V? – perguntou curioso, alcançando o copo com leite do amigo para tirar um gole.

— Olha só, desvendou um dos códigos! – ironizou Jimin, recebendo um olhar repreendedor do Kim.

— Meio que sim, mas eu vou voltar logo. Preciso resolver uns assuntos... 

— Boa sorte então, diz pros tios que eu mandei abraços e beijos. – voltou a comer, deixando no ar que logo em seguida voltaria a falar alguma coisa. — quando vai?

— É, Taehyung. Quando vai? – emendou Jimin, realmente curioso.

Fora a vez de Taehyung alternar o olhar de um para o outro, notando também que ambos garotos tinham os olhos em si enquanto esperavam por uma resposta. De repente, a sensação de estômago gelado lhe incomodou um pouco, saber que também as coisas estavam começando a se desenvolver conforme aprendia algo e tomava decisões que mudariam o seu futuro.

Era bem simples na verdade o que ele tinha em mente: foram dias se confortando e dizendo pra si mesmo que tudo daria certo, que a hora e a qualquer momento podia chegar e ele teria que levantar a cabeça e conversar com àqueles que deram-te a vida.

E finalmente chegou, como ondas rebeldes banhando pedras e levando a terra da praia, chegou a partir do momento que o diretor segurou o telefone em mãos para discar o número de seus pais; quando ele, sem saber quais eram suas inseguranças, conversou com os Kim's sobre o que aconteceu.

E então, Taehyung suspirou baixinho, sentido àquela excitação de antecedência, vendo que por pouco seus dois amigos não deixaram as orbes caírem no chão.




— Depois de amanhã.

                              ~×~


Não sei dizer o que havia de errado, ou, certo, no dia que mal começou pra mim.


Digo com simplicidade, que ontem, por mais que teve aquela reunião, foi um dia bom e que eu adoraria repetir mais vezes. Percebi que tinha construído uma nova família, no olhar da dona Yeji se passava a mesma sensação que eu tive, na verdade, eu sinto que agora nós podemos ser felizes mesmo vivendo e tendo momentos desagradáveis.


E que, junto disso e tudo mais, sou perdidamente apaixonado pelo Taehyung. 


Sempre que eu tiver a oportunidade de dizer e pensar sobre isso, vou agarrar com todas minhas forças e sorrir agradecido por tê-lo em minha vida, por ele e o Bangu ter entrado na minha vida e na vida das duas pessoas que tanto amo; mãe e jeongin.


O ar que se encontra o refeitório é relaxante; tantas pessoas no mesmo lugar que têm em mentes coisas diferentes. À sorrisos, à diálogos, as amizades e você percebe o calor que o lugar manda só prestando atenção. 


— Aí – ouvi Jimin gritar depois de me acertar um bolinho de carne. — cadê o Taehyung? 


Taehyung não tinha chegado ainda, na mesa já estava Jimin, Bangu, Doyeon e Namjoon, nem vi ele na entrada, e nem durante o período das aulas. — Achei ele viesse com você. 


— Aquele garoto... – riu, negando, bagunçando o cabelo de Namjoon antes de sentar ao seu lado, tendo um moreno emburrado pelo penteado desarrumado. — daqui a pouco ele aparece.


Achei o canudo com a boca sugando o suco enquanto pesquisava as ações do meu amigo, Jimin; cabelo loiro impecável, camisa de mangas do uniforme e calça social que faz parte do uniforme, sorriso astuto, olhar despreocupado, o Park mostrava-se de boa enquanto enchia a boca de bolinhos.


Eu tinha porquê achar algo de errado com "daqui a pouco ele aparece?" observei a solenência de como ele mastigava a refeição com uma perna dobrada em cima do banco enquanto seu queixo descansava sob o joelho coberto, desejei por um segundo ler seus pensamentos.


Desviei os olhos dele por breves segundos, agora analisando Doyeon conversando tranquilamente com o Bangu, que oferecia sorrisos amigáveis e diria até apaixonados para a garota de red hair. Suspirei, notando que dentro de mim havia algo me incomodando o suficientemente pra deixar minha cabeça no mundo da lua, vê como os dois à minha frente interagiam, mesmo que pouco e quase implicitamente, esquentou meu peito: eles formavam um belo casal.


Bú! – virei o rosto para à esquerda, assustado com a voz tão próxima do meu ouvido que fez-me sair do trans, e sorri depois de tapear o braço alheio.


— Merda hyung, surgiu do piso, foi? 


— Tava passando por ali quando vi seus olhos engolindo eles dois. – disse Byun quando apontou pra noona e o hyung, sorrindo de lado. — se ficasse mais tempo na mesma posição, seus olhos iriam cair.


— Se manca, ô coisa inconveniente! – ri, e ele me empurrou pro lado e sentou no pequeno espaço. No lugar de Taehyung. 


— Me respeite, agora, fala qual é da vez? Brigou com alguém além dos meus dois ex amigos? – divagou, pegando um bolinho do meu prato e enfiando na boca.


— Na verdade, não. Tou só esperando o Tae hyung que nem deu sinal de vida. 


— Oh, acho que vi ele vindo lá do corredor quando passei pra vir pra cá. E tá acompanhado. – deu de ombros, evitando olhar pra mim.


— Acompanhado....? – assentiu, mudando de posição e sentando de frente pra onde eu dava às costas. — com quem?


Ele sequer precisou responder, porque de repende, ouvi quando Namjoon resmungou e olhou para algo logo atrás de mim, Jimin riu e negou novamente com a cabeça, Doyeon arqueou a sobrancelha e Bangu tencionou no banco com a mandíbula trincada; voltei a olhar pro Byun que, além de sonso, tinha um sorriso de lado.


— Desculpem a demora, pessoal. – ouvi a voz de Taehyung e, sem hesitar, virei a cabeça para olhar o que tanto deixava eles da maneira que estavam.


E, não sei porquê, meu estômago gelou e a lembrança de niel segurando Taehyung contra a parede me deixou atordoado, pois, logo ali, ao seu lado, o próprio Park segurava uma bandeja, usava o mesmo óculos escuros e a máscara. Vi quando Taehyung me lançou um olhar severo, notei quando Byun já estava de pé ao lado do Kim, quando Jimin ficou de pé do outro lado da mesa e eu, que senti um peso muito ruim assim que forcei minhas pernas pra ficar de pé.


— O que ele tá fazendo aqui, Taehyung? – tentei suavizar a voz, ou, acho que fiz isso.


— Gente, Jeongguk, eu gostaria que vocês ouvissem o que niel tem a dizer. Por favor, caso não se sintam confortáveis, ele muda pra outra mesa. – explicou Taehyung, os braços largados ao lado do corpo enquanto seu olhar pedia clemência, e não sei se me arrempederia depois quando assenti.


Observei o Park dá a volta para a ponta da mesa, perto de onde Taehyung costuma se sentar, e deixou sua bandeja sob a madeira enquanto todos nós olhavámos ansiosos para o quer que ele vá dizer a respeito do que aconteceu. Abaixou à máscara até o queixo, depois, ponderando um pouco, levantou os óculos até a cabeça, piscando várias vezes na intenção, creio eu, de se acostumar com a claridade do lugar.


— Gostaria de pedir, primeiramente, desculpas. – falou em um tom para que todos nós ouvissem muito bem. Ninguém disse nada, eu, Jimin, Taehyung e Byun estávamos de pé, o restante sentados ouvindo o que eu ouvi. — vejam bem, eu fiz coisas das quais eu me envergonho muito, aprontei bastante com todos e me diverti com as desgraças alheias. No entanto, eu consegui abrir os olhos a tempo pra constatar o óbvio: isso não é pra mim.


— É um surto coletivo, ou, só eu que tô ouvindo isso? – perguntou Doyeon, surpresa.


— Noona, só... escute. – repreendeu, Taehyung.


— Bom, depois que tive uma conversa com a minha mãe, ela me fez perceber que não era nada saudável fazer parte de algo tão ruim quanto a amizade de Backy. E tava certa. – deu de ombros, piscando mais vezes as pálpebras. — eu sei que nada apaga o que eu fiz, e vocês tem todo o direito de não aceitar o meu arrependimento, mas por favor, deixe-me mostrar que estou disposto a mudar.


— Não sabia que precisava do nosso perdão pra tomar juízo. – falei, entre dentes. 


— Gukie...


— Não, Taehyung, o que ele fez foi errado! Por pouco ele não- merda, eles quase ferem você. Isso é torturante demais pra mim.


Pentiei meus cabelos com os dedos, vendo o Kim morder o lábio inferior, e antes que ele pudesse dizer algo, niel tomou à frente:


— Eu percebi isso a partir do momento que Taehyung se desculpou lá na sala do diretor. – deixou no ar, recebendo toda a atenção pra ele novamente. — eu senti algo muito... hm... aliviador. Não sabia que precisava daquilo até ouvi do próprio Kim que a intenção era se defender e não me machucar. Me fez vê o monstro que tava me tornando, e eu não quero isso. Nunca mais.


Taehyung sorriu timidamente, abaixando o olhar pra vê seus sapatos. — Eu só queria dizer que Taehyung conversou comigo, disse que se arrepender já é um novo caminho, mas que às vezes é difícil que as pessoas entendam isso logo de início. – voltou a falar, recuperando a bandeja com a esquerda. — eu sinto muito, mesmo. Me desculpe Jeon por ter machucado Taehyung, por ter participado daquilo sem pensar nas consequências.


Inspirei, olhando nos olhos dele para tentar achar algo que fosse mentira - talvez, eu quisesse que fosse - porquê soa melhor do quê simplesmente acreditar que ele realmente tá disposto a mudar. Mas só o que vi foi um garoto de olheiras fundas e escuras, um brilho fraco naqueles olhos de cores escuras, um rosto pálido e ossudo deixava a dúvida se ele estava se alimentando direito ou não.


Senti todos os olhares voltados pra mim, enquanto eu olhava somente pra ele. Tenho milhões de razões e motivos pra simplesmente mandar ele ir se foder e voltar com a minha vida, mas, naquele instante, eu sentia como se meu lado maduro me cutucasse e mandasse eu rever minha opinião sobre àquilo.


Apoiei as mãos na cintura, mundando o peso do corpo de um pé para o outro, ouvindo todo o refeitório funcionando como se nada estivesse acontecendo aqui com a gente, e um pigarrear da Doyeon.


— Cara, cê foi um filho de uma fruta bem verde com a gente, principalmente com o Taehyung. Mas, escute bem, se você ousar pensar em atazanar meu moreninho, eu castro você. – disse ela, recebendo um riso nervoso dele.


— Não se preocupe, ele me ajudou abrir mais a mente. Não faria nada com ele.


— Eh.. – Namjoon resmungou, e niel seguiu com o olhar até ele. — é 'nois.


O pessoal da mesa soltou uns risinhos, menos eu que não deixei de analisar as ações do Park.


— Rapaz, se você disse que Taehyung lhe ajudou e tudo mais, e quer realmente mudar, não sei muito bem o que dizer a respeito. – Bangu falou em um tom desconfiado, e o Park assentiu. — só não faça outra vez, senão eu que vou segurar você enquanto a Doyeon pica seu... Sabe?


— Tudo bem, eu realmente não pretendo fazer algo ruim com o Taehyung. – ele riu, passando a segurar a bandeja com as duas mãos.


— Bom, não quero dizer nada sobre isso de qualquer forma. – Jimin deu de ombros, e eu posso jurar que ele já sabia que tudo isso aqui ia acontecer. — se Jungkook conseguir, pelo menos, aceitar tudo isso 'ae que você falou, eu fico de boa.


E foi então que, novamente, ganhei todas as atenções deles. Fiz barulho com os lábios, analisando a situação. Por mais que um lado meu sentisse o peso da raiva pelo o que houve, o outro sentia que o certo não era guardar mais rancor, já que minha vida foi resumida em tristeza e afins.


— Você não precisa... sabe, Jeon? Eu entendo que seje difícil mesmo, acreditar e tudo mais.


— Dá pra fechar a boca enquanto eu penso? – pedi ao Park, e Taehyung levantou os olhos na minha direção.


Contei de um até três, na tentativa de me acalmar enquanto me conformava pela generosa decisão que tomei. Talvez, eu precise disso também, deixar um pouco as intrigas de lado e focar em algo bom na minha vida, nesse caso, focar no amor que sinto pelo Taehyung.


— Quer se juntar a gente hoje? Podemos tomar café todos juntos.


— Isso quer dizer que...? – ouvi Taehyung questionar, virando o corpo na minha direção. 


Olhei pra niel, que apertava a bandeja com certa força e segurava as lágrimas - deduzi pelo simples fato da ponta do seu nariz ficar avermelhado - as bochechas rubras, o olhar de quem se sentia aliviado assim como eu agora, que busquei meu lugar e sentei deixando um espaço para que Taehyung sentasse.




— Que eu aceito suas desculpas, niel.


                          ~×~


Tinha um enorme mural na parede antes da saída da escola. No pátio, na hora de ir embora, metade dos alunos paravam e liam o que tinha digitado ali: haviam gravuras e um letreiro em um tom escuro que explicava como funcionaria a semana sem aula.


É exatamente estranho, mas não foi diferente do ano passado: durante o campeonato, não haveria aula que seria no total desses cinco dias, e na segunda, eles voltariam com revisão reforçada para as provas de novembro.


Agora, sabendo disso junto com os demais, Taehyung me convenceu de vir até sua casa sem nem ao menos passar na minha para trocar de roupas e dar no total de mil explicações pra dona Yeji, ou não. Depois de entrar em sua casa e inundar-se no silêncio do lugar, pois o Bangu já foi trabalhar e Jean deve tá por aí tocando seu violão, tomei água e subi para o quarto junto com o Kim; o lugar no qual estamos alguns minutos. 


Durante esse curto tempo, notei que ao lado da sua cama tinha uma mala média de cor azul e logo em cima descansava uma kipling de cores pastéis. Tombei a cabeça, confuso, e em seguida ouvi um pigarrear do mais velho.


— É, vejo que você já percebeu. – disse, livrando-se do seu cardigan. — precisamos conversar.


— Desse jeito eu vou acabar passando mal.


Ri me sentindo nervoso de repente, não sei ao certo o porquê, Taehyung tinha as expressões tranquilas e confortáveis sorrindo de canto conforme puxava a cadeira de rodinhas para sentar-se de frente pra mim já que eu apossei da beira de sua cama.


— Eu fiz alguma coisa? Sei lá, tipo, você, hm, q-quer terminar? – foi a minha vez de levar o indicador até os dentes pra tratar de arrancar algumas carnes mortas.


— Jeon? Calma, ok? Só me esculte e pare de comer os dedos, menino! – riu, puxando minhas mãos para entrelaçar nossos dedos. 


— Pode ser direto? Eu costumo ter o hábito de somar paranóias mais paranóias e terminar bem tenso. – apertei nossos dedos e ele sorriu, calmo.


— Eu vou à Busan, – passou o polegar nas costas da minha mão. — preciso ver e conversar com meus pais. 


— Vai hoje? – negou, baixando os olhos para encarar nossas mãos.


Amanhã.


Certo, foi algo bem inesperado para minha surpresa. Assenti, tendo noção que ele via através da sombra, e mordi os lábios ao querer imaginar do que ele trataria de conversar com os mesmo: os quais que sequer vi para oficializar o nosso namoro.


— Parece nervoso... – comentei, apesar de não parecer mentira.


— Um pouco. Eu não pensei que teria de mudar meus planos tão de repente, e chegar assim do nada em casa e encarar meus pais logo depois do que houve, me deixa um tanto tenso. – explicou, suspirando logo após.


— Você já pretendia ir? – assentiu. — quando?


— Mês que vem. – confirmou, levantando os olhos para me encarar. — eu realmente preciso falar com eles, tudo bem? Preciso cuidar para que nós não tenha uma relação tóxica.


— Eu sei, só... É estranho você ir assim, do nada. – mordi o interior da bochecha, nervoso por sabe sei lá o quê exatamente. — quando volta?


— Talvez, domingo de manhã.


Nossa...


Puxei nossas mãos, e notei um ar de supresa e medo quando ele me encarou por alguns instantes. Eu não sei bem o porquê, talvez, seja pela notícia tão em cima da hora, por nem sequer ter me preparado ainda em relação a isso, mas eu sinto medo. Pode parecer besteira, podem pensar o que quiser agora, mas se Taehyung for realmente conversar sobre tudo, incluindo um relacionamento com outro garoto, seus pais podem meio que, sei lá, ficar furiosos barra decepcionados com tal notícia.


Eles podem o tirar de mim. E é exatamente por isso que, talvez, eu sinta medo.


— Eu vou voltar.


— E se não voltar? – levantei, um tanto atordoado. 


— Gukkie, eu sei lidar com os meus pais, vai ficar tudo bem. – ouvi o barulho da cadeira, e presumo que o Kim também tenha se levantado.


— Certo. Ok. Mas se eles não souberem lidar que o filho caçula namora um garoto? E se, sei lá, não deixarem você voltar e te mandarem pra sei lá aonde só pra que fique longe de mim? – virei para encarar seu rosto, vendo que ele mantinha-se firme.


— Não pense tanto... Bem que o Chim disse você ficaria paranóico.


Pisquei algumas vezes, intrigado. — Jimin já sabia? Tipo, aquele anão-bonito-e-paquerador tá sabendo de tudo?!


Taehyung soltou um risinho fofo, e tive que me esforçar para não correr até ele para enchê-lo de beijos. — Eu acabei contando no dia da... Você sabe. Daquilo tudo. – gesticulou, parecendo desconfortável. — Precisava conversar com alguém naquele momento, foi duro tudo que rolou lá.


— Vou matar ele... – passei as mãos pelos cabelos. — eu realmente não sei o que sentir em relação a sua viagem. É tão... Ouch!


Fechei os olhos por alguns segundos, precisava não ser tão duro com ele agora. Tudo ficaria bem se eu não fosse um doido barra paranóico garoto que desconhece a palavra otimista: e o seu valor. Preciso aprender a controlar minhas emoções, preciso aprender a me por no lugar de outra pessoa, a aceitar que nem tudo é fácil e simples visto de fora; se Taehyung precisa ir, ok.


Por mais que uma parte de mim vá com ele, daqui eu farei o possível para cuidar dele mesmo de "longe", afinal, ele soou firme quando disse que estaria de volta no domingo. Ok. Hoje ainda é terça. Tranquilo.


— Hey.. – não tive tempo de abrir os olhos, o mais velho deixou dois selares nas minhas pálpebras e logo me envolveu em seus braços. Me apertando. — não fique assim, quero ir sem ter de preocupar com você. – murmurou, roçando a ponta do nariz na minha mandíbula.


Trouxe seu corpo para mais perto do meu, o puxando pela cintura, deixando dois beijinhos na pele da lateral do seu pescoço para depois apoiar meu queixo no seu ombro. — Eu vou ficar bem. Então acho melhor você se cuidar.


— Eu vou fazer isso, não se preocupe. – riu baixinho, enquanto esfregava sua mão levemente no meio das minhas costas. — agora vamos deixar esse clima triste de lado para aproveitar a presença um do outro. 


— Tudo bem se eu preferir me fundir a você?


Nós dois rimos, e ele desfez o abraço para poder envolver o meu pescoço e juntar nossas testas com um sorriso dócil nos lábios carminados. — por mim tudo bem, seu bobinho. – sussurrou, selando rápido meu lábio de cima. — eu amo você, ok? Não esqueça disso em nome de gaia.


E foi minha vez de sorrir, juntando nossos lábios com uma certa dificuldade já que eu quase não disfarço o brilhante sorriso de bobo apaixonado. Então, aos poucos, nós iniciamos um beijo barra antecipação da suadade que iremos sentir a partir do momento que eu for pra casa, porque é exatamente isso que vai acontecer. 


Não demorei em sugar seu lábio inferior para dentro da minha boca e sentir o gosto do beijo mais estonteante do mundo, talvez, fosse exagero, talvez, porque fosse com Taehyung, e ele conrespondia ao contato através da língua que escapava junto ao seu lábio, com as mãos que subiam e desciam sobre os meus braços. Me causa arrepios. Me causa sensações embaraçosas.


Sinto como se fosse realmente me fundir ao garoto por quem estou apaixonado até o último fio de cabelo, por quem no qual beijo desesperadamente na intenção de mostrar de alguma forma como eu o amo. Como quero ele aqui o mais rápido possível. Como aprendi que devagar as coisas se encaixam no seu devido lugar.


Juntos, como numa conexão mental, nos separamos do beijo sem sairmos de perto um do outro, nos encaramos enquanto respiravamos pela boca, sorrimos apaixonadamente sentindo meu coração bater rápido sobre o seu por cima do uniforme: foi quando me deparei, todo meu corpo deparou-se, com o garoto mais lindo e simpático que já pus meus olhos.


Nós somos aquilo que amamos.


— E eu te amo, Taehyung. – ele sorriu bem grande, assentindo freneticamente. — muito mesmo meu amor.


Gargalhamos, e eu aproveitei para encher seu rosto de beijos e usei as mãos para fazer cócegas em sua barriguinha; e juntos, nos separamos e corremos para a cama, onde eu distribuía cócegas e beijos o ouvindo rir como se o amanhã nunca fosse existir.




Kim Taehyung, de repente, se tornou a palavra mais bonita que eu já disse sobre o amor; foi o seu nome.

                        ~×~


Notas Finais


boiolinha sim, fluffy sim, Taekook o nome.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...