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História Take Me - A Anarquista


Escrita por: Dhnolis

Notas do Autor


Oi gente !
Curiosos para saber como Sarada quebrou o braço ?
Tá ai a resposta.
Essa semana, como vai rolar feriado, vou postar vários capítulos para compensar minha ausência no final de semana.
Beijinhos.

Capítulo 7 - A Anarquista


A ANARQUISTA

 

- A professora não soube dizer por que a briga começou. - A diretora disse, as mãos na cintura em uma pose autoritária, falava diretamente com Sasuke e as vezes designava um olhar amistoso para a mulher de vestido dourado, não sabia quem era ela, porém imaginou que fizesse parte do circulo de confiança do pai da menina para ela estar ali.

Sarada um nível mais abaixo brincava com o tecido da saia do vestido. Estavam os quatro no corredor do hospital.

- De qualquer forma... - A mulher continuou. - Ela bateu na outra criança, foi empurrada para o chão e então a professora conseguiu separar os dois.

- Ela quebrou o braço batendo ou quando caiu ? - Sakura quis saber.

- Ela começou a chorar de dor depois de atingir o chão então acho que foi a queda.

Aquilo Sarada não havia contado.

- Isso é um absurdo !

- Completamente inadmissível. - Sasuke teve de concordar. - A escola não pode permitir isso, ela foi agredida !

- ...Não sabemos ainda como a briga começou.

- Ela me disse que um colega a chamou de mentirosa. - Sakura tinha adotado uma posição ofensiva, pelo amor de Deus ! A garota de 3 anos tinha o braço quebrado agora. - Não podem deixar isso acontecer ! Ela apenas se defendeu.

- Eu compreendo sua frustração.

Sasuke bufou, seu âmago de advogado queria processar a todos. A escola, a diretora, a professora e os pais da criança.

- O procedimento correto da instituição é que o outro aluno seja expulso. Os pais dele estão ai, deixarei que o senhor decida, mas devo pedir que avalie bem a situação. O aluno esta passando por um momento muito complicado. Talvez possamos apenas colocar uma pedra em cima disso tudo e terminar o assunto.

A diretora saiu, com a finalidade de trazer os pais e o individuo mal-feitor, Sasuke e Sakura trocaram um olhar de quem estava compartilhando aquela vergonha e indignação.

- Imagina o que ela vai fazer quando tiver 10. - A mulher de cabelos tingidos murmurou.

A mente do pai estava imaginando, fogo, destruição, anarquia. Se tivesse sorte ele não estaria acorrentado em algum quarto escuro.

Vindo do outro lado do corredor, via-se a diretora, um casal do qual Sasuke conheceu logo de cara como sendo seus clientes e em um nível mais abaixo, aquele que deveria ser o filho.

Um olho roxo, mordidas nos braços, arranhões por toda a extensão do rosto, camiseta rasgada, meu deus.

Sarada tinha feito aquilo ?

Claramente ela só parou por ter quebrado o braço, se não fosse isso, ela teria acabado com a raça do menino.

E veja bem: Ele era alguns centímetros mais alto e visivelmente mais pesado.

- Você está criando a filha do Wolverine ? - Sakura perguntou em um sussurro, visivelmente espantada.

E o moreno teve de se controlar muito para não começar a rir.

- Meu Deus do céu. - Ela continuou e ele não sabia se era capaz de conter a gargalhada caso fosse outra piadinha. - Você esta criando um pequeno demônio, não uma garota.

Ele deu uma cotovelada na mulher ao seu lado, ela tinha que parar aquilo !

Sarada estava alheia a presença dos outros, estendendo a saia do vestido e vendo o total comprimento daquilo.

Sasuke tomou a postura do bom advogado sério e respeitado, esperando que a mulher do seu lado fizesse o mesmo.

- Senhor e senhora Nara, boa tarde. - O moreno aproximou-se e trocou um aceno de cabeça com os dois.

- Senhor Uchiha.. - Murmurou Temari, a mulher de cabelos louros, estava usando um terno feminino salmão, claramente ela tinha escapado do trabalho para estar ali. Seus olhos caíram sobre a menina de braço engessado. - Ah meu Deus, eu sinto muito !

- Esse não é o tipo de educação que damos ao nosso menino ! - Shikamaru se apressou em dizer. - É inadmissível bater em uma mulher. Ela realmente quebrou o braço ?

- Quebrou. - Sakura murmurou e o outro casal esmoreceu ainda mais.

Sarada encarou o menino que tinha a sua idade, os cabelos rebeldes presos em um rabo de cavalo.

- Eu disse que ela existia. - Sibilou ao amiguinho.

- Ta bem, você está certa.

Os dois trocaram um sorriso e saíram em disparada pelo corredor, em uma brincadeira para ver quem corria mais rápido.

- Eu também não sou adepto a violência. - Sasuke se viu na obrigação de dizer, os olhos acompanhando a filha que corria, a qualquer minuto ela poderia avançar em cima do garoto e terminar o serviço que começara a antes.

- Mas sua filinha bate bem.

- Arranhões e mordidas vão sumir em alguns dias, braços quebrados levam mais tempo.

- Acho que eles já se acertaram. - Sakura disse indicando as crianças com o queixo, os dois riam.

A loira limpou a garganta e disse, enquanto enrolava uma mecha de cabelo no dedo indicador:

- Ele está um pouco agressivo pela nossa separação, não está aceitando bem.

Tinha o poder e o direito para pedir a expulsão do garoto, mas teve pena. Deveria ser duro ter de encarar os pais se divorciando naquela idade.

- Sarada. - Sasuke chamou a filha e a pequena cessou a brincadeira para fitar o pai. - Quero que peça desculpas.

O casal assentiu com um meneio de cabeça, aprovando a atitude do Uchiha.

- Filho, você também.

Temari disse e o menino olhou para o braço quebrado da coleguinha.

- Me desculpe por ter te empurrado. - Disse. - E por ter te chamado de mentirosa.

- Me desculpe por ter batido em você.

Os pais se deram por satisfeitos.

- Eu realmente sinto muito por sua menina. - Shikamaru ofereceu a mão para Sasuke que aceitou o aperto.

- Eu também.

Conversaram por algum tempo e decidiram que a sugestão da diretora em encerrar o assunto era o mais correto a ser feito.

Sarada passou pelos cuidados de um médico antes de receber alta, o gesso ficaria por três meses e - graças a deus - não seria necessário nem cirurgia nem fisioterapia para restabelecer o braço. Quando saíram do consultório, já passava das 17 horas. Os três se encaminharam para o carro, Sasuke ia na frente enquanto Sakura o seguia em seu vestido dourado, levava a menina mo colo, ela estava semi adormecida em seu ombro.

- Você consegue dirigir agora ?

- Sim, consigo.

- Pode me levar de volta á boutique ?

- Claro.

Sakura acomodou a menina no banco de trás, depositando um beijo demorado em sua testa. Assim que se afastou, Sasuke tomou o lugar que a moça ocupava a pouco, apontou para ela o indicador:

- Você esta de castigo. - Informou. - Não te quero batendo em mais ninguém !

Sakura soltou um risinho, olhava a menina por cima do ombro de Sasuke.

- Você vai ficar sem doces por uma semana.

Ele prendeu o cinto na menina.

- E sem frango !

Ela arregalou os olhos, aquilo era o fim.

- Vai comer brócolis, couve flor, espinafre...

A cada nova palavra a menina fazia uma careta diferente.

- Alface. - Sakura disse em um tom mais alto para ajudar Sasuke. – Berinjela, cenoura.

- É, alface. Estamos entendidos ?

- Sim.

E dedicou um olhar duro para a filha, fechando a porta do carro.

A mulher dedicou-lhe uma piscadela.

- Que pai rígido você é. - Ronronou baixinho, só para ele escutar. - Estou adorando esse seu lado.

Ele sorriu um pouco sem graça.

- Vai no banco da frente ou atrás com ela ?

- Vou atrás.

E antes que cada um fosse para um canto, ela assoviou, cha,ando a atenção de Sasuke.

- Quer tentar tomar um café amanhã, pela parte da tarde ? Se, claro, a filha do Wolverine não atacar de novo.

O moreno confirmou, iria rir a noite inteira com aquela história.



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