1. Spirit Fanfics >
  2. Take on me - Michaeng >
  3. A força necessária

História Take on me - Michaeng - A força necessária


Escrita por: OnIcy

Capítulo 13 - A força necessária


Chaeyoung... 

 

Eu não havia feito nada e muito menos espalhado aquele segredo da Momo com o professor Heechul para a escola, era algo que eu estava tentando evitar, mas quem diabos fez isso e me acusou? 

- Eu não sei quem falou isso, mas não foi eu. – Me defendi, era óbvio que não tinha sido eu. 

- Mas o diretor tem provas de que foi você. – Mamãe falou. 

- Isso não faz sentido, eu nem abri a boca sobre qualquer coisa do tipo. Mãe a senhora não tá vendo que isso é uma injustiça? – a princípio eu só queria que minha mãe acreditasse em mim, porque um boato desse não tinha cabimento, fora que poderia deixa-la com raiva.

- Chaeyoung, mas sua mãe disse que tem provas contra você. – Mina se levantou da mesa. 

- O que quer dizer com isso, Mina? Vai acreditar nessa merda? – Eu a encarei de forma desafiadora.

- Chaeyoung! – Mamãe me repreendeu. 

- Olha, não é bem assim, existem provas. – Vi Mina encolher os ombros. 

- Se quer acreditar nisso por mim tudo bem, eu vou atrás de quem acredita em mim, amanhã eu vou na escola tirar satisfação. 

- Nós vamos. – Mamãe  falou – Eu vou até a sua escola resolver isso. Entende a gravidade da situação Chaeyoung? É um boato que envolve um professor.

- E a minha amiga, Momo. – Mina me encarou, depois pegou seu celular e atendeu com uma cara preocupada. 

- O que foi Mina? – Félix perguntou, ele ainda estava comendo. 

- Minha mãe... ela tá aqui em frente. – Mina parecia triste quando desligou o celular – Eu tenho que ir. 

Eu e mamãe fomos deixar Mina na porta, quando vimos o carrão da mãe dela e a cara da mulher, ela parecia bem brava, mas quando nos encarou subiu o vidro do carro. 

- Chaeyoung e senhora Son obrigada por tudo e Chae precisamos conversar. – Mina se virou para mim. 

- Não precisamos conversar coisa alguma. – Voltei para dentro de casa e fui direto para o meu quarto.

No dia seguinte estava eu e mamãe em frente a escola. 

- Ok Chae, você segue o nosso roteiro direito. Apenas fique calada. – Mamãe estava ao meu lado olhando para o corredor da escola. 

- Eu entendi. Só saiba ser uma boa advogada que eu vou provar minha inocência. – Me virei para ela. 

- Eu acredito em você, Chaeyoung. Eu não te criei pra inventar esse tipo de coisa. – Mamãe me fez sorrir, ela tinha razão, eu não sairia inventando esse tipo de coisa e ainda mais espalhar. Eu sei que vi Momo e Heechul abraçados na sala de laboratório, mas eu já não sabia mais o que pensar. 

Quando entramos na recepção da escola encontrei a tal da Nayeon sentada. Ela ficou surpresa ao me ver chegando. 

A secretária do diretor pediu para mamãe entrar e me fez esperar ao lado de Nayeon. 

- Você tá aqui porque também foi culpada pelo boato da Momo e do professor Heechul? – Nayeon perguntou quando me sentei perto dela. 

Respondi sua pergunta balançando a cabeça em sinal de sim. 

- Você sabe quem foi que botou a gente nessa enrolação, não é? 

- Da pra imaginar. – Dei nos ombros. 

- Da pra imaginar o caramba, foi na doida da Jimin. – Nayeon estava revoltada e eu no lugar dela estaria da mesma forma, mas eu não ligava mais tanto assim pois eu era inocente e iria provar isso. 

- Tá, mas não foi a gente então relaxa. 

- Relaxa uma ova. Todo mundo vai falar da gente. – Nayeon parecia que ia partir pra cima de mim. 

- O que não seria a primeira vez que alguém falaria de mim, principalmente na escola. Só vamos falar o que a gente sabe ue, tá tranquilo. – Dei nos ombros. 

- Eu vou me defender como posso e você fica aí com a sua calmaria, depois não diga que eu não avisei. 

- tá Nayeon, você quer que façamos o quê? – Ela estava conseguindo me deixar com raiva. 

- Vamos arrastar a Jimin até aqui. Isso é o certo. 

- Não temos provas de que foi ela. 

- Você sabe que foi ela. 

- Não é bem assim. 

- Então é o quê?  - Nayeon se levantou – Vai protege-la só porque comei ela? 

- Fala baixo, sua idiota. – Olhei para os lados constrangida. – Isso não tem nada a ver com você o fato de eu estar com a Jimin, então senta logo aí. – Nayeon sentou – Não podemos acusa-la sem provas, isso é o mesmo que estão fazendo com a gente, só isso. 

- Tá, mas se você não acusa-la então eu vou fazer isso. Se quer sair como culpada nessa história então tudo bem, mas não me arraste para isso.  – Nayeon respirava pesado. 

- Nós vamos... – Parei de falar quando a porta da direção abriu e o diretor pediu para eu e Nayeon entrarmos. Lá dentro já estava minha mãe e a mãe dela. 

- Sabem porque estão aqui, o que tem a dizer? – O diretor perguntou. 

- Eu jamais iria inventar algo desse tipo, eu nem conheço essa Momo. O que eu ganharia? – Nayeon se defendeu. 

- Nayeon, seu currículo não é um dos melhores. Você é repetente e inventar algo desse tipo não estaria muito longe de um aluno desse perfil. 

- Não acuse minha filha dessa forma, ou eu o processo. – A Mãe de Nayeon foi bem categórica. 

- Ok, me desculpa. – O professor tirou de baixo de alguns papéis uma foto e mostrou pra gente. Na foto estava eu e Nayeon no terceiro andar conversando, era o andar perto da sala de Heechul. – O anônimo me mandou essa foto das duas alunas e depois essa. – Agora a foto que ele mostrou tinha Momo e Heechul conversando sozinhos na sala. 

- Isso não prova nada. – falei. 

- Me disseram que você anda muito no terceiro andar, logo uma aluna do primeiro ano. – O diretor me encarou. 

- Sim, mas eu estava indo lá para ver uma me... para ver a garota com quem estava ficando. – Fiquei vermelha e encarei o chão – Ela faz o terceiro ano. 

- E você Nayeon? – o diretor a encarou. – Você também é do primeiro ano.

- Eu queria dar uma lição numa garota lá que queria minha queda. – Nayeon se aproximou mais de sua mãe. Sua voz era incerta. 

- Nós vamos apurar os fatos, enquanto isso vocês estão podem ir, mas estão proibidas de irem até o terceiro andar. 

- O que vai acontecer com a Momo e com o professor? – Perguntei. 

- Isso não diz respeito a você, senhorita Son. Estão dispensadas e obrigada as mães por terem vindo. 

Mamãe se despediu de mim e foi para o trabalho, Nayeon saiu furiosa para a sua sala e eu voltei para minha sala onde todos estavam me olhando. A história já tinha se espalhado? Que merda. 

- Chae porque você não gravou um vídeo comigo falando do caso do professor Heechul com a aluna? No YouTube tinha pegado várias views e você seria famosa. – Lucas sorriu. 

- Vai se ferrar, moleque. – Me joguei na cadeira e fiquei emburrada. 

- Isso logo vai se resolver. Vai dar certo, Chae. – Tzuyu tocou meu ombro. Ela estava sentada ao meu lado. 

- É, talvez no decorrer da semana pode ser que tudo melhore. – Suspirei pensando naquilo. Nada iria me afetar, eu não tinha feito nada de errado. 

 

Mina... 

 

A semana estava quase acabando e a história da Momo com o professor Heechul só piorava. Momo não apareceu na aula durante esses dias. Não tivemos aula de laboratório e as pessoas só falavam disso e acusavam Chaeyoung e Nayeon. 

Fiquei sentada na minha cadeira pensando na vida. Os meus problemas também eram empecilhos, desde quando sai da casa de Chaeyoung mamãe havia me botado de castigo, ela tornou toda a minha vida a pior possível e estava sendo uma droga. 

- Mina, podemos conversar? – Chan se aproximou de mim. 

- Aconteceu algo? – Eu o encarei surpresa. 

- Bom, no caso eu que pergunto. Esses dias você tá bem pra baixo e eu não sei se quer conversar sobre isso, mas eu tô preocupado com você. Somos amigos, então se quiser conversar. – Chan tocou meu ombro e deu um sorriso amistoso. 

- São só problemas familiares, mas não é nada demais, são só desentendimentos. – Suspirei e depois sorri para ele, o encarando. 

- Eu já passei por problemas familiares então se quiser ter uma conversa mais profunda estarei aqui ou então um super ombro para encostar a cabeça e refletir. – Chan se aproximou de mim e cochichou – Meu ombro é ótimo, vai por mim. 

Ele se afastou e piscou, me fazendo rir. Chan era um ótimo amigo e eu me sentia mais leve na presença dele. 

- Acho que vou aceitar o ombro amigo. – Sorri e olhei para Sana, que entrava na minha sala e se aproximava de nós. 

- Você tá bem? – Ela perguntou me abraçando. 

- Eu tô bem Sana, só aqueles problemas de sempre. – Suspirei quando ela se afastou de mim. 

- Quer ir dormir lá em casa hoje? Minha amigas precisam de mim e eu sou a única dispostas aqui. – Sana acariciou meu rosto. Ela tinha um dom de ser muito carinhosa e calma nos momentos mais difíceis. 

- Não posso, estou de castigo. Da escola pra casa. – Encarei o chão. 

- Então vamos ficar juntas aqui na escola o máximo de tempo possível. – Ela me abraçou de novo. Fiquei olhando para a sala e notei que Dahyun olhava para nós e ela não disfarçava, mas também não se tocou que percebi seu olhar. 

- Sana, a aula vai já começar, você tem que ir. – Sorri dando palmadinhas em suas costas. 

- Não quero, quero ficar assim com você. – Ela falou de forma carinhosa. – vou abraçar o meu pinguim pra sempre. 

- Sua boba. – Sorri – Você tem que ir, mas saiba que me animou sua visita.

- Essa é a minha intenção na vida. – Sana piscou – Até mais tarde então. – Sana olhou para Chan e sorriu – Valeu, cara. 

Chan acompanhou Sana saindo com o olhar. 

- O que foi, Chan? – Perguntei. 

- Ela é legal, não é? – Ele estava admirado. 

- Sim, ela é um anjinho. 

A aula havia começado e eu não consegui prestar atenção direito, minha cabeça estava longe de tudo. 

Na hora do intervalo sai um pouco atrás de Chaeyoung. As pessoas no corredor tiravam com a cara dela e eu achei aquilo horrível, era quase um linchamento. 

- Chae, espera. – Eu segurei sua mão. 

- Como pode ficar tão calma ouvindo as pessoas falarem isso? – Eles a chamavam de fofoqueira, x-9 entre outras coisas. Eles não tinham a intenção de serem discretos, alguns até a xingava. 

- Eu não posso fazer nada. – Ela estava meio aborrecida. -ninguém acredita em mim. 

- Mas não pode deixar que falem isso com você. Estão te chamando de... – Parei de falar. 

- De escrota, filha da puta, abortada... Sim, parece que eles respeitam muito o professor Heechul e me odeiam por ter “espalhado” esses boatos. Não fui eu que fiz isso, mas também não tenho como provar o contrário. Ninguém acredita em mim fora a Tzuyu e Dahyun. 

- Eu acredi...

- CHAEYOUNG! – olhei para a frente e vi Momo vindo feito um furacão. 

- Momo? – Fiquei surpresa ao vê-la depois desses dias. – Você...

Momo se aproximou de Chaeyoung e lhe deu um tapa com tudo no rosto da garota, chamando a atenção de todo mundo. 

- VOCÊ É BAIXA E MERECE ALGO PIOR QUE UM TAPA. POR QUE NÃO FAZ O FAVOR E SOME DO MUNDO? VOCÊ FERROU COM A MINHA VIDA E COM A VIDA DE UM PROFESSOR, QUE É MEU AMIGO. 

- Momo, calma. – tentei intervir. 

- CALMA NADA, ESSA DAÍ NÃO PRESTA. – Momo tinha um olhar cheio de raiva para Chaeyoung, que ouvia tudo calada. – ESPERO QUE VOCÊ SE FODA! 

Momo saiu e todos ficaram encarando a situação querendo rir, outros estavam chocados e alguns até filmando. 

- Chae... – Me virei para ela e a menor saiu a Passos rápido para trás da escola, para o banco perto da árvore, onde ninguém estaria. – Chaeyoung, me espera. 

- Eu quero ficar sozinha Mina. – Chaeyoung não estava chorando, mas estava triste. 

- Você não pode ficar sozinha num momento como esse. – Toquei sua mão quando ela parou. 

- Eu posso e quero. 

- Isso não vai te ajudar em nada. 

- Ficar longe de todo mundo definitivamente vai me ajudar. Se eu morresse também seria bem válido. – Ela chutou uma pedra no chão. 

- Eu não acho que a Momo está bem, ela também tá carregando um fardo enorme, tenta entender. – Soltei a mão de Chaeyoung quando ela se afastou de mim. 

- Eu entendo, tanto que deixei ela me bater. Eu só fico com raiva porque essa merda toda não foi eu, sabe? Por mais que não acredite em mim, Mina. Não foi eu. – Ela suplicava em meio ao desespero e eu sabia que não tinha sido ela. 

- Eu acredito, Chae. – Me aproximei e acariciei seu rosto. 

- Mas lá na minha casa você parecia não acreditar. – Ela me encarou surpresa. 

- Eu tinha sido pega de surpresa por se tratar de um assunto que poderia ferir a moral de uma das minhas melhores amigas. – Confessei – Mas eu também acredito em você, eu vejo que tá sofrendo. 

- Como sabe? – Ela questionou. 

- Eu não sei como, mas eu consigo decifrar seus sentimentos. – Sorri acariciando ainda mais seu rosto e percebendo que ela estava bem entregue. 

- Eu não sei, tô confusa. – Admitiu encarando o chão. 

- Tá mesmo? – Me aproximei mais dela. Não deixei de encara-la por um minuto. 

- Talvez. – Chaeyoung levantou o olhar e encontrou o meu. – Você fica comigo até esse lance passar? 

- Eu vou ficar ao seu lado, sabe disso. – Sorri. 

- Eu também consigo decifrar seus sentimentos, sinto verdade. – Chaeyoung depositou as mãos em minha cintura e me puxou vagarosamente, sustentávamos os olhares, meu coração de repente ficou acelerado, já prevendo o que Chaeyoung iria fazer e eu queria que ela fosse fundo nisso. Segurei seu rosto com as duas mãos afim de diminuir de vez o espaço que tinha entre a gente, então a puxei, para que nossos lábios se tocassem de uma vez e novamente eu pude sentir a sensação de beijar Chaeyoung. Já era a terceira vez e eu estava totalmente viciada naquilo. Finalmente o espaço entre a gente havia diminuído e agora nossos corpos estavam colados, Chaeyoung segurava com firmeza em minha cintura, eu adorava seu toque, virou uma das minhas coisas favoritas, depois do seu beijo, que era lento e suave. Nossos lábios se atritavam vagarosamente porém a procura de mais contato, enquanto nossas línguas se enlaçavam no mesmo ritmo, era intenso, contudo calmo. Eu não sabia explicar como Chaeyoung despertou esses sentimentos em mim, mas toda vez que eu a beijava eu sempre queria mais, então aprofundei ainda mais nosso beijo, a ponto de ficar sem ar, eu pensei que iria assusta-la, mas aquilo a deixou mais “animada”, Chae me empurrou contra a árvore, me fazendo apoiar nela e continuou a beijar minha boca, dando leve mordidas no meu lábio inferior e apertando minha cintura. Confesso que aquilo me fez querer suspirar, e mais ainda quando ela direcionou os beijos para o meu pescoço. 

Eu não queria falar nada para estragar o momento, mas Chaeyoung parou de repente, recuperando o fôlego e me encarando. 

- Desculpa Mina, eu tô carente pra caralho. – Ela falou ofegante – Eu não queria me aproveitar da situação. 

- Quer dizer que você não gostou de me beijar? 

- Se não gostasse não tinha feito isso de novo. – Ela sorriu e me fez rir. – É que agora eu realmente quero achar o culpado por isso tudo que tá acontecendo com a Momo, daí eu fico meio carente quando triste. Você entende que não foi eu, não é? 

Fiz que sim. 

- Ótimo. – Chaeyoung segurou minha mão – É bom ter seu apoio. 

- Então sabe por onde começar a procurar quem te acusou de espalhar esses boatos? 

- Eu já sei quem foi que espalhou essa história e botou a culpa em mim. 

- Então conta comigo que eu vou te ajudar. – Segurei firme a mão de Chaeyoung, sentido o calor dela. Era bem doido esse sentimento que eu tinha por ela. Ora eu queria beija-la mais que tudo e ora eu queria apenas protege-la, afinal ela era fofa e parecia precisar de mim, mas na verdade eu que precisava dela graças ao que sentia. 

 


Notas Finais


Relevem os erros


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...