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História Tales of a Uchiha - Chapter 113


Escrita por: MasterShigs e Saberus

Notas do Autor


Boa leitura ❤

Capítulo 113 - Chapter 113


Fanfic / Fanfiction Tales of a Uchiha - Chapter 113

Três dias depois. Estava amanhecendo e parecia que naquele dia em questão não haveria tantas nuvens quanto nos anteriores, mas Misa não se importaria com a falta de nuvens. Quando a claridade começou a passar por algumas frestas de sua janela, seu processo de despertar teve início. Seus olhos azuis eram abertos de pouco em pouco, então fechou-os e abriu preguiçosamente a boca para bocejar, então moveu o rosto noutra direção e afundou o rosto no travesseiro e murmurou coisas inaudíveis, mas acabou corajosamente sentando-se na cama depois de ouvir alguns passarinhos piarem perto de sua janela como geralmente faziam. Um sorriso tomou seus lábios, e então ela sentou-se na cama e levantou seus braços com as mãos fechadas em punhos, assim se espreguiçando e levando sua cabeça para trás e gemia ao sentir-se tão bem naqueles primeiros minutos do seu dia que iniciaria. Ela voltou a deitar-se na cama e suspirou com muito alívio e pôs a mão direita em sua barriga que estava coberta pelo tecido da camisola rosa que descia até seus joelhos e com babados, sua mão esquerda era levada para o cabelo bagunçado e coçou um pouco. A Yamanaka novamente se sentou na cama, mas se arrastou até a beirada e saiu da cama e andou até a janela e sem dificuldade alguma a puxou para cima, desta maneira fazendo com que a claridade invadiu seu quarto e ela colocasse a cabeça para fora e sentisse uma brisa confortável em seu rosto. 

— Bom dia! — Misa disse para ninguém em particular.

Ela respirou fundo, assim enchendo seus pulmões com aquele agradável ar da manhã, então suspirou e levou as mãos à cintura antes de afastar-se da janela e seguiu para o armário de roupas e se sentou num banquinho de madeira a frente do mesmo, assim começou a pensar em que vestir. Ela pôs a perna direita em cima da esquerda e levou o cotovelo direito para a mesma perna e o punho fechado apoiando seu queixo, mantendo a atenção no bom número de roupas e batendo a sola do pé esquerdo no assoalho do quarto. Seus olhos azuis bem concentrados nos diferentes tipos de roupas para variadas situações. Ela olhou para a porta do quarto quando Miura a abriu com a tradicional violência e vestindo apenas uma bermuda, costumeira parecia irritadiço e rangia seus dentes.

— Bom dia, Mi-... — Ela foi interrompida por ele.

— PARE DE FAZER BARULHO, PORRA! BOM DIA PRA LÁ, BOM DIA PRA CÁ! — Miura gritou e levou as mãos para seu bagunçado cabelo e puxou algumas mechas antes de continuar. — E ESSE BARULHO DO SEU PÉ? É UM INFERNO DORMIR ASSIM, PORRA! —

Misa ficou em silêncio. E levantou uma das sobrancelhas enquanto ouvia as incansáveis reclamações de seu irmão, mas sua atenção estava atrás dele. Os belos olhos azuis de Misa se concentraram em Miya que aparecia e coçava seus olhos exaustos, a mais nova dos três vestia pijamas azuis com bolinhas esverdeadas, além de pantufas em formato de raposas alaranjadas — Kuraa-ma — e formando um bico em seus lábios. Miya parecia que teve uma noite má dormida, e certamente que teve já que ficou até às quatro e meia da manhã divertindo-se com um jogo novo em seu console. 

— Bom dia, nee-san. — Miya murmurou.

— Dormiu bem, nee-chan? — Misa perguntou e levantou uma das sobrancelhas. 

— NÃO TEM NADA DE BOM AQUI, CACETE! AAAHHHH, PORRA, EU QUERO UM QUARTO AFASTADO! — Miura continuou gritando. Ele sequer percebeu que as duas estavam o ignorando, fingindo que o mesmo não existia.

— Até que dormi bem, obrigada por perguntar, sabe? Você acordou de bom humor? — Miya perguntou e escorou-se na porta e cruzou os braços enquanto observava a irmã mais velha ainda sentada no banquinho.

— Não tem porque não acordar de bom humor não tendo a bela família que tenho. Bons pais e uma maravilhosa irmã. — Misa disse e sorriu pelo canto dos lábios, além de obviamente inclinar seu rosto para o lado. 

— EU EXISTO, PORRA! — Miura gritou, então bufou e se virou e saiu do quarto enquanto murmurava alguns xingamentos de baixo calão para as duas irmãs.

Misa viu que Miura seguiu para o próprio quarto. E depois olhou para Miya que estava em silêncio e não esboçava nenhuma reação com as ofensas de seu irmão. Se a personalidade de sua irmã mais nova era de pouco se importar com as coisas, aquilo tornava-se pior de manhã quando a menina ficava ainda mais desligada. A mais velha escutou uma porta sendo aberta e algumas reclamações enquanto ouvia passos no assoalho, não demorou para que seu pai — Usugurai — aparecer na entrada do quarto com um pijama idêntico ao de sua filha mais nova.

— Porque Miura está nervoso? — Usugurai perguntou e olhou para a porta do quarto do único filho, então voltou sua atenção para a mais velha.

— Ele está sempre alterado, pai. — Misa disse. Ela suspirou por ainda não ter tido a oportunidade de vestir alguma roupa que não fosse a camisola. 

— Miura me acordou, pai. — Miya disse e passou seus braços em volta do pai e levantou seu rosto para observá-lo. — Ele usou todas aquelas palavras que vocês proibiram antes dele sair daqui. —

— Ele deve ter acordado toda a vizinhança, até os mortos de guerra ficaram incomodados com ele agora, pai. — Misa disse e manteve aquele sorriso pelo canto dos lábios. 

— Sua mãe vai conversar com ele. Agora não posso. — Usugurai murmurou e coçou seu cabelo com uma das mãos enquanto usava a outra para acariciar a filha mais nova que ronronava. — Quais os planos para hoje? —

— Ficar em casa e jogar. — Miya respondeu.

— Vou tomar café e depois dar uma passada na casa do Hokage, então vou para a Academia. Hinata-sama me convidou para jantar lá hoje, então é possível que volte bem tarde. — Misa respondeu.

— CAÇAR A PORRA DE UM URSO. — Miura gritou do corredor. Ele ouvia atentamente a conversa já que seu quarto era tão perto do de sua irmã mais velha.

— Caçar um urso? — Usugurai perguntou e levantou uma das sobrancelhas enquanto prestava atenção no filho.

— Um urso-negro que avistaram uns quilômetros de Konoha. — Miura respondeu e alargou um sorriso enquanto pensava o que fazer com o couro do animal. — É o maior urso que viram até hoje, então vou aproveitar. —

— Hm, ouvi sobre um avistamento mesmo, mas… você tem certeza que está querendo ir atrás desse bicho? — Usugurai perguntou.

— Humph, bobagem de criança. — Miura disse e lambeu seus lábios ao mesmo tempo que cruzava os braços. — Já lidei com um urso. Outro não será problema, além disso venho me preparando a semana inteira. —

E era verdade. Misa tinha visto seu irmão amolando cada uma das inúmeras adagas que tinha à sua disposição e até mesmo lançá-las pela casa. A própria garota quase foi atingida por uma adaga e só recebeu uma gargalhada bem animada do irmão, sem nenhum pedido de desculpas. Ela continuou em silêncio e olhando para sua irmã que abandonava o quarto para seguir de encontro a cozinha quando todos sentiram o agradável cheiro de bacon. Até mesmo seu pai se dispersou da entrada do quarto e acompanhou a filha mais nova. Misa olhou novamente para as roupas a sua disposição, suspirou e catou uma saia longa vermelha — até abaixo dos joelhos — com uma regata laranja com decote, além de sandálias escuras. Ela passou alguns minutos penteando seu cabelo e olhando-se no espelho. E então saiu do quarto e caminhou pelo corredor, mas parou perto do banheiro.

— AHHHH, PORRA DE GERMES! MORRAM, SEUS DESGRAÇADOS! — Era a enérgica voz de Miura. Ele estava gritando enquanto se olhava no reflexo do espelho e escovava violentamente seus dentes. 

Misa suspirou, balançou sua cabeça em descontentamento. Ela odiava um pouco que seu irmão fosse daquele jeito, mas se fazia parte da natureza dele, então devia aceitá-lo. Ela continuou caminhando e assim chegou a cozinha de casa e olhou para seu pai que estava lendo um jornal diário de Konoha, sua mãe que terminava de lavar alguns pratos e que lhe lançou um olhar duvidoso pela maneira que ela estava bem vestida.

— Rin já voltou? — Ela perguntou.

— Que eu saiba não, mas daqui a pouco vou para a casa do Hokage, depois vou dar aulas, então é bom me manter arrumada. Estou bonita? — Misa perguntou.

— Para o Rin? Não, e nunca estará... — Seu pai sussurrou e olhou para a esposa no momento que um pano de prato molhado bateu em sua cabeça. — Que foi? —

— Já conversamos sobre isso. — A esposa disse com um olhar pouco amigável, então continuou assim que voltou sua atenção para a filha. — Você está linda. —

— Obrigada, mamãe. — Misa disse.

A garota se sentou. Ela não estava com tanta fome, por isso que beberia apenas um suco antes de ir de encontro a casa do Hokage. Ela encheu seu copo com um suco de laranja misturado com limão e tomou um gole e prestou atenção um pouco no jornal que seu pai lia com tanto interesse. Ela semicerrou seus olhos e tentou ler uma das matérias, até que… se levantou depressa e pôs as mãos na mesa de madeira e jogou seu corpo para frente. Um movimento que assustou seus pais que lhe encaram incrédulos.

— Que foi? — Seu pai perguntou.

— Você está bem? — Sua mãe perguntou.

— Meu… caramba… — Misa sussurrou e começou a gargalhar como se achasse algo muito divertido.

— Ela está doida? — Usugurai perguntou.

— Que merda aconteceu!? — Miura perguntou ao invadir a cozinha com uma escova de dentes em sua boca, sequer se importando pela sujeira que fazia no chão. 

— O que é tão divertido? — Miya perguntou depois de desviar a atenção do seu jogo.

O que via no jornal, numa matéria muito pequena, era a foto acinzentada do Daimyo do País dos Vales ao lado de seu namorado que parecia nitidamente desconfortável com a situação, um pouco apreensivo para falar a verdade. E além de haver uma foto, tinha-se também uma mensagem de agradecimento ao ninja de Konoha que salvou sua vida num momento difícil dos últimos dias, além disso deixava claro que estava em dívida com o garoto. As palavras usadas eram muito educadas e pomposas, mas havia uma mensagem em agradecimento. "Rin está no País dos Vales? Com o Daimyo?" pensou e imediatamente olhou para o seu copo de suco e tomou um generoso gole e depositou o copo de volta à mesa.

— Ah, não é nada. Eu tô com pressa, então tchau. Até de noite, família. Boa sorte caçando o urso, boa sorte jogando, boa sorte pai, mãe. — Misa disse.

Ela disse aquilo enquanto apressava-se para sair da cozinha, desviando de Miura que continuou a vigiando sem entender nada, assim como o restante da família. Era certo de que se explicaria, mas em outro momento e quando perguntasse para o Hokage se ele teria alguma informação a respeito daquilo. Ela estava contente pela vitória de seu noivo, de saber que alguém como um Daimyo estava agradecido.

[ ۝ ]

A Yamanaka caminhou por alguns minutos. Já conhecia muito bem o caminho até a casa do Hokage, por isso que não houve dificuldade alguma. Ela já foi abrindo ao pequeno portão de madeira e caminhando pelo jardim, dirigindo-se a porta de entrada, contudo se interessou por uma conversa que estava acontecendo do outro lado da casa, por isso que caminhou naquela direção e ficou em silêncio ao observar um garoto de cabelo multicores conversando com Boruto enquanto os dois esvaziam suas bexigas. Ela estava para dizer alguma coisa, mas então os dois partem para violência e marcas incomuns surgiam por seus corpos. Os dois tomam distância um do outro e preparam-se para outro ataque, mas Uzumaki Naruto apareceu do nada e segurou seus pulsos.

— Parados aí! — Dizia o Uzumaki mais velho.

— Papai! — Boruto disse.

— Que boa maneira de começar o dia, Hokage-sama. — Misa disse e pôs os braços em suas costas e entrelaçou as mãos enquanto aproximava-se. Ela sabia que o Hokage ali era um Kage Bunshin já que sentia um outro dentro da casa.

— Ah, Misa. Que bom vê-la. — Naruto disse e voltou sua atenção para a jovem Yamanaka.

— Misa-nee-san!? — Boruto disse.

— Bom dia, Boruto. — Misa sorriu amigável para o garoto, então continuou quando sua atenção se desviou para aquele que não conhecia. — Não me diga que esse foi um perdido na maternidade também, Hokage-sama. —

— Hahaha, não é nada disso. — Naruto disse depois de uma saudosa gargalhada.

O Uzumaki voltou sua atenção para o garoto — Kawaki — que exibia uma expressão mais ou menos séria e avaliativa para aquele que capturou seu pulso.

[ ۝ ]

Alguns minutos a mais se passam. E agora as seis pessoas encontravam-se numa mesa de café da manhã. Boruto e Naruto do lado direito da mesa, Hinata e Himawari do lado esquerdo, Kawaki numa ponta e Misa na outra ponta. A Yamanaka servia-se de um copo de suco de laranja novamente e de uma torrada com ovo, mas prestava atenção no garoto que não tocava em nada do prato. E até mesmo ignorava as reclamações de Naruto e Hinata para com Boruto por conta da quantidade de sal que o mesmo colocava no ovo.

— A comida da Hinata-sama é excelente. — Misa enfim murmurou e levou o cotovelo esquerdo para a mesa e usou o punho para apoiar o rosto. — Será um pecado se não comer. —

— Cale a boca. — Kawaki disse.

— Eu já lidei com crianças mais difíceis do que você. E olha que comecei a pouco tempo a lecionar. — Misa murmurou e comeu um pedaço de sua torrada com ovo enquanto seus olhos azuis eram mantidos no garoto. 

— Kawaki, você não gostou da comida? — Hinata perguntou.

— Não se preocupe, não está envenenada. — Naruto disse.

— Como se eu pudesse confiar em vocês. — Kawaki disse ríspido. 

— É melhor ignorar alguém que não come a comida da mamãe. — Boruto disse, e até continuaria se não fosse interrompido pela Yamanaka.

— Eu acho que não, Boruto. — Misa disse e tomou um gole generoso do suco de laranja. Ela não se importou que a atenção de Boruto e Kawaki fosse parar nela. — Eu tenho um irmão que é bem difícil de lidar. Uma hora ou outra vai perceber que está agindo errado, né Kawaki? — A Yamanaka sorriu com toda complacência para o outro garoto.

Kawaki ficou em silêncio. E pareceu pensativo sobre aquele comentário. Misa observou que o mesmo olhou na direção de Himawari que também o olhava, mas a menina acabou desviando sua atenção. A Yamanaka olhou para Naruto e depois para Boruto e mordeu mais uma vez sua torrada com ovo.

— Alguém pode me dizer o que aconteceu no País dos Vales? Vi no Daily Konoha que Rin ajudou o Daimyo. — Misa comentou.

— Já saiu a notícia? — Naruto perguntou e continuou assim que a Yamanaka acenou em confirmação para ele. — Algumas pessoas roubaram um pouco das células de Senju Hashirama do laboratório de Orochimaru. A equipe sete foi a responsável pela recuperação dessas células. —

A Yamanaka olhou de relance para Boruto. Ele inicialmente pareceu desconcertado, sério demais. Ela continuou escutando o Uzumaki mais velho sobre o acontecido no País dos Vales.

— Pelo que consta no relatório, Orochimaru, Mitsuki e Rin apareceram de última hora no País dos Vales. A situação do Daimyo estava crítica porque seu Chakra tinha sido quase totalmente drenado, então Rin o ajudou. E depois ajudou um dos Jounin de Konoha que acabou se machucando durante a missão. O Daimyo já me enviou uma carta pedindo que o garoto que o salvou fosse para lá novamente, pois quer lhe dar uma recompensa. E além disso, o próprio Kazekage já está sabendo que esse mesmo garoto esteve cooperando com seu hospital, por isso quer conhecê-lo o quanto antes. — Naruto contou.

— Misa-nee-san, você tinha que nos ver na batalha decisiva! Usei aquele Rasengan comprimido enquanto nosso inimigo estava com uma armadura , Rin-nii-san usou uma espécie de fogo negro. — Boruto contou com muita empolgação. 

A Yamanaka escutou atentamente. Ela estava contente pelo que seu namorado/noivo criava. Era fato que o rosado já estava se tornando cada vez mais conhecido e não era apenas em Konoha. Quanto tempo levaria para que ele fosse conhecido como algo a mais que "O Uchiha Médico" e futuramente "Sannin das Lesmas", ele certamente estava tornando-se mais conhecido. A Yamanaka bebeu um gole do suco de laranja e voltou sua atenção para a jovem Himawari enquanto Kawaki se levantava da mesa e Boruto fazia a mesma coisa.

— O que acha de brincarmos? Ainda tenho algum tempo antes de ir para a academia, Hima-chan. — Misa perguntou e terminou de comer sua torrada com ovo.

— Podemos? Vamos brincar do que? Pode ser com as pelúcias? — Himawari perguntou.

— Tenho algo melhor, Hima-chan. E ele é bem amigável, por isso vai gostar de servir de entretenimento para nós. — Misa comentou com divertimento.

— Ele? — Naruto e Himawari perguntam em uníssono.

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Mais alguns minutos se passam. E agora Misa, Himawari e Hinata estavam no jardim de casa. A Hyuga mais velha estendia uma coberta marrom escura. A Yamanaka olhava para Himawari que parecia curiosa para saber o que ia acontecer. Misa levou o polegar direito para os lábios e o mordeu a ponto de fazer um machucado e sangrar, então se agachou e espalmou o chão.

— Kuchiyose no Jutsu! — Misa disse.

Um símbolo surgiu no chão. E uma explosão de fumaça se seguiu nos segundos após o surgimento, o que assustou um pouco a jovem Himawari, mas não o suficiente para fazê-la correr dali. Quando a fumaça cessou, um sapo alaranjado de marcas escuras e olhos amarelos surgiu e coaxou. Aquele era Gamameru que sorriu enquanto o braço esquerdo de sua invocadora era posto em cima de sua cabeça, desta forma o anfíbio servia de apoio para a garota.

— Esse é Gamameru, Hima-chan. É um sapo do Monte Myoboku, um dos meus melhores amigos por lá. — Misa contou e olhou de relance para o anfíbio que pareceu envergonhado com o comentário. Ela deu continuidade. — Ele tem uma capacidade muito curiosa. Ele pode encher e crescer com seu corpo o quanto quiser. Semelhante ao Chō Baika no Jutsu do clã Akimichi. Pode mostrar para ela, Gama? —

— Misa-chan, você sabe que eu posso. — Gamameru murmurou e balançou sua cabeça de um lado a outro e suspirou.

Himawari não se impressionou pela capacidade comunicativa do sapo. Ela só observou Gamameru enchendo sua barriga como se estivesse engordando, mas obviamente que aquilo não acontecia. Ele só estava obedecendo a sua invocadora e demonstrando um pouco de suas capacidades. Hinata olhava com curiosidade para aquela cena, tentando adivinhar o que aconteceria, até mesmo Naruto observou depois de Kawaki sair de casa. A Hyuga levou uma das mãos para os lábios e conteve um risinho quando Misa tomou distância do anfíbio, correu e saltou quando se aproximou dele, assim alcançou sua barriga volumosa e começou a usá-lo como trampolim. E aquilo nem mesmo parecia machucar Gamameru. Himawari se uniu com a Yamanaka, assim as duas passaram o restante da manhã usando o anfíbio como divertimento, mas o próprio sapo parecia contente com aquilo.

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E novamente algumas horas se passam. A Yamanaka sairá um pouco antes do meio-dia da casa dos Uzumaki para ir a academia lecionar, retornando para a casa um pouco depois do entardecer — seis e meia — e assim ajudando Hinata a terminar o apetitoso jantar. Os lugares eram os mesmos que do café da manhã. E a Yamanaka servia-se com algumas fatias de carne, mas o que mais tinha em sua tigela eram vegetais e verduras. Ela olhava para Kawaki e Boruto que faziam uma espécie de competição de quem comia mais rápido.

— Aí, bobões. — A Yamanaka chamou por Boruto e Kawaki. E deu continuidade quando a atenção de ambos se desviou para ela. — Tem o bastante para todo mundo. Vocês devem comer mais devagar para não passarem mal, além disso a comida não vai fugir. —

Naruto gargalhou pelo comentário da Yamanaka. Até mesmo Hinata pareceu se divertir. E ela prestou atenção no anel com safira que ocupava o anelar esquerdo da garota que retornou a deliciar-se com o conteúdo de seu prato, depois retornou a atenção para a garota e um sorriso ocupou seus lábios. 

O jantar ocorreu sem qualquer problema. E quando se encerrou, Misa estava ao lado de Hinata na pia, ajudando-a com os pratos e talheres do jantar enquanto Naruto terminava de tirar algumas coisas da mesa.

— Sinto muito por fazê-las passarem por tudo isso. — Naruto contou.

— Não tem problema. Ele tem a mesma idade do Boruto, eu até gosto que as coisas estejam mais animadas. — Hinata disse.

— Está meio animado demais. — Naruto disse.

— Verdade, mas o que será que aconteceu com o Kawaki no passado? — Hinata perguntou.

— Ele não confia em ninguém. Deve ter sido algo traumático. — Naruto disse.

— Espero que ele se acostume com a gente logo… — Hinata disse.

— Eu também… — Naruto disse.

Misa ficou em silêncio. Ela estava interessada na conversa, mas sabia que aquilo era um assunto de família, por isso imaginou que não deveria se intrometer. 

— E você, Misa… — Hinata disse e voltou sua atenção para a Yamanaka, então continuou assim que desceu os olhos perolados para a mão esquerda dela. — ...noivou? —

— Ah, sim… — Misa disse e sentiu as bochechas esquentarem quando ganhou a atenção de ambos, ela sorriu antes de continuar. — ...Rin pediu a minha mão no dia do meu aniversário. —

— Já tem ideia de quando acontecerá? — Naruto perguntou. Ele sorriu com divertimento antes de continuar. — Certamente podemos fazer uma coisa grandiosa em Konoha. Com a fama de Rin se espalhando, não duvido que o Kazekage e o Daimyo dos Vales resolvam aparecer. —

— Ah, ainda não temos uma data. — Misa murmurou e sentiu as bochechas se esquentarem um pouco mais, porém de felicidade e não de vergonha por não haver data ao casório.

— Desejo a vocês muita felicidade, Misa-chan. — Hinata disse e levou sua cabeça ao ombro da garota. — Já escolheram onde vão morar em Konoha? —

— Não vamos morar em Konoha. — Misa disse e continuou lavando uma tigela, e continuou quando sentiu a atenção do Uzumaki em si. — Rin se encantou por um vilarejo chamado Yattsuhoshi, me contou que nossa casa já está em desenvolvimento. Imagino que assim que o inverno passar ou que a casa esteja pronta e mobiliada que nos mudamos, mas ainda vou trabalhar em Konohagakure, enquanto ele vai continuar suas viagens. E pode ser que o acompanhe se conseguir umas férias da Academia. —

— Porque lá? — Naruto perguntou.

Misa ficou em silêncio por um momento, não sabendo se aquele assunto deveria ser compartilhado, mas acabou suspirando e agitando seus ombros, então passou os minutos seguintes contando o motivo pelo qual seu namorado/noivo queria tornar Yattsuhoshi um lar para eles.

[ ۝ ]

Enquanto isso, Miura pousou num galho grande de uma árvore. Seu rosto estava coberto pelo capuz de sua jaqueta, além disso um pouco de tinta escura fazia uma espécie de tatuagem tribal temporária em volta dos olhos e de sua boca. Seus olhos sérios se concentraram no que havia um pouco a frente dele e um sorriso tomou seus lábios. No riacho com algumas rochas à frente encontrava-se um urso-negro com pouco mais de três metros e cheio de cicatrizes pelo corpulento corpo, o animal acabara de enfiar a cabeça dentro da água e foi capaz de abocanhar uma truta adulta. O garoto sorriu um pouco mais e passou a língua por seus lábios. Ele passaria os próximos dias seguindo o animal para descobrir se haviam mais pela redondeza, então ao final do quarto ou quinto dia faria o que bem entendia com aquele animal.


Notas Finais


Esse capítulo tem como foco o 194 — A casa dos Uzumaki.


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