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História Tales of a Uchiha - Chapter 142


Escrita por: MasterShigs e Saberus

Notas do Autor


Boa leitura ❤

Capítulo 142 - Chapter 142


Fanfic / Fanfiction Tales of a Uchiha - Chapter 142

O rosado foi levado para a residência particular do Daimyo do País dos Vales — um edifício oval de três andares na cor púrpura com telhados no primeiro e terceiro andar, sem contar que era necessário atravessar uma ponte de madeira para chegar até ele. Rin tentou não parecer impressionado, mas era um pouco difícil considerando todo aquele luxo e a pesada guarnição. Se o exterior da residência parecia luxuoso, então o interior era indescritível, afinal tudo parecia muito elegante, até por isso que o rosado sentiu-se envergonhado de usar roupas tão comuns ao adentrar. Ele olhou para Sirius que andava ao seu lado, mas o diferencial é que o cachorro não sentia-se envergonhado e tinha até erguido seu focinho, contudo mais parecia estar farejando o redor do que exibindo-se. Rin retornou sua atenção para o Daimyo que continuava caminhando a menos de um metro a sua frente.

— O senhor me disse que a alguns dias houve um atentado e outra pessoa se machucou no seu lugar. — Rin disse, desta forma quebrando um silêncio que havia durado desde que tinha aceitado a missão, então deu continuidade. — Essa pessoa está bem? —

— Não exatamente. — O Daimyo respondeu, então continuou quando percebeu um olhar que expressava a curiosidade do rosado. — Foi atingido em meu lugar por uma flecha envenenada, por sorte foi de raspão, mas ainda não conseguiram extrair o veneno. —

— Uma flecha envenenada? — Rin perguntou e levantou as sobrancelhas, era nítida sua incapacidade em esconder a surpresa, mas continuou. — E ainda está vivo com o veneno em seu corpo? Como seus ninjas médicos não foram capazes de remover o veneno? —

— Nenhum deles foi treinado pela mesma pessoa que você. O conhecimento em Iryō Ninjutsu é escasso no País dos Vales, então fique à vontade se acha que consegue remover o veneno. Posso pedir para um guarda levá-lo ao quarto que essa pessoa se encontra. — O Daimyo disse e assumiu um olhar mais sério para o rosado.

"Eu poderia ir até Doro, quem sabe ela consegue criar um antídoto para esse veneno depois que eu extraí-lo assim ninguém correrá mais risco, mas também… não quero colocá-la em risco" o rosado pensou e mordeu o lábio inferior ao pensar cuidadosamente nas alternativas, mas acabou acreditando que o melhor a se fazer era deixar a kunoichi em paz, então retornou sua atenção para o mais velho que aguardava ainda por sua resposta quanto ao oferecimento extra de ajuda. 

— Eu aceito. — Rin disse. 

— Ótimo. — O Daimyo murmurou. E então voltou sua atenção para um guarda e apontou para ele antes de ordenar. — Você! Leve esse garoto para o quarto de Sekitan. —

— Senhor, sim senhor! — O guarda disse.

— Garoto, me encontre no salão de jantar ao anoitecer, além disso procure um quarto para guardar suas coisas, pois parece que ficará por alguns dias conosco. — O Daimyo disse.

"Exatamente o que eu não queria. Minha ideia era aparecer e receber um muito obrigado, mas parece que estou cada vez mais fundo num problema que não é meu. Quando que vou aprender?" pensou o rosado com um óbvio desgosto enquanto balançava a cabeça quanto ao comentário do Daimyo que segue noutra direção, desta forma deixando Rin — e Sirius — acompanhados pelo guarda que segurava uma lança em sua mão direita e seguia para uma escadaria oval que daria acesso ao segundo andar.

— Você é do tipo silencioso ou tem permissão para falar? — Rin perguntou depois de alguns degraus. Ele olhou cuidadosamente para o guarda que subia com rigidez os degraus. 

— Tenho permissão para conversar, entretanto não posso divulgar determinados assuntos, mas o que está querendo saber? — O guarda perguntou.

— Essa pessoa... Sekitan é um guarda? — Rin perguntou enquanto seus olhos verdes continuam atentos ao guarda que negou a pergunta com um balançar de cabeça, então o rosado continuou. — Que cargo ocupa? —

— É o primeiro neto do Daimyo, além disso o estrategista militar. — O guarda respondeu aos sussurros, afinal nunca se sabe quem poderia escutá-lo. 

— O neto está com veneno dentro do corpo e ele não faz nada para ajudá-lo? — Rin perguntou e semicerrou seus olhos ao mesmo tempo que rangeu os dentes, mas não demorou para continuar. — Como aconteceu? —

— Eu não tenho os detalhes do acontecimento. Outras pessoas poderão ajudá-lo se estiver tão curioso. — O guarda disse ao mesmo tempo em que chegaram ao segundo andar, então usou a mão livre para apontar a primeira porta de madeira. — Esses são os aposentos de Sekitan. Há uma pessoa cuidando dele, por isso pode entrar. O cachorro fica aqui fora. — Disse ao olhar para Sirius.

— Muito obrigado. — Rin disse. Ele olhou para o cachorro de pelagem escura que não pareceu gostar da ideia de ficar fora do cômodo, por isso suspirou e levou a mão até a cabeça dele e acariciou. — Descanse um pouco. —

O cachorro levantou o focinho e o encarou com aqueles olhos vermelhos que pareciam ameaçadores para qualquer um, exceto para o rosado que já conhecia a natureza pacífica do canídeo, por isso sabia que Sirius não era uma ameaça. O rosado observou quando o cachorro deitou-se ao lado da porta e pôs o focinho em sua pata direita. Rin sorriu pelo canto dos lábios, então voltou sua atenção para a porta de madeira e levou a mão para a maçaneta e a girou, desta forma abrindo a porta e empurrando para acessar o cômodo. Rin olhou para dentro do quarto e reparou na organização, mas acreditou que alguém passou por ali mais cedo para deixar tudo em ordem, pelo menos era isso que gostaria de pensar. Ele olhou para a cama de casal ocupada por uma única pessoa que possuía uma toalha molhada em seu rosto e respirava com bastante dificuldade, assim como também reparou numa empregada que terminava de dobrar outra toalha num balde cheio de água e que agora olhava para ele.

— Pois não? — A empregada disse.

— Sou um ninja médico. Ahn… o Daimyo me contou dessa pessoa, por isso me propus a ajudá-lo. — Rin disse e levou a mão para a nuca e a coçou. Ele sentia uma vontade enorme de olhar pelo quarto e conhecer um pouco mais, porém imaginava que acabaria enrascado se fizesse isso. 

— Ah, compreendo. O mestre Sekitan não está em boas condições desde o acontecido, então tenho minhas dúvidas se conseguirá se sentar, quem sabe até mesmo acordar. — A empregada disse.

— Você viu o que aconteceu? — Rin perguntou com um pouco de interesse. 

O rosado aproveitou para se aproximar da cama. E assim olhou mais atentamente para o acamado. Sekitan, que estava com uma coberta fina a partir de sua cintura, possuía cabelo castanho comprido — quase tão grande quanto o seu — e sua pele era um pouco bronzeada, por estar descoberto da cintura para cima os músculos de seu corpo eram visíveis e seu abdômen se movia devagar e havia um chiado incomum. "Seus pulmões…" pensou o rosado que acabou mordendo o lábio inferior e olhando com mais atenção para o corpo do inconsciente rapaz. Em seu abdômen havia uma bandagem bem recente, ou seja, muito provavelmente a área em que a flecha envenenada acertou. 

— Eu não vi o que aconteceu, mas sei o que houve porque outra pessoa viu e contou para alguém e esse alguém contou para outra pessoa que me contou... — A empregada disse. E deu continuidade quando o rosado lhe lançou um olhar de forma a sugerir para ela continuar. — O mestre Sekitan estava conversando com seu avô no andar acima, discutindo sobre alguma coisa que a pessoa não compreendeu, mas então… o Daimyo andou um pouco e o mestre Sekitan o acompanhou… e num segundo havia uma flecha no chão e um corte em sua roupa. —

"Uma discussão?"  pensou o rosado que retornou a atenção para o acamado, então olhou para a própria mão e um pouco de chakra surgiu nos dedos médio e indicador. Sem a menor dificuldade com o Bisturi de Chakra, o rosado fez um corte no abdômen do acamado, então levou a mão para o corte e se concentrou um pouco ao mesmo tempo em que uma aura cobria a palma de sua mão. Ele podia sentir a toxina se espalhando pelo corpo do indivíduo, mas não era problema em separar e isolar, afinal aprendeu aquilo com a kunoichi das lesmas. Ele se concentrava o suficiente e movia sua mão com certo cuidado pelo corpo do acamado, desta forma atraindo a substância para a energia que continuava fluindo em sua palma. "Se houvesse a má execução o veneno poderia se misturar ainda mais ao sangue, por sorte ninguém pensou nisso" o rosado pensou e sorriu pelo canto dos lábios quando um conteúdo escuro deixou o corpo de Sekitan por aquele ferimento recente em seu abdômen — e depois armazenado num copo — e o rosado não demorou a fechar o ferimento do abdômen com o Shōsen Jutsu. "Os dois estavam discutindo e ele saiu machucado, mas só porque o avô andou…" pensou o rosado que semicerrou seus olhos, então suspirou e levou a mão ao cabelo e o coçou.

— Eu não tenho ideia de qual veneno era esse, mas pode ser que ele precise se hidratar quando acordar. — Rin disse e assumiu uma expressão mais séria quando voltou a atenção para o frasco que continha o veneno. — Se não se importar… quero levar comigo essa coisa, quem sabe descubro o que é e ainda consigo um antídoto. —

"Usar o Hiraishin no Jutsu só dessa vez para conversar com Doro, ela é muito melhor que eu nesse assunto de antídotos e venenos..." pensou o rosado ao mesmo tempo que pegava o copo e depois o selava com um papel, desta forma não teria risco do líquido vazar. Ele olhou para o acamado.

— Quantos anos ele tem? — Rin perguntou.

— Mestre Sekitan? Dezoito anos, porque? — A empregada perguntou ao mesmo tempo que passava uma toalha um pouco molhada no abdômen dele.

— Não é um pouco jovem para ocupar a posição de estrategista militar? — Rin perguntou novamente.

— Mestre Sekitan não ocupa esse cargo. Ele apenas oferece conselhos ao avô sobre estratégias em alguns conflitos, mas o cargo pertence a outra pessoa. É bem comum acharem que esse cargo pertence a ele. — A empregada disse, então continuou ao suavizar um pouco sua expressão. — As estratégias dele envolvem sempre o menor número possível de vítimas. Ele é um garoto bondoso que só quer o melhor para o País dos Vales. —

"Quem tentou assassinar o Daimyo pode ser alguém de dentro, então tenho que descartar completamente o que me dizem sobre essas pessoas…" pensou o rosado que aproveitou para guardar o frasco no bolso de sua calça. "Posso levar para Doro assim que encontrar uma acomodação para mim" pensou novamente. Ele olhou para a empregada e fez um aceno com a cabeça como se agradecesse por sua ajuda — que não foi muita — e seguiu para a porta. "Será que mantenho o Sharingan ativado? Hm… acho melhor não… essas pessoas não devem saber que descendo do clã Uchiha…" pensou e levou a mão para a cabeça e a coçou ao mesmo tempo que suspirava. Era cansativo pensar em tantas coisas e recorrer a nenhuma delas. 

— O Daimyo me falou para procurar um quarto. A senhora sabe de algum disponível? — Rin perguntou assim que parou na porta e olhou para a empregada.

— Temos muitos quartos, mas acho que poderá gostar daqueles que estão no último andar, sabe? São suítes muito elegantes. — A empregada sugeriu.

— Obrigado. — Rin disse.

O rosado saiu do quarto. E pôs a mão na porta assim que a fechou, não demorando para que o símbolo de seu Hiraishin no Jutsu surgisse na madeira, então levou a mão para o bolso e olhou para o cachorro que continuou deitado e apenas olhando com desdém. Era como se Sirius estivesse silenciosamente lhe dizendo "está mesmo fazendo isso?".

— Sim, eu tô. Não sei o que poderá acontecer, então acho bem útil ter uma marcação por aqui. Nem veja me julgando, cachorro idiota. Você não sabe como a minha mente está trabalhando nesse momento. — Rin sussurrou e lançou um olhar pouco amigável para o cachorro que apenas desviou a atenção e abriu a boca para bocejar e mostrar as presas. — Isso aí. Sua única preocupação é cochilar, a minha é salvar a minha vida. Que injustiça. — O rosado fez beicinho.

— Quem diria que o convidado do velho seria um doido que conversa com animais. — Uma voz rouca e masculina do lado direito do rosado. Era um homem de cabelo escuro e comprido e bagunçado, com uma cicatriz perto do olho direito e com uma expressão séria, além de uma barba rasa.

— Do velho? Está se referindo ao Daimyo? — Rin perguntou e exibiu um olhar igualmente sério para o desconhecido, mas então deu continuidade assim que exibiu um sorriso convencido. — Apesar de todas as minhas inúmeras qualidades, essa é a primeira vez que me chamam de doido. E como posso chamá-lo? —

— Gintaro. — O mesmo se apresentou. E cruzou os braços com as mãos nos cotovelos. Ele não demorou em continuar. — E que qualidades são essas? Pois escutei que era apenas um ninja médico um pouco mais capacitado do que os anteriores. —

— Não sou um pouco melhor. Eu sou melhor do que qualquer outro que já tenha aparecido por aqui. — Rin disse e concentrou seus olhos verdes nos escuros do recém apresentado. — Porque chamou o Daimyo de velhote? —

— Ele não está velho? — Gintaro perguntou.

— Sim, está, mas mesmo assim é a pessoa com o cargo mais elevado do País dos Vales, então imagino que um pouco de respeito seja necessário. — Rin disse.

— Não com meu pai. — Gintaro disse.

"Outro para a lista. Pode ser que ele queira matar o Daimyo para assumir de uma vez sua posição…" pensou o rosado que continuou encarando o moreno que não sairá do lugar, mas que acaba desviando sua atenção e olhando para a porta por onde o rosado sairá.

— Deu um jeito? — Gintaro perguntou.

— Em Sekitan? Sim, não está mais correndo risco de vida. O veneno foi todo extraído de seu corpo. — Rin respondeu e sorriu pelo canto dos lábios. — Está contente com isso? —

— Pergunta mais idiota. É claro que estou contente com meu filho ter sobrevivido. — Gintaro respondeu e retornou sua atenção para o rosado antes de dar continuidade. — Que veneno era? —

— Ainda não tenho certeza, mas vou mandar para alguém confiável me dizer sobre e criar um antídoto para que não aconteça novamente. — Rin respondeu.

— Você está com a substância? Me dê. — Gintaro disse e mostrou a palma esquerda para o rosado.

— Não mesmo. Você pode ser o pai dele, até mesmo ocupar um cargo importante que desconheço, mas não respondo a você. — Rin disse.

— Você não sabe com quem está lidando. Vamos, me entregue de uma vez. — Gintaro disse e assumiu um olhar mais sério.

Rin suspirou. "Vale a pena mostrar que sou Uchiha? Ou será que dou uma ordem para Sirius amedrontar esse cara? Quais as consequências?" pensou e apertou seu punho direito com um pouco de força e socou a parede ao lado da porta. E do impacto uma rachadura surgiu e se espalhou para cima, pelos lados e depois para baixo, sem contar que o próprio cachorro já estava de pé com os pelos eriçados e rosnando para o moreno que pareceu surpreso. Rin sorriu com um pouco mais de convencimento e um brilho de desafio passou por seus olhos verdes.

— É você que não sabe com quem está lidando. — Rin disse e afastou seu punho da parede e levou para o bolso, então olhou para o cachorro que continuava rosnando. — Outra hora, Sirius. — O rosado disse e depois voltou sua atenção para o moreno que pareceu ter engolido em seco. — Nesse momento estou respondendo ao Daimyo, não a você. —

O rosado não esperou por uma resposta. Ele aproveitou que a mochila continuava em suas costas e se afastou do moreno, desta forma seguindo pelo corredor depois de ver onde encontrava-se a escada que o levaria ao andar superior. O canídeo de pelagem escura continuava o acompanhando enquanto passavam por várias portas fechadas. "Aquela empregada disse a respeito do último andar, então esses devem ser outro tipo de acomodação" pensou o rosado que levou a mão para o cabelo e o coçou.

— Certo… já conhecemos duas pessoas que são potenciais inimigos para o Daimyo, mas quantos outros podem haver por aí? — Rin disse e olhou para o cachorro que andava ao seu lado e que agora parecia desanimado. — Eu sei… um monte de gente. E não sei toda a história do acidente, por isso vou ter que encontrar a empregada que escutou a conversa. O boca a boca se espalhou, assim como muito provavelmente as informações foram mudando de pessoa para pessoa, então tenho que chegar a fonte. Por enquanto… vamos procurar um quarto, Sirius. E depois vou procurar conhecer essas pessoas pelos olhos daqueles que os servem, quem sabe até mesmo os motivos. — O rosado coçou seus olhos antes de acrescentar ao fim de um suspiro meio prolongado. — Estou odiando isso. —

[ ۝ ]

O rosado escolheu um quarto no último andar, assim como a empregada sugeriu, então se acomodou e, depois de refletir por alguns minutos sobre as coisas que sabia até aquele momento, usou o Hiraishin no Jutsu até Amegakure onde entregou o conteúdo para Doro com o pedido de urgência — descobrir o que era e ainda criar um antídoto — e depois retornou para a acomodação. Isso aconteceu a mais ou menos quatro horas, desde então o rosado ficará no silêncio do quarto e com a mão em sua cabeça e pressionando as têmporas como se aquilo fosse ajudá-lo em alguma coisa, mas não ia. E na última meia hora o mesmo escolheu uma roupa um pouco melhor depois de tomar um banho — uma camisa branca de manga longa e uma calça escura, além de sandálias abertas nos dedos e os cabelos róseos presos em rabo de cavalo. Ele agora encontrava-se no salão de jantar e terminava de ocupar um assento depois do Daimyo escolher a ponta a direita. Os olhos verdes do rosado se concentram em Gintaro que assumirá uma quietude depois de ocupar o assento esquerdo ao lado do pai, depois num até então desconhecido de cabelo escuro curto — bem diferente de Gintaro — e olhos negros e vestindo-se até bem melhor do que qualquer um na mesa e que ocupava o assento ao lado direito do Daimyo. 

— Como foi seu dia? — O Daimyo perguntou para o rosado depois que um funcionário o serviu com um pouco de vinho.

— Se quer saber… conheci pouco ainda, mas amanhã pode ser que tenha mais chance, senhor. — Rin respondeu e olhou para outro funcionário que parecia disposto a lhe servir o vinho, por isso sussurrou com um tom amigável. — Eu não bebo. Eu quero água, por favor. —

— Certamente, senhor. — O funcionário disse e curvou-se em respeito ao rosado antes de afastar-se.

— Gintaro me contou que o encontrou mais cedo. — O Daimyo disse e lançou um olhar para o filho, depois para o rosado que ocupava um lugar mais ou menos distante.

— Eu imagino que não tenha sido só isso que ele contou. — Rin disse e levantou uma das sobrancelhas enquanto mantinha seus olhos verdes no Daimyo.

— É só isso que me interessa. — O Daimyo disse e lançou um olhar mais sério para o rosado, então deu continuidade. — Soube também que extraiu o veneno. Muito bem, posso até aumentar a recompensa por ter salvo a vida do meu neto. —

— Recompensa? Esse jantar não é o bastante, pai? — O desconhecido perguntou. Seu tom carregava um pouco de ânimo, talvez uma leve malícia. 

— Não, Kinzoku. Ele salvou a minha vida, sem dúvida um jantar não deveria ser o suficiente. — O Daimyo disse e levou os cotovelos para a mesa e entrelaçou as mãos enquanto olhava para o rosado. — Sabe que é difícil conseguir algumas informações a seu respeito? O máximo que consegui é que sua mestra nada mais é que Haruno Sakura, aprendiz de Tsunade Senju, o resto… alguém não está deixando que eu descubra. —

— Talvez não esteja perguntando para as pessoas certas, quem sabe até procurando nos lugares errados. — Rin disse e sorriu pelo canto dos lábios, ele tentou ao máximo não parecer ofensivo.

— De qualquer forma… imagino que ainda não tenha sido apresentado para os meus dois filhos. — O Daimyo disse. Ele olhou para aquele que ocupava o assento ao lado direito. — Kinzoku é o meu estrategista militar, apesar de muitas vezes recorrer aos ideais de meu neto, além de liderar todas as minhas tropas. — E depois olhou para o lado esquerdo. — E Gintaro é meu diplomata… é ele que mando quando quero fazer contato com outro País. —

"Um já tem poder demais nas mãos, o outro tem o reconhecimento. Quase me parece com a história de Indra e Ashura que Shukaku-sama me contou. Ah, mas eu não posso julgá-los ainda, não tenho provas de que foram esses dois e nem aquele que está na cama, não tenho nenhum suspeito por enquanto..." pensou o rosado que olhou de um para outro, então moveu sua cabeça num  cumprimento qualquer — acenando — e retornou sua atenção para o Daimyo no momento que ele tossiu como se realmente quisesse a atenção.

— Quando meu neto se recuperar do envenenamento também o conhecerá, mas por enquanto vamos deixá-lo de lado, não é mesmo? Há outra pessoa que eu gostaria de apresentar, mas é uma infelicidade que não possa comparecer hoje, entretanto sei que o verei muito ainda, então teremos outras chances para esse encontro. — O Daimyo disse.

— Como assim? — Gintaro perguntou.

— Propus uma missão para o nosso convidado. Eu quero saber quem é o responsável pelo ataque de alguns dias atrás, por isso que passará algum tempo conosco. — O Daimyo disse e bebeu um pouco de seu vinho. E não demorou a continuar assim que afastou a taça de seus lábios. — Quanto a recompensa… o que acha de três milhões de Ryo? —


Notas Finais


Sekitan — Eren, Shingeki no Kyojin
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Kinzoku — Roy Mustang, Fullmetal Alchemist
https://br.pinterest.com/pin/8725793017432330/

Gintaro — Aizawa, Boku no Hero
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