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História Tales of a Uchiha - Chapter 148


Escrita por: MasterShigs e Saberus

Notas do Autor


Boa leitura ❤

Capítulo 148 - Chapter 148


Fanfic / Fanfiction Tales of a Uchiha - Chapter 148

Enquanto caminhava ao lado de Sírius, a rosada fez um selo bem comum e seu corpo foi envolto por fumaça, assim dando lugar para o jovem de cabelos róseos compridos — até os ombros — com um olhar sério e nitidamente cansado depois de fazer tanta coisa em pouquíssimo tempo. O rosado estava de volta com suas roupas masculinas, então inspirou e soltou todo o ar acumulado como um suspiro, assim deixando bem evidente o desgosto e cansaço físico e mental e baixou sua cabeça e seu olhar se direcionou para o chão. Sirius olhou para ele por alguns segundos com indiferença, mas parou e moveu sua cabeça para o lado esquerdo quando os dois passaram por uma pessoa que cobria o corpo com um manto gasto e acinzentado. 

— Sírius? — Rin chamou pelo cachorro assim que o viu parado. Ele levou a mão para a coxa e bateu nela enquanto levantava as sobrancelhas. — Vamos? —

O cachorro olhou para o rosado. E depois olhou para o lado esquerdo, mas a estranha figura encapuzada não se encontrava mais em seu campo de visão, por isso retornou sua atenção para o rosado e o acompanhou novamente. Rin sorriu pelo canto dos lábios quando o canídeo resolveu segui-lo, por isso pôs a mão em sua cabeça e fez um pouco de carinho e soltou um risinho quando o cachorro balançou com energia a cauda longa. "Ele praticamente se tornou meu cachorro, não gostaria de devolvê-lo… agora só tenho que convencer Misa para ficarmos com ele…" pensou e soltou um riso um pouco mais alto quando Sirius decidiu por correr em volta dele com a língua de fora. "Bom… eu preciso das últimas respostas para esse problema… e também para sanar minha curiosidade…" pensou e abriu a boca para um preguiçoso bocejo. "...preciso saber qual era a discussão naquele andar, por mais que já tenha em mente quem é o responsável…" pensou e levou a mão para a nuca e a coçou.

— Vamos nessa, Sírius. — Rin sussurrou.

Num piscar de olhos os dois desapareceram da rua e dos olhares de algumas pessoas que estranharam quando o rosado conversou com o cachorro. Rin e Sirius voltam a aparecer dentro do quarto que havia no terceiro andar na residência do Daimyo do País dos Vales. O rosado caminhou em direção a cama ao mesmo tempo que fazia um selo rápido e não demorou para que três Kage Bunshin surgissem as suas costas. O original se sentou na cama e depois se deitou e ignorou quando um Kage Bunshin se sentou na beirada, outro se ajoelhou ao lado de Sirius e o último optou por sentar no chão e de pernas cruzadas. O original coçou seus olhos por alguns segundos, então usou o indicador para apontar aquele que estava na beirada da cama.

— Fale tudo sobre Kinzoku. Tudo o que descobrimos até agora. — Rin pediu e coçou os olhos. Era nítido como estava cansado. — Tenho ideia de quem seja, mas é bom não correr risco… —

— Kinzoku desde o começo foi gentil conosco. Atua como estrategista militar, líder dos exércitos do País dos Vales, tem muito poder em suas mãos. Porém… podemos descartá-lo por alguns motivos. O primeiro motivo: Estava no mesmo bar que o mercenário e a nossa pessoa, mas em mesas diferentes, além disso parecia interessado em acabar com os boatos sobre conflitos com outros países, por isso duvidamos que tenha cabeça para orquestrar um assassinato. O segundo motivo: As memórias do mercenário. Eventualmente seria culpado pela morte do irmão, pois usariam uma arma dele para matá-lo, levando então a população a acreditar que ele foi o culpado pelo assassinato do Daimyo também… — O Kage Bunshin respondeu.

— Isso ai… — Rin murmurou. E o Kage Bunshin veio a desaparecer, assim a mente do rosado se organizou um pouco mais e depois indicou o Kage Bunshin que brincava com Sírius. — …Gintaro. —

— Porta voz do Daimyo, nada amigável conosco, tem uma quantidade razoável de poder nas mãos. Ele ficou bem interessado quando soube que estávamos com o veneno e pareceu contestar quando disse que o alvo era Sekitan, não seu pai. Ainda temos de descobrir o porque estava interessado no veneno, mas talvez não seja uma informação tão relevante. Podemos descartá-lo por um motivo: O próximo a morrer seria ele. — O Kage Bunshin respondeu.

— Certo… — Rin disse. E o Kage Bunshin desapareceu e os pensamentos do rosado se organizaram um pouco mais. Ele apontou para aquele que estava sentado de pernas cruzadas no chão. — Sekitan… —

— Estava discutindo alguma coisa com o avô quando aconteceu o atentado, além disso é usado como estrategista pelo avô em muitos casos, e suas estratégias envolvem poucas perdas para o seu lado. Há 98% de ser ele o responsável por alguns motivos. O primeiro: como o contratante do mercenário saberia que o Daimyo estaria naquele andar e naquela hora? Provável que Sekitan tenha escolhido por causa da vista favorável que alguém de fora teria, mas não esperava que a conversa com o avô fosse tão curta. O segundo: sua voz é a mesma do contratante do mercenário, deu para reconhecê-lo inicialmente por causa do "certo" que disse para Kinzoku quando houve o esbarrão, mas ficou mais reconhecível com a conversa que teve com o mercenário. O terceiro: o contratante queria matar o Daimyo, depois matar Gintaro usando uma das armas favoritas do irmão, assim Kinzoku seria considerado o responsável pelos dois crimes e perderia credibilidade, mas nunca mencionou intenções com Sekitan… assim, com a morte dos três, é lógico que ele subiria ao poder. Só temos de saber como ele arrumou Belladona. — O Kage Bunshin respondeu.

— Maravilha. — Rin disse e fez um "Ok" para o Kage Bunshin que desapareceu em seguida. E novamente seus pensamentos ficam mais organizados. O rosado se sentou na cama e suspirou antes de murmurar. — Eu quero descansar por algumas horas. —

O rosado saiu da cama. "Estou completamente livre… poderia usar um Kage Bunshin para esse passeio com a Ryūsei, mas acho melhor comparecer pessoalmente…" pensou e se encaminhou até o cachorro que estava de cabeça baixa e apoiando-a numa das latas e a levantou quando o rosado se aproximou. Ele pôs a mão no focinho do cachorro e não demorou para que os dois desaparecessem do quarto, até mesmo do País dos Vales, e fossem aparecer um segundo depois em frente a porta da casa de Chishiki, em Yattsuhoshi. A casa continuava a mesma que ele se lembrava, contudo nas janelas foram adicionadas cortinas escuras com bolinhas amarelas, além disso um tapete de "Boas Vindas" foi adicionado a porta, mas aparentemente "alguém" pichou e escreveu "Vá embora", sem contas em alguns casos de flores colocados nas laterais da casa. Sem dúvida uma paixão era o que faltava na vida de Chishiki para ele melhorar a aparência externa da casa. Ele fechou sua mão em punho e bateu duas vezes na porta, mas não obteve resposta. Qualquer um poderia desistir e pensar em retornar para lá em outro momento, mas o rosado não tinha para onde ir, por isso aguardou e escutou sussurros.

— Ah… — Ontake.

— Não vamos parar. — Chishiki.

— Hehehe… está me fazendo cócegas. — Ontake.

O rosado sentiu as bochechas esquentarem, contudo o mais belo dos sorrisos cruéis, maliciosos e inescrupulosos tomou seus lábios. Ele estaria atrapalhando um momento muito íntimo dos amigos, além de confirmar suas suspeitas. "Eu arrumo depois" pensou e usou sua cotidiana força — diminuída e muito — e acertou um soco muito perto da maçaneta da porta, assim abrindo-a violentamente e levando a mão em seguida para o bolso e adentrando na casa com a expressão carregada de malícia e olhando de imediato para onde os dois amigos estavam em silêncio e chocados. Shiki estava com Take em seu colo, as mãos molhadas do escritor posicionadas nas costelas do moreno que tinha os braços erguidos, além disso Ontake estava sem camisa enquanto um frasco ficava bem ao seu lado esquerdo… o que estava acontecendo ali não era o que o rosado pensava, mas uma massagem. 

— A porta! — Shiki gritou e observou a porta caindo de lado depois de bater com tudo na parede, então olhou para o rosado que continuava na entrada e semicerrou os olhos e disse com aspereza. — VOCÊ! —

— Haha! — Ontake levou a mão direita para o estômago e a esquerda para a boca enquanto tentava abafar uma contínua gargalhada, sentindo-se bem aliviado por não ser o responsável pela quebra da porta.

— Oi, amigos. — Rin disse e sorriu pelo canto dos lábios, então olhou para a entrada e assobiou. — Pode vir. —

Sirius entrou na casa. Ontake olhou para o canídeo, depois olhou para Shiki e acabou caindo de seu colo e continuou gargalhando, afinal sabia do desgosto do namorado por animais na residência. O escritor aproveitou a saída do namorado de cima dele para sair do sofá, encurtar sua distância com o rosado e olhar para o cachorro.

— Será que… — Rin tentou dizer, mas acabou sendo interrompido.

— Não! Não mesmo! Nem fudendo! Já estou cansado de você entrando nessa casa e me trazendo problemas. Primeiro foi aquele doido que deixava todo mundo doente, depois esse palhaço… — Shiki usou o polegar da mão esquerda para apontar ao namorado que continuava gargalhando no sofá. — …e agora a porra de um cachorro? Será que você não… —

— Eu senti sua falta, meu amigo. — Rin disse e inclinou a cabeça para o lado ao mesmo tempo que abria um sorriso inocente e levava a mão ao ombro do escritor. 

— A minha porta! — Shiki disse após suas bochechas terem ficado aquecidas. Ele olhou novamente para o cachorro que o olhava com desinteresse. — Eu não quero um cachorro. —

— Ah, eu… — Ontake começou a falar depois de conseguir parar de rir por causa do que tinha acontecido.

— …não queremos cachorros, gatos, pássaros, coelhos, qualquer bicho que sirva de estimação nessa casa, Zäo Ontake. — Shiki disse ríspido.

— …só ia dizer que me lembra de você. Esse olhar de desgosto… — Ontake disse assim que prestou atenção no canídeo que continuava com o olhar de desinteresse para o escritor. 

— Eu não quero dar o Sírius para vocês, depois peço para que dêem um jeito na porta, Shiki. — Rin disse e levou a mão para a nuca e a coçou. 

O rosado percebeu algumas coisas a mais naquela casa. Haviam fotografias nas paredes, todas eram de Chishiki e Ontake — o escritor com um olhar sério ou de desgosto, até parecendo ter sido forçado a aquilo, enquanto o moreno exibia expressões fofas — o que lhe deu vontade de rir, porém resistiu a tentação.

— O que está querendo? — Shiki perguntou.

— Uma banheira para um banho bem quente e uma cama, só preciso de algumas horas para descansar, depois vou embora. — Rin disse.

— Konoha não tem isso? — Shiki perguntou e cruzou os braços.

— Tem, mas se for lá… vou acabar procurando Misa, então não vou querer sair de Konoha, por isso aqui é minha melhor opção. Vamos, Shiki… só dessa vez… — Rin pediu.

Os amigos tinham ideia de como ele funcionava, conheciam suas várias imperfeições, o próprio escritor sabia que o rosado agia como um idiota só quando sentia-se seguro ou não havia problema nas proximidades, assim como conhecia o valor de um descanso para ele, por isso que não demorou a reparar em suas olheiras. 

— Ah… tudo bem. O quarto de Ontake é seu por algumas horas, então vá tomar seu banho… — Shiki disse e retirou seus óculos e levou a mão aos olhos e os coçou ao mesmo tempo que suspirava.

— Obrigado. — Rin disse.

Rin olhou para Ontake. O moreno parecia contente em rever o amigo. E depois o rosado olhou para o corredor que o levaria ao banheiro, por isso que seguiu naquela direção e deixou os dois para trás — acompanhados de Sírius que se deitou no tapete — e seguiu para o banheiro. Lá ele se despiu completamente enquanto a banheira era enchida com água quente, então o mesmo entrou nela e sentiu um alívio percorrer cada centímetro do seu corpo, então pôs o braço no apoio da banheira e deixou a cabeça em cima dele e lentamente seus olhos verdes foram se fechando, assim como seus lábios se separam um pouco.

— Misa… — O rosado sussurrou antes de se entregar ao sono.

[ ۝ ]

Enquanto isso, Yamanaka Misa e Miura encontravam-se no Campo de Treinamento da Equipe Sete. Não havia ninguém para usá-lo naquele dia, afinal de contas os membros da equipe estavam em missão, sem contar que era sua folga na academia, por isso que, seu tempo que geralmente era reservado com o noivo, estava sendo gasto com treino. Misa precisava melhorar o tempo de execução do Sennin Mode, entre tantas outras capacidades, por isso considerou que aquele era o momento perfeito. Seus olhos azuis mantinham-se concentrados no lago à sua frente, porém não demorou para fechá-los e sentir a energia natural a preenchendo e melhorando todas suas capacidades. Ela ao menos poderia se sentir contente, pois estava conseguindo reunir cada vez mais rápido a Energia Natural e levando mais tempo para o Sennin Mode ser encerrado. A todo momento era observada pelo irmão que estava sentado no gramado e abraçando as próprias pernas, Miura só escolheu acompanhá-la até aquele lugar porque já estava cansado de frequentar a Clínica Infantil de Assistência Médica Mental, pois sabia que nada mudaria por mais que as pessoas tentassem ajudá-lo.

— Porque continua treinando? — Miura perguntou e levantou uma das sobrancelhas. Seus olhos continuavam concentrados na irmã mais velha.

— Não quero ficar para trás. Rin está ficando mais forte a cada momento, a cada retorno dele há alguma melhoria, uma evolução, e chegará o momento que verei apenas as suas costas, não acho certo que isso aconteça, por isso quero ficar mais forte. — Misa respondeu e assumiu um olhar um pouco mais sério enquanto mantinha sua mão direita aberta em palma. 

Era verdade. Ela não queria ser reconhecida apenas como a companheira de Rin, nem mesmo observá-lo por trás, nem ser considerada uma garota indefesa, por isso que queria tanto melhorar, assim teria como ocupar o lado direito dele em algum momento. A Yamanaka respirou profundamente e devagar soltou o ar acumulado por um beicinho recém formado. Ela sentia seu corpo bem abastecido por energia natural.

— Acha que dará certo? — Miura perguntou e moveu um pouco seu rosto para o lado esquerdo, semicerrando um pouco as sobrancelhas antes de continuar. — Vocês estariam em pé de igualdade se ele não tivesse o Mangekyou Sharingan, nem todo aquele chakra ou a inteligência. —

— Você está comunicativo hoje… — Misa sussurrou, então sorriu pelo canto dos lábios, mas não demorou para dar continuidade com a resposta. — Não sei se funcionará todo esse treinamento, mas um passo de cada vez, não é o que dizem? Eu posso alcançá-lo, nem que seja por um momento, através do trabalho duro. —

A Yamanaka prestou atenção no lado esquerdo e semicerrou seus olhos, porém com um amistoso sorriso em seus lábios enquanto via uma mulher de cabelo comprido e preto até o meio das costas, com longas franjas entreabertas com um único fio de cabelo caindo no rosto de olhos perolados, saindo da vegetação que cercava o Campo de Treinamento. A recém chegada nada mais era que Hanabi Hyuga, líder da equipe quinze. 

— Desculpe o atraso, mas ao menos puderam conversar um pouco, não é verdade? — Hanabi perguntou.

— Sem problema. Também chegamos a pouco tempo… — Misa disse e olhou para Miura que não havia se mexido desde a aparição da Hyuga, por isso continuou. — …não se importa que ele fique e assista, né? —

— O que vai acontecer? — Miura perguntou e levantou as sobrancelhas, claramente não sabia de todos os planos da irmã para aquele dia.

— Sem problema. — Hanabi respondeu.

— Melhorando o estilo de luta que domino com o Senjutsu, me baseando no estilo de luta do clã Hyuga, afinal possuem suas semelhanças. — Misa respondeu e levou a mão direita para o cabelo e o alisou para trás enquanto sorria pelo canto dos lábios. 

— Aconselho que tome um pouco de distância… — Hanabi disse e moveu seus olhos perolados um pouco, dessa maneira prestando atenção em Miura.

O garoto obedeceu. Ele se levantou e caminhou para a sombra de uma árvore, nem mesmo estranhou a presença de dois Kage Bunshin de sua irmã, só cruzou as pernas e decidiu observá-las. As duas mantinham uma distância de cinco metros uma da outra, seus olhos — amarelos e perolados — concentravam-se na pessoa que estava à frente de cada uma, suas respirações ficavam mais calmas, até que a Yamanaka disparou de encontro a sua adversária. Misa, que deixava a palma direita bem aberta, tentou o primeiro ataque, porém Hanabi decididamente usou o Jūken com a palma esquerda para mover o braço da garota para outra direção — e conseguiu — e depois dobrou seus joelhos e saltou e girou em 360° no ar e tentou acertar o rosto da Yamanaka usando o pé esquerdo, porém a loira se abaixou a tempo, assim evitando o chute que iria acertar o canto de seu rosto e provavelmente dar uma boa vantagem para a morena. Misa sorriu assim que se evitou o chute e aproveitou a oportunidade que tinha naquele momento, por isso fechou sua mão direita em punho e tentou socar Hanabi, porém a morena combateu tal soco com um Jūken.

Então, uma onda de choque se originou do impacto entre os ataques. Uma ventania balançou algumas árvores próximas, por consequência algumas folhas caíram, além disso o lago da área de treinamento ficou ligeiramente selvagem, sem contar que o chão afundou um pouco. 

As duas recuam os braços que usaram — Misa; direito / Hanabi; esquerdo. A Yamanaka liberou um pouco de ar por um beicinho recém formado, então com certa agilidade levou sua mão esquerda para o braço direito da Hyuga e a agarrou. E não demorou mais do que alguns segundos para que a jogasse dentro do lago. Hanabi imediatamente concentrou chakra nos pés, dessa maneira não submergiu, porém acabou tendo de tomar um pouco de distância, afinal Misa tinha saltado e caído onde estava. Muita água se levantou com a repentina queda da Yamanaka no lago, assim encobrindo-a temporariamente do campo de visão de qualquer um, exceto da Hyuga por motivos óbvios, por isso sabia que não valia a pena tentar um ataque surpresa. As veias em volta dos olhos da Hyuga surgiram, por isso sua visão havia melhorado consideravelmente, assim podendo enxergar os pontos de chakra da Yamanaka e também seus órgãos vitais.

— Hakke Kūshō! — Hanabi disse.

Hanabi apontou precisamente para os pontos vitais de Misa com o Byakugan e liberou um impulso com a palma da mão em alta velocidade. A rajada de vácuo compactado usando o Jūken foi formada. Misa foi atingida por aquela rajada de vácuo e tentou manter-se no lugar, mas não conseguiu, por isso que foi jogada para longe por aquela forte rajada de vácuo. "É disso que tô falando… imagino que dê para fazer algo semelhante usando o Senjutsu. Uma rajada de vácuo usando a energia natural…" pensou enquanto um filete de sangue escorria pelo canto esquerdo dos lábios. Ela passou o polegar direito, assim limpando aquele pouco sangue. 

[ ۝ ]

Algumas horas passam. E o rosado ganhou consciência e lentamente foi abrindo seus olhos. Ele não estava mais na banheira, mas no quarto que pertence a Ontake e usava a cueca boxer escura que removeu antes de entrar na banheira, então sentou na cama e cruzou as pernas, levou a mão para os olhos e os coçou ao mesmo tempo que abria a boca para um bocejo demorado enquanto sentia um cheiro incomum no colchão ou nos cobertores. Ele reparou em sua roupa dobrada na escrivaninha ao lado da cama, por isso aproveitou para vesti-la e por fim saiu do quarto e levou a mão para a nuca e a coçou enquanto cruzava o corredor e chegava na sala de estar da casa. Ele olhou para Ontake e Chishiki ocupando dois lugares na mesa e pararam de conversar quando o mesmo apareceu. 

— Quem me tirou da banheira? — Rin perguntou.

— Eu… — Ontake respondeu e suas bochechas se esquentam com a lembrança, mas assim mesmo continuou enquanto mantinha os olhos carmesins no rosado. — …depois de uns quarenta minutos resolvi ver o que tinha acontecido, afinal você estava demorando para sair do banheiro, e não me surpreendi quando o vi adormecido. —

— Ah… obrigado… — Rin murmurou. Ele olhou para Sirius que continuava dormindo no tapete, então olhou para o moreno e deu continuidade. — …seu quarto está fedido. Há alguma coisa no colchão ou nos cobertores… —

Shiki começou a gargalhar. Ontake sentiu as bochechas ficarem mais quentes com aquele comentário. O escritor já sabia o porquê do mau cheiro no colchão e cobertores do moreno, mas esperava que o mesmo já tivesse perdido aquela mania depois de começarem o namoro. Ele olhou com um pouco de provocação para o moreno, depois olhou para o rosado que não tinha entendido a razão da gargalhada de um e da vergonha de outro.

— Depois eu te conto. — Shiki disse.

— Hã? — Rin disse. Ele levantou as sobrancelhas e levou a mão para a cintura.

— De qualquer forma… — Ontake disse enquanto lutava contra a vergonha, dando continuidade assim que ganhou a atenção deles. — …ficará para o jantar? —

— Hm, não mesmo. Muito obrigado por terem me deixado ficar aqui por algumas horas, mas eu realmente tenho que partir… — Rin disse e caminhou para perto de Sirius, se ajoelhou ao lado dele e pôs a mão na cabeça do cachorro e o acariciou, assim acordando-o. — …vamos, amigo… —

— O que está acontecendo? — Shiki perguntou e manteve um olhar um pouco sério direcionado ao rosado.

— … — Rin ficou em silêncio. Ele olhou para o escritor com muita surpresa, então olhou para Ontake e depois voltou sua atenção ao escritor. — …você fez ele desenvolver um sentimento de preocupação com os seres humanos? —

— Aham, fiz. — Ontake respondeu com muito orgulho.

Os dois sabiam que Chishiki se preocupava com os outros de sua própria maneira, mas assim mesmo não podiam perder a oportunidade de zombar minimamente dele. O escritor rangeu os dentes, então bufou e desviou sua atenção enquanto os dois gargalhavam animadamente. Ontake prestou atenção em Shiki e depois retornou seu olhar para o lugar que Rin ocupava, mas ficou em silêncio quando reparou no desaparecimento dele e de Sirius. Rin tinha usado o Hiraishin no Jutsu, desta forma retornando para o quarto que ocupava nos últimos dias na residência particular do Daimyo dos Vales. Ele sabia que aquela noite ainda não tinha acabado, afinal de contas ainda participaria do encontro com Ryūsei depois do jantar, por isso suspirou e se dirigiu para a porta do quarto e passou por ela e seguiu pelo corredor que o levaria para a escada — e por consequência aos andares inferiores. 

— Vamos nessa… — Rin sussurrou.


Notas Finais


O capítulo de Domingo — 150 — será +18.


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