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História Tales of a Uchiha - Chapter 200


Escrita por: MasterShigs e Saberus

Notas do Autor


Boa leitura ❤ ❤
Quando chegarem no primeiro [ ۝ ] coloquem a música abaixo
https://youtu.be/bHe_i98krmo

Capítulo 200 - Chapter 200


Fanfic / Fanfiction Tales of a Uchiha - Chapter 200

Era a manhã do dia vinte e quatro de Dezembro, por enquanto não havia passado das oito e meia e o clima daquele dia provava-se como todos os outros, ou seja, congelante com seus 9°C enquanto a neve gradativamente caia e criava um típico lençol branco nas ruas e nos topos — terraços — das altas e metálicas construções. Misa e Doro, muito a contragosto, estavam acordadas naquele horário e ocupavam uma sala de descanso enquanto aqueciam seus corpos com xícaras de achocolatado quente ou enchiam-se com bolinhos de chocolate. A habitante de Konohagakure usava uma camiseta preta com o símbolo do clã Uchiha na manga direita e uma calça moletom verde musgo, enquanto que aquela que um dia pertenceu a Sunagakure usava um suéter azul com o símbolo do clã Hyuga nas costas e uma calça moletom marrom e um cachecol amarelo com grossas listras pretas. As duas prestam atenção na porta daquele cômodo no momento que a maçaneta é girada, assim dando acesso para que Ryūsei e Ontake entrassem e olhassem em volta como se buscassem por algumas pessoas, porém os dois pares de olhos carmesins concentram-se nas grávidas que forçam uma tosse para receberem a atenção dos recém chegados.

— O que estão fazendo aqui? — Ontake perguntou ao mesmo tempo que caminhava para o interior do cômodo e cruzava os braços.

Ontake só encontrava-se em Amegakure por causa do acordo que fizera com um certo rosado, assim tendo aparecido na noite anterior com o namorado — Chishiki — e uma amiga que recebia treinamento em Iryō Ninjutsu — Kohi — para a festividade natalina e a passagem de ano novo. O moreno escolherá naquele dia uma camiseta vermelha com listras pretas diagonais e uma jaqueta de couro marrom com a simples frase "I'm sexy" nas costas e uma calça jeans, enquanto a espadachim não parecia incomodada por usar uma camiseta verde escura com gola e mangas que iam até os pulsos e um casaco peludo e branco, porém esse acessório era mantido sob os ombros, assim não o usando completamente, sem mencionar a calça verde musgo sem quaisquer bolsos e que não carregava sua katana embainhada, ou seja, provavelmente tinha a deixado no quarto. As duas grávidas trocam breves olhares e apontam em simultâneo para a pouca bebida e comida.

— Bebendo, comendo e conversando. — Doro respondeu ao mesmo tempo que guiava as mãos para trás da cabeça e unia-as em dado momento, não demorando em continuar. — Dando ideias para nomes ao bebê, mas já está decidida com um nome. —

— E qual será? — Ryūsei perguntou ao mesmo tempo que cruzava os braços abaixo dos seios e caminhava para perto das grávidas, assim não demorou em continuar. — Posso sugerir um nome? Supondo que vá pelo caminho "Mi" que há em seus irmãos; Miura e Miya; pode me parecer uma boa opção Mi-... — Ela não concluiu o comentário, afinal acabou sendo interrompida pela Yamanaka.

— Não mesmo! — Misa disse e usou os indicadores para formar um "x" como se negasse a sugestão da espadachim, então continuou após ter sorrido com certo orgulho por ter chegado naquele nome. — Fukai, será Uchiha Fukai. —

— Pelo menos é mais inofensivo do que Hyuga Arashi… parece que é impossível tirar essa ideia da cabeça dele. — Doro disse com um ligeiro desapontamento, porém obviamente divertia-se com o comportamento do noivo, assim guiando a mão direita para a barriga e acariciando-a antes de acrescentar. — E considerando a visão do amor entre os dois clãs; Uchiha e Yamanaka; faz sentido a escolha desse nome. —

Ryūsei optou pelo silêncio, mas encontrava sentido na escolha daquele nome. Ela aproximou-se do prato em que estavam vários bolinhos de chocolate e pegou um para si e outro para Ontake que agradeceu com um aceno casual de sua cabeça. Misa e Doro levantam suas sobrancelhas e encaram-se por um breve momento, então a primeira com certa agilidade apanhou o prato e o pôs em seu colo, assim cruzando os braços enquanto mantinha contato visual com a espadachim que carregava agora certa curiosidade em seus olhos carmesins.

— O que foi? — Ryūsei perguntou e levantou uma das sobrancelhas e não demorou para morder o bolinho de chocolate, assim dando continuidade. — Isso é bolinho de chocolate com cobertura de chocolate em várias camadas? Não é muito… — A espadachim não concluiu a tempo seu comentário.

— É sim, mas deu vontade. — A Yamanaka disse com um ligeiro divertimento e passando a língua pelo canto esquerdo dos lábios antes de acrescentar. —  Não querendo ser chata, mas o que estão fazendo aqui? —

— Estamos numa busca. — Ontake respondeu e levou alguns dedos para dentro da boca, assim limpando o chocolate neles e dando continuidade quando recebeu os olhares das grávidas. — Estamos procurando por quatro idiotas, mas não o encontramos independente do quanto procuramos. —

— Os quatro? — Doro perguntou e levantou uma das sobrancelhas, contudo suspirou e não demorou para dar continuidade. — O que estão querendo com eles? —

— Por acaso sabe onde estão? — Ryūsei perguntou enquanto usava a mão disponível para esconder educadamente sua boca e não a vissem comendo, então continuou. — Queríamos a ajuda deles, de todo mundo, principalmente de vocês. —

— Ajuda? O que aconteceu? — Misa perguntou e aproveitou para pegar um bolinho de chocolate e deu uma mordida pequena enquanto prestava atenção na espadachim, então continuou. — É perigoso? —

— Calma. — Ontake disse com um ligeiro divertimento e levando a mão direita para o prato e conseguir outro bolinho, porém afastou a mão quando recebeu um tapinha da Yamanaka, por isso cruzou os braços e suspirou antes de sorrir e dar continuidade com um sussurro. — Já entendi… — 

— Não é perigoso. — Ryūsei disse e sorriu pelo canto esquerdo dos lábios, então acrescentou quando baixou a mão que escondia sua boca. — A preparação natalina para o grupo íntimo. Estava conversando com Ontake sobre isso, por isso gostaríamos que todos ajudassem para que tudo se tornasse mais especial, sem mencionar no jantar, mas um detalhe chamou a minha atenção enquanto conversávamos. O desaparecimento de quatro indivíduos; Musashi, Chishiki, Tsuyu e Rin. —

Misa olhou para Doro, um gesto que acabou chamando a atenção da espadachim que semicerrou por um momento as sobrancelhas. As duas grávidas trocaram olhares sinceros e aparentemente houve uma conversa silenciosa, porém a Yamanaka logo suspirou e cruzou os braços abaixo dos seios.

— Sei onde estão. — Misa disse e fechou momentaneamente seus olhos, então baixou a cabeça e suspirou antes de acrescentar. — E estão juntos. —

— Não me diga que estão bebendo? — O moreno perguntou com surpresa e desgosto ao mesmo tempo que levantou suas sobrancelhas, então continuou. — Se estão juntos e bebendo, então tem chances deles voltarem apenas ao anoitecer e bêbados. —

— Não, com certeza não estão bebendo. — Doro disse e aproveitou para levar a mão direita para frente dos lábios e baixar sua cabeça e mover os ombros.

Era óbvio o que acontecia com a antiga habitante de Sunagakure. A mesma estava gargalhando e levará a mão para frente da boca para abafar a risada. Ryūsei direcionou sua atenção para Doro e depois para Misa, as duas deixavam-na cada vez mais curiosa quanto a localidade das quatro pessoas.

— Onde estão? — Ryūsei perguntou.

— Bom… — Misa murmurou e apoiou o cotovelo direito no braço do assento e usou o indicador para apontar para o alto, então deu continuidade. — …lá em cima, no terraço. —

— E fazendo o que? — Ryūsei perguntou.

[ ۝ ]

Era verdade que os quatro encontravam-se mesmo no terraço da Mangetsu, sob aquele lençol branco e gelado de neve. Haviam alguns bonecos de neve espalhados cuidadosamente pela área e nas mãos diferentes expressões, alguns minutos maiores do que os outros como se tivesse acontecido uma competição, alguns até mesmo mais detalhados e perfeitos do que outros, sem dúvida um trabalho que levou muito tempo.

Rin usava uma camiseta preta de gola alta com as mangas indo até os cotovelos e contendo o símbolo do clã Uchiha nas costas e uma calça cinza, enquanto que Tsuyu uma jaqueta azul com as mangas brancas e o símbolo do clã Uzumaki no peito esquerdo e do clã Hyuga na manga direita e uma calça pretas, ao mesmo tempo Musashi uma touca preta e camiseta de lã preta com calça moletom vermelha, assim como Chishiki tinha preferência por uma jaqueta azul marinho com uma camisa branca por baixo mostrando uma língua e uma calça preta. Os quatro rapazes encaravam-se com tamanha seriedade e desgosto a uma distância de cinco ou seis metros de cada um, seus olhares bem concentrados nos mínimos movimentos do outro. Um pássaro qualquer passava acima de suas cabeças, porém a ave não demorou para pousar na beirada do terraço e direcionar a atenção para os quatro e sentir-se um pouco estranho com a atmosfera dos rapazes, por isso partiu para o próximo vôo, assim chamando a momentânea atenção de Chishiki.

Os três olham concentrados para o escritor, por isso sorriram com malícia e crueldade e levam suas mãos dominantes para bolas de neve que passaram alguns minutos construindo e agarram as primeiras e lançam no escritor que não reagiu a tempo, assim foi atingido no rosto pela bola de neve de Musashi e no peito esquerdo pelas bolas de neve de Tsuyu e Rin, dessa maneira afastando-o por alguns centímetros. O rosado não demorou para gargalhar enquanto dobrava um pouco seus joelhos e usava o indicador esquerdo para apontar ao escritor.

— QUE BURRO DISTRAÍDO! — Rin disse debochado e animado pela conclusão.

Ele acabou sendo o próximo. Tsuyu aproveitou a oportunidade para atirar uma bola de neve no rosado, mas o mesmo desviou ao mover a cabeça para trás, assim evitando-a por centímetros e olhando com malícia e superioridade para o Hyuga, contudo acabou sendo atingido por uma segunda bola de neve no meio do rosto e por uma terceira quando o mesmo usou a mão direita para remover a sujeira do rosto. Tsuyu encarava-o com malícia e a mesma superioridade e de braços cruzados, algo que irritou o Uchiha que semicerrou as sobrancelhas. Aquilo fez com que Musashi e Chishiki gargalharem com certa animação, porém voltam a prestar atenção um no outro e disparam bolas de neve de maneira contínua.

— Que burro distraído, sem noção alguma e retardado. — Tsuyu disse e sorriu pelo canto dos lábios.

— Burro? — Rin perguntou ao mesmo tempo que aumentava um sorriso cheio de crueldade e mantinha as sobrancelhas semicerradas, não demorando em continuar. — Já estou cansado de você. —

— É? — Tsuyu perguntou ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas e não demorou para que as veias em volta dos olhos ficassem nítidas, então continuou enquanto seus olhos amarelos se tornam perolados. — O que fará quanto ao seu cansaço, pedaço de bosta? —

— O que vou fazer? Simples… — Rin disse ao mesmo tempo fazia um sinal de cruz com o indicador e médio, assim criando seis Kage Bunshin que mantiveram-se ajoelhados ao lado dele, então continuou enquanto seus olhos verdes se transformavam no Sharingan. — …aqui dou início a primeira guerra de bola de neve. —

— Hah! — Tsuyu gargalhou.

O Hyuga não parecia incomodado pelo aumento de inimigos, na realidade rangeu seus dentes e manteve as sobrancelhas semicerradas enquanto movia o braço direito enfaixado para frente do corpo com a palma aberta e o braço esquerdo ficava mais atrás com os joelhos ligeiramente dobrados. Ele movia alguns dedos da mão direita como se chamasse os morenos.

— Cai dentro, inútil. — Tsuyu disse com certa aspereza, mas uma crescente animação enquanto mantinha a respiração regular. 

Os sete rodados avançam e no processo pegam neve e fazem bolas de neve enquanto se aproximam do moreno. O primeiro, que era um Kage Bunshin, saltou e girou em 360° e no processo atirou a bola de neve que havia em sua mão, assim executando um golpe que seria de cima. O segundo, outro Kage Bunshin, concentrou uma boa quantidade de chakra, assim adquirindo aquela força adicional e atirou a bola de neve. O terceiro, outro Kage Bunshin, seguiu pela diagonal e para o lado esquerdo e atirou a bola de neve. O quarto, outro Kage Bunshin, seguiu em diagonal pela direita e atirou a bola de neve. O quinto, o sexto e o sétimo desapareceram num piscar de olhos, assim repentinamente aparecendo atrás do Hyuga que sorriu pelo canto dos lábios quando se deu conta de que técnicas aparentemente poderiam ser usadas naquela guerra de neve, assim como entendia que estava cercado e com ataques direcionados a todos os cantos. 

Ele sabia que o Hakkeshō Kaiten era viável para proteger-se das bolas de neve a caminho, mas queria humilhar o amigo e rival, por isso confiou na excelente percepção do Byakugan, ou seja, aquele campo de visão de 360°. Ele direcionou sua atenção para aquele que era o verdadeiro, afinal o mesmo não fazia questão de esconder-se desde o repentino surgimento dos Kage Bunshin, por isso aproveitou a curta distância para aproximar-se dele e levar a mão direita ao pulso dele, assim fazendo-o soltar a bola de neve de sua não por conta do aperto, então agiu. Tsuyu usou o corpo do Uchiha para proteger-se da bola de neve que seguia pelo lado esquerdo, assim acertando-o na parte de trás da cabeça, não demorando para levá-lo para o lado direito e assim usando-o para se proteger da próxima, e depois chutando-o nas costas para lançá-lo para frente e ser atingido pela bola de neve que foi atirada com força. Em resumo, o rosado foi atingido por três bolas de neve em menos de cinco segundos. O Hyuga desviou do restante das bolas de neve e cruzou os braços e levantou uma das sobrancelhas enquanto mantinha a atenção no rosado caído. Musashi e Chishiki brigavam entre si, o escritor atingia o usuário de machados mais vezes.

— É só isso que você tem? — Tsuyu perguntou, mas não demorou para suspirar enquanto sentia um certo arrependimento e dar continuidade. — É, você é uma decepção, não consegue dar conta de mim usando bolas de neve. É um maldito de um… — Ele não concluiu seu comentário, na realidade preferiu se calar quando notou um movimento.

O rosado se ajoelhou e levou a mão direita para o rosto, assim removendo a quantidade exagerada de neve e semicerrando as sobrancelhas, vagarosamente colocou-se de pé e abriu um sorriso perverso enquanto puxava do bolso da calça um pergaminho e desfazia o selo, assim havendo o repentino aparecimento da arma — Gunbai — que receberá a alguns dias atrás. O Hyuga tomou um pouco de distância, afinal não vira ainda o rosado usando aquela arma, sequer sabia o que o mesmo poderia fazer com aquilo. 

— O que fará? — Tsuyu perguntou ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas.

O rosado não respondeu e rapidamente concluiu os selos do Tigre, Boi, Cão, Coelho e Cobra e balançou a Gunbai, assim criando uma súbita rajada de vento de grande escala — Fūton: Daitoppa — que soprou uma boa quantidade de neve para cima do Hyuga que pareceu verdadeiramente impressionado, sequer sabendo como reagir para se proteger daquela avalanche, assim sendo atingindo. Chishiki e Musashi se surpreenderam com aquela técnica, ou pelo uso de Fūton do rosado, até mesmo com a improvisada avalanche. O rosado soltou a sua arma e levantou os braços em óbvia comemoração, afinal sentia o gosto da vitória ao derrotar o Hyuga.

— Não é só isso que eu tenho! — Rin disse com certo divertimento, afinal nunca imaginaria que usaria uma técnica Fūton para aquela finalidade.

O rosado direcionou sua atenção para Musashi e deu um passo em sua direção, mas o usuário de machados veio a levantar seus braços e largar a bola de neve que havia na mão direita, assim declarando a desistência. Rin sorriu pela sabia decisão do rapaz, porém deu um passo para trás quando recebeu em cheio uma bola de neve em seu rosto. O responsável era Chishiki que sorria com deboche para o rosado.

— Grande merda que tenha derrotado um de nós, isso não o torna especial. — Chishiki disse com convencimento e preparando outra bola de neve, assim não demorando em continuar. — Eu não preciso me preocupar com aquele imbecil, apenas com você que é outro imbecil. —

O rosado levou a mão direita para o rosto, assim removendo a neve e direcionando a atenção para Chishiki, então moveu seu rosto para o lado esquerdo e desviou da próxima bola de neve e sorriu pelo canto dos lábios enquanto desviava do projétil de neve, mas acabou sendo atingido por outro e assim recuando mais um passo.

— Grande merda que tenha olhos incríveis, ou técnicas mais incríveis ainda. — Chishiki disse enquanto jogava para cima uma bola de neve e sorria com certo deboche, não demorando em continuar. — Eu posso acabar com você em qualquer momento apenas com as minhas habilidades. —

Qualquer um sabia que Chishiki não possuía habilidades para ser considerado um shinobi, por isso o mesmo era um escritor, assim não poderiam recorrer a técnicas avassaladoras ou confronto físico com ele, mas tinham a noção de que a língua do mesmo era afiada, era como uma arma perigosíssima. Rin semicerrou as sobrancelhas e sorriu, sentindo-se disposto a participar do confronto físico para a diversão do escritor, por isso que fechou sua mão direita em punho e socou a palma esquerda enquanto exibia um olhar agressivo.

— Shannaro, Kuso Baka… — Rin sussurrou e aproveitou o contato do punho com a palma da mão para estalar os dedos, então continuou. — …vamos nessa. —

[ ۝ ]

Ryūsei foi a primeira a acessar o terraço por volta do meio-dia, afinal sabia que aquelas pessoas em algum momento teriam de encher suas barrigas por conta da energia gasta, assim surpreendeu-se com o avassalador cenário. Amontoados de neve para todos os cantos agindo como fortes, barricadas para os rapazes de baixa mentalidade, não demorando para identificar o primeiro corpo pertencente a Tsuyu que estava debruçado e com a parte inferior do corpo embaixo de neve e mais um pouco em seu rosto. Quanto mais olhava, mais tentava decifrar que tipo de luta acirrada e mortal houve naquele lugar, assim não custando muito para identificar o moribundo corpo de Musashi arrastando-se pelo chão com uma exausta expressão e direcionando a mão direita para a recém chegada.

— So-... Soco-...rro. — Musashi suplicou enquanto neve escorria de sua boca, seu olhar era desesperador e exausto.

A espadachim o ignorou por um momento, afinal concentrava-se num certo rosado que estava sentado e com as costas escoradas num amontoado de neve e sua cabeça baixa enquanto neve escorria dos fios róseos, este parecendo igualmente derrotado. Ryūsei voltou sua atenção para outra pessoa que mantinha-se de pé e de braços cruzados com uma expressão de deboche, dessa vez sendo o reconhecível escritor.

— Fu-...ja… Ryu-... sei… — Musashi disse ofegante enquanto continuava se arrastando para perto da ruiva, assim não demorando em continuar. — …mons-... tro. —

— O que aconteceu aqui? — Ryūsei perguntou e direcionou sua atenção para Chishiki na esperança que ele pudesse lhe responder, mas não demorou para acrescentar. — O que fez com eles? —

Chishiki moveu alguns milímetros seus olhos, assim direcionando-os para a espadachim que engoliu em seco ao sentir a atenção de um predador, ou melhor, de um sobrevivente aos caos, porém o escritor suspirou lentamente.

— Nada. Não aconteceu nada. — Chishiki disse e semicerrou suas sobrancelhas enquanto a atenção era mantida na espadachim, não demorando em continuar. — O que está querendo? —

A espadachim se aproximou de Musashi e gentilmente o ajudou a se levantar. O usuário de machados pôs o braço direito no ombro da espadachim que passava o braço esquerdo em volta do mesmo, assim ajudando-o a ficar de pé e impedindo possíveis quedas. Musashi discretamente olhou para Ryūsei, porém não demorou para desviar sua atenção quando percebeu o cruzamento visual, assim olhando para o chão coberto pela neve. A espadachim suspirou e retornou a atenção para o escritor.

— Levá-los para almoçar. Já estão a muito tempo brincando aqui em cima, além disso gostaria de pedir a ajuda de vocês. — Ryūsei disse e direcionou seus olhos carmesins para cada indivíduo maltrapilho naquele lugar aberto, então continuou. — A decoração e o jantar de hoje a noite. Misa, Doro e Ontake já estão lá embaixo ajudando na decoração, mas precisamos de vocês. O que me dizem? —

A espadachim sentia-se estranha, afinal nunca imaginou que diria para aquelas pessoas, dois líderes de grupos e um escritor bem conhecido no meio literário, que estavam a muito tempo brincando, nem mesmo acreditava que em algum momento essas mesmas pessoas com tantas responsabilidades agiriam com infantilidade por causa de um pouco de neve, a mesma sabia que ainda necessitava acostumar-se com tudo aquilo, mas assim mesmo era estranho. A mesma deixou seus pensamentos no momento que observou o primeiro movimento que vinha de Rin. O rosado com um esforço sobrenatural conseguia se levantar, porém manteve os joelhos dobrados e encarava-a com aqueles perigosíssimos olhos — Mangekyou Sharingan — cansados enquanto ofegava demoradamente. O segundo movimento veio de Tsuyu. O moreno arrastava-se pelo chão como uma minhoca, porém em algum momento ganhou força o suficiente em seus joelhos, por isso levantou-se parcialmente e manteve os braços abaixados e molengas, no entanto os olhos perolados e incrivelmente exaustos direcionados para a espadachim. A atenção dos quatro indivíduos era para ela.

— Vamos nessa… — Os quatro disseram em uníssono.

[ ۝ ]

E aconteceu como era esperado. Todo mundo, depois de uma hora e meia, tirou a barriga da miséria com aquele almoço, na realidade quem mais comeu acabou sendo os rapazes que divertiram-se com a pequena guerra de neves no terraço, assim ¾ deles encontravam-se na sala de descanso e praticamente sonolentos, ou já adormecidos como era o caso de Chishiki que mantinha os braços cruzados e as sobrancelhas semicerradas enquanto dormia com a cabeça apoiada no ombro esquerdo de Ontake que sorria com ternura para aquele acontecimento, Tsuyu aproveitava que sua noiva repousava num sofá e conversava com Misa sentada numa poltrona para deitar-se no sofá e pôr a cabeça na perna direita da sua parceira, mas obviamente mantendo seus olhos amarelados abertos enquanto sentia as bochechas se esquentarem quando sentiu a mão direita de Doro alcançando sua cabeça e acariciando distraidamente enquanto a conversa, que era mais interessante, prevalecia. Fushin e Kohi — a acompanhante que apareceu em Amegakure com Ontake e Chishiki — divertiam-se silenciosamente com um jogo de bater palmas, enquanto que Lich entretia-se com um livro sobre o Jashinismo.

Ryūsei olhou para aquele cenário agradável e depois direcionou sua atenção para Musashi que estava um pouco afastado dela — a dois lugares de distância num outro sofá — e posicionando o cotovelo esquerdo no apoio do móvel e o punho mantido em sua bochecha, assim sustentando-o e impedindo eventuais quedas enquanto seus olhos mantinham-se entreabertos, mas ignorando o máximo que podia dá atenção da espadachim que voltou seus olhos para uma certa Yamanaka. 

— Onde está Rin? — Ryūsei perguntou e levantou uma das sobrancelhas. Aquela curiosidade prevalecia desde o meio do almoço quando o mesmo decidiu se ausentar.

— Rin? — Misa pareceu um pouco duvidosa, porém não demorou para sorrir pelo canto dos lábios e dar continuidade. — Está preparando uma surpresa para mais tarde, algo que agradará a todo mundo. —

— Aquele idiota não pode me agradar com tanta facilidade. — Tsuyu sussurrou e semicerrou as sobrancelhas quando sentiu a mão direita da noiva puxando sua orelha, por isso a encarou com seriedade e continuou. — Sabia que você é a razão da minha terapia? —

— Diga que me ama, não que sou um problema mental. — Doro disse ao mesmo tempo que parecia um pouco descontente e até mesmo fazendo beicinho, então continuou. — Um pouco de amor de vez em quando é bom, sabia? —

Tsuyu suspirou. "Ela podia ser que nem a Yamanaka que não sofre com essas alterações de humor…" pensou o Hyuga que rangeu seus dentes antes de sentar-se no sofá e ignorar que recebia a atenção de todo mundo. O líder da Mangetsu baixou sua cabeça e suspirou como se estivesse bem cansado, então moveu-a para o lado de sua noiva e encarou aqueles belos olhos púrpuros e guiou sua mão direita enfaixada até a bochecha dela, acariciando-a com o polegar e sorrindo quando a viu fechar seus olhos. Ele sentia o calor espalhando-se de suas bochechas para as orelhas conforme a atenção em si era mantida.

— Hyuga Doro, eu te amo. Você é o meu braço direito, é a primeira pessoa que vejo ao acordar e a última antes de dormir, por isso te amo. É aquela que ocupa cada centímetro dos meus pensamentos a cada segundo de todos os dias, é o rosto que muitas vezes imagino nas estrelas, o odor que sinto todas as manhãs e que me dá esperança de uma vida feliz e pacata, você é o meu tudo. — Tsuyu disse e engoliu em seco enquanto mantinha seus olhos amarelos bem concentrados no rosto da noiva, então continuou. — Você é o meu dia de sol desde o primeiro dia que nos conhecemos. Você me atrai diariamente, me perdoa por meus erros, ilumina e domina tudo que está ao seu alcance, até mesmo estou ao seu controle. Eu me sinto feliz de estar perto de você. —

Um momento de silêncio para que cada um absorvesse aquelas palavras que expressavam o sentimento que o Hyuga possuía por sua parceira que parecia esforçar-se para não chorar por aquelas palavras, então a atenção de muitos se esquivou do moreno para a jovem Kohi que levantava o braço direito e mantinha entre os dedos médio e indicador um pedaço de papel.

— Você escreveu isso, né? — Kohi perguntou com certa inocência, não demorando em continuar. — Aqui diz "meu voto de casamento". Então, você escreveu? —

O moreno levou a mão esquerda para um dos bolsos de sua jaqueta, mas não sentiu o conteúdo que devia estar ali e que sempre estaria até o dia de seu casamento, então direcionou a atenção para a antiga habitante de Kumogakure que continuava com o papel em exibição entre os dedos e encarando-o com certa inocência. 

— Onde você achou? — Tsuyu perguntou.

— No seu bolso. Onde mais? — Kohi perguntou e moveu a cabeça para o lado direito e demonstrou certa curiosidade, não entendendo a razão para aquela pergunta do moreno.

— Você gastou o seu voto nessa declaração? — Doro perguntou, porém era óbvio que era uma pergunta retórica. E sua pergunta soava com um grande divertimento, porém espanto pelo noivo já ter concluído o voto.

— Para o inferno. — Tsuyu disse para sua noiva ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas, então continuou ao voltar sua atenção para a antiga habitante de Kumogakure. — Você roubou de mim? —

— Eu não diria que roubei. — Kohi disse ao mesmo tempo que fazia beicinho, mas não demorou para continuar quando pôs as mãos atrás da cabeça. — Só aproveitei que estava distraído e peguei do seu bolso sem que percebesse. —

— Isso é roubar. — Musashi disse com aspereza e semicerrando suas sobrancelhas e mirando seus olhos na pequena ladra. 

— Ah… — Kohi disse e levantou as sobrancelhas e expressou certa inocência, então sorriu e soltou um risinho antes de acrescentar. — …então roubei. —

— Até parece que você não sabe o que é roubar, Kohi. — Chishiki disse de olhos fechados, então suspirou enquanto removia a cabeça do ombro do parceiro e bocejou preguiçosamente antes de acrescentar. — Essa garota era aliada de um grupo de ciganos que aparecem uma vez ao ano em Yattsuhoshi, a líder incentiva os membros a roubarem para que as viagens entre vários lugares ocorra em segurança, mas pouco me importo com esse detalhe. O importante é que Kohi tem pés leves e mãos ágeis, então recomendo que tomem cuidado com objetos de valor nos bolsos. E o pior é que faz parte desse grupo de médicos… em qual área mesmo? —

— Acupuntura. — Ontake respondeu, mas não demorou para voltar sua atenção para a menina que parecia descontente pelo esclarecimento do escritor, então continuou. — Eu recomendo que devolva as coisas que pegou, Kohi. —

— Melhor… — Doro disse ao mesmo tempo que saia do sofá e cruzava os braços abaixo dos seios e dirigia sua atenção para a antiga habitante de Kumogakure, então manteve uma expressão calma e deu continuidade. — …eu recomendo que não roube mais. Estou falando como vice-líder da Rokujūshi e braço direito do líder da Mangetsu. O objetivo que Rakun está tentando alcançar pode ser manchado por causa de ações como essa, menina. A opinião das pessoas a respeito da Rokujūshi pode se tornar negativa com seus atos. Você antes tinha a necessidade de roubar para sobreviver, entretanto isso não é mais necessário. —

Todo mundo ficou em silêncio e observando a aproximação da antiga kunoichi de Sunagakure para até a ladina que parecia descontente com a situação, mas de alguma forma compreendia. Doro cuidadosamente dobrou seus joelhos, assim ficando na mesma altura que Kohi e concentrando seus olhos púrpuros nos esverdeados — verde-musgo — da garota que acabou suspirando e puxando de dentro dos bolsos um colar que possuía o símbolo de Jashin — um círculo com um triângulo invertido — e um anel com uma gema preciosa azul, assim chamando a atenção da Yamanaka que depressa olhou para o seu anelar esquerdo, assim percebendo a ausência e depois olhando para a garota de Kumogakure. 

— Quando você… — A Yamanaka não concluiu seu comentário, afinal acabou sendo interrompida.

— …quando ela te comprimentou a algumas horas atrás. — Era uma voz masculina que carregava certa gentileza e um óbvio divertimento.

A atenção de todos se esquivou para a entrada do cômodo, assim puderam observar um certo rosado que mantinha os braços cruzados e os olhos carmesins — Sharingan — concentrados unicamente na Yamanaka. Rin ainda deixava seu cabelo preso e mantinha as mesmas roupas de antes, com exceção de que naquele momento equipava-se com um avental rosa que chegava até seus joelhos, este suspirou e deu um passo a mais para dentro do cômodo.

— Você estava conversando com Doro e Ryūsei, por isso não percebeu o furto, mas eu presto atenção em você, por isso vi quando aconteceu. — Rin disse e guiou as mãos para a cintura enquanto direcionava seus olhos para a ladina, então deu continuidade. — Doro tem razão, Kohi. A Rokujūshi é baseada em confiança e bondade, não mencionando que recebe o apoio de importantes líderes que ficariam decepcionados comigo caso soubessem disso. —

— Porque não fez nada antes se me viu sendo roubada? — A Yamanaka perguntou ao mesmo tempo que semicerrava as sobrancelhas e enchia as bochechas.

— E mais importante: porque você está de avental? — Tsuyu perguntou e mordeu com suavidade os lábios para evitar gargalhar da forma que o rosado estava vestido.

— Cedo ou tarde eu faria alguma coisa, aquele anel fica melhor em você, então óbvio que o pegaria de volta e colocaria em seu dedo sem que percebesse. Tirá-lo sem que notasse foi fácil, então imagino que recolocá-lo sem que percebesse também seria fácil. — Rin respondeu sua noiva e sorriu pelo canto dos lábios quando percebeu um olhar sugestivo da mesma, porém voltou a atenção para o Hyuga e suspirou antes de dar continuidade. — Porque não quero me sujar com o que estou fazendo. Isso responde a sua pergunta? — O rosado voltou a atenção para a ladina, então continuou. — A Rokujūshi incentiva o círculo de bondade, Kohi. Não quero que haja desconfiança ou ódio nas sombras de uma organização com um objetivo tão nobre. Consegue me entender? —

— Desculpa… — Kohi disse e abaixou sua cabeça ao mesmo tempo que um beicinho surgia, estando obviamente descontente com aquele resultado, mas usando com sinceridade aquela solitária palavra.

A pequena ladra devolveu o item de Jashin para Lich e depois entregou o anel com a gema preciosa para a Yamanaka que o pôs de volta no dedo.

— Você está com o Sharingan ativado e usando um avental… que diabos está fazendo para não querer se sujar? Está matando alguém? — Musashi perguntou dessa vez e sorriu com certa crueldade ao mesmo tempo que semicerrava mais as sobrancelhas, não demorando em continuar. — Posso ajudá-lo? —

— Não tem porque estar matando alguém. — Rin disse e levou a mão direita para trás da cabeça, coçando aquela área com a ponta dos dedos, mas não demorando em continuar quando as bochechas tomaram um tom mais avermelhado. — Estou fazendo um bolo de frutas para comermos hoje a noite enquanto trocamos presentes. —

— Você sabe fazer bolo? — Doro perguntou com certa confusão, afinal não conhecia as habilidades culinárias do rosado mesmo depois de passar algum tempo com ele.

— Não, por isso estou usando o Sharingan para servir como ajuda extra na preparação. — Rin respondeu e engoliu em seco e acabou prolongando um suspiro antes de acrescentar. — Sei o básico de culinária porque Sakura-sama me ensinou, mas doces é um ambiente inédito para mim. —

— E porque aprendeu culinária? — Tsuyu perguntou com uma expressão que remetia a confusão.

— Porque combinamos que assim seria em nossa vida caso ele perdesse um confronto a muito tempo. Ele seria responsável pela culinária e lavagem de pratos em nossa casa. — A Yamanaka respondeu ao mesmo tempo que levantava os braços, assim se espreguiçando e dando continuidade. — E mais cedo concordamos com a preparação de um bolo para todos, mas uma distração era necessária para que não houvesse interrupções, por isso aquela diversão no terraço para gastar o máximo possível de energia. —

— Vocês armaram para nós!? — Chishiki perguntou e levantou as sobrancelhas. Era óbvio que estava incrédulo com o andamento daquela conversa. 

— Eu poderia ter usado um Genjutsu para fazê-los adormecer por algumas horas, mas não queria me aborrecer mais tarde com isso, então sim. — Rin disse ao mesmo tempo que retirava o avental e o jogava na cara do Hyuga e sentava-se no chão, ao lado da onde a noiva estava sentada, então continuou enquanto cruzava as pernas. — Estou desocupado por quarenta minutos. Então, sobre o que estavam conversando? —

— Do que será esse bolo? — Ryūsei perguntou.

— Como sei que há duas grávidas loucas por um pouco de doçura… preparei um bolo com chantilly e pedaços de mangas, cerejas e uma quantidade certa de calda de laranja e pêssego. — Rin respondeu e direcionou a atenção para a noiva, então sorriu e deu continuidade. — Não é ótimo como penso em você? —

— Não acha que exagerou na doçura do bolo? — A Yamanaka perguntou com um pouco de receio e levantou uma das sobrancelhas, porém não demorou em continuar com um singelo sorriso. — É ótima a maneira que cuida de mim. Você todo é ótimo, querido. —

O rosado não respondeu, na realidade apenas gargalhou com brevidade como se considerasse que aquela pergunta fosse desnecessária, afinal pensou em tudo que referia-se a aquele bolo. Ele pôs a cabeça na poltrona e fechou seus olhos para que pudesse aproveitar a carícia que sua parceira fazia, ao mesmo tempo deixando seus braços cruzados. Ryūsei, percebendo o quão tranquila se encontrava a situação, não demorou para sair do assento e tossir, assim ganhando a atenção de todos que lhe encaravam com curiosidade. A mesma levou a mão direita para dentro do bolso de sua vestimenta, assim puxando do interior uma máquina fotográfica vermelha e de aparência nova.

— Para que isso? — Musashi perguntou. 

— Que tipo de resposta está querendo? — Rin perguntou com uma ligeira malícia e sorrindo com certa provocação pelo canto dos lábios, não demorando em voltar a atenção para a espadachim.

— Isso é para recordações. Comprei com o intuito de preservar os bons momentos que compartilhamos como um grupo. Sou a segunda mais nova, mas já percebo o quão próximos são uns com os outros, por isso… — Ryūsei contou e sentiu as bochechas se esquentarem brevemente, não demorando em acrescentar. — …poderia sugerir por… — A ruiva não concluiu seu comentário.

— Ah, vamos lá. — Rin disse, assim interrompendo-a ao mesmo tempo que se levantava e espreguiçava-se como se quisesse deixar a preguiça de lado, então continuou. — Eu gostaria de tirar uma foto com a Misa primeiro, Ryūsei. Não se importa? —

— Ahn… não. Não há problema nenhum. — Ryūsei disse e assumiu uma expressão mais gentil para o rosado enquanto mirava seus olhos carmesins na Yamanaka que continuava sentada na poltrona.

O rosado pareceu satisfeito com a aceitação, por isso voltou a atenção para a noiva que encarava-o e não demorou para que Misa compreendesse que era o momento de sair da poltrona. Quando isso aconteceu, Rin pôs as mãos na barriga da noiva e puxou-a para mais perto de si e não demorou para que a Yamanaka compreendesse a intenção do rosado, por isso levou as mãos as bochechas dele e aproximou seu rosto ao dele ao mesmo tempo que fecham seus olhos, assim os dois se beijam com a mesma ternura e afetuosidade costumeira e soltam um pequeno risinho quando escutam um "click", assim tendo aquele momento preservado numa fotografia que seria entregue em algum momento para eles. Tsuyu e Doro sentiram-se motivados, por isso repetiram o mesmo momento que o casal anterior. O escritor olhou para seu parceiro que encarava-o como um cachorro pedindo por comida, além disso não escondia a  ansiedade por uma fotografia idêntica, por isso suspirou com uma ligeira irritação.

— Já temos fotos demais. — Chishiki disse ao mesmo tempo que cruzava os braços e parecia decidido a manter aquela opinião.

— Vá para o inferno. Mais uma foto nunca é demais, Shiki. — Ontake disse manhoso e não demorando para alterar seu olhar pedinte para algo que remetia a confiança.

O moreno aproximou-se mais do escritor e rapidamente levou as mãos para trás do pescoço dele e puxou-o para baixo, assim surpreendendo-o e fazendo com que se abaixasse o suficiente, dessa maneira Ontake selou seus lábios com o escritor que pareceu bem surpreendido por aquele gesto e incomodado pelo "click" ou por aquele beijo ter sido um pouco mais demorado, mas assim mesmo houve um aproveitamento. Ryūsei olhou para as pessoas que faltavam, mas nenhuma delas parecia interessada em tirar uma foto como aquela, nem mesmo Musashi que se interessou por um pedaço qualquer da parede enquanto assumia uma expressão mais séria, assim rendendo um discreto suspiro da espadachim. Rin se aproximou da ruiva ao mesmo tempo que fazia um selo que remetia a uma cruz usando o dedo médio e indicador, assim criando um Kage Bunshin que segurou a câmera fotográfica que foi retirada das mãos de Ryūsei pelo rosado original e entregue a ele em seguida. 

— Uma foto de todo mundo agora. — Rin disse ao mesmo tempo que indicava o espaçoso sofá, então deu continuidade para que houvesse um entendimento. — As mulheres ficam sentadas, nós atrás delas. — 

Todo mundo obedeceu. Misa sentou-se na ponta esquerda do sofá, Doro sentou-se ao lado da amiga com Ryūsei ao seu lado, Fushin sentou-se na ponta direita do sofá e Kohi ao lado da especialista em Genjutsu, enquanto isso Ontake escolhia deitar-se sob aqueles colos e assumir uma pose que claramente serviria para chamar a atenção. Todas as garotas faziam um sinal de paz com o dedo médio e indicador da mão dominante e sorrisos graciosos. Rin escolherá ficar em pé na ponta esquerda do sofá — atrás de Misa — e com o braço esquerdo enfaixado por cima do ombro de Tsuyu que igualmente passava o braço direito enfaixado pelo ombro do rosado enquanto sua mão esquerda repousava em cima da cabeça de Musashi que mantinha as mãos bem agarradas no sofá e um olhar discreto para a ruiva que estava a frente dele e acomodada no sofá, ao mesmo tempo Chishiki, ao lado do usuário de machados, sorria com afeto para o namorado que estava no colo de tantas garotas, não parecendo incomodado por Lich, que naquele momento sorria de qualquer forma para a câmera e que tinha a mão direita em seu ombro enquanto a esquerda repousava dentro do bolso de sua vestimenta. E então, houve o "click" para que aquele momento fosse preservado.


Notas Finais


Chegamos ao 200° capítulo. E isso é incrível. O tanto de coisa que aconteceu nesses duzentos capítulos... é simplesmente um prato cheio, não acham? Eu gostaria de saber o top 10 (ou 5, depende de vocês) momentos mais legais dos arcos em geral.

O arco ainda não acabou, na realidade será finalizado na segunda-feira e outro começará, porém deixaremos apenas o primeiro capítulo desse novo arco e iremos descansar por alguns dias e escreveremos com calma.

Se esse capítulo estiver meio ruim (ou o próximo) culpem ao co-autor @Saberus por ter maratonado a quarta temporada de Stranger Things (do mês passado, não a que saiu nesse dia) e escrito com a famosa ressaca pós maratona.


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