1. Spirit Fanfics >
  2. Tales of a Uchiha >
  3. Chapter 98

História Tales of a Uchiha - Chapter 98


Escrita por: MasterShigs e Saberus

Notas do Autor


Boa leitura ❤

Capítulo 98 - Chapter 98


Fanfic / Fanfiction Tales of a Uchiha - Chapter 98

— O-O que? — Misa perguntou e se ajoelhou de frente para o rosado e soltou um riso bobo. — Na-Não ente-entendi o que disse. Por um momento… por um momento achei ter dito que estará de mudança. É isso mesmo que eu entendi, Rin? —

O olhar de Misa… era avassalador, mas não de uma maneira amedrontadora que assustaria os mais bravos e destemidos, mas… doloroso. Ela torcia no fundo da alma para que tais palavras soltas por aqueles lábios fossem mentiras. Até era capaz de tolerar a ausência do rosado nos últimos meses, mas na época sabia que o mesmo retornaria para Konohagakure. Então, como seria caso estivessem distantes um do outro? Um deles teria de fazer constantes viagens para apreciarem suas companhias por no máximo dois dias, então mais cinco afastados, quem sabe um pouco mais do que isso por causa de eventuais compromissos. 

— Você entendeu certo. — Rin disse e baixou seu olhar por um momento, desta forma observando as trêmulas mãos da garota, então voltando a observá-la. — Eu conheço o líder do vilarejo e ele tem uma dívida comigo por… — Rin levou a mão direita ao cabelo e o coçou enquanto sorria um pouco. — ...ajudar o neto dele a nascer. Yattsuhoshi é um vilarejo pequeno e encantador que não tem os mesmos problemas de Konohagakure, então vou pedir para que construam uma casa. —

— Problemas de Konohagakure? Você está querendo se mudar por causa de alguns problemas? Está pensando em construir uma vida inteiramente nova por causa de… problemas? — Misa perguntou. Seus olhos ficaram cada vez mais marejados e ela rangeu os dentes enquanto levava as mãos à gola da camisa do rosado. — Está falando sério? Pretende deixar tudo para trás por causa de… problemas? — 

Seu olhar era avassalador ainda, mas sua voz carregava raiva. Qualquer um que conhecia o rosado o suficiente — por mais de um ou dois dias — sabia o quanto evitava problemas, mas ela não acreditava que ele seria capaz daquilo. A Yamanaka sabia que ele estava contente com o relacionamento que estava construindo com a outra parte da família, por isso não imaginava que o mesmo teria coragem de afastar-se deles. 

— Hm? Não vou embora de Konohagakure por causa de problemas. Eu só disse que Yattsuhoshi não tem problemas iguais aos daqui. — Rin disse, mas deu continuidade por conta da alteração de humor de sua namorada, soltando até mesmo um riso enquanto levava suas mãos aos pulsos dela. — Você está bem? Você está naqueles dias? —

— Não… não mude de assunto! — Misa disse com o rosto ligeiramente ruborizado. Sim, ela estava naqueles dias, mas a conversa não tinha de ser sobre aquele assunto.

A Yamanaka o empurrou, desta forma deitando-o na pedra e depressa adiantando-se, assim ficando por cima dele, sentada em seu colo e segurando-lhe os pulsos com um pouco de gentileza. Seus olhos continuavam marejados e com aquela expressão que doía o coração de qualquer um. Mechas de seu cabelo loiro recaiam sobre o rosto do rosado que mantinha-se calmo enquanto sentia a fragrância de jasmim que adorava. Aquele era o aroma de sua namorada.

— Explique… — Misa disse e apertou um pouco dos pulsos dele antes de dar continuidade. — ...o porquê desse assunto. —

— … — Rin ficou em silêncio. Só então percebeu como não deu certas informações, por isso sorriu e levou sua mão direita à bochecha da garota e acariciou enquanto uma lágrima escorria pelo sedoso rosto dela e pingava nele. — ...minha mãe. —

[ ۝ ]

Mesmo dia, mas ainda era manhã. Pouco antes das sete da manhã. O rosado sairá do quarto de sua mãe depois de vê-la adormecida e seguiu de encontro a escada que levava ao primeiro andar, descendo e seguindo para a sala de estar enquanto esfregava o cabelo um pouco bagunçado. Ele olhou para um sofá com alguma coisa se mexendo e sorriu pelo canto dos lábios ao ver Ontake com apenas uma manta o cobrindo. Desde que o rapaz chegou que ele tem ficado em sua casa, mas… 

— ...seu sofá é horrível. — Ontake disse enquanto sentava-se e levava as mãos para suas costas enquanto continuava com seu comentário. — Vou dormir no seu quarto na próxima vez que chegar tarde da noite. —

— Eu não tenho irmãos e meu pai era bem relutante com hóspedes. Então, é meio óbvio haverem apenas dois quartos. — Rin disse, mas deu continuidade após sentar-se ao lado dele. — Viu quando cheguei? —

— Você acha que dá para ter sono pesado com essa droga de sofá? — Ontake perguntou, mas deu continuidade quando pôs a mão direita em seu pescoço e massageou. — Vi sim. Passei algumas horas conversando com sua mãe. —

— E ela está… — Rin não concluiu seu comentário.

— ...tá. Me admira que você tenha percebido isso, mas não ofereça seu quarto para mim. — Ontake disse, mas ainda sim continuou depois daquela pequena alfinetada. — Há um lugar na mesa que ela não se senta, já vi ela parada por mais de quinze minutos olhando para as fotografias ou sentada com os olhos distantes e marejados. E quando tem certeza que você vai demorar em voltar para casa… ela chora, mas escolhe fazer isso cortando cebolas. Você sabe o que isso significa. —

— Uma infinidade de coisas, mas luto é a primeira dessa lista. — O rosado murmurou, mas deu continuidade enquanto olhava para suas mãos. — E o luto pode acabar se desenvolvendo numa depressão. —

— Essa casa traz fortes recordações… — Ontake disse e continuou massageando um pouco o pescoço e movendo sua cabeça de um lado a outro. — ...e eu preciso de uma cama com urgência. —

Rin ficou em silêncio por alguns segundos e olhou para o moreno que reclamava de dores musculares. Então, sorriu ao se dar conta do que ele disse por mais desproposital que fosse o comentário, então levou suas mãos ao rosto do moreno e o puxou ridiculamente perto de si e não sentiu-se incomodado quando as bochechas de Ontake arderam ou os olhos rubis dele desceram para encarar seus lábios. Rin sabia que Ontake era homossexual, não tinham conversado sobre isso em Amegakure, mas qualquer um perceptivo o suficiente teria aquela noção. Além de que… o corpo do moreno era magro o suficiente para ser comparado ao de uma mulher, além disso seu cabelo se ficasse naturalmente solto… só serviria para confundi-lo mais com uma mulher… e sua personalidade? Muitas coisas levavam o rosado a acreditar na sexualidade de Ontake, mas não dava a mínima.

— O que… O que… — Ontake começou a falar, mas foi interrompido.

— Você! — Rin disse um pouco animado e balançando as bochechas de Ontake como um adulto faria com uma criança. — Vá para o meu quarto hoje! —

— O que????? — Ontake disse completamente confuso e com as bochechas e orelhas completamente aquecidas, além disso suas mãos suavam em excesso. 

— Você mereceu. — Rin disse. Ele enfim parou de balançar as bochechas do moreno e o abraçou. — Você me ajudou a resolver um problema antes que acontecesse, por isso tem a garantia do meu quarto pelos próximos dias. —

— E onde você dormirá? Quer dizer que vamos compartilhar a mesma cama? — Ontake perguntou e seus olhos ficaram marejados, mas só por conta da boa suposição. — E vamos… —

O rosado levou alguns segundos para se dar conta de para onde o raciocínio do moreno estava seguindo. A casualidade de como aquilo aconteceu era sua responsabilidade por conta dos comentários desconexos. Ele soltou as bochechas de Ontake.

— ...não vamos. E que não seja outro louco com imaginações sexuais, Take. — O rosado disse e sentiu um leve arrepio ao lembrar-se das inúmeras vezes que Doro tentou alguma coisa com ele, por isso deu continuidade. — Vou aproveitar que Sarada-chan saiu em missão. Então, me acompanhe para um lugar amanhã. —

— Que lugar? — Ontake perguntou e inclinou a cabeça para o lado direito.

— Um vilarejo que fica próximo ao País do Vento. E… — Rin disse enquanto saia do sofá e levantava os braços, espreguiçando-se ao ouvir o ranger da porta do quarto de sua mãe. — ...não conte nada do que ouvir nos próximos dias para ninguém. Me prometa que ficará em silêncio e meu quarto está garantido pelo tempo que quiser, assim não precisará dormir no sofá por um longo tempo. —

— Por acaso tô fazendo um pacto? — Ontake perguntou, mas continuou assim que ouviu os passos de alguém se aproximando pelo corredor. — Tá, certo. —

[ ۝ ]

— ...foi isso. — Rin terminou de contar o que aconteceu mais cedo. E ainda deu continuidade assim que moveu a mão esquerda para a cintura de sua namorada. — Como ganhei um bom dinheiro ao apostar em mim no Coliseu, vou gastar uma parte com o bem estar da minha mãe. —

— Eu entendo o que você está dizendo, mas porque não se mudam de casa e se mantêm em Konoha? Porque tem que ser tão longe? — Misa perguntou.

— Não acho que funcione a longo prazo se continuar em Konoha. Você ainda sentiria o mesmo apreço por essa aldeia se eu morresse? Se os seus pais ou seus irmãos morrerem? Veria os mesmos lugares que frequentamos com os mesmos olhos? — Rin perguntou.

— Não fale que morrerá. Nunca mais fale isso… — Misa sussurrou, mas deu continuidade quando pareceu que o rosado aguardava por sua resposta, por isso que ela suspirou e deitou-se ao lado dele na pedra. — ...não veria. —

— E meus pais foram casados por anos. Então, imagine o quanto de memórias que ela tem da aldeia com ele. — Rin disse e voltou a se sentar e cruzar as pernas enquanto olhava para o céu e as nuvens.

— E como faremos com nosso relacionamento? — Misa perguntou, mas deu continuidade após se sentar e abraçar as pernas, mantendo sua atenção nele. — Não nos veremos com tanta frequência. Você pode ter seu Hiraishin no Jutsu, mas e se eu quiser visitá-lo de surpresa? Estou bem com suas viagens para aprendizado e passar o Iryō Ninjutsu adiante, mas só porque sei que você estará de volta ao lar. Distante… não saberei quando partiu em viagem ou quando retornou. —

— Eu acho que você não entendeu… — Rin disse e levantou uma das sobrancelhas enquanto prestava atenção na garota.

— Não diga que será o fim do nosso relacionamento. — Misa disse e apertou um pouco mais o abraço que dava em suas pernas.

[ ۝ ]

Era aquilo que Yamanaka Misa se lembrava do dia anterior. A jovem loira estava bem sentada numa cadeira à frente de uma mesa e parecia um pouco distraída. A sua frente estavam os estudantes sentados em seus respectivos assentos e que agiam com curiosidade do porquê de sua professora agir tão avoada naquele dia. A atenção da Yamanaka retornou para aquela sala no momento em que ouviu um livro caindo acidentalmente no chão. Ela não tinha a mínima ideia de quanto tempo se passou desde que se perdeu nos pensamentos e memórias, mas imaginou que foram de poucos minutos já que o relógio na sala avançou em cinco minutos.

— Você está bem, Misa-Sensei? — Uma garota de cabelo ruivo e olhos azuis perguntou.

— Ah, Ichigo-chan. Estou sim… — Misa disse e olhou para a porta no momento em que houve uma batida, por isso que saiu de sua cadeira e foi para frente da mesa, mas resolveu se sentar nela e cruzou os braços. — ...bem na hora. Pode entrar. — Misa disse.

E a porta foi aberta, assim o rosado passou por ela e observou os estudantes que o encaravam. Alguns pareciam mais animados do que outros. O rosado naquele dia usava uma camisa preta acinzentada com jaqueta rosada e capuz, além de calça escura e sandálias para os dedos, mas também usava os costumeiros aquecedores de pulso. Rin sorriu pelo canto dos lábios enquanto se aproximava do meio da sala e cruzou os braços.

— Crianças, este é Katsuryoku Rin… — Misa disse e usou sua mão direita para mostrar o rosado que estava ao seu lado antes de dar continuidade. — ...ele concordou em aparecer na última aula para responder suas perguntas, mas também contará um pouco a respeito dele. Então, gostaria de começar? —

— Ah, certo. — Rin disse e observou as crianças atentas nele, por isso baixou a cabeça um pouco e sorriu pelo canto dos lábios antes de continuar. — É divertido pensar que, há alguns anos, meus amigos e eu estávamos sentados onde alguns de vocês estão. —

— Onde estão seus amigos? — Uma criança perguntou.

— Essa é uma boa pergunta. Se foram comportados estão no céu, mas se foram levados… — Rin não concluiu seu comentário já que recebeu uma cotovelada discreta da Yamanaka ao seu lado, por isso suspirou e coçou a bochecha antes de se corrigir. — Perderam suas vidas em missão. As missões sempre carregam seus riscos. —

— Não é mais fácil dizer que morreram? — Ichigo perguntou depois que levantou o braço como se fosse essencial para fazer as perguntas.

Rin sorriu pelo canto dos lábios, lembrando-se das palavras de seu pai no leito de morte, mas aquele não era o momento de proferi-las. 

— Não. Porque estão ainda na minha memória, por isso não estão mortos. — O rosado disse e olhou com um pouco de atenção para a ruiva que tinha feito aquela pergunta. — Você já perdeu alguém? —

— Ah, sim. Minha irmã mais velha… — Ichigo disse e não se incomodou quando a maioria dos colegas olharam para ela com um pouco de pena. Ela só deu continuidade. — ...Kira-nee-san. A chamaram um pouco tarde para participar de uma missão. E meu pai contou alguns dias depois que ela… —

O rosado ficou em silêncio, mas claramente surpreso em descobrir o parentesco da ruiva de olhos marejados com Kira. Ele continuou em silêncio, mas sorriu pelo canto dos lábios quando percebeu que a garota secava os próprios olhos. 

— Tenho uma história para contar, mas não é inteiramente minha. — Rin disse e levou a mão direita ao queixo enquanto afastava-se de Yamanaka Misa, dando continuidade assim que sentou-se ao lado de Ichigo. — É sobre o valente grupo de amigos que enfrentaram uma perigosíssima missão. —

Misa ficou em silêncio. Ela sabia daquela história porque o rosado lhe contou uma única vez. Ela retornou ao seu assento original — a cadeira — e pôs os cotovelos na mesa e entrelaçou suas mãos enquanto olhava para o rosado sentado ao lado de Ichigo e com a mão esquerda no cabelo dela, afagando-a com gentileza e continuando quando a menina pareceu gostar.

— Esse valente grupo eram amigos desde a época da academia, mas se afastaram no momento em que se formaram na academia. Eles se afastaram, mas continuaram bons amigos enquanto seguiam seus caminhos. Um deles escolheu seguir aprendendo sobre o Iryō Ninjutsu, outro decidiu continuar fazendo missões para não depender do Hokage e a outra pessoa decidiu que queria ser uma estrela. — O rosado disse e fechou um pouco sua mão, mas a abriu e deu continuidade. — Esse grupo se reuniu para uma missão com intenção de ajudar aquele que havia continuado a fazer missões. Ele só precisava de uma para ter a chance de se tornar um Chunin. —

O rosado soube quando Ichigo moveu um pouco o rosto e ficou observando em silêncio, mas com uma expressão de surpresa e atenta na história.

— Eles chegaram ao local da missão na manhã do dia seguinte. E conheceram a pessoa que teriam de ajudar porque pensaram que era uma missão de Rank C, mas se enganaram. No início, tiveram de lidar com animais selvagens, lobos. E cada um foi corajoso de sua própria maneira. — Rin disse e levantou um pouco sua cabeça, assim observando o teto da sala antes de dar continuidade. — A pessoa que decidiu ser uma estrela ajudou a proteger o contratante da missão e a dar chakra aos seus queridos amigos. Pode-se dizer que ela foi a verdadeira heroína da missão. Sem ela, nenhum deles sobreviveria. —

— O que aconteceu? — Um garoto perguntou.

— Os lobos eram parte da missão. Eles descobriram quando alguém forte demais para eles na época apareceu. E os amigos saíram machucados, mas não desistiram, por isso se recuperaram e foram atrás desse verdadeiro inimigo. E lutaram bravamente para vencê-lo. — Rin disse com calma e olhando para Ichigo que soluçava enquanto lágrimas escorriam contra vontade dela. — Cada um daqueles grandes amigos foi um herói à sua própria maneira na missão, mas a garota que sonhava em ser uma atriz… foi uma heroína para os outros dois heróis. Pode-se dizer que ela foi uma super-heroína. —

— E o que aconteceu? — O mesmo garoto perguntou.

— Eles perderam suas vidas na missão. Aquele que continuou fazendo missões e a garota que sonhava em ser uma estrela, mas aquele que estava aprendendo sobre o Iryō Ninjutsu sobreviveu. — Rin respondeu enquanto contava a história e aproximou seu rosto da testa de Ichigo e deu um beijo no meio da testa dela, então sussurrou para ela e somente ela. — Kira foi uma grande amiga. E se pode lembrar dela, então ela não morreu. Ela estará viva em suas memórias. —

Ichigo ficou em silêncio, mas se debruçou e escondeu o rosto choroso cobrindo-o com os braços. E com isso o rosado aproveitou para se levantar e cruzar os braços enquanto voltava a se aproximar da mesa.

— Alguma pergunta? — Rin perguntou.

— Quem foram os três amigos? — Um garoto perguntou.

— Vocês estão olhando e ouvindo aquele que aprendia sobre o Iryō Ninjutsu. — Rin respondeu, mas deu continuidade assim que coçou um pouco seu cabelo. — O que continuou em missão foi um espadachim de três espadas que não devem conhecer. E a que buscava o estrelato… não cabe a mim dizer quem era. —

— E o que fez depois? — Um garoto perguntou.

— Me senti para baixo. Como qualquer pessoa normal se sentiria quando perde os amigos. Mas… — Rin disse, então olhou para a Yamanaka que estava sentada atrás dele antes de dar continuidade. — ...tive pessoas com quem contar e que me tiraram daquela amargura. —

Misa ficou em silêncio, mas sentiu as bochechas se esquentarem e mordeu os lábios para evitar ao máximo sorrir naquela situação.

— Você só fez isso? — Misa perguntou em alto e bom som para os estudantes ouvirem.

— Não. Eu não fiz só isso. — Rin disse e sorriu pelo canto dos lábios antes de dar continuidade. — Fugi de Konohagakure após descobrir que pertenço ao clã Uchiha. Entendam… só fugi para colocar minha mente no lugar, mas uma parte minha queria conhecer um pouco mais de Iryō Ninjutsu, além disso deixei inúmeras pessoas preocupadas com a minha escapada de alguns meses. —

— Para onde você foi, Rin-Sensei? — Uma garota perguntou.

— Para Sunagakure. Lutei contra os mares de areia e o calor e também contra perigosíssimos escorpiões gigantescos, além de me encontrar com o grande Shukaa-ku! — Rin contava dando ênfase em certas partes para melhorar um pouco sua história.

— E você morreu? — Um garoto perguntou ao se levantar e pôr as mãos na mesa.

— Infelizmente sim, mas sobrevivi para contar a história. — Rin disse e cruzou os braços enquanto sorria para os estudantes que gargalhavam animadamente da resposta, então continuou. — Em Sunagakure conheci uma velha rabu-... — Rin novamente teve de corrigir por conta de um soco em suas costas originário da Yamanaka. — ...uma excelente professora que pôde me passar coisas que eu não sabia, por isso que os professores são importantes. —

— Concordo! A Misa-Sensei é a mais divertida dos professores! — Um garoto disse e outros concordaram. 

— Rin-Sensei! — Uma garota o chamou depois de levantar o braço, dando continuidade quando o mesmo a observou. — Porque escolheu o Iryō Ninjutsu? —

— Sempre me senti atraído pelo Iryō Ninjutsu. Para poder usá-lo tem de haver uma precisão de chakra, mas também conhecimento sobre inúmeras áreas. — Rin contou.

— Rin-Sensei, Rin-Sensei! — Outra garota chamou após erguer o braço direito, dando continuidade assim que o rosado a observou. — Como conheceu a Misa-Sensei? —

— Salvando a vida dela. — Rin respondeu, mas deu continuidade quando os alunos pareciam interessados. — Misa-chan estava fugindo de um lobo. E acabei aparecendo na hora certa e metendo um soco no animal. —

— Rin-Sensei! — Outra garota levantou o braço enquanto o chamava. — Quantos anos tem? Qual sua cor favorita? Qual comida mais gosta? —

— Nossa, quantas perguntas. Sua sala está se animando com as perguntas, Misa-chan. — Rin disse com um pouco de animação e coçando o queixo em seguida antes de sorrir e dar continuidade. — Em alguns meses estarei completando dezoito anos. Eu não tenho uma cor favorita porque é muito trabalhoso pensar numa só. E comida… —

— ...ele tem preferência por bolinhos de arroz com atum e tomate. Ele não gosta de comer doces, mas não vê problema em chocolate bem amargo. — Misa respondeu a última pergunta.

O rosado levantou os braços e entrelaçou as mãos, desta forma se espreguiçando e inclinando o corpo para trás. Ele olhou para um copo de água que foi colocado ao seu lado, por isso o pegou e começou a beber um gole e depois outro quando uma criança levantou a mão.

— Da onde vem os bebês, Rin-Sensei? — O garoto perguntou.

Rin cuspiu a água. E lentamente seu rosto corou e o calor se espalhou para suas orelhas. Ele não precisava olhar para trás para saber que Misa cobriu a boca com as duas mãos, desta forma abafando — e conseguindo — sua gargalhada. O rosado engoliu em seco.

— Porque a curiosidade, garoto? — Rin perguntou.

— Perguntei para minha mãe de onde vinha os bebês, mas ela não me respondeu. — O garoto disse, então deu continuidade ao inclinar um pouco seu rosto para o lado direito. — Então… —

— Veja bem… — Rin coçou o cabelo por um momento, então deu continuidade assim que pensou em alguma coisa. — ...quando um homem e uma mulher se amam muito… esse amor faz com que de mês em mês a barriga da mulher se desenvolva. —

— Escapou bem… — Misa sussurrou.

— Rin-Sensei! — Uma garota chamou, então deu continuidade quando o rosado a observou. — Você está namorando a Misa-Sensei? Meu pai diz que só devo beijar um menino quando namorar com ele… e quando papai não estiver mais por aqui. —

— O meu diz a mesma coisa! Rin-Sensei, está namorando a Misa-Sensei? — Outra garota perguntou animadamente.

"Garotos gostam de ação, garotas gostam de romance?" o rosado pensou e sentiu as bochechas queimarem mais um pouco por conta das insistentes perguntas. Rin olhou para Misa que enfim deixará a cadeira para seguir ao seu lado direito e cruzar os braços abaixo dos seios. O rosado olhou cuidadosamente para a Yamanaka, mas então retornou sua atenção para os estudantes que aguardavam com animação uma resposta.

— Já chega. Rin-Sensei precisa fazer uma coisa muito importante ainda hoje, por isso já está na hora de se despedirem dele. — A Yamanaka disse e mostrou a língua para alguns estudantes que reclamaram, então continuou ao olhar o rosado ao seu lado. — Obrigada, Rin. —

O rosado sorriu pelo canto dos lábios e abaixou sua cabeça um pouco ao ouvir mais reclamações dos estudantes, assim rindo por alguns segundos. Ele se afastou da mesa e seguiu de encontro a porta da sala com Misa um pouco atrás dele para acompanhá-lo. O rosado olhou com brevidade para Ichigo que enfim parava de esconder o rosto e o olhava, mas depois Rin retornou sua atenção para a porta e a abriu e passou por ela. Ele olhou para Misa quando a mesma fingiu uma tosse assim que fechou a porta que dava acesso a sala de aula.

— O que? — Rin perguntou um pouco confuso, mas ao mesmo tempo animado.

— Quando você estará de volta? — Misa perguntou, mas deu continuidade assim que encurtou sua distância com o rosado. — Acho que mereço sua presença em meu aniversário depois de afastá-lo daquelas e de outras perguntas que surgiriam. —

— Não vou demorar. — Rin disse, mas deu continuidade assim que terminou de coçar seu cabelo. — Seu aniversário é daqui a cinco dias. —

— Promete? — Misa perguntou.

O rosado suspirou quando teve aquela pergunta, por isso olhou de um lado a outro e depois encurtou sua distância com a Yamanaka até que a mesma escorou as costas na parede atrás dela, então ele estendeu o braço direito e pôs a palma na parede enquanto tornava mais curta sua distância com a loira que separava casualmente seus lábios quanto mais próximo ele estava dela. Ele calorosamente a beijou e usou a mão esquerda para agarrá-la pela cintura, puxando-a para perto de si enquanto as mãos dela seguravam em seus ombros. O beijo apesar de caloroso era gentil e antes que percebessem já estavam de olhos fechados e continuando-o. Ele foi o primeiro a parar o beijo, mas levou os lábios para o pescoço da mesma e antes que mordesse começou a escutar sussurros e até risos baixos. Os dois olharam para a porta da sala de aula, ou melhor, para alguns estudantes que sorriem quando foram vistos, dentre eles estava Ichigo.

— Eles se beijaram! — Ichigo gritou para a sala, então deu continuidade ao levar a mão esquerda para perto da boca sorridente. — Eles tão namorando sim. —

— Xô! Vão para dentro da sala seus… demônios! — Misa disse enquanto o rosto estava corado, o coração disparado e a respiração um pouco ofegante. 

— Estamos dentro, Misa-Sensei. Nossos pés estão dentro da sala, então tecnicamente ainda estamos na sala de aula. — Um garoto disse.

"Moleque inteligente…" pensou o rosado que quase inclinou a cabeça para trás para gargalhar. Quase. Ele só retornou sua atenção para a Yamanaka que também voltou a observá-lo e suavemente separou os lábios novamente para outro beijo, mas Rin sorriu pelo canto dos lábios.

— Vou estar lá. E será um aniversário com surpresas para todo mundo como prometemos. — Rin sussurrou com um pouco de divertimento enquanto olhava para os lábios suavemente afastados da Yamanaka. — Eu te amo. —

E a Yamanaka não teve a oportunidade de respondê-lo. Isso porque o rosado usará uma vez mais o Hiraishin no Jutsu, desta forma aparecendo nos portões da aldeia com Ontake escorado sobre um deles e não tomou um susto quando o rosado apareceu de repente onde havia um papel com a marcação dele. Rin olhou para sua mochila de viagem e a equipou colocando-a em sua barriga, depois olhou para Ontake que levantava os braços e se espreguiçava com vontade, então olhou para o caminho adiante.

— Vamos lá. — Rin disse e imediatamente seu cabelo se arrepiou enquanto uma camada de eletricidade percorria seu corpo. — Assim vamos encurtar bastante a nossa viagem. —

— Certo… — Ontake disse.

Ontake montou nas costas do rosado. E Rin sorriu pelo canto dos lábios antes de disparar com o acréscimo de velocidade do Raiton: Hageshi Senkō. Só daquela forma alcançaria cedo o vilarejo que não havia recebido uma marcação, mas trataria de fazer aquilo quando surgisse a oportunidade.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...