1. Spirit Fanfics >
  2. Tangled >
  3. Sasuke

História Tangled - Sasuke


Escrita por: robynhood

Capítulo 11 - Sasuke


‒ A Hinata sabe sobre você e Sakura.

Ok, e? ‒ Indago, cenho franzido e desinteresse, mas quando assimilo realmente o que Naruto acabou de dizer entre mordidas no sanduíche gordo que fez com ingredientes da minha geladeira sem pedir autorização, suspendo as mãos no ar meio a pegar uma nova folha de papel-lixa. ‒ A Hinata o quê? Como? 

Naruto dá de ombros e se senta em cima de uma das mesinhas encostadas à parede da garagem, ao lado da porta que dá acesso a cozinha.

‒ Não se sente aí ‒ advirto. ‒ Há pregos espalhados e você vai furar o traseiro.

Ele sacode a mão, me ignorando, e dá outra mordida larga.

‒ Ela viu vocês no bar.

‒ Hã? Quando?

‒ Ontem, mano. Pft, você acha mesmo que eu, um mestre de beber 500ml de mojito em tempo recorde, com gelo e tudo, inferno, eu mastigo até as folhas de menta, ia mesmo arranhar a garganta por um gelinho no canudo e ir chorando para casa? Decepcionado que pensa isso de mim.

‒ Espere, seu beberrão fodido, você estava fingindo?

‒ Bom, não ‒ engole. ‒ Realmente doeu, mas minha mulher me disse para fazer um draminha só para deixar vocês a sós. A gente viu vocês se engolindo perto do balcão. Pegar drinques, sei...

‒ A gente mal se tocou, do que está falando?

‒ Os olhos, Sasuke ‒ sacode dois dedos sujos de migalhas de pão e mostarda entre a direção de seus olhos e dos meus. ‒ Estavam se pegando com o olhar.

‒ Isso não existe.

‒ Eu sei o que eu vi ‒ assegura. ‒ Conheço ela, sei que estava flertando de forma inconsciente. Quero dizer, meio que foi a Hinata que percebeu.

‒ Como eu disse, a gente mal se tocou.

Ele morde mais uma vez e fala mastigando:

‒ Aquela coisa que ela faz quando está perto de um cara que está afim, sabe? ‒ Faço que não. ‒ Se inclinar e ficar tocando nos braços. Caso não saiba, Sakura é bizarra e esse é o jeito dela de flertar.

Me lembro de como apertou a própria bochecha em minha palma, se inclinando em minha direção e acariciando-me suavemente por cima da camisa, e isso faz algo acender em meu peito. Confusão porque ela é toda contraditória e isso pode não significar nada além do fato de sentir tesão por mim, afinal, já a vi fazer o mesmo em caras aleatórios no bar. E esperança. Esperança de que, no fundo, haja uma chance dela estar um pouco mais interessada do que mostra.

Me controlo para não sorrir como um bobo.

‒ A Hinata tem poderes sobrenaturais, por acaso? ‒ Questiono, genuinamente curioso, porque a dedução dela chega antes mesmo da vontade da pessoa, e é assustador.

‒ Acho que sim. Ela é tipo uma bruxinha fofa.

Deixo de lado o pedaço cilíndrico de madeira que estou lixando para fazer a pega de um machado com a cabeça de titânio, que já está forjada e pronta para ser afiada, e olho para Naruto comendo como um selvagem. 

Aos domingos geralmente saímos para jogar sinuca ou surfar, mas como tenho trabalho, — graças ao tão antecipado contrato renovado que finalmente chegou ontem por e-mail, — ele mente que vem me ajudar na oficina e tudo que faz é comer o dia todo e às vezes me atrapalhar quebrando uma coisa ou duas.

Desde que chegou, já bebeu duas cervejas em questão de minutos e é a segunda vez que o vejo mastigando.

‒ Não é nada de especial e ela também não quer que ninguém saiba ‒ digo, considerando tudo o que Sakura sempre me diz em relação a nossa amizade-colorida-mas-sem-amizade.

‒ Defina nada de especial.

‒ Só sexo. Sem café da manhã, sem saídas juntos, nada dessas coisas.

‒ É, ‒ concorda de forma honesta e nada surpreendida, ‒ isso é típico da Sakura. Mas e por que você não me contou quando perguntei se estava ficando com alguém?

Suspiro pesadamente e deixo cair as mãos nas pernas.

‒ Não acabou de me ouvir dizer que ela quer que seja segredo?

‒ Mas eu sou seu melhor amigo ‒ rebate.

‒ Mas também é um grande fofoqueiro. Se eu contasse a você, você contaria a Hinata e Hinata despejaria tudo para Sakura, e meu pescoço estaria na linha. Ela já quer me dar uma surra, isso só ia piorar a situação.

‒ Oras, bata nela também.

Me espanto um pouco, mas me lembro que Naruto e Sakura são quase como um par de irmãos de dez anos, que cresceram juntos e que violência física nunca está fora de questão entre eles. Vivem aos tapinhas no bar brigando sobre quem Hinata deve dar mais atenção e carinhos, a melhor amiga ou ao namorado. E Naruto sempre perde, porque Sakura faz os beicinhos pidões mais fofos do mundo mas seus tapas são pesados e o colocam quieto.

‒ Estou transando com ela, não posso fazer isso.

‒ Hm, verdade, verdade ‒ concorda, sacudindo as mãos farinhentas na própria camiseta. 

‒ E também não quero.

‒ Bom, não há nada que possa fazer agora. Hinata me disse que gosta de vocês dois juntos e, segundo as regras que inventei neste exato segundo, a vontade dela é perfeita e significa que vocês estão obrigados a se tornar um casal. Mas, me diga, você gosta dela?

Minha resposta vem depois de uma reflexão silenciosa de cerca de cinco segundos:

‒ Talvez. Mas sabe que ela não quer nada, né? Quero dizer, eu mesmo não sei se quero alguma coisa concreta. Por agora acho melhor deixar as coisas como estão.

‒ Sasuke, pelo amor de deus, mano ‒ ele gira os olhos, e se aproxima do banco em que estou sentado em frente a bigorna para deixar a mão sobre meu ombro. ‒ Pare de se privar tanto. Não faz mal nenhum querer ter um relacionamento, já se passam quatro anos desde Karui.

‒ Não, não é isso que estou querendo dizer ‒ tiro a única luva que estou usando para passar as mãos pelo rosto apertando os dedos nos olhos. ‒ Estou falando que não sei se vale a pena me precipitar porque ela é vocal sobre não quer nada e nem gosta de mim.

‒ E se a Hinata não mexer os cordelinhos, nunca vai gostar ‒ complementa. ‒ Veja, Sakura cresceu perto do mar e nunca mergulhava porque dizia ter medo. Demorou anos para descobrir que na verdade amava aquilo, depois de tentar, e hoje em dia não sai de cima da prancha. 

‒ Não sei se entendo.

‒ Analogias, cabeção. Analogias ‒ bate no topo da minha cabeça. ‒ Ela diz que não quer relacionamentos e os acha horríveis porque nunca teve um e talvez esteja só com receio. É uma questão de tentar para se decidir. Ela é esse tipo de pessoa.

Tudo que Naruto diz faz sentido, e também não posso discutir com ele sobre Sakura porque, diferente de mim, ele e Hinata não a conhecem a menos de um ano, mas sim há mais de uma década. 

Sinto meu maxilar se apertar e tiro o boné para coçar o cabelo.

‒ E o que a Hinata vai fazer, exatamente?

‒ Isso, meu mano, ‒ sorri travesso, ‒ são segredos da fada casamenteira e seu duende ajudante. Relaxe e assista a gente fazer você ganhar a garota mais legal da Califórnia.


 

Passamos o resto da manhã e boa parte da tarde na oficina. 

Naruto trouxe um monte de tralhas quebradas da casa dos pais de Hinata para consertar usando minhas máquinas e ferramentas, enquanto eu me certificava que o gume da arma ficava afiado o suficiente para cortar meus pelos do braço com um leve passar.

Naruto limpa o suor da testa e se abaixa para colocar a ficha do microondas na tomada.

‒ Espero que não exploda de novo.

Assim que aperta o start, a luz se acende atrás da porta de vidro quando o aparelho arranca e ele dá um grito de alegria.

‒ Boa ‒ batemos as palmas e depois o punho. ‒ O que vai fazer com isso? É um microondas velho.

‒ Ah, nada ‒ volta a desligá-lo. ‒ Vou deixar na casa dos velhos da Hina de novo. Só peguei porque vi que estava quebrado e quis me ocupar arrumando.

Pego no machado já acabado e entrego para que ele inspecione. Está pesado o suficiente para não voar das mãos de alguém, a curva da pega comporta confortavelmente os dedos sem escorregar nem machucar, o fio está impecável e a face tem aquele satisfatório brilho prateado.

‒ Vida folgada, hein ‒ encosto na parede de braços cruzados vendo ele balançar sem cuidado a coisa extremamente perigosa em suas mãos. ‒ Tem até tempo para gastar.

‒ Sabe como é, né, última semana de férias mas não consigo ficar parado sem trabalhar. Esta merda está fantástica, mano. 

‒ Valeu ‒ respondo. ‒ Chega de balançar isso, vai acabar nos matando. Me dê. Vá pegar cervejas.

Naruto me entrega o machado e eu o guardo na gaveta grande onde ficam os materiais terminados, só volta alguns minutos depois já sem a camiseta que estava suja e molhada de suor, e duas latas cerveja. 

Damos goles rápidos e urgentes e nos sentamos no pavimento do jardim, esfrego minhas botas contra a grama enquanto observamos o céu limpo e Naruto geme aliviado quando uma brisa fresca passa.

‒ Mano, lembrei do contrato com a Maxmart. Conseguiu?

‒ Uhum ‒ aceno. ‒ Fechamos ontem. Eles mandaram um e-mail dizendo que vão me renovar por mais um ano e, caralho, me sinto fantástico.

Desde que cheguei, tive contratos de trabalho com o prazo de três meses cada antes da Maxmart, uma grande loja de artigos militares e de sobrevivência, decidir me contratar como efetivo com os contratos renováveis mais longos, de um ano. Trabalhei como um louco durante estes oitos meses e ontem, finalmente, os recursos humanos confirmaram que a demora na renovação do meu contrato de três meses, era porque na verdade estava sendo transformado em um de um ano.

Me sinto aliviado porque não preciso entrar mais em pânico a cada trimestre achando que vou perder emprego e ter que voltar para Oregon, caso as coisas fiquem apertadas.

‒ Eu sei, você merece. Não conheço muitos ferreiros auto-didatas que façam a porra de uma espada japonesa! Radical ‒ ri animado quando se lembra das duas katanas nodachi que fiz para ele depois que vimos Gurren Lagann. ‒ Já agora, temos que lutar com aquelas belezinhas. Kamina ficaria orgulhoso.

‒ Absolutamente não. Não são de brinquedo, a gente vai morrer para valer.

Naruto amassa a lata depois do último gole, o barulho da metal se dobrando ecoa pela rua sem saída, ele se deita no chão com os olhos fechados.

‒ O que você vai estar fazendo lá?

‒ Réplicas de espadas e punhais e coisas assim, por encomenda, para colecionadores. Eles também fazem distribuição para cutelarias. Alguns originais ocasionalmente, mas você sabe que esses velhos ricos gostam de coisas históricas. O que é bom, porque posso cobrar mais caro.

‒ Sasuke, mano, estou orgulhoso de você.

‒ É ‒ sinto sua mão dar uma palmada amigável em minhas costas.

Na quarta de manhã, depois de correr pelo quarteirão escutando música e passar quase uma hora e meia na academia, volto para concluir mais umas horas de trabalho, quando meu celular vibra e é o nome de Sakura na tela. Fico entusiasmado.

Sakura Haruno: vô max, oi

Mais uma vez, não entendo a referência e tenho que pesquisar para descobrir que acabou de me comparar a um velho barrigudo e grisalho com uma camisa havaiana — que, não posso mentir, se veste exatamente como eu em um dia de normal; camisa, calças escuras e botas.

Eu: Tive que pesquisar no google quem é o vô Max. Dessa vez você acertou. Oi, Jem.

Cerca de dois minutos depois, a resposta chega, uma atrás da outra.

Sakura Haruno: google? não quis dizer enciclopédia? hahaha

ei, responda rápido. você está em casa e livre?

Eu: Agora estou. Precisa de alguma coisa?

Sakura Haruno: sim, afaste esse seu carro monstruoso da entrada pra eu estacionar.

Só entendo o que quer dizer quando vejo o minúsculo Fiat 500 cinza com a prancha amarrada em cima aparecendo atrás da picape estacionada em frente ao portão aberto da garagem.

‒ Surpresa, puto! ‒ Grita com um sorriso amarelo e a cabeça fora da janela, e tenho a certeza que o bairro inteiro ouviu isso às onze horas da manhã. ‒ Vem, coloque esse caminhão horrendo dentro da garagem. Não quero estacionar no meio-fio.

‒ A garagem é minha oficina, Jem, não posso guardar o carro dentro dela ‒ grito de volta, andando até a grama para assisti-la fazer uma manobra perigosa antes de estacionar mal, como se não bastasse, e sair do carro descalça.

Whew, que calor ‒ suspira e limpa a testa com o antebraço. Sua face torce-se debaixo dos óculos escuros por conta do sol forte. Dá um tapa em meu ombro. ‒ E aí?

‒ E aí, Jem? ‒ Pergunto de volta, observando suas coxas grossas na saia curta e rodada.

Sakura usa a própria mão como leque e mexe os dedos dos pés no chão, as unhas pintadas de branco e seu pescote tilintando a cada movimento. Com esta visão, a imagem de garota mimada que tenho dela só se solidifica, e acho engraçadas suas tentativas de me convencer o contrário. Tudo no meu típico bairro suburbano perto da praia com o barulho do mar como fundo, as casas parecidas e sem muita cor, jardins imaculados, postes de luz uniformes pela rua vazia, fazem com que ela pareça dez vezes mais colorida e fora do lugar.

‒ Estava passando pela vizinhança e decidi visitar.

Olho desconfiado e cruzo os braços.

‒ Sério? Onde uma garota que mora na Baixa poderia estar indo em direção a Live Oak a esta hora do dia?

Revira os olhos, derrotada.

‒ Estou tentando ser sutil, ok? Leia o ambiente, ancião ‒ Resmunga. ‒ Estou de folga e vindo da praia, estava surfando um pouco para relaxar. Podemos entrar? Vou derreter se continuar nesse chão.

Já dentro de casa, depois que fecho a porta da garagem, ela deixa seu celular e óculos sobre a mesinha de centro e fica parada sem muita reação, me estudando enquanto bebo um copo com água, quando me atinge:

‒ Ah, certo ‒ balanço a cabeça. ‒ Veio transar?

‒ Vim transar ‒ responde rápido e os dois rimos meio sem graça, ela escondendo o sorriso inseguro atrás dos dedos. ‒ Que merda. Desculpa. Estou me sentindo ruim de ficar aparecendo aqui só para isso desse jeito.

‒ O acerto deve ser tratado de acordo, não é mesmo? ‒ Sorrio levemente.

‒ É ‒ ela gira os olhos pelo cômodo, verdes, atentos e curiosos, até finalmente percorrer minha face com urgência. ‒ Me diga o que fazer. Devo ficar pelada agora?

‒ Se vamos fazer isso, então acho que sim ‒ dou de ombros, andando pelo espaço aberto da cozinha conjugada à sala até chegar perto dela. Há areia em seus cabelos despenteados, grãos erráticos pelo longo pescoço, se agarrando aos colares que usa, descendo pelo vale dois seios onde a blusa de alças fica mais apertada e consigo ver a parte de cima de seu biquíni verde.

‒ Certo ‒ anui trêmula, e se afasta um pouco para abrir o zíper na parte de trás da saia.

‒ No quarto, Jem ‒ rio, e ela detém seus movimentos e me segue corredor adentro até meu quarto.

Fecho as cortinas, mas ainda assim está claro, claro o suficiente para vê-la de forma nítida e o arrepio que levanta em sua pele quando começa por desfazer o laço do sutiã. Seus mamilos aparecem quando a peça cai no chão, castanhos e elevados, maravilhosos e prontos para serem chupados. Mordo os lábios a medida em que ela passa os dedos entre o peito para sacudir a areia.

‒ Está tudo bem?

‒ Acho que sim ‒ enruga a testa. Vou perto dela, passo o braço por sua cintura e me curvo para encaixar um mamilo na boca. ‒ Meu deus, tão apressado.

Sakura coloca a mão segurando o lado do meu rosto enquanto chupo sem parar, o mamilo começa a ficar duro e já está molhado e escorregadio o suficiente para entrar e sair dentre meus lábios sem que eu esteja segurando o peso do seio.

Ela tem um leve gosto salgado e eu sugo, sem nunca me cansar de sentir sua respiração desvairada e a coluna se curvando, ela vindo mais para mim involuntariamente.

‒ De certeza? ‒ Pergunto, lambendo a suave inflexão inferior do seio. ‒ Você não viria para minha casa de manhã foder se estivesse tudo bem. O que está te incomodando, Sakura? Fale comigo.

Ela solta um suspiro e faz um som pequeno com a garganta, a outra mão empurra meu boné para trás procurando meus cabelos. Estamos em pé no centro do quarto, estou dobrado e desconfortável, mas não me moveria um centímetro se isso significasse ter que me afastar dessa pele terna em minha língua.

‒ Eu gosto quando você me diz para falar ‒ ri baixo. ‒ Estou voltando de uma entrevista de emprego.

‒ É? ‒ Me endireito para ver seus olhos. 

‒ Não pare ‒ suplica. Suas pálpebras estão baixas, olhos cruciantes e obscuros por trás dos longos cílios. ‒ Continue chupando, me distrai.

Talvez isso queira dizer que consegue se expressar melhor quando está sendo estimulada e está distraída o suficiente para não se fechar como sempre faz. 

Sempre senti necessidade de consertar ou ajudar a consertar, e a complexidade das coisas incrementou a medida em que fui crescendo: brinquedos, bicicletas, relógios de marca da minha mãe, carros e, ultimamente, pessoas. Não quero fazer o papel de Deus em suas vidas e tentar emendá-las, pelo contrário, gosto só de ser o escape, o pequeno refúgio a quem recorrem quando algo não está bem e precisam se curar. Para Naruto, sou o companheiro de arranjos porque ele é irrequieto viciado em trabalho e precisa montar tralhas disfuncionais em algo útil para poder relaxar. Para Hinata, sou o amigo que pode passar horas escutando-a falar sobre os alunos de sua turma quando Naruto está exausto e ela precisa reclamar. E para Sakura, parece que estou sendo o alívio físico que ela precisa como incentivo para soltar o que guarda sem partilhar com ninguém.

Isso me faz sentir bem e importante na vida dela, e darei o que ela quiser em troca de vê-la aliviada depois. Mas não agora. 

Agora não consigo me afastar para chupar os bicos de seu peito, como ela quer, não quando sua boca está entreaberta, úmida e convidativa. Então beijo-a, nossos lábios se juntam e ela me oferece a ponta da língua para saborear, segura em minhas mãos e me faz apertar seus peitos, macios e quentes, perfeitos em minha palmas raspando contra os mamilos pontudos.

Ela está na ponta dos pés para alcançar minha boca, meu queixo, mordendo devagar, seus pequenos lábios sugando minha pele com atenção, perdendo segundos no mesmo lugar até doer e eu ter a certeza de que vai ficar marcado de dentes e chupões.

‒ Continua falando ‒ digo agora em sua boca, um lábio entre meus dentes.

Sakura sorri, respiração já falha, e encosta a testa no meu peito, passando as mãos pelos meus braços num afago igual ao do dia do bar. É tão baixa que eu teria de me curvar um pouco para encostar o queixo no topo de sua cabeça.

‒ Cheguei três minutos atrasada por causa do trânsito. Para onde infernos tanta gente está indo às nove da manhã? ‒ Pergunta indignada com a boca abafada em minha camisa..

‒ Trabalho? ‒ Ela não responde. ‒ Mas três minutos não é ruim. De certeza que você não foi repreendida por isso, foi?

‒ Não fui, mas não deixa de ser um erro.

‒ Um que ninguém da face da terra notaria. Vem cá, senta aqui ‒ sento-me na cama e a puxo para meu colo. Ela se acomoda com as coxas em cada um dos meus lados e os joelhos contra o colchão. ‒ Vou continuar, me conte tudo.

Ela estremece em meus dedos quando acaricio sua coxas debaixo da saia e volto a boca para um dos mamilos.

‒ De princípio, foi tudo bem, eles fizeram algumas perguntas básicas e eu estava confortável respondendo. Mas quando saí, a mulher fez uma cara estranha para mim. Não sei. Será meu cabelo? ‒ Não consigo evitar soltar uma risada. ‒ A empresa é renomada e não acho que deixariam alguém de cabelo rosa andar pelo edifício dizendo “i si i nivi gistiri di ivintis”.

Minha boca faz barulhos molhados enquanto eu continuo, olhos fechados e chupadas famintas. Quero contar a ela que sou louco por isto, que poderia passar horas e horas sugando em seus peitinhos perfeitos, lambendo os mamilos salientes, mas quando subo a mão para dentro da saia pergunto:

‒ Você está sem calcinha? ‒ Levanto os olhos para olhar para ela e pisca repetidamente com um sorriso. 

‒ Tive que mudar a do biquíni para não arruinar o assento do carro, e já que estava vindo para cá...

‒ Que inferno de mulher… ‒ rosno entre dentes quando ela aperta-se para baixo, bem em meu pau duro no calça. ‒ Quer dizer que realmente vou ter que comer você por baixo da saia, é?

‒ Provavelmente ‒ mexe a cintura mais uma vez, e eu contraio as coxas querendo levantar os quadris para sentir mais.

‒ Você sente tesão pensando nisso? Na gente transando enquanto você está vestida?

Aperto sua bunda possessivamente.

‒ Sim.

‒ Já se tocou pensando em mim?

Por um momento, juro que vejo uma expressão acanhada e ela enrubesce.

‒ Por que quer saber? Para alimentar seu ego?

‒ Também ‒ sorrio de canto, passando o polegar na parte nua da cintura onde estaria o elástico de uma calcinha que eu adoraria tirar com os dentes. ‒ Diga. Costuma fazer isso? Enfia os dedos e esfrega gostoso sua boceta pensando na gente no sofá naquele dia?

‒ Acho que mais na gente aqui na sua cama.

E me toco que foi há dias, mas sou tão necessitado dela que parece uma eternidade desde que ela esteve bem aqui gozando para mim da última vez.

‒ Ainda tenho sua calcinha, a que estava no sofá ‒ confesso. ‒ Sabe o que faço com ela?

Sakura continua se mexendo, massageando meu pau com movimentos circulares e quentes, separados apenas pelas minhas duas camadas de tecido. Me arrependo de não ter me livrado das roupas antes de colocá-la em cima de mim.

‒ O quê? Bate uma cheirando ela? Que decadência.

Estamos nos encarando diretamente, desafiando, ela baixa os olhos para me ver e eu elevo os meus, e desta vez não se esquiva.

‒ Pior, bato uma com ela em volta do meu pau. Sabe, apertando.

Espero que ria e faça uma piada que talvez eu não entenda, com suas referências atuais que me fazem sentir um verdadeiro caduco, mas morde o lábio.

‒ Sério? É curioso pensar nisso. Me deixaria ver?

‒ Você quer mesmo me assistir batendo punheta, Sakura?

‒ Sim. Deve ser quente para caramba. ‒ Ela me beija e aperta os seios no meu peito. ‒ Queria ver você metendo na minha calcinha imaginando que sou eu.

‒ Humm, uma delícia… Adoro sentir seus peitos contra mim. Tão macios… esfregue-se.

Afasta o cabelo do rosto e amacia os mamilos duros em meu colo depois de abrir os primeiros botões da minha camisa, deixando um trilho úmido e morno de saliva.

‒ Já acabou de me contar sobre a entrevista? 

‒ Uhum, já. Era só para reclamar que, enquanto não acontecer, esperarei frustrada pelo não que vou receber. Isto é, se tiverem a decência de responder. Já estou frustrada.

‒ Relaxa, de certeza que você foi bem. Você é inteligente e eloquente ‒ garanto com a voz branda. ‒ Podemos fazer amor agora?

‒ Por favor ‒ ela sorri. ‒ Você vai ser bruto comigo hoje também?

Suas mãos vão para meus ombros.

‒ Se você quiser.

‒ Daquele jeito?

‒ Cordas, quer dizer?

Sakura faz que sim com um som.

‒ Sim, posso fazer isso. Darei a você o que quiser hoje.


Notas Finais


obrigada pela preferência


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...