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História Tattoo Dancer - Dan


Escrita por: GeeckEvil

Capítulo 2 - Dan


—Dan! –vejo Eokor se aproximar de mim

—opa! Tudo bem? Tem algum trabalho ? –pergunto para meu amigo que sorriu

—pois é, lembra? Estúdio de tatuagem –o de olhos verdes diz

—puts!! É mesmo, vou lá, valeu por lembrar!! –digo me levantando do sofá da sala, eu e meus amigos morávamos juntos e tínhamos um negócio para criação de sites personalizados, a Brotheragem Corporation, cuido da área de fotografia, o Orion de edição e Eokor na área mais de programação do site, Texx ajuda mais em detalhes finais e no polimento do site, termino de colocar os equipamentos no meu carro, um Impala prata 1961, meu xodózinho, paro em frente o local, era realmente um lugar convidativo, saio do carro com a minha câmera em mãos e paro na porta —Juliano Ghost? –escuto o suave som de Jazz clássico vindo de dentro do local

—pode entrar! –uma voz masculina diz vindo me atender, era um rapaz bonito, cabelos e olhos castanhos com os fios na altura dos ombros, estendo a mão para cumprimentar o mesmo

—Prazer, Daniel Henrique, sou o fotógrafo da Brotheragem Corp., mas pode me chamar de Danrique –digo simpático para o dono do local, pelo que me lembrava o nome dele era Juliano Ghost

—nossa já são 15 horas? –o tatuador diz olhando o relógio

—desculpa o adiantamento, o último trabalho terminou mais rápido do que eu esperava, desculpe atrapalhar seu almoço –digo encarando ele, acho que seria chato dizer que não estava fazendo nada

—relaxa, não estava almoçando e o movimento está bem parado, estava fazendo uma nova tattoo em mim –ele me mostra uma tatuagem de âncora incompleta, estava ficando linda

—posso fotografar você terminando a tattoo? Ai posso tirar umas fotos bacanas para o site do seu estúdio –digo segurando a câmera com empolgação, acho muito legal esse negócio de tatuagem, mas definitivamente não teria coragem de fazer

—ok, a vontade –ele diz voltando para a sala de tatuagem, tiro algumas fotos do local e dele fazendo a tatuagem, não da para negar o quão bonito era o rapaz, cheguei a tirar umas fotos dele que guardaria para mim, ele ficava lindo concentrado 

—aqui é bem limpo –digo passando a mão pela estante sem encontrar um grão de poeira 

—claro! Tem que estar tudo limpo e esterelizado para não ocorrer nenhuma infecção de pele pelo ambiente, todo cuidado é pouco –ele diz e eu concordo

—você trabalha apenas com tatuagens? –digo começando a fotografar as tintas dele que estavam perfeitamente organizadas por escala de cor

—ah não, trabalho com todos os tipos de Body Art, com piercings, alargadores, enfim –ele diz olhando para a tatuagem aparentemente recém terminada, buscando alguma falha ou algum detalhe para adicionar

—bem, agora preciso de uma foto sua na fachada –digo me direcionando para a fachada do local, ele me segue e cruza os braços com uma feição séria em frente da fachada de neon —hm... Acho que uns sorriso seria mais convidativo, entende? –digo me ajoelhando no chão em busca do ângulo perfeito

—eu não gosto de tirar fotos sorrindo –ele diz arqueando a sobrancelha, sinto meu coração acelerar

—vamos! Eu tenho certeza que tem um belíssimo sorriso escondido em baixo dessa falsa cara carrancuda!! –digo vendo as bochechas do tatuador corarem, ele sorri minimamente de forma forçada —hm, não ficou legal, tem que ser mais natural...A gente pode fazer umas sério, mas precisa de pelo menos uma sorrindo –ele sorri de forma irônica —e sem ironia!! Céus, você não vai se livrar de mim enquanto eu não tiver uma foto sua sorrindo verdadeiramente

—isso é uma aposta? –ele diz sarcástico, sinto meu coração acelerado —pelo visto terei um companheiro no estúdio pelo resto da minha vida –encaro ele

—enquanto eu não tiver trabalhando ou ocupado, pode ter certeza que virei aqui para tentar uma foto sorrindo, ou não me chamo Daniel Henrique! –digo empolgado com a possibilidade de ver ele quase todos os dias

—só posso te desejar boa sorte –ele diz irônico, revirou os olhos e sinto o celular tremer em meu bolso, pego o mesmo vendo mensagem da minha irmã, Ayu

—ai droga!! Estou atrasado para o trabalho!! Bem, até mais!! –digo logo entrando no carro, Ayu disse que queria falar comigo, e acho que não tem como eu falar com ela próximo de qualquer pessoa, a platinada é uma mulher que muitos olham com repulsa, já que ela é uma bandida com carta de liberdade por conta de chantagem, dou partida no carro e ligo no viva a voz

—oi mano, tudo bem? –a ex criminosa diz tranquila, escuto os gritos da Sam distante do outro lado da linha

—tudo tranquilo, to saindo de um trabalho em um estúdio de tatuagem agora, precisa de algo? –digo parando em um sinal vermelho

—maninho, que blasfêmia! Você acha que eu só liguei para pedir as coisas?? –ela diz de forma irônica, reviro os olhos —ia te chamar para trazer seus amigos aqui, hoje tem show do Coelho Dourado, sei que é fascinado nos nossos casos criminais e sempre quis um boy daqui do nosso meio, e você sabe, ao contratarmos ele, ele está tão imune quanto nós

—até parece que um dos maiores hackers que explanava tudo dos governos passados e o maior pichador da cidade iria olhar para mim –digo revirando os olhos —Ayu, eu só sou um cara que leu muitos livros de romance do Eokor, nunca vou viver um romance, principalmente depois da Daniela

—por isso mesmo estou te chamando!! Cara, já fazem 10 anos!! Bola pra frente, ela te deu o golpe do baú, mas o Coelho não é assim, e ele também está solteiro! –Ayu diz e eu rio de forma sarcástica

—ta bom, apareço ai no cassino com os rapazes, pode ser? –digo revirando os olhos

—claro! Você vai ver, você e o Coelho vai ser match total!! A área vip em frente do palco já está reservado para vocês, prrguntinha, qual estúdio você foi tirar as fotos? –ela pergunta

—Ghost Tattoo, por que? –respondo entrando na garagem de casa  

—ah!! Foi lá que fiz a minha Tattoo!! Ele é de mais!! –ela diz segurando a risada —te espero aqui!! –ela desliga, pisco em dúvida, saio do carro e entro em casa

—cheguei galera!! –digo vendo Orion sentado no sofá rodando o feed do instagram, sento do seu lado e vejo Eokor se aproximar com os cabelos molhados

—e ai? Como foi? –o de olhos verdes pergunta indo em direção ao escritório, sigo ele

—foi tranquilo, ele foi bem simpático –digo pegando o hd da câmera com as fotos e entrego para Eokor que começa a baixar em seu laptop

—42 fotos? Caramba, você gostou dele!! –Eokor diz empolgado, sinto meu rosto corar

—Ayu chamou a gente para o cassino, vai ter show do Coelho Dourado –digo me sentando na sua frente enquanto ele olhava as fotos, seu olhar recai sobre mim

—vou me arrumar! –ele se levanta indo para o quarto dele, reviro os olhos e aviso Orion e Texx, o de cabelos vermelhos estava lendo e recusa o convite, decido tomar um banho gelado e me trocar, visto uma jeans escura e uma camiseta branca com uma jaqueta do mesmo tom da calça e um tênis básico, quando vou para sala, encontro os dois brothers que iriam me encarando

—ta cheiroso –Orion diz se levantando, entramos em meu carro e fomos para o grandioso cassino legalizado das Craftgirls, e quem diria que em plena quinta feira o local iria estar tão lotado como estava? Juddy nos leva até o camarote, as pesadas cortinas se abrem revelando um dos maiores ex criminosos do país, ele dançava com delicadeza, senti seu olhar queimar sobre mim, não conseguia desviar meus olhos do rapaz, por um momento, parecia que estava apenas nós dois no local, seus olhos cianos eram hipnotizantes, e definitivamente aqueles lábios tingidos de preto aparentavam serem bem apetitosos, quando caio por mim, ele terminava a dança de ponta cabeça e claramente olhando diretamente em meus olhos, meu coração acelera e me sinto ofegante, ele sorri malicioso para mim

—bem, toda noite leiloamos uma dança particular do Coelho Dourado no camarim dele, quem quer começar com os lances? –minha irmã diz no lado do dançarino, o olhar só rapaz não saia do meu, ele aparentava estar meio desconfortável com relação a isso, me senti mal por ele

—pago 10.000 para ele dançar para meu amigo! –Eokor diz do meu lado, viro assustado para ele juntamente com Orion

—Eokor, ta doido?!? –digo assustado

—vendido! –Ayu diz nos encarando e ela se aproxima do dançarino parecendo sussurrar algo, ele segura uma risada e desce do palco como um felino parando bem na minha frente, meus olhos ainda estavam arregalados, começo a seguir o rapaz até seu camarim, ele tranca a porta enquanto me sento desconfortávelmente em uma poltrona em frente o poste, sinto a excitação entre minhas pernas me incomodar, o Coelho me encara como um predador encara a presa, ele se encosta no poste e fica me encarando enquanto aparentava acariciar o metal de forma delicada

—quer me tocar? –ele pergunta descendo do poste e se aproximando de mim, ele estava tão excitado quanto eu, e era ainda mais óbvio para ele por conta da justa calça de couro

—meu... Amigo pagou pela dança... –digo envergonhado, uma risada baixa é ouvida pelos lábios dele

—você me atraiu... Aceito alguns leves toques de quem me interesso, e pelo preço pago por essa dança, ainda mais para um cara tão atraente quanto você... Aceito ser totalmente tocado –ele diz passando os lábios pelo meu pescoço, sinto meus pelos arrepiarem—use-me e abusa-me

—tem certeza? –pergunto encarando o dançarino, se não fosse pelos olhos poderia jurar que era o tatuador de mais cedo

—nunca transei com um "comprador", mas para tudo tem uma primeira vez –Ele diz sendo bem direto a que ponto queria chegar comigo, concordo começando a beijar o rapaz com calor, passava a mão pelo peitoral desnudo do dançarino, descendo cautelosamente até sua intimidade já enrijecida começando uma leve massagem no local, ele sobe em meu colo enroscando suas pernas em minha cintura rebolando sobre meu membro, acabo soltando um gemido baixo, sindo ele sorrir sobre meus lábios


—mas você tem razão, pagou por uma dança, e vou te dar isso –ele se levanta meu colo e encaro ele com dúvida, ele sobe no poste e insinuando que quer minha aproximação, obedeço

—sabe... Sua voz não me parece estranha, nos conhecemos? —pergunto encarando ele, o criminoso respira fundo

—pode ser que sim, pode ser que não, é uma incógnita Senhor Daniel –ele diz com um sorriso malicioso nos lábios, meus olhos se arregalam

—como sabe meu nome? – pergunto encarando o coelho, observando cada movimento

—queridinho, você é irmão da minha chefe, podia não conhecer seu rosto, mas ela fala bastante sobre você, mas me diga, sente atração por criminosos?

—b..bem, mais ou menos, o seu caso é interessante, Coelho Dourado, como caiu nessa vida? –desvio da pergunta do dançarino, ele me analisava

—mesmo caso de sua irmã, fugir da policia, não queria parar como meu colega de Clã, por mais que sua prisão tenha sido bem curta por falta de provas, não queria aquele destino, me entende? –ele diz de ponta cabeça, puxando-me para perto dele, ele começa a passar a mão pela minha camisa branca, sinto ele soltar os botões, encaro seus belíssimos olhos cianos e meu olhar recai em seus lábios, pela primeira vez em 10 anos, estava realmente sedento por uma foda, principalmente com um cara tão misteriosamente atraente quanto o Coelho Dourado

—foda-se –digo puxando-lhe para um beijo necessitado, ele retribui com intensidade, começo a sentir o calor do tesão me consumir, retiro minha camisa juntamente com minha jaqueta jeans, a mão do dançarino passeava pelo meu peitoral, separamos os lábios por falta de ar, em um piscar de olhos ele desce do poste e agarra meu corpo, ele arranha minhas costas me fazendo soltar um baixo gemido, sinto meu membro endurecer novamente contra o dele, o Coelho solta um gemido baixo, ele me empurra no sofá me deitando no móvel acinzentado, ele para em minha frente começando a abaixar sua calça, não tiro o olhar de seu corpo, ele abaixa juntamente com a cueca, encaro seu membro enrijecido, mordo os lábios instintivamente

—gosta do que vê? –ele diz começando a se aproximar de mim, logo soltando o botão da minha calça jeans —me permite? –ainda mordendo os lábios, concordo com a cabeça, ele abaixa de uma vez e pega um preservativo saborisado em uma gaveta, ele desliza sobre meu membro, encaro ele com dúvida —não nos conhecemos, Daniel, você pode ter alguma DST, não quero pegar, sexo tem que ser protegido, docinho –ele abocanha meu membro antes mesmo de eu conseguir reagir, arqueiro as costas com o contato repentino, ele leva sua mão até seu membro, parecia uma masturbação lenta, gemia baixo com cada chupada em minha intimidade, era delicioso, quando dei por mim, estava estocando de forma instintiva em sua boca, eu queria mais, eu precisava gozar, precisava de mais prazer, ele retira os lábios de mim, murmuro insatisfeito —calma querido, só estamos começando

—é? –pergunto movido pela luxúria, encaro seus olhos extremamente dilatados, sabia que claramente ele estava sobre o efeito de alguma droga, pupilas não dilatam nessa intensidade apenas por prazer

—huhum –ele diz de forma arrastada subindo sobre mim e encostando nossos membros, ele masturbava ambos juntos

—tira as luvas... –digo ofegante

—pode até ser, mas preciso de algo em troca... –ele diz malicioso, cruel até, como um predador, meu membro pulsa em sua mão, ele lambe os lábios e leva a mão para minha entrada, concordo querendo ele dentro de mim, ele se levanta enquanto retirava as luvas e colocava elas de forma extremamente delicada sobre a penteadeira dele, ele pega um pote e logo escuto ele melar os dedos com o conteúdo do recipiente —você quer mesmo isso?

—com toda certeza – digo me levantando e indo para próximo dele, me sentia cada vez mais hipnotizado pelos seus olhos, ele pega mais um preservativo e coloca em si mesmo, encaro cada movimento com desejo e grudou meu  corpo no dele, seguro em seu manto com a intenção de retira-lo, sinto ele prender meus pulsos com força, ali tive a certeza do quanto queria ser fodido por ele

—identidade secreta, o Coelho Dourado tem que se manter nas sombras sobre quem é, entende? Tenho algumas manchas nos braços que você poderia me reconhecer ao me ver na rua, compreende? –ele diz me encarando nos olhos de forma severa, concordo sentindo uma onda de prazer com sua leve brutalidade, o Coelho Dourado aparentava ser tudo que procurava em um parceiro, pelo menos, na transa, bruto e delicado quando precisa, ele penetra um dedo em minha entrada  sinto minhas pernas fraquejarem um pouco, ele me guia até o sofá sem retirar o dedo de meu orifício, dessa vez ele me coloca bruços logo começando a alargar minha entrada, estocava o sofá em busca de mais prazer e contato, tentava de forma falha reprimir os gemidos mordendo meu lábio  —gema o quanto quiser, aqui tem isolamento acústico, quero te ouvir –ele coloca outro dedo dentro de mim alargando minha entrada, solto um gemido mais alto, estava completamente sedento pelo seu corpo

—m..mais –digo como um sussurro desesperado, sentia-me ofegante, ele não estava muito diferente de mim, ele retira os dedos e encosta seu membro em minha entrada, suspiro aliviado

—quer? –ele diz de forma maliciosa, sua voz estava rouca pelo desejo e prazer

—quero –digo e sinto ele entrando em mim lentamente, com muito cuidado, nossos gemidos se uniam a cada centímetro colocado, quando ele aparenta terminar, fica parado esperando alguma resposta

—quando quiser é só pedir –ele diz começando a acariciar minhas costas enquanto dava alguns leves arranhões, estoco o sofá necessitado, ele começa algumas leves estocadas e sinto sua mão passando por baixo do meu corpo começando com carícias em meu membro, era uma sensação maravilhosa, os gemidos preenchiam a sala, solto um gemido mais alto ao ele encontrar meu ponto mais sensível

—achei... –ele começa a estocar exclusivamente em meu ponto mais delicado, gemia alto me sentindo perto de gozar, pouco tempo depois chego em meu ápice, mas ainda precisava de mais

—m..mais... Por favor –digo com medo dele me expulsar de seu camarim como um brinquedo velho

—por mim, só estamos começando –ele diz de forma maliciosa, ele parecia se questionar se me perguntava algo ou não —só... Uma perguntinha, você usa algum tipo de droga?


—já fumei algumas vezes, por que? –encaro ele, sabia que ele estava sobre efeito de alguma coisa, ele se retira de dentro de mim e se abaixa na minha frente apoiando seus braços no braço do sofá, seus olhos pareciam mais castanhos do que antes

—tenho um baguio aqui, quer provar? –ele me pergunta

—não vai abusar de mim e me jogar desmemoriado em alguma caçamba de lixo, não é? – pergunto com receio

—claro que não, isso te ajuda a apurar os sentidos, usava antes de cometer algum crime –ele lambe os lábios parecendo gostar de lembrar do tempo de crime

—ok, aceito –digo e o dançarino se levanta do chão e me levanto retirando meu preservativo e jogando em uma lixeira que estava no lado de sua penteadeira, ele abre uma gaveta pegando um pó azul escuro que eu desconhecia, ele faz uma pequena fileira do que supuz ser a droga 


—cheire –ele ordena, sinto um arrepio percorrer meu corpo, o Eokor e Oriom me matariam se soubessem que tinha usado alguma droga, me aproximo cheirando um pouco antes de comecar a tossir, senti o pó amargo entrar queimando em minha narina—ok, eu termino –ele diz terminando de ingerir tudo

—é amargo! –digo com os olhos fechados, meus olhos ardiam, sinto sua língua passar por minha bochecha, sinto-me arrepiar

—relaxa... –ele diz começando a brincar com o lóbulo de minha orelha com leves mordidas, meu corpo relaxa e aparenta se acostumar com a droga recém ingerida

—é bom... –digo sentindo meu corpo arrepiar

—sabe... Ainda não gozei... –ele diz em meu ouvido, ele se afasta olhando em meus olhos, é impressão minha ou eles estavam mais azuis do que a ultima vez que encarei eles? Realmente não me importava no momento

—tem alguma DST? –pergunto vendo ele negar, me ajoelho e retiro seu preservativo logo abocanhando seu membro com puro desejo, vejo ele jogar a cabeça para trás soltando um gemido alto, sinto seus dedos se enroscarem em meus cabelos começando a me guiar, começo a massagear seus testículos já pesados

—porra Danrique... – ele diz entre gemidos, mordisco o membro dele encarando ele morder o lábio, levo minha outra mão para meu membro começando uma masturbação —aceita um 69? Acho que será mais prático... –adorei a ideia, dei uma última lambida em seu membro antes de levantar do chão e concordar com a cabeça

—para sua informação, também não tenho nenhuma DST, só para deixar claro –digo piscando maliciosamente para ele, o dançarino se abaixa em frente o sofá puxando o descanso para pés, encaro suas nádegas e decido um tapa estralado no local, ele sorri para mim, deito no local de lado, ele se deita ao meu lado, porém, com os pés virados para mim, quer dizer, não bem os pés, enfim, sinto sua língua passar pelo meu membro, de imediato entendi que ele já queria que começássemos, começo a chupar ele com puro desejo, ele retribui com mesma intensidade, cada toque era maravilhoso, ficamos entre chupadas e lambidas até chegarmos em nosso ápice, quando senti ele engolindo tudo, imediatamente todo o cansaço de dois orgasmos havia me derrubado por completo, ele havia gozado um pouco antes de mim, virei de barriga para cima completamente ofegante, ele se vira encostando a cabeça do meu lado e começando a acariciar minha barriga, como se desenhasse pequenos círculos 

—gostou? –o mascarado me pergunta, nossas respirações estavam desreguladas, sorri

—sabe, já fazia 10 anos que não tinha uma relação, desde a minha última namorada –o dançarino paralisou e me encarou com os olhos arregalados

—me perdoa!! Ai meu caos, eu não sabia, você não falou nada –o desespero consumiu ele, segurei seus pulsos fazendo um leve carinho

—relaxe! Eu quis, poderia ter impedido os toques –digo arqueando a sombrancelha, o mascarado aparentou se acalmar

—porque comigo? Quer dizer, deve ter vários homens e mulheres lutando por um pedaço de mal caminho como você –ele diz voltando a me encarar

—ta brincando? Sou seu fã! Tipo, desde todos os vazamentos de coisas do governo as pichações contra todos os ricos mimados, você é praticamente um justiceiro!! –digo empolgado, o dançarino ri

—ah não, eu só gosto de ver o circo pegar fogo, entende? Quer dizer, afrontar o governo é incrível, e não fico com uma cidade contra mim, o que é uma super vantagem, mas realmente gosto disso, a adrenalina é impagável –ele diz voltando a passar o dedo pela minha barriga 

—mas bem, aceitei... Isso com você por ser um admirador de seu trabalho, você é bom no que faz, mesmo que não seja algo politicamente correto, e ninguém sabe quem é você –digo olhando em seus olhos cianos amarronzados

—sabe Dan, você também foi o primeiro em anos, acho que fazia uns três anos? Acho que sim, enfim, sou muito solitário, e acho que sexo tem que ser especial, ou estar muito doidão para nem lembrar no outro dia –ele diz suspirando

—e o meu foi...? –pergunto com receio

—foi especial, que nem disse antes, você me atraiu, como um imã para o metal, entende? Eu sei lá –ele diz jogando a cabeça para trás —entre todos que já estiveram naquela multidão, o único que me atraiu foi você, e te juro que não foi por ser irmão da minha chefe! –sorri

—fico feliz com isso –disse bocejando, o Coelho me coloca deitado em seu peito enquanto afagava meus cabelos, batidas são ouvidas na porta

—já vai –o mascarado diz resmungando e se levantando, ele me cobre com um dos seus mantos escuros e fecha o dele como um roupão, ele abre uma pequena fresta da porta, escuto a voz de um rapaz

—ta tudo bem aqui? –a voz diz, a voz angelical de minha irmã cantando ecoava do salão principal —vocês já estão aqui a umas três horas e meia, os amigos dele estão preocupados, essa foi a dança mais demorada que você já fez e... Espera, vocês transaram?

—LG, FORA DO MEU CAMARIM! –o mascarado fecha a porta na cara do amigo, suas bochechas estavam coradas, ele suspira, me levanto com as pernas meio moles, o mascarado me segura antes de eu cair —calma, eu te ajudo –ele começa a recolher as minhas peças de roupa pelo local e me ajuda a vestir passando as mãos maliciosamente pelo meu corpo

—obrigado –digo ainda meio ofegante, lhe entrego seu manto e ele recusa

—fica de presente –ele diz depositando um beijo em minha bochecha, ele recolhe as próprias roupas vestindo as mesmas —vamos lá antes que seus amigos invadam o camarim e me batam com uma bíblia por ter te corrompido –ambos rimos —ah! Espera –ele abre o frigobar pegando uma garrafa com um líquido vermelho —isso tira o efeito da droga –ele coloca um shot em um copo e me entrega, viro de uma vez

—valeu, eu acho –digo encarando ele

—seus amigos iam perceber, não quero morrer tão cedo

—o Grande Coelho Dourado está com medo de pessoas que criam sites, wow –digo irônico e ele da um soquinho em meu ombro

—não é isso –ele diz sorrindo —quero te ver mais vezes aqui

—10000 por noite? Acho que o Eokor não vai conseguir bancar –digo e vejo um sorriso malicioso em seus lábios

—você é bem vindo no meu camarim sem que que quiser, só bate na porta antes, vai que você descobre minha identidade, isso seria problema para você –ele diz me olhando nos olhos

—ok ok, anotado, não saber a identidade do criminoso –digo revirando os olhos, ele me leva de volta ao salão principal me guiando com a mão em minha cintura, vejo minha irmã continuar cantando de forma angelical no palco, encontro Eokor, Orion e um rapaz de olhos rosas conversando em um canto, sinto a mão do mascarado ir até minhas nádegas, ele coloca a mão no bolso traseiro de minha calça jeans

—caraca mano, finalmente!! Achei que o Coelho tinha te matado naquele camarim! –Eokinho diz

—pena que o querido Lg empatou minha foda –o coelho disse estralando a lingua no céu da boca enquanto encarava o rapaz de olhos rosas, Orion cora e Eokor me encara animado

—você vai me contar tudo!! –o de olhos verdes diz, Ayu desce do palco após liberar para Sam a mesa de DJ

—e ai? Como foi? –Ayu me pergunta ao se aproximar de nós —o Coelho dança bem né? Como foi no camarim?

—não quero comentar –digo corando

—eu empatei a foda deles – o de olhos rosas disse rindo

—vá a merda LG!! –o Coelho diz dando um soco leve em seu ombro

—bem, ainda são 10:40, a noite é uma criança!! Vocês sabem, bebidas para vocês é por conta da casa –Ayu disse sorrindo, ela me chama para conversar a sós —e então? Era tudo que você imaginava? Você deve ter lotado ele de perguntas

—que nada, a gente transou mesmo –digo vendo minha irmã engasgar com o ar

—finalmente!!! Meu menino está tão crescido, finalmente superou a vaca da Daniela!!! Fico tão feliz por você!! –ela me abraça apertado

—as vezes parece que esquece que sou o mais velho —digo revirando os olhos

—o que é isso que está segurando –ela aponta para o manto que o dançarino havia me dado de presente

—o Coelho me deu –digo corando

—ai que fofo!!! Eu te disse que ele não era tão mau quanto os jornais faziam parecer!! –Ayu me disse —fico feliz por vocês!! Ele te falou quem ele é??

—não, ele disse que é por minha segurança, e outra, creio que foi caso de apenas uma noite –digo sentindo meu coração se partir 

—ele não é disso, ele pode ser super manipulador, mas quando se trata de sentimentos ele é real, e ele te deu um dos mantos dele! Cara, ele nunca fez isso, só para o LG, mas é diferente, pois o Luiz entrou no clã, já para você, parece que foi algo para você realmente se lembrar dele, o Coelho não é tão ruim assim, e acho que ele pode estar gamado em você –ela disse me abraçando

—mas e o tatuador...? Quer dizer, hoje cedo eu senti uma coisa diferente com ele e agora chega o Coelho embaralhando tudo –digo confuso, Ayu sorri para mim

—sei que irá encontrar uma solução para isso, você vai ver –ela beija minha testa e me leva de volta para meus amigos, o mascarado segurava duas taças que pareciam ser Espanholas

—peguei para você –ele me estende uma taça, agradeço e Eokor e Ayu trocam olhares eufóricos, reviro os olhos e vejo o mascarado segurar a risada, Lg já tinha sumido na multidão e Orion bebia um refrigerante enquanto conversava com Juddy próximo de nós

—Agora uma música para os apaixonados da noite –Sam disse e uma música lenta começou a tocar, meu corpo se movia lentamente no ritimo da música enquanto segurava o finalzinho de meu drink

—dança comigo? –o Coelho estende a mão para mim, coro fortemente e fomos dançar, ele se junta a mim dançando suavemente, a noite foi passando, vários drinks depois e muita dançaria encaro meu celular marcando 4:15 da manhã

—caramba!!! Está tarde!! –digo me afastando do Coelho

—o que foi? Já vai embora? A Cinderela vai perder a carruagem? –o mascarado diz de forma irônica

—amanhã trabalho cedo! –digo, ele me puxa para um último beijo nos lábios

—bom trabalho docinho, se quiser falar comigo –ele retira mais caneta de seu manto e anota um número no meu braço –me liga –ele diz se afastando indo de volta para seu camarim, estava paralisado vendo ele sumir na multidão, a festa pelo visto iria até o sol raiar 

—vamos para casa? –vejo Eokor se aproximar de mim, seu cabelo estava uma bagunça, Lg e Nogal se aproximam com cada um dando um beijo em cada bochecha de meu amigo

—safadinho!! Pegou logo o casal?? –digo lhe dando um soquinho

—mais ou menos, esse foi realmente só de uma noite, já você... Essas marcas pretas de batom e o manto de presente entregam muitas coisas –o de olhos verdes diz sorrindo —fico feliz por você

—também estou feliz –digo —e cadê o Orion?

—ele estava de papo com a Juddy –meu amigo diz —vamos procurar ele –ficamos um bom tempo procurando, quando encontramos nosso amigo, ele estava na cozinha escorado no balcão comendo alguns doces que claramente eram feitos pelas mãos de fada de Juddy, aquela era realmente uma doceira de mão cheia

—vou ter que ir embora, meus amigos já estão chamando –Orion diz dando um beijo na bochecha da garota —foi um prazer bater papo com você, e espero que um dia você realize seu sonho de ser a maior doceira do mundo, você tem talento para isso –ele se aproxima de nós e entramos no carro, me sentia bem molenga, talvez pela bebida, talvez pelo sono, talvez pela droga, talvez pelo sexo... Céus! Que noite louca!!

—Orion, tu dirige, não to com condições pra isso –digo jogando a chave do carro para ele

—você sempre extrapola nas bebidas –Orion diz já preparando o sermão, ele era a mãezona do grupo, o Eokor era o único normal, eu era o alcoólatra e Texx o sumido, não escutei metade do que o Orion disse pois adormeci no banco traseiro no caminho para casa, quando acordo percebo estar em meu quarto

—foi tudo um sonho? –me viro sentindo uma pontada na cabeça, queimação no nariz e enjôo —nop, pela ressaca foi tudo real –olho em meu relógio marcando 12:35, levanto em um pulo e me coloco em baixo do chuveiro gelado, a água fria me faz arrepiar, mas nada de melhorar a ressaca, suspiro me vestindo e indo para cozinha

—acordou a Bela Adormecida? –Orion pergunta me encarando

—deixa ele, a noite foi bem louca ontem para ele –Eokor diz enquanto cozinhava algo, o cheiro delicioso de carne de panela com legumes invade minhas narinas, pego um pacote de torradas e um pratinho para roubar carne da panela

—louco foi a gente ter que carregar ele até o quarto, ele não é criança –Orion diz cruzando os braços

—eu sei, tem algum local para eu ir tirar foto? –pergunto pegando dois pedaços pequenos de carne, Eokor revira os olhos

—nesse estado? Não, já mandamos o Texx, tire o dia para descansar –o de olhos verdes diz

—vou até o Ghost Tattoo então –digo colocando um pouco de carne desfiada em minha torrada, logo dando uma mordida na mesma, senti ser carne de jaca, claro, Orion é vegetariano, Eokor não iria colocar carne real

—você não tirou foto de lá ontem? –Orion me encara

—eu gostei do Juliano, senti uma conexão com ele –digo

—e transou com o Coelho Dourado mesmo assim? –o vegetariano me encara erguendo a sombrancelha

—foi calor do momento, e outra, o Coelho falou que foi especial, foi uma chance que acho que não vou ter com o Juliano, ele deve namorar, e provavelmente não gosta de homens –digo —e antes um pássaro na mão do que dois voando, o Coelho foi bem carinhoso comigo

—não vou discutir com você, mas se isso virar algo sério você tinha que pelo menos saber quem ele é —Orion diz

—deixa ele! Faz tanto tempo que os olhos dele não brilham assim, ele está vivendo o romance dele com o moreno sarcástico de passado duvidoso! Deixe ele –Eokor diz dando um tapa leve no ombro de Orion com a colher de pau

—volto quando ele fechar o estúdio ou me expulsar de lá –digo ainda sentindo minha cabeça estourar de dor, não falei nada para não deixar os rapazes preocupados, pego meu carro e vou em direção ao estúdio de tatuagem, acordei chegar lá, vejo Juliano varrendo o local

—Boa tarde Senhor Danrique –ele diz me encarando, ele aparentou se assustar com minha face —grande noitada? –ele me estende um copo com água

—que ressaca dos infernos –digo, ele conteve o riso, reviro os olhos

—o que aconteceu? –Ele pergunta, senti ironia em sua voz, mas poderia ser alucinações da minha dor de cabeça

—sexo, drogas, bebidas e rock and roll –disse me sentando na poltrona em frente a uma mesa com computador, deito minha cabeça no móvel de madeira

—nossa, vida agitada –ele diz —quer deitar no meu apê? Sinto que aqui você não vai descansar –estranhei

—nos conhecemos a um dia, não temos essa intimidade –levanto minha cabeça encarando ele, ele segura a risada novamente, aquilo já estava me irritando —vem cá, qual o motivo de segurar tanto a risada? Tem alguma coisa na minha cara? 

—tirando a própria cara de ressaca, o olhar caído, não, não tem nada na sua cara –ele diz e eu escuto o sininho da porta

—Boa tarde Jazz!! Cara, vim aqui fazer outra tattoo e... Mano? O que você ta fazendo aqui? –a voz de minha irmã diz, logo sinto o olhar da platinada cair sobre mim

—Jazz? Que merda de apelido é esse? Ai minha cabeça –pergunto levantando a cabeça bruscamente, sinto uma pontada de imediato e xingo baixinho a mesma

—não sei se reparou, meu querido maninho que está morrendo de ressaca, esse tatuador ao seu lado só escuta Jazz, o apelido pegou para os mais próximos –minha irmã diz, então eles eram próximos? Poderia saber o motivo de tanto o Ghost se privar de sorrir! O tatuador revira os olhos

—enfim, o que veio fazer hoje? – ele pergunta se aproximando de minha irmã

—outra tattoo, agora uma na nuca –Ayu pega o celular mostrando o que supuz ser a tatuagem

—beleza, bora lá –Ghost diz e ele se vira pra mim —Dan –encaro ele e vejo ele jogar um molho de chaves para mim, julguei ser do apartamento dele —vai dormir no sofá, no meu quarto, onde quiser, mas sua cara de morto ta ne deixando deprimido, parece que o sexo, drogas, bebidas e rock and roll não foi bom

—foi o melhor sexo da minha vida –Digo sem pensar, foi a vez da minha irmã segurar o riso, sinto meu rosto queimar —eu vou lá dormir antes que te conte com detalhes o meu sexo com um criminoso

—agora me deixou curioso, terá que contar depois –ele diz malicioso, resmungo sobre sua curiosidade e vou deitar em seu apê, enquanto subia as escadas, escuto a gargalhada de minha irmã

—ele não faz ideia que é você?? –a platinada pergunta, paro de subir as escadas e fico ali ouvindo, tinha cara de vir uma bomba grande

—ta na cara que não, sei disfarçar muito bem, sabe disso –Ghost diz, mas de que merda eles estão falando?

—opa, valeu –ela diz dando uma pausa—melhor sexo da vida dele, olha, deveria se sentir orgulhoso –qual o motivo dela falar como se fosse o coelho dourado na sua frente?

—ele estava a 10 anos sem transar, óbvio que ia ser o melhor, ele não tem perspectiva para comparar, e ele só comentou uma ex dele –ele diz, meu cérebro de ressaca pareceu ligar os pontos, apenas se ele fosse o Coelho! Era claro!

—cara, o Dan pode até ter ficado 10 anos sem transar depois da Daniela, mas no ensino médio ele era um completo devasso, pegou metade da escola –ela diz, ok, provavelmente não arrancaria mais nada dessa conversa, mas minha curiosidade não me deixava terminar de subir os lances de escada

—espera... A Ex dele se chama Daniela? Só falta ne dizer que era Daniela Henrica –Ghost diz debochado —céus, ele namorou a versão feminina dele?

—Daniela Helena, poderia até ser na aparência e com o nome, que pra mim era falso, mas ela era uma vadia, só serviu pra ferrar com o psicológico do meu irmão e levar todo dinheiro dele embora –minha irmã diz com claro rancor em sua voz

—falando em levar dinheiro embora, você cobrou os 10000 do Eokor? –ele pergunta, taí algo que também estava curioso

—claro que não!! Cara, o Dan sempre foi seu fã, claro, vocês fizeram mais do que achei que fariam, achei que ele iria te lotar de perguntas, mas sexo foi muito melhor –ela diz, meu coração bate mais rápido —faço tudo pra ver ele feliz, ele merece

—e essa Daniela dos infernos, como ela era? –ele pergunta

—nem pense em caçar ela, ela sumiu de nossas vidas, e ta tudo ótimo –Ayu diz

—não é justo, ela deveria estar atrás das grades por dar um golpe nele!!! –ele diz nervoso, meu coração acelera ainda mais, ele queria me defender?

— ah sim, é claro que você que já matou, roubou, pichou, e mais alguns serviços que nem quero saber envolvendo drogas, deveria estar livre? Eu sou uma das maiores mafiosas da cidade que lava dinheiro em um cassino, e nós merecemos estar livres? –Ayu pergunta, minhas mãos tremem, céus, eu transei realmente com uma pessoa que fez tudo isso?

—como sempre, está correta... Mas vi o Danrique ontem e ele é tão bom, ele não merecia aquilo –ele diz, minhas mãos suam, decido terminar de subir até seu apartamento, deito em seu sofá com os olhos fechados ainda tentando processar tudo e bolar um plano para ele se entregar e não parecer que fiquei ouvindo tudo, ouvia as risadas lá de baixo, a conversa parecia animada, depois de um tempo, escuto a porta abrir, já estava com um plano formulado em minha cabeça, talvez fosse extremamente babaca da minha parte, mas ele sempre faz joguinhos, minha vez de jogar

—sei que está acordado, ta tudo bem? Muita dor de cabeça? –ele me pergunta claramente preocupado, meu coração acelera, ele coloca a mão em minha testa  

—estou bem, só dormi mal –digo suspirando

—agora me responda, você disse que teve o melhor sexo da sua vida com um criminoso, sou muito curioso, me conte tudo –ele pergunta, bingo! Hora de pressionar ele para falar

—oh sim, transei com o Coelho Dourado, um rapaz metido a besta –Digo olhando ele com ironia, ele arregala os olhos, talvez fosse mais fácil do que imaginei 

—o Coelho Dourado? Nossa, nem acredito! E ele é metido? Sério? –ele pergunta chocado

—claro! Se acha o último biscoito do pacote, não tem como, ele dançando em pole dance só pra se exibir! –digo ácido, Ghost me encarava surpreso

—caramba, sinto muito por ter sido assim a sua noite –ele diz encarando o teto

—ele ainda me drogou com sei lá que merda era aquela! Meu nariz ta queimando até agora! Um completo sem noção –digo com falsa raiva

—caramba, meus pêsames, vou pegar um copo de água para você –ele se levanta indo para cozinha, ele demorou mais do que pensei, ele me entrega um copo com água e açúcar, suas mãos tremiam, ali percebi que fiz uma merda grande 

—e sabe o que é pior? –Pergunto e ele nega com a cabeça, suas mãos ainda tremiam—eu saber que ele está na minha frente e fingir que não é com ele todas essas besteiras que eu falei

—perdão? Você deve estar me confundindo –ele diz na defensiva

—Juliano, eu ouvi você falando com a minha irmã, sei que é você –digo acariciando seu rosto, ele empalideceu —falei essas merdas pra ver até que ponto você ia negar e aceitar eu falar mentiras de você, Coelhinho, você foi a coisa mais incrível da noite passada, mas não posso mentir que meu nariz ainda arde um pouco –ele sorri tristemente, me cortou o coração 

—eu tava achando que era verdade, estava com medo de ter te machucado, você foi especial para mim –ele diz, as lágrimas escorreram por sua face, arregalo os olhos limpando as mesmas

—desculpa –digo assustado com sua reação, boa Danrique, só faz merda —eu não achei que você ficaria assim e –sou interrompido

—cala a boca e me beija –ele diz me puxando para um beijo desesperado, meus olhos arregalam

—esse é o Coelho que conheci ontem a noite –digo me distanciando minimamente de seu rosto para olhar ele, um sorriso surge em sua face, mais do que depressa pego minha câmera e tiro uma foto —FALEI QUE TERIA UMA FOTO SUA SORRINDO!! –me levando correndo, Ghost ainda aparentava processar o que havia acontecido 

—volta aqui idiota!! –ele diz se levantando e correndo atrás de mim, minha risada ecoava pelo local, estava me divertindo como se fosse criança —não posso perder minha pose de mau!!

—mas tem razão, não posso por essa foto no site, pessoal de mais, mas vai ficar guardada comigo –digo analisando a foto, era claramente em um momento mais íntimo que realmente não precisava ser compartilhado com o mundo

—ok ok, você quem sabe –ele diz dando de ombros, claramente fingindo não se importar, ri baixo

—hm, ontem nos interromperam, estávamos em um momento tão bom –digo, ele sorri se deitando no sofá, me deito no seu lado e ele coloca minha cabeça sobre seu peito fazendo um cafuné gostoso em meus cabelos, acabo adormecendo, quando acordo, não encontro o tatuador ao meu lado, a vista da sacada estava me chamando, vou até o local apreciando a leve brisa da noite e a vista para a rua, pouco tempo depois sinto Ghost de aproximar de mim, tão sorrateiro quanto seu sobrenome sugere

—gostou daqui? –ele pergunta escorando na grade da sacada e me encarando

—é bem calmo –digo

—que rude da minha parte, nem tem mostrei o apartamento todo! –ele diz, encaro com dúvida mas começo a seguir ele pelo local, era pequeno, mas bem aconchegante, na cozinha, acabei vendo uma panela com molho, provavelmente ele fez algo para comer, o local era branco com as bancadas de pedra em um tom de areia, ele me mostra onde ficava o banheiro e por fim, seu quarto

—quarto bonito –digo encarando o local, havia um guarda roupas que a porta não fechava direito, sua cama de casal ficava ao lado do armário, o que mais me chamou a atenção, foi uma parede repleta de armas brancas pregadas na parede, desde machados a facas e espadas, era uma coleção linda, volto o olhar para sua cama que aparentava ser bem convidativa, e não para dormir

—melhor que um sofá né? –ele diz já entendendo meus pensamentos, riu baixo e beijo ele com desejo o puxando em direção a cama —acho que o macarrão vai ter que esperar –ele diz ao perceber minhas mãos em sua bermuda enquanto encarava seu rosto com pura malícia, ele sorri para mim, abaixo sua bermida reparando em sua ereção

—com certeza –digo beijando seu pescoço e dando alguns chupões, escuto um suspiro satisfeito escapar de seus lábios, ele leva a mão para minha calça logo começando a abaixar a mesma, sorri contra seu pescoço quando sinto ele querer retirar minha camiseta, levanto os braços para facilitar o processo, quando dei por mim, ambos já estávamos completamente nus, abraço ele encostando as ereções, suspiro com a deliciosa sensação logo sentindo a mão do tatuador masturbar nós dois, morro eu ombro para conter os gemidos, ele gemia baixo em meu ouvido me fazendo arrepiar

—é bom né? –ele me pergunta, concordo de imediato logo começando a passar minhas mãos pelo seu corpo

—eu quero mais... –digo passando a mão pelos seus glúteos, vejo ele arrepiar e concordar, saio de perto dele indo em direção a sala para pegar minha mochila com meu pote de lubrificante, nunca saia sem

—eu tenho lubrificante aqui –ele diz abrindo uma gaveta, olho para ele espantado por já me conhecer nesse nível, ele me entrega o pote e eu logo passo nos dedos, ele fica olhando com desejo

—ontem gozei duas vezes, hora da revanche –digo vendo Ghost morder os lábios, coloco ele deitado de bruços e introduzo dois dedos ouvindo ele gemer, começo a acariciar suas costas enqianto alargador sua entrada, percebo ele estocar o colchão de forma instintiva, puxo sua cintura fazendo ele ficar de quatro, escuto um baixo resmungo vindo dele—relaxa... –retiro os dedos encostando minha ereção nele —tem certeza que quer?

—com todas as células do meu corpo –ele diz, começo a me colocar dentro dele sem soltar sua cintura, começo a me movimentar levando uma mão para sua ereção e acaricio o local com desejo aos sons dos gemidos do tatuador, com o tempo, sinto minhas mãos serem meladas por ele juntamente um um gemido alto que escapou de seus lábios, estoco mais algumas poucas vezes, mas me retiro de dentro dele ao ver suas pernas fraquejarem com a posição, vejo ele desabar no colchão, ambos estávamos ofegantes, me aproximo dele dando um beijo em sua nuca

—quer mais? –pergunto acariciando suas costas, minhas mãos estavam melada com seu orgasmo, ele concorda virando o corpo e encarando meus olhos, uma coisa que temos em comum, gostamos de ficar olhando nos olhos a todo momento, não sei para ele, mas para mim, significava sinceridade e carinho, começo uma trilha de beijos em seu pescoço descendo até sua barriga para chegar um pouco mais em baixo, lambo o local sensível logo começando a chupar

—porra! –ele diz jogando a cabeça para trás, essa era uma visão maravilhosa, chupava com puro desejo, mas também estava necessitado de prazer, começo uma masturbação lenta em mim mesmo, vejo seu corpo dar leves espasmos e seu membro pulsar em minha boca, acabo gozando com tudo isso, continuo os toques para prolongar o prazer, ele logo se desmancha dentro de minha boca, ele estava completamente ofegante, engulo e mostro minha mão melada deixando claro que também havia chego no meu ápice, deito do seu lado acariciando seus cabelos com a mão limpa

—foi bom? –pergunto vendo ele confirmar com a cabeça, era claro que ele nunca tinha feito duas rodadas assim nessa intensidade, ele estava detonado, ele me abraça e eu me levanto—posso mexer no seu guarda roupa? Pegar algo mais leve pra vestir

—a vontade –ele diz ainda sem nem se mexer direito, ele me encara ao ver eu pegar dois mantos de seu clã e colocar sobre a cama, pego ele no colo no estilo noiva e levo ele para um banho, ambos estávamos precisando, ele se debatia para coloca-lo no chão, ignorou o colocando sentado na banheira

—acho que não cabe nós dois ai... –digo encarando ele já cogitando tomar banho no chuveiro

—a gente da um jeito –ele diz indo um pouco mais pra frente deixando claro que me queria sentado atrás dele, ligou o chuveiro que havia sobre a banheira para enche-la e começo a beijar seus ombros com carinho

—só uma pergunta, ontem você estava de lentes? Seus olhos estavam cianos ontem –pergunto para ele

—efeito do Dark Líquen –o tatuador me responde e eu deito a cabeça em seu ombro para o encarar com dúvida —a droga de ontem

—ah –digo fechando o chuveiro sobre nossas cabeças ao ver a banheira cheia, começo a lavar seu corpo com cuidado, ele estava bem delicado, céus, estava ficando excitado, espero que ele não perceba, termino de lavar nós dois, abro o ralo da banheira e ligo o chuveiro para tirar o sabão e saio de lá pegando duas toalhas, retiro ele da banheira o enrolando com cuidado —suas pernas ainda estão moles?

—acho que não –ele se levanta fraquejando um pouco

—ta meio mole ainda, mas da pra andar –ele sorri para mim tentando passar tranquilidade, nego com a cabeça me enrolando na toalha e pegando ele no colo novamente —Dan!! Não sou criança!!

—mas é meu príncipe –digo beijando sua testa logo vendo seu rosto adquirir a cor vermelha, coloco ele delicadamente sobre a cama e visto ele apenas com seu manto, faço o mesmo o pegando no colo de um modo diferente, segurava suas nádegas e ele enroscava suas pernas na minha cintura, ele segura minha nuca me dando um beijo eufórico, necessitado, vou para a sala o colocando sentado no sofá, abaixo para encarar ele—você fez macarrão, né? –ele afirma com a cabeça —vou lá esquentar pra gente, volto logo –me levanto sentindo seu olhar queimar sobre meu corpo, sorrio, depois de tantos anos, senti que aquele homem que eu havia conhecido a tão pouco tempo me amava, me sentia no paraíso com ele, era mágico, e torcia para ficar com ele até o fim de nossos dias vivos, era como se nossas almas fossem interligadas, como se fosse um amor de outras vidas, era incrível aquela sensação 



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