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História Tattooed Heart. - Te vejo qualquer dia desses, latina.


Escrita por: klausfetus

Notas do Autor


boa leitura meus bombons e lembrem-se: notas finais são sempre importantes.

Capítulo 6 - Te vejo qualquer dia desses, latina.


Fanfic / Fanfiction Tattooed Heart. - Te vejo qualquer dia desses, latina.

Selena's point of view

Toronto, Canadá

Eu sorria como nunca antes. As lágrimas salgadas percorriam um longo caminho até finalmente descerem pelo meu rosto e respingarem no chão. Ainda assim, meu corpo tremia de ansiedade. Luke havia nos levado ao nosso restaurante favorito, que por curiosidade é o mesmo em que tivemos nosso primeiro encontro e demos o nosso primeiro beijo. Agora, no meio de toda essa gente, ele está ajoelhado à minha frente, pedindo-me em casamento.— E então? — ele pergunta, percebendo a minha demora em dar-lhe uma resposta. Estamos juntos à alguns anos, e esse é o maior passo que alguém se pode dar em relação ao amor. Vejo que ele está tremendo enquanto segura a pequena caixa vermelha aveludada, eu estou do mesmo jeito. Nervosa, eu quero dizer.

— Sim! — essa é a minha resposta. Minha voz sai animada e em alto tom, mas no fundo, bem no fundo, eu estou confusa. Confesso que não  imaginaria, em toda a minha vida, eu me casando com Luke. Para falar a verdade, nunca achei que ele me amasse tanto à ponto de propôr-me em casamento.

Após a minha resposta, Luke se levanta de onde estava ajoelhado e beija-me tímidamente. Após o ato, estendo minha mão à espera da aliança de noivado, que rapidamente preenche meu dedo anelar. Ouço palmas e muitos gritos, o que acaba lembrando-me de que não estamos sós.

— Selena! — acordo assustada com o grito de Ashley, que me olha de maneira estranha. — que horas você foi dormir ontem? Já são três da tarde! Jeremy está puto da vida com você, já que não foi ajudar o pessoal lá embaixo com a limpeza da boate.

Murmuro um xingamento.

A noite de ontem foi agitada, muito agitada. A boate fechava às cinco da manhã, o que me fez ficar acordada por todo esse meio tempo. Graças à James consegui terminar de atender as pessoas sem cochilar enquanto falava com elas, ele havia me feito experimentar um energético pela primeira vez. O gosto não me era estranho, assemelhava-se com refrigerante, no entanto, não foi o suficiente para a madrugada. Acabei tomando um pouco mais do que o recomendado por achar que eu dormiria no meio do expediente — o que faria Jeremy me comer viva — e ao final da madrugada, eu não consegui pregar o olho. Fui cochilar lá por perto das seis da manhã, e aqui estou eu.

— Estou exausta. — espreguiço-me enquanto bocejo. Quase fecho os olhos novamente, mas Ashley, com sua voz aguda, me impede.

— Estou vendo. — ela ri. — lamento interromper seu sono da beleza, mas como eu já havia dito, Jeremy está te chamando lá no escritório.

— Você não havia dito que o Jeremy estava me chamando no escritório. — arqueio uma sombrancelha, com o olhar meio fechado.

— Finge. — ela ri, novamente. — sugiro que você tome um banho, ainda está com as mesmas roupas de ontem.

— Não temos variedades por aqui. — debocho e levanto-me da cama, ainda meio grogue. Coço os olhos enquanto sigo o caminho até o banheiro e peço para Ashley me esperar, o que ela faz sem pestanejar. Ao terminar o banho, pego uma única toalha limpa entre tantas outras espalhadas pelo ambiente e enrolo no corpo. Ao perceber que não tenho uma escova de dentes para concluir a minha higiene matinal, resolvo escovar os dentes com o dedo mesmo.

Quando saio do banheiro e encaro o quarto, Ashley não está mais lá. Arqueio uma sombrancelha enquanto pego as minhas roupas do chão e visto-as. Não uso a mesma calcinha por achar o ápice do nojento, por isso, fico sem. A blusa preta chega até o meio das cochas, o que de certo modo é bom, pois estou usando uma legging, ainda por cima sem calcinha. Me sinto incomodada por não estar usando peças íntimas em uma boate, mas rapidamente tento me reconfortar ao pensar que todas as garotas daqui provavelmente também anulam a opção de colocar peças íntimas fora do trabalho. O porquê disso? Não faço a mínima ideia.

Decido parar de pensar tanto e saio do quarto em rumo ao escritório. Algumas pessoas passam apressadas pelos corredores e me fazem imaginar o porquê de tanta agitação, mas logo ignoro e concentro-me no caminho que deve ser feito. Ao chegar lá, decido bater na porta. Sabe-se lá o que eu irei encontrar se entrar sem bater. Ele pode estar muito bravo pelo meu atraso e querer me matar, ou na melhor das hipóteses, apenas me torturar.

— Com licença. — adentro o local encontrando-o sentado, com a postura ereta e o olhar selvagem. O medo da morte fala mais alto e eu me sinto obrigada à ser educada com aquele que fodeu com a minha vida. Literalmente. — o senhor me chamou? — minha voz vacila sem querer, e eu sorrio um pouco para disfarçar.

— Vou ir direto ao ponto, Selena Marie. — engulo em seco. — caso se atrase com as suas prioridades novamente, irá sofrer até a última gota de sangue, fui claro?

— Foi. — é o que eu respondo. Foi apenas um atraso e nas minhas atuais condições, isto é plenamente aceitável. No entanto, resolvo não discutir. Pelo menos desta vez. — era só isso?

Do chão, ele pega uma mala de tamanho médi  e à coloca encima da mesa com certa força, provocando um estrondo. Me assusto, mas rapidamente volto à posição inicial, curiosa demais para deixar-me abalar.

— Pedi para alguns funcionários meus irem buscar metade das suas coisas no seu antigo apartamento, — antes do mesmo completar a frase eu já estava tremendo. Funcionários? Como eles entraram lá? Será que arrombaram a porta ou ela já estava aberta? Ou melhor, eles fizeram algo com o Luke?  — e além disso, pedi para que providenciassem produtos de higiene pessoal. Era só isso mesmo, já pode se retirar.

— O quê? — estou imóvel. Mal consigo respirar. — eles foram ao meu apartamento? Como?

Eles voltaram para os Estados Unidos apenas para buscar as minhas coisas?

— Seu noivo está bem, meu anjo. — ele sorri amarelo, logo acendendo um cigarro de maconha que já estava em sua mesa. — É tudo o que precisa saber. Agora você já pode ir. Aliás, adiante seu trabalho lá embaixo. Você se atrasou porque quis, agora terá mais trabalho à fazer.

(...)


— Ele foi mesmo ao seu apartamento? — James está tão surpreso quanto eu fiquei na hora que soube. Ele mantêm seu olhar em mim enquanto limpa o balcão com um pano azul.

— Ele não, os capangas dele foram até lá. Você acredita? Eles saíram do Canadá só para buscar as minhas roupas nos Estados Unidos. Isso não faz o menor sentido. — faço uma pausa enquanto bebo um copo com água gelada. A boate está aberta, mas como ainda são quatro e trinta e dois da tarde, é normal estar tão vazio assim. Sem contar com os funcionários e as dançarinas daqui, apenas mais doze pessoas se encontram espalhadas pelo ambiente. A boate é grande, creio que maior ainda nessa parte, e por mais que doze pessoas pareçam ser muito, todas estão espalhadas pelo vasto ambiente.

— E por quê você esteve tão preocupada com eles invadindo seu apartamento? Quer dizer, havia algo de valor lá? — ele pergunta curioso, e eu arqueio uma sombrancelha. Eu não havia lhe contado sobre Luke?

— Meu noivo. — ele arregala os olhos e eu gargalho um pouco. — quer dizer, não sei se nós havíamos terminado antes de me sequestram, mas eu tinha dito que daria um tempo ao nosso relacionamento.

— Estou confuso. Vocês estão noivos ou não? — quando abro a boca para responder, ele me corta. — espera, não responda. Vá atender o cliente que acabou de se sentar aí, bem atrás de você. Eu já volto. — ele sussura e sai do local como quem não quer nada para fazer alguma outra coisa. Respiro fundo antes de me virar e atender a pessoa sedenta por alguma bebida alcoólica, no entanto, quando encaro seu rosto perfeito e sem nenhum defeito, quase caío para trás.

Era ele.

O filho do Jeremy.

Ele não me encara, está sentado olhando algo em seu celular. Uso esse tempo de distração para arrumar a minha postura e o meu uniforme — que, a propósito, não era o mesmo da noite anterior — . Respiro fundo e conto mentalmente antes de iniciar o já tão decorado diálogo:

— O quê vai querer? — chamo sua atenção.

— Vodka pura, apenas. — seus olhos percorrem toda a minha expressão neutra. Por dentro eu estava gritando, acredite.

— Às quatro da tarde? Alguém está passando por um dia difícil. — brinco enquanto preparo o que me foi pedido. Não quero ser legal com ele, essa é apenas uma estratégia para ver se o mesmo é igualzinho ao pai, ou, por mais difícil que pareça, um garoto aturavél.

— Pois é. — seus olhos são castanhos caramelo, algo mais parecido com mel. São tão vibrantes que me deixam inebriada por alguns segundos. — é nova por aqui? — pergunta como quem não quer nada enquanto vira o copo de tamanho médio, onde continha a vodka.

— Sou. — respondo simplesmente. Ele é o filho do Jeremy, não é? É claro que ele sabe que eu fui sequestrada. Que eu saiba, todas as garotas daqui — ou pelo menos a maioria — foram obrigadas à ficarem.

— Você veio de onde? — arqueio uma sombrancelha. — quer dizer, seu sotaque é diferente. Veio do México? Espanha?

Gargalho alto.

— México? — não consigo parar de rir. O quê tem de errado com o meu sotaque? Ele parece normal para um americano, certo? — eu sou dos Estados Unidos.

— Ah. — murmura, ainda me olhando confuso. — o quê te trouxe ao Canadá?

Não respondo de imediato, apenas encaro seu rosto sem nenhum tipo de imperfeição. As pintas minúsculas que se espalhavam por ali o davam um ar mais jovial.

— Desculpe se estou sendo muito invasivo, realmente não é da minha conta. — ao perceber a minha demora em responder, ele rapidamente se desculpa. 

— Está tudo bem. — garanto, mesmo que no fundo não esteja tudo bem. — Você é o filho do Jeremy, não é?

Ele assente. — Sou.

— Então, — antes de continuar, eu respiro fundo. — pergunte à ele o que eu faço aqui. Na verdade, nem eu sei.

— Tudo bem. — depois de alguns segundos em silêncio, ele responde. — foi legal conhecer você. Te vejo qualquer dia desses, latina

Antes de se levantar e sair, ele sorri genuínamente, como um anjo. Meu corpo quase escorrega pelo balcão e se derrete no chão, mas eu apenas sorrio em resposta enquanto observo ele sair da boate pela porta principal. Tudo bem, ele disse que foi "legal me conhecer", mas eu não classificaria isso como um diálogo. Não durou nem cinco minutos!

— E então? — eu já deveria estar acostumada com James me assustando, porém sinto que isto nunca irá acontecer. — o que aconteceu? O quê vocês conversaram?

— James, você está parecendo uma garotinha fofoqueira. Se acalme. — eu rio sem parar. — não foi nada demais.

— Sério? — ele se desanima. — mas sobre ele; qual é o seu veredito final?

Com certeza, ele não é igualzinho ao pai.

— Como sabe disso? Você não passou nem dez minutos conversando com ele. — James murmura. 

— Eu consigo sentir que ele não é igual ao pai. Só não sei se ele é melhor, ou pior que Jeremy.

— Boa sorte ao tentar descobrir isso. — ele dá um tapinha amigável nas minhas costas e se vira para atender mais um jovem.

Com certeza eu irei precisar de sorte, já que o destino sempre resolve brincar comigo.

Te vi ali e pensei:  "Ai meu Deus, olhe esse rosto!" Você parece o meu próximo erro.O amor é um jogo, quer brincar?
Blank Space - Taylor Swift


Notas Finais


🍗 olá meus franguinhos de padaria 🍗

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkque

okok, acabei postando este capítulo agora pois às 20:00 horas irei sair, ou seja, ou eu postava o capítulo mais cedo ou eu deixava para amanhã, mas como prometi pra vcs no domingo passado que postaria hoje, aqui estou eu pleníssima.

pra quem quer imaginar o uniforme que a selena usa no "emprego" temporário de bartender, peguei as ideias do google; https://goo.gl/images/y1ieKP

é isso. o que vcs acharam do capítulo? foi até grandinho, vai. estou tentando melhorar nisto, e talvez, em um futuro próximo, eu já consiga postar capítulos com mais de 5mil palavras, pq vcs são os melhores leitores do mundo e merecem. fiquei muito animada com os comentários do capítulo anterior, eu vejo TODOS eles e vocês não sabem o quanto isso me deixa feliz. eu amo vcs demais da conta. irei responder todos agorinha mesmo e mais uma vez OBRIGADA por tudo. estamos chegando à 150 favoritos, faltam só mais dois, então vc leitor fantasma que ainda não comentou nem favoritou a história... faça isso, é muito importante para mim. o fav de vcs já me deixaria deveras feliz. ❤

agora falando do capítulo:
(primeiramente, vcs já devem estar cansados de ler as notas finas dessa história de tantas coisas que eu escrevo, parece que eu nunca vou parar de falar, mas saibam que é importante pra vcs me conhecerem um pouquinho mais e se familiarizarem com a história/personagens). perdoem os erros, eu já revisei porém creio que deixei alguma coisa passar. irei corrigir em breve.

hmmm, então, e esse primeiro diálogo jeleninha, hein? o que vcs acharam do justin? ele é o vilão bad boy da história ou é o príncipe chegando com seu cavalo branco e sua espada para salvar a princesinha indefesa? deixem suas opiniões, eu adoraria saber.

vejo vocês no próximo domingo (ou sábado se eu estiver com as ideias à flor da pele).

Ah, e espero que vcs já tenham percebido isso; em todas as notas finais eu começo chamando vcs de alguma comida, não é mesmo? por ex: meus moranguinhos, minhas cerejas, minhas maçãs, meus franguinhos de padaria,... pois bem, saibam que a coisa que eu mais amo no mundo é comida. comer é a minha vida, e conforme eu chamo vcs dando esses apelidos, na verdade eu estou fazendo uma declaração. (deu pra entender? kkkkkkkkk)

meu twitter: https://twitter.com/bizzIesexual?s=09
curiouscat: https://curiouscat.me/sobervivente

agora chega de enrolação e tchauzinho

with love,
yas.


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