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História TDB: The Daughter of my Brother - The Hunters


Escrita por: freyamavor

Notas do Autor


decidi faltar a escola e nao fazer a prova para escrever fanfic, sou meio idiota obvio que sim

Capítulo 19 - The Hunters


Fanfic / Fanfiction TDB: The Daughter of my Brother - The Hunters




           Justin Bieber P.O.V


Acaricio os cabelos loiros de Ema com a minha mão livre, já que a outra estava sendo usada para envolvê-la. A luz do dia ressaltava suas sardas de um jeito belo, elas se apoderavam da sua pele branca. Passo os dedos por suas bochechas, que eram lisas e delicadas. Eu poderia olhá-la por horas, não sei de onde surgiu essa minha vontade, mas não me incomodaria se isso acontecesse.


Ainda pensava a respeito sobre o seu pesadelo ontem á noite. Me pergunto se ela os tem seguido, espero que não. Ela era muito pequena para se lembrar do incêndio, e eu tinha quase certeza de que ela não se lembrava de nada, mas várias dúvidas cresceram em minha mente nessas poucas horas que se passaram.


Um grunhido sai de sua boca, e ela se encolhe ainda mais em meu peito. Ema ainda vestia a minha camisa, e uma sensação agradável me inundou ao vê-la se mexer com ela grudada em seu corpo. Percebo que já faz alguns dias que venho acordando com ela, e não era só pelo fato de só acontecer por nós transarmos antes de cair no sono, eu gostava de me mexer e sentí-la do meu lado, e isso era estranho porque eu odiava dormir acompanhado. 


- Bom dia. - Um sussuro sai de sua boca, com os olhos ainda fechados. 


- Bom dia. 


- Que horas são? 

- Umas duas da tarde, por aí. - Olho pro relogio da mesa, sem dar muita bola.


- Você quer que eu vá embora? - Sua voz sai receosa, e eu rio pelo nariz.


- Não, pode ficar. - Me espreguiço, percebo que fiquei muito tempo imóvel para não ter chances de acordá-la de novo.


- O que você vai fazer hoje? - Ela se levanta, mas eu a puxo de novo para meu ombro.


- Não sei, faz um tempo que voltei pra cá, acho que seria uma boa se eu fosse ver meus amigos. - Coço a cabeça, e ela me olha curiosa.


- Seus amigos da faculdade? - Ela pergunta, e eu rio só de imaginar eles em uma faculdade.


- Não, não. Uns amigos que eu tinha da rua mesmo, quando eu era dono de uma gangue e todas aquelas besteiras que um jovem fodido faz. 


- Qual era o nome da sua gangue? - Ela pergunta aos risos, e eu balanço a cabeça.


- The Hunters. - Dou de ombros, e ela arregala os olhos.


- The Hunters? The Hunters os The Hunters mesmo? - Ela se levanta para me olhar, e eu afirmo.


- Você conhece? Nossa, pra uma gangue que acabou a oito anos atrás ela é um tanto conhecida. - Digo sarcásticamente. 


- Voce tá brincando né? Eles existem até hoje, mas estão podres da grana, eles não assaltam mais por pouca coisa. Acho que os The Hunters só não se mudaram daqui porque eles são bastante respeitados, mas nunca foram presos, eles compram até a policia. - Ema me conta como se tivesse decorado tudo isso da Wikipedia para um trabalho da escola.


Ricos? Respeitados? Acho que ela está se confundindo de gangue.


- Ema, você tem certeza? E de onde você tirou tudo isso? - Pergunto curioso, e ela me olha pensativa.


- Ué, eles são assunto de Rexburg desde sempre, e como eu mexo com armas, eu já encontrei eles uma vez em uma loja. - Ela diz tudo rápido demais, e ainda estava dificil de acreditar que uma criação minha ainda existia.


- E quem é o líder? - Arqueeio as sobrancelhas e ela me olha pensativa.


- Hm... Chad... Chaz. Alguma coisa assim, mas parece que os três que fazem tudo juntos, isso de líder é algo meio simbólico. - Ela dá de ombros, e escutar o nome do meu antigo melhor amigo ecoa pela minha cabeça.


- Chaz Somers? Você tem certeza? - Pergunto sério, e ela revira os olhos.


- Sim, isso mesmo. Justin, você foi parte da maior gangue já feita daqui. - Ela me remexe, com os olhos cheios de admiração.


- Eu fui parte da maior idiotice já feita aqui, isso é no mínimo doentio da minha parte me alegrar por ter criado um grupo de caras que roubam coisas e vendem drogas. 


- É, pensando assim você tem razão. Mas se você quiser rever eles, eu sei onde eles se reúnem, na verdade é tipo um bar enorme que eles são donos. Mas pelo o que me disseram eles só vão lá pra socializar, tem até um monte de gangues amadoras que ficam lá só pra endeuzá-los, é meio bizarro. - Ela franze o cenho, adorava ver o jeito que Ema redatava as coisas, era um tanto engraçado.


- E como você sabe onde é, você já foi lá? - A olha com reprovação, e ela balança a cabeça.


- Mais ou menos, já cruzei a esquina e vi de longe, mas nunca entrei. É até perto daqui, que tal a gente ir? - Ela pergunta animada e eu nego com a cabeça.


- E você acha que eu te levaria pra um lugar fodido desses? Se for que nem a minha época, vai estar cheio de idiotas fazendo gracinha com você. - Digo irritado, e ela me olha confusa.


- Eu sei me defender, você sabe disso melhor que ninguém. - Ema cruza os braços. Eu precisaria dela para chegar lá, então era o único jeito.


- Tá bom então, vai se trocar. 


- Mas eu não tenho roupa aqui. 


- Eu trouxe umas coisas suas que eu achei na cadeira do seu quarto, eu sabia que você iria acabar vindo comigo e peguei pelas dúvidas. - Coço a cabeça, e seu queixo cai.


- Então porque você não me deu elas quando eu fui tomar banho? 


- Porque eu gosto de te ver usando minhas roupas. - Rio pelo nariz, e ela revira os olhos. 


- Está dentro da mochila preta. - Aponto, e Ema vai abrí-la.

Não sei se era uma boa idéia levá-la para lá, não sei nem se era uma boa idéia eu ir até lá. Quero dizer, não tinha sentido nenhum eu ir ver três caras que eu não via a anos. Claro que eu não tinha virado um coxinha ou algo do tipo. Mas contar que virei professor, uma coisa que o Justin de oito atrás nunca nem cogitaria na opção, era meio afrontador. Mas eu não tinha vergonha de ter crescido, teria vergonha se ainda roubasse dinheiro dos outros pra viver.


Ema sai do banheiro com um short muito mais justo do que aparentava quando eu o peguei, e uma blusa solta preta. 


- E aí, pareço digna de ir a um lugar cheio de bêbados e pessoas foras da lei? - Ela diz dando uma voltinha, rindo da situação.


- Você não vai sair de trás de mim em momento algum, entendeu? - Digo sério.


- Eu sei me defender, quantas vezes vou ter que te dizer isso? - Ela diz com a mão na cintura, e me levanto indo na direção dela.


- Tudo bem, vamos fazer um teste. - Fico na sua frente, e ela cruza os braços com má vontade. - Vamos dizer que eu sou um idiota que quer se aproveitar de você.


- Meio que você é. - Ela solta um riso, e eu fecho a cara.


- Foca Ema, que merda. - Solto um suspiro, e ela fica quieta. 


Eu puxo sua cintura, e ela tira a mão, a torcendo.


- Não, muito precipitada. - Digo, dando uma rasteira nela, fazendo ela cair no chão.

- Ai. - Ela dá um gritinho, me olhando confusa. - Você é bom nisso.


- Lembre que eu que criei aquela joça lá. - A ajudo a levantar, e ela faz uma careta de dor. - Mas você é ótima atirando, isso é uma vantagem. 

Ela fica quieta por um instante, e aposta um soco no meu ombro, mas seguro o seu punho antes do ocorrido. Puxo sua mão a fazendo ficar de costas para mim, e envolvo meu braço em seu pescoço, a imobilizando.


- Tá tá, você ganhou. - Ela desiste e eu a solto.


- Depois eu te ensino uns truques. - Aperto sua bochecha, e ela mostra a língua.


Descemos o elevador, e vamos até o carro. Quando ela me dá as coordenadas para chegar lá, vejo o seu rosto encher de preocupação.


- O quê foi? - Ema me olha pensativa, mas começa a se explicar.

- Se eles te perguntarem o que você faz da vida, você não pode dizer que é professor. 


- Por que não ué? é um trabalho digno, bem mais que o deles. - Dou de ombros, e ela suspira.


- Justin, você pode inventar uma mentirinha, diz que você continuou o trabalho sozinho em Nova York e por isso ninguém mais soube de você aqui. - Ela escolhe suas palavras, me olhando com atenção. - Pelo menos você continua com sua moral de pé.


- Você acha mesmo que eu teria mais moral sendo um idiota que rouba coisas e vende drogas? A vida é muito mais que isso, Ema. - Por mais que sua idéia fizesse sentido, eu não queria me comportar como um moleque, as coisas já haviam mudado.


- Óbvio que você tem razão, mas é meio triste um líder virar um professor de literatura. - Ela me olha com cuidado. - Mas claro, eu só dei uma idéia.


- Eu já até me arrependi de ter vindo. - Balanço a cabeça, isso não fazia sentido nenhum.


- Se quiser a gente volta, mas já é alí. - Ela aponta para um casarão enorme, cheio de luzes e música. Não vou negar, me surpreendi vendo o crescimento deles, mesmo já ciente pela Ema do dinheiro que eles conseguiram nesses anos.


Estaciono o carro, e boto meus óculos escuros. Se era pra entrar lá, eu ia fazer com estilo. Ema me olhava com diversão, ela realmente estava levando isso á serio.

- A gente entra um do lado do outro, ou eu vou uns passos atrás de você, pra dar um ar de mistério? - Ela mordia as unhas, nervosa. 


- Ema. - Chamo sua atenção, sem conseguir controlar o riso. - Eles são só uns idiotas, não são a máfia japonesa ou algo assim.


Ela respira fundo, e confirma com a cabeça. Entramos no bar, e toda aquela decoração dourada cega meus olhos. Parecia um hotel dos anos 60. O bar estava repleto de caras, e até algumas garotas com roupas minúsculas. Ema segura o meu braço, e se encolhe com tantos olhares sobre a gente.


- Ei. - Chamo o cara atrás do balcão, que preparava uma bebida. - Você sabe me dizer se os The Hunters estão aqui? 


Ele me olha com um ar de graça, e estreita os olhos.

- Quem é você? - Abro a boca pra falar, mas Ema responde primeiro.


- Justin, Justin Bieber. - Ela cruza os braços, era até engraçado vê-la toda empolgada assim.

O homem a olha, e depois volta seu olhar pra mim, com surpresa.

- É impossivel. - Ele diz incrédulo, me olhando com atenção. - Daniel, vem aqui. - Ele chama um cara que estava bebendo a poucos métros da gente. Olho ao meu redor e todos nos olhavam com atenção.


- Sim. - O tal de Daniel aparece.

- Chame os The Hunters, diga que o suposto Justin Bieber está aqui. - O cara diz firme, e todos no bar cochichavam e olhavam pasmos.


- Eu acho que eles já ouviram falar de você. - Ema sussura.


- Isso já tá ficando um porre, odeio que me encarem. - Olho para todos que me olhavam, e os fuzilo. - Só vamos embora.


Faço menção de sair, mas escuto alguém quebrar o silêncio do bar.


- Justin? - Olho para cima, e vejo Chaz, Ryan e Jace me olhando com sorrisos no rosto. Eles não tinham mudado muito, estavam mais fortes e, Jace estava com barba. 


- E aí. - Faço um movimento com a cabeça, meio desconfortável.


Ema dá um gritinho, mas se recompõe depois de eu lhe lançar um olhar.

- Com vocês, o criador dos The Hunters. - Chaz abre os braços, com um sorriso no rosto. Todo o bar que antes estava em um silêncio pesado, se enche de palmas, e gritos de admiração.

- Sério isso? - Sussuro ao lado de Ema, e ela dá de ombros.


- Eu disse que eles levam isso de glorificar muito a sério. 


Os três desceram as escadas, e caminham em minha direção.


- Vem nos dar um abraço cara. - Ryan diz animado, e eu os comprimento com a mão.


- Fico feliz por vocês terem crescido com isso. - Digo simples, e eles se entreolham.

- Tentamos criar contato com você, Drew. Mas você sumiu do mapa, por onde você andou? - Jace pergunta.

- Ele é rico, é um dos traficantes mais respeitados de Nova York. - Ema diz, dando de ombros. E os três a olham confusos.

Engulo em seco, mas claro que Ema iria inventar uma história.

- Quem é você? - Chaz a come com os olhos, e aquilo me irritou pra caralho.

A puxo para trás de mim, e acho que entenderam o recado, porque não se dirigiram mais a Ema.


- Então, continuando, temos vários contatos em NY, nunca ouvimos falar de você cara. - Ryan diz decepcionado, e lhe lanço um olhar fuzilador a Ema.

- Você sabe, fazia tudo na baixa. - Rosno, a olhando.


- Drew, você não mudou nada. - Jace me olha animado, e lhe lanço um sorriso falso.

- Pois é, pra que largar tudo não é mesmo? Se a vida do crime é muito melhor e confortável. - Ironizo, e Ema me dá um cutucão com o cotovelo. 

Eles parecem não entender o sarcasmo, e concordam.

- Pois é cara, nossa gangue só fez crescer. Agora não nos sujamos por pouco, todo sacrifício que fizemos valeu a pena, viramos uma lenda. - Ryan exclama, e todos no bar aplaudem de novo.

Aquela adoração barata já estava me dando nos nervos.

- É eu sei bem como é. - Desconverso. - Bom, foi ótimo ver vocês, mas já estamos de saída.


- Por que cara, você está voltando para NY? - Chaz pergunta.


- Não, na verdade estou morando aqui. - Dou de ombros, e vejo brilho nos olhos deles.


- Então você pode voltar pra gangue, como nos velhos tempos. Eu tenho certeza que você ia adorar o jeito em que vivemos aqui. - Jace propõe, e Ema dá outro gritinho animada.


- Ema. - Digo entre dentes, já totalmente estressado. - Que tal você ir beber alguma coisa no balcão? Água, claro.

- Pfff.. - Ryan ri. - Não temos água aqui Drew, só bebida.

- Então só senta lá e me espera. - Digo a ela, e ela revira os olhos. 

- Ah, qual é Justin. - Chaz começa, voltando seus olhos para ela. - Deixa a sua namorada beber dos nossos drinques.


- Eu não sou a n... - Ema começa a se explicar, mas eu a interrompo.


- Eu que decido se ela vai beber ou não, não você. - Digo irritado, e ele franze a testa.


- Calma cara, só dei uma idéia. - Ele ergue os braços, em forma de defesa. 


- Eu só vou porque quero que você seja respeitado aqui, porque você não decide nada. - Ema sussurra no meu ouvido, e vai até o bar.


Rio pelo nariz com sua revolta.


- Então cara, quer voltar? - Ryan pergunta, e todos do bar prestam atenção.

Óbvio que eu não iria voltar, eu sei que nesse ramo se conseguia dinheiro fácil, e muito conforto. Além do respeito que você ganhava. Mas não deixava aquilo mais honesto. Eu tinha um emprego, e um apartamento. O salário era suficiente para aguentar as dispesas, pra mim estava ótimo. 

Se eu tinha saído daquela vida não tinha o porque de eu voltar.


- Não, eu meio que estou tirando uns anos de folga. - Invento, e eles me olham com decepção.


- Cara, pelo menos pensa na idéia. Qualquer um daqui daria a vida para entrar na nossa gangue, gangue que só existe por você. - Gostava do jeito em que eles não desmereciam o meu nome, e deixavam claro que eu que criei tudo aquilo. Mas não sabia ao certo se aquilo era bom ou ruim.


- Bom, se vocês quiserem me liguem e a gente marca alguma coisa, pra não perder contato. - Digo, e um cara anota o meu número, dando para eles. Não sabia nem o porque eu tinha dito aquilo, não queria manter contato com eles, não queria meu nome envolvido nisso.

Mas parece que já estava á muito tempo.


- Eu não quero ir com você, caralho. - Ema grita com um cara, que estava tentando agarrá-la. 


- Não seja dificil, princesa. Sei que você quer. - O cara estava tão bêbado, que a raiva só fez crescer dentro de mim. Vou em passos largos em direção dele, com o punho já fechado.

Quando estava prestes a chegar, Ema lhe dá um soco certeiro na cara, e outro na parte de baixo dele. 
O cara caiu com a cara de dor direto no chão, e ela limpa suas mãos, com um sorriso no rosto. 


Toda a raiva se dissolveu e se transformou em orgulho. Ver Ema acabando com um cara do dobro do tamanho dela me fazia ver o quanto ela era forte, o quanto ela era melhor que todos aqueles idiotas do bar.


- Uau. - Jace diz impressionado. - A garota é boa.

- Ela é. - A olho, e Ema me lança um sorriso de "viu, eu consegui". 

Eu tinha muito orgulho dela.






 



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