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História Te amar - Nejiten - O início


Escrita por: Mestra

Notas do Autor


Oiiiiis...qt tempo né?
Passei rapidamente pra deixar um pouquinho de Nejiten por aqui... Estava com sdd de escrever...mas ultimamente tá difícil... E como faz MT tempo que não escrevo, espero que não tenha me saído mal nessa 😫😫!
Provavelmente vou demorar para atualizar, mas vou tentar dar o meu melhor! Beijinhos 😘 no coração!

Capítulo 1 - O início


Ah, como o odiava! Como odiava aquela Mitsashi !

 

Na face a expressão ainda mais séria do que a de costume. Como ela foi capaz de lhe fazer aquilo? 

Andava a passos lentos,  se sentia desnorteado, mas ainda estava na rua dela e aquele caminho ele conhecia como ninguém, as mãos no bolso e os ombros levemente curvados, seus pensamentos estavam longe. Nao entendia como um simples leve encostar de lábios, poderia mudar seu dia, o deixando absorto em pensamentos tão longínquos como aqueles que no momento se apossavam da sua mente.

Pensava como odiava aquela mania insistente dela, de achar que tinha o direito de ser íntima dele. 

A realidade é que desde a primeira vez que esteve à sós com ela percebeu a personalidade irritantemente detestável que a garota de olhos amendoados possuía. Aquela fala incessante, aquele sorriso persistente, o perfume excessivamente doce que ela exalava ,  ah, tudo muito odioso. 

Sim, ela de maneira sucinta sempre  invadia seu espaço pessoal. E muitas vezes se flagrava questionando se aquilo era algo proposital ou apenas uma grande falta de noção alheia.

Porém com o tempo ela passou a fazer parte de tudo a sua volta.

E não sabia porque exatamente, mas com o decorrer dos anos e a imposição desnecessária de sua presença como costumava dizer sem rodeios algum para a menina, a presença dela já havia se tornado algo tão familiar para si, que já não conseguia ter uma mínima lembrança em que ela não estivesse lá lhe irritando com aquele sorriso. Ela realmente era uma garota insistente e irritante, e por isso, só por isso, e por nenhum outro motivo, sempre cedia  cada vez mais e mais aos caprichos tolos dela. Também odiosos, como experimentar aquele sorvete de chocolate, sair a noite para olhar as estrelas, ir molhar os pés na cachoeira, sair com outras pessoas para apenas conversar, aqueles malditos banhos de chuva...Tudo sem sentido e totalmente inoportuno. E o pior de tudo é que aos poucos ela o forçou a acompanhar seu ritmo, o tirando de sua rotina calma e monótona. E todos sabiam o quanto ele gostava de sua rotina. Mas o maior problema, foi que quando deu por si ela já estava dentro de sua casa, com os pés em seu sofá , dentro de seu quarto deitada sem cerimônias em sua cama, dentro de sua vida, dentro do seus pensamentos e dentro do seu coração e agora com ela tão próxima a ele... Era ele que queria estar dentro... Dentro dela, de todas as formas psicologicamente, e pior ainda, humanamente  possíveis. E esse pensamento o fazia corar e logo após se auto repreender.

Mas quem poderia julgá-lo, afinal ? 

Com o passar dos anos ela já não usava roupas tão largas como de costume, e mesmo que as vestimentas atuais não fossem tão pequenas, elas ainda se encaixavam de uma forma impressionante no corpo esguio, antes já notado pelas inúmeras vezes que treinavam luta na academia, acentuando as curvas que seus olhos perspicazes inconscientemente ousavam buscar em uma auto traição que também poderia ser atribuída e somada as inúmeras coisas inconscientes que ele fazia, mas que era totalmente e exclusivamente culpa dela. 

Sem mencionar aquele perfume demasiadamente doce, que lhe acalmava.

O sorriso insistente que iluminava o rosto delicado que  por reflexo iluminava o seu e aquela fala incessante que mesmo que jamais admitisse, lhe permitia sempre mais a desfrutar do timbre da voz doce que ela possuía. 

 

Deixou os ombros caírem em rendimento. Quando foi que todos aqueles insultos se transformaram em elogios mesmo?

Não saberia dizer.

Diminuiu o ritmo da caminhada, em uma esperança vazia de colocar em ordem os pensamentos que mesmo para ele estavam rápidos demais. Inconscientemente passou a língua nos próprios lábios, como se pudesse extrair o gosto que outrora desfrutou. E quando pôde sentir ainda o gosto dela estancou as passadas.

A quem queria enganar? A si mesmo? A ela?

Impossível, no fundo, ele já sabia que aquela garota era especial. 

Abaixou o rosto torcendo para que aquilo fosse o suficiente para esconder-lhe a face que insistia em não suportar mais a feição carrancuda para dar espaço a curvatura de seus lábios. 

 

Ah, como a odiava! Como odiava aquela Mitsashi! 

 

Continuou seu caminho, sem se quer suspeitar os olhos castanhos sobre si, que diferente dos dele, realmente continham ódio. 

Entre o tecido das cortinas da janela, os olhos castanhos flamejavam enquanto observava a figura masculina parada no final da rua , o corpo estático, tenso, a respiração descompassada e os lábios crispados em um ódio mortal. Como queria colocar suas mãos no pescoço daquele ser abominável. Se o  Hyuuga soubesse o tamanho de sua ira não se aproximaria novamente. Balbuciando insultos vergonhosos entre rosnados observava o causador de sua dor de estômago virar a esquina e ali permaneceu se afogando em sua angústia e massageando as têmporas calculando o tamanho daquela traição, até se sobresaltar com a voz doce que antes tinha o costume de lhe trazer paz.

 

-Otou-san? 

 

Largou o tecido com brusquidão, enquanto se virava assustado,  não gostaria de ser acusado de espionagem.  Forçou um sorriso o mantendo a todo custo diante a sua pequena que agora lhe encarava com um olhar confuso. 

 

- Oi pandinha, onde estava? - tentou fugir de um possível interrogatório, sabendo que tinha acertado em cheio, quando escutou a filha gaguejar e corar.

 

-E-eu? Bem eu... Eu estava na casa do Neji.

 

A mão arrumou de forma automática a franja curta que insistia em lhe tampar os olhos. 

 

- Eu vou...pro quarto -disse encabulada.

 

 

As mãos voltaram a massagear as têmporas, enquanto o corpo do Sr. Mitsashi era jogado sobre sua poltrona preferida. Como pôde algum dia achar que aquele lobo poderia ser uma boa amizade para sua pandinha?

 

Ah, como o odiava! Como odiava aquele Hyuuga! 



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