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História Team Seven - Lembranças e Decisões


Escrita por: AtiadasFic

Notas do Autor


YOOOOOOOOOOOO MINNA!!! A TIA VOLTOU <3 <3 QUE SAUDADES DOS MEUS AMORES MAIS LINDOS! <3 Ah vocês que fizeram o Enem a Tia ficou torcendo muito para irem muito muito muito bem! <3 Minna apenas uma fezinha que o Bolt não sabe que o Naru-chi passou mal. Ç.ç Bolt agora vai sofrer um cadim hehehe EEEEEEEEEEE tem surpresa, personagem novo aparecendo *-* Personagens, afinal são mais de um hehehehe, e tem um personagem original ç.ç ai gente eu não ia fazer isso mas simplesmente foi impossível de resistir a isso<3 Ele aaaaa vou deixar que o conheçam, ^^ as tretas começando a começar ( redundância proposital) hahaha Eu espero que vocês gostem tanto quanto eu gostei! <3
Teve só musica boa de trilha sonora ! Teve Tribalistas, Ana Carolina, Rita Lee, Clarice Falcão, Tiago Iorc, Maria Gadu, Renato Viana, Rosa de Saron, Tauz, Tiê, SIA e alguns outros impossíveis de ser listados agora.
Ahhhh Galerinha, estou jogando um RPG, com uma amiga minha, o jogo se chama UnTrue e a história é referente a uma série de assassinatos que acontecem em Tokyo, e Sasuke e sua equipe tem que descobrir quem esta por tras de tudo isso e ainda lidar com uma amizade muito delicada com Naruto e a doença de Itachi, sua separação com Sakura.... Pobre Sasuke nós amamos judiar do dobe mais amado do nosso coração hahahahaha <3 Vou deixar o link lá em baixo se vocês quiserem dar uma olhadinha, prometo que vale a pena, mas assim a gente tá se divertindo muito escrevendo hahahaha
AAAAAAAAAAAH Esqueci de dizer que eu amo vocês muito muito, os comentários, os favoritos hahaha vocês são o maximo! <3 Como eu amo vocês <3 Eu quero morder vocês a cada comentário mas eu me seguro que sou uma Tia muito boa hahaha, aaaaaaaaaaaahhhh vocês são tão incríveis e eu nem mereço <3
Então gente o Cap deu um total de 12.397 palavras diante disso eu parti ele em dois, para vocês e nem eu surtar com esse tanto de novas informações então assim a curiosidade pelo o que Sakurazinha linda vai conversar ainda permanece até o próximo, lado bom vocês terão mais de um cap no mês! uhuuuuul hahahaha
bem vou parar de falar que isso já ta gigante

Capítulo 11 - Lembranças e Decisões


Fanfic / Fanfiction Team Seven - Lembranças e Decisões

 

Aoi sora to umi ga
Subete wo tsutsumikomu you ni
Kaze ni nosete sasayaku
"Anata wa anata no mama de ii nda" to

(Um céu azul e mar
Engloba tudo
Um sussurro ao vento
"Está tudo bem ser como você é"
)

Kimi Ga Kureta Mono - fairy Tail 

 

Boruto saiu de casa e ficou fora durante horas, tinha quase completa certeza que o pai nem ao menos notaria a sua ausência. Caminhou por todas as ruas de Konoha para ver se a raiva passava, quando se viu diante da floresta que cercava a vila pensou em voltar, afinal o seu pai sempre falava para se manter dentro dos limites da vila, e quando o pensamento se formou não precisou de mais nenhum motivo para começar a correr pelo chão irregular da mata.

Perdeu a noção do tempo que passou correndo, apenas parou quando se viu em uma pequena clareira, o menino de cabelos loiros como campos de trigo se deitou no chão, com a grama incomodando lhe constantemente a pele exposta pela camisa de mangas curtas. Já haviam se passado quase meia hora quando Bolt atreveu-se a olhar para o céu e quando o fez, toda a frustração, o medo, a saudade, tudo que lutou tão bravamente todos esses meses para manter trancado em seu intimo por conta do pai e da irmã simplesmente escapou.

A lagrima pesada e cheia do dor caiu do canto de seus olhos azuis como os do pai e junto com a lagrima todas as suas defesas, quando aquelas pequenas e traiçoeiras lagrimas cairam sem pedir sua permissão levaram com elas todo o seu esforço e veio no meio das raivas doloridas as lembranças que tentava claramente esquecer.

A primeira lembrança que atingiu Bolt foi como um soco, o sorriso da mãe lhe encheu a memoria, tão lindo e tão contido de principio, era sempre assim que sua mãe fazia, na presença dos outros o sorriso dela era delicado e pequeno, e então ele e seu pai sempre faziam alguma palhaçada tão grande que Hinata simplesmente não podia se conter e o sorriso educado e pequeno se tornava enorme e os preenchia com o som mais delicioso que Boruto podia se lembrar, foi ai que o choro da criança se intensificou pois pensando em respeito a isso agora, a risada de Himawari era exatamente igual a da mãe, eram pequenos sinos tocando musicalmente. 

Mas dos sorrisos da mãe, porque sim, sua mãe tinha varios sorrisos, o educado que ela sempre tinha nas reuniões chatas que seu pai faziam eles participarem por conta do titulo de Hokage, os dois sorrisos que ela dava apenas para seu pai, um deles era quase maldoso, mas esse Boruto nunca entendeu e outro era tão bonito que fazia Bolt amar um pouquinho mais seu pai, simplesmente por conseguir fazê-la sorris daquela forma. Tinha o sorriso que ela dava para as amigas e aquele sem duvidas era um sorriso que Bolt amava, ele era tão incrivel, tão animado que fazia com que sua mãe se tornasse ainda mais linda e tinha o sorriso do Tio Sasuke, e isso era um dos grandes motivos de Bolt amar tanto seu tio, afinal ele não conseguia apenas fazer seu pai ficar mais feliz, e ser mais responsável ele também conseguia fazer sua mãe sorrir de um jeito único, o sorriso dela para o tio era contido a principio mas teimava sempre, por mais que a mulher tentasse, sempre se tornava um sorriso bravo e logo pulava para uma risada.

Outro sorriso que amava era o sorriso que sua mãe dava quando havia algo ruim acontecendo, porque era um sorriso tão cheio de força, que fazia sempre o menino entender que independente de quão ruim algo esteja ela iria dar um jeito.

E não tê-la por perto era como se estivesse desprotegido. Por isso estava tão bravo com seu pai. Por isso estava com tanta raiva. Por isso odiava Naruto.

E quando o pensamento se formou, Bolt ficou parado, olhando o céu azul com os olhos levemente arregalados, a lagrima que caiu deixando um rastro quente em seu rosto foi pesada e amarga. A verdade é que não odiava seu pai. Estava bravo sem a menor duvida, e tinha todo o direito de estar com raiva e ele sabia disso, assim como também sabia que seu pai mesmo sabia que ele tinha o direito de estar bravo. Mas não odiava Naruto e pensando em sua conversa com o pai talvez tivesse dado a impressão que o odiava e isso o incomodou profundamente. Tinha o direito de estar completamente irritado mas não podia ser cruel, não foi assim que sua mãe o criou. Muito pelo contrario, sua mãe era a pessoa mais amável e carinhosa que já teve o prazer de conhecer.

- Eu sou um idiota. – admitiu entre as lagrimas pesadas e suspirou se permitindo as lembranças boas de sua mãe, todas as brincadeiras, todas as risadas, todas as broncas, todos os beijos, e toda a dor. E foi nessa imensidão de sentimentos que adormeceu.

Estava sonolento e meio tonto devido a quantidade de luz que chegava aos seus olhos, quando tentou abri-los precisou se revirar nos lençóis para esconder seu rosto.

- Bolt levanta... Anda Bolt...Por favor rapaz! – a voz de Naruto soou aos ouvidos do menino que estranhou o pai tão carinhoso, ainda mais após a briga na tarde anterior.

-Naruto-kun, você pode fechar o ziper para mim? – Boruto ficou parado no mesmo lugar, enquanto sua respiração estava pesada e entrecortada. – Obrigado, meu Hokage-sama! – a voz risonha e baixa de Hinata soava carinhosa e como chuva fria em um dia de verão, acalentava os nervos eufóricos de Boruto. – Meu amor seu pai tem razão precisamos começar nosso dia!

E quando se virou olhando para onde o som via, teve completa certeza de que estava sonhando, mas se era um sonho não havia nenhum motivo para não aproveitar cada momento.

Naruto estava encostado na batente da porta do seu quarto, sua mãe estava arrumando a roupa de seu pai enquanto o pai insistia em acariciar os longos fios dos cabelos de sua mãe.

-Mãe... – A voz de Bolt não passou de um sussurro que ate mesmo para ele foi baixo demais, porém, Hinata virou em sua direção sorrindo carinhoso.

-Sim? – voltou sua atenção rapidamente para Naruto. – Porque você não vai pegar as vestes para sua posse amanhã, enquanto eu e Boruto acabamos de acordar e preparamos um delicioso café da manha?

Boruto não se moveu nenhum centímetro, enquanto olhava a cena acontecer diante dos seus olhos, o pai sorriu para a mãe que lhe devolveu aquele sorriso único, que pertencia apenas a Naruto.

-Mãe? – A voz de Bolt saiu tremida fazendo com que Hinata olhasse em direção do filho com a conhecida expressão de preocupação. E antes que Naruto pudesse sair , o menino havia se levantado da cama e corrido em direção dos pais os abraçando, ele se jogou nos braços da mãe a apertando, o que levou a mulher dar alguns passos para tras se encostando em Naruto que logo foi envolvido no abraço. Os adultos no sonho de Boruto pareciam confusos com a reação do menino e Bolt apenas os abraçou. – Eu senti tanta a sua falta! – falou baixinho no ouvido a mãe que o apertou carinhosamente.

-Oh meu amor! – Hinata sorriu confusa ao ver as lagrimas que começavam a cair do rosto do pequeno, que percebeu então seu tamanho, devia ter ao maximo três anos de idade. – Mamãe esta aqui. – Hinata acariciou as costas da criança com carinho enquanto Naruto se aproximou um pouco mais e beijou a mesmo lugar onde ela fazia carinho. – Mamãe sempre estará aqui.

Bolt quis dizer que ela não estaria. Mas percebeu naquele pequeno momento, que sua mãe lhe segredava algo que ele havia esquecido. Ela sempre estaria com ele. Em seu coração, ele só precisava se permitir senti-la.

Quando fechou os olhos em seu sonho pode sentir o cheiro da mãe lhe enchendo as narinas e aquilo o fez sorrir levemente e quando tornou a abri-los estava deitado e era bem menor do que antes, tinha agora por volta de oito meses e olhava tudo com curiosidade, esse momento de seu sonho foi rapido, curto e intenso.

Sua mãe estava se penteando e seu pai é que estava com ele, Bolt segurava os dedos enfaixados do pai e podia ver longas orelhas vermelhas caindo de sua cabeça, tinha quase que completa certeza que estava vestido de raposa. Mas podia ver outra coisa, o olhar de completa admiração de Naruto para sua mãe.

-Ela é a mulher mais linda do mundo não é rapaz? – Bolt sorriu no sonho para seu pai pois não conseguia falar em concordância mas o sorriso que Naruto lhe devolveu denunciava que havia entendido exatamente o filho quis dizer.

Boruto não saberia dizer mas seu sonho tomou outro rumo rapidamente, e dessa vez sabia exatamente que essa era uma lembrança e não apenas um sonho, tinha quatro anos e estava deitado sobre as pernas de seu pai preguiçosamente enquanto Naruto o levantava e abaixava em seu treinamento.

-Oto-san? – foi só ai que Bolt percebeu que nessa parte de seu sonho era apenas um observador e agradeceu por isso. Depois da sua ultima conversa com seu pai se sentia um pouco desconfortável de estar tão próximo a ele, mesmo que em um sonho. – Porque a barriga da mamãe esta ficando tão grande?

Viu seu pai sorrir de um canto ao outro e então o colocar no chão somente para se levantar e pegar a criança em seus braços e se levantar, levando Bolt para a cozinha e aquela lembrança fez com que se sentisse estranhamente feliz mesmo em seu sonho.  “Panaca” pensou Bolt sabendo o que iria se seguir.

Naruto o colocou sobre a pia e começou a preparar um ramen instantâneo.

-Você está certo, sabe rapaz... – Fez uma cara pensativa enquanto colocava a agua para ferver. – Acho que é porque ela esta comendo muito muito Ramen ultimamente..

-Mas a mamãe não come Ramen papai! – a criança falou risonha  o que fez Naruto sorrir e teve que pensar rapidamente para responder a aquela acusação.

– Mas ela come dango! Está sempre comendo dango. – Bolt que apenas observava aquela lembrança em seu mundo de sonhos sorriu de lado. “mas é um panaca mesmo” – E se ela continuar a comer daquela forma, comendo as nossas partes... Ela vai explodir.

-Quem é que vai explodir senhor Uzumaki?? – Hinata entrou na cozinha e Boruto sorriu automaticamente, se lembrava daquilo com completa clareza, por isso quando a mãe colocou a mão na cintura e bateu no pai com um pano de prato já estava rindo antes mesmo de acontecer. – Não dê ideia ao seu pai, meu amor!

- Tá! – afirmou com o rosto sorridente. – Mas você não vai explodir? – suas bochechas corariam se estivesse acordado, pois seu eu da lembrança apontou para a barriga da mãe e deu uma leve cutacadinha. - Tá grande!

- Prometo que não meu amor! – sorriu para ele olhou para o marido que agora comia Ramen na mesa da cozinha. E implicou arrancando pequenas gargalhadas de Bolt – Mas não posso falar nada sobre seu pai!

E então a lembrança no sonho mudou e aquela Bolt sabia que era bem recente. Hinata estava vestida com a camisola branca do hospital de Konoha e estava deitada com a cabeça apoiada em seu colo e dessa vez Bolt era o mesmo Bolt da lembrança e não ouve nenhuma palavra trocada, o pequeno apenas acariciou os cabelos azulados da mãe que mantinha os olhos fechados  com um sorriso delicado em seu rosto e aquele sorriso, tão verdadeiro, tão amoroso e tão grandioso capaz de lhe preencher por completo Bolt sabia que a mãe só dava para ele.

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Acordou com o barulho da chuva que caia incessante do lado de fora e isso o confundiu por completo. O que acabou passando rapidamente quando seus olhos se abriram e percebeu estar em uma casa estranha. Se levantou de pronto  procurando a bolsinha em que usualmente carregava as kunais.

- Elas estão na mesa Bolt! – uma voz feminina soou no quarto e Bolt voltou sua atenção para a voz.

- Mirai-senpai! – havia muita confusão em sua voz mas também havia alivio. – Porque você está aqui?

-Porque eu moro aqui? – A ninja sorriu de leve se sentando na cama dele. – A minha pergunta é mais interessante... – piscou para ele. – Porque você estava dormindo no meio da clareira dos Sarutobi?

Bolt corou olhando a ninja e suspirou ainda envergonhado.

-Eu precisava espairecer... – olhou para o chão tentando não encarar a mulher. – Desculpe por invadir, eu não sabia que era do seu clã...

- Relaxe garoto! – sorriu para ele – Mamãe encontrou você lá e como ela achou que poderia chover trouxe para casa... – revirou os olhos. – E ela nunca erra quando fala sobre o tempo!

O menino sorriu de lado se sentindo grato pela normalidade da casa dos Sarutobi.

-Eu devo agradecê-la antes de ir. – Mirai sorriu e balançou a cabeça negativamente.

- Acha mesmo que mamãe irá deixar você sair debaixo dessa chuva toda??? – ela riu cheia de bom humor. – Você não conhece aquela velha maluca... – essa parte ela falou baixinho, e apesar das palavras indelicadas havia tanto carinho que Boruto sabia que era uma brincadeira entre as duas. - Eu vou sair de casa porque não tenho outra escolha, todos da minha equipe foram convocados para a sua casa.

O cenho de Boruto se franziu levemente enquanto encarava a mulher, que agora podia notar, estar completamente vestida em seu uniforme jounin. Ela fazia parte da guarda pessoal do Hokage e isso fez o coração dela saltar rapidamente. Mas não perguntou nada, podia ter tido um sonho bonito mas ainda estava bravo, ainda doía pensar no abandono do pai.

-Bem Bolt, eu vou indo ou Shika-ni  vai falar durante horas na minha cabeça... – revirou os olhos. – Ele é assustador!!!!!

- E eu não sei?! – declarou sorrindo em solidariedade. - Tio Shikamaru pode ser assustador quando quer!

-Kami-sama, você arrumou um cumplice para falar mal do pobre Shikamaru! – uma terceira voz soou pelo quarto, e uma mulher bem mais velha do que ambos entrou pela porta. – Você está se sentindo bem querido?

- Sim, a senhora deve ser a mãe da Mirai-sempai?! – O garoto se ajeitou e fez uma reverencia educada como a mãe lhe havia ensinado que deveria fazer sempre que conhecesse alguém ou que fosse cumprimentar alguém mais velho.

- É uma honra conhece-lo Boruto. – Kurenai sorriu para o menino e o olhou com um sentimento saudoso, o garoto era praticamente uma cópia fiel de Naruto, com uma pequena exceção, algo que sem a menor duvida passava despercebido aos olhos da maioria das pessoas, Boruto carregava em seus olhos a mesma insegurança de Hinata e a mesma bondade.

-Obrigado por me trazer... – corou com aquilo e Kurenai sorriu ainda mais, Mirai sabia que a mãe via em Boruto sua antiga aprendiz, e não queria ser uma intrusa naquele momento, então foi até a velha mulher e lhe beijou o rosto.

- Tchau mãe, e nos vemos na academia Bolt! – saiu da casa acenando para o pequeno que se viu sozinho com a mãe de Mirai.

- Ela anda sempre correndo... – Falou mais para si mesmo do que para Bolt, em seguida apontou para a porta do quarto. – Vamos para a cozinha, o velho Hokage costumava falar algo sobre comida melhorar as coisas.. E a julgar pelo tempo que você dormiu acredito que deva estar com muita fome

E a mulher, que mais tarde descobriu e chamar Kurenai, tinha toda razão, não sabia quanto tempo havia dormido, mas estava com tanta fome que sentia seu estomago roncar. Pensando bem, não comia desde a noite que antecedeu a briga com seu pai. Então quando a mulher lhe entregou uma tigela bem recheada de ensopado e outra de arroz Bolt quase chorou novamente, dessa vez de gratidão.

A fome Bolt havia puxado de Naruto. Disso Kurenai não tinha a menor duvida. Quando o menino terminou de comer a segunda vez a mesma quantidade de comida, ele deu-se por satisfeito.

-Obrigado pela comida! – Bolt corou outra vez e acabou sorrindo. – Por tudo. E me desculpe pelo trabalho.

-Ah querido, não precisa agradecer ou se desculpar por nada. – Kurenai sorriu para o menino.

-Talvez eu precise. – Admitiu Bolt, pensando em sua conversa com Naruto e suspirou se deitando sobre os próprios braços, queria voltar a dormir, em seus sonhos o mundo era mais facil.

- Bolt, acredito que você saiba sobre a raposa de nove caldas... – A mulher falou se levantando e indo lavar os utensílios utilizados pelo menino. E já sabia exatamente a resposta que teria. Naruto tentava de todas as formas proteger aquelas crianças. E estava tão preocupado com o futuro que eles carregariam que acabava por esquecer de que o passado era importante, ele acima de ninguém deveria entender o quanto crescer no escuro deve ser ruim.

 - Não muito... – o garoto coçou a cabeça sem saber porque a mulher havia puxado aquele assunto. –Sei o básico... O que todos sabem eu acho... – e então suspirou. - Papai nunca deixa que saibamos mais que o seguro.

 - Hum... - Kurenai sorriu de lado. Enquanto secava as mãos. - Entendo... Pode me contar o que sabe?

 - Bem.. – Bolt a encarou tentando entender exatamente onde ela iria chegar com aquela conversa. - A raposa invadiu Konoha e nesse ataque muitos ninjas morreram, incluindo o vovô e a vovó. – pensou um pouco e bateu o dedo indicador direito no esquerdo o que fez Kurenai sorrir abertamente. - Papai fala que Vovô salvou a todos e que ele se orgulha disso.

 - Bolt você quer ouvir essa história? - Kurenai sorriu acariciando os fios loiros da criança que ainda tinha os olhos vermelhos por conta do sono. Bolt não demorou muito para confirmas com o rosto e permaneceu em silencio olhando a ninja mais velha. - Há muitos anos atrás, houve um ataque horrível... Muitos perderam suas famílias, suas casas, suas vidas... Quando a raposa invadiu Konoha não houve um só aldeão que não temeu por sua vida ou pela vida de alguém querido. Seu avô.... - Kurenai sorriu novamente. - Acredito que nunca houve um homem com tamanha coragem e honra... Acho que isso é da sua família. - Bolt revirou os olhos e Kurenai sorriu com muito humor. - Ah, não faça essa careta, me de uma chance de lhe contar sobre isso... -O garoto nada falou e permaneceu escutando a mulher com atenção. - Mas acredito que a parte que lhe interessa não é sobre Minato... - acariciava os fios loiros com delicadeza trazendo conforto ao coração dolorido de Boruto. - É sobre Kushina...

- Vovó? - perguntou o garoto pela primeira vez mostrando real interesse. - O papai fala pouco dela...

 - Ora, isso não é de se espantar... – pensou um pouco antes de continuar seu pequeno monólogo. - Seu pai nunca conheceu a sua avó... não de verdade... - Kurenai coçou a cabeça ainda pensando em como explicar. - mas isso atropelaria parte da história então me deixe falar em partes, seu pequeno curioso.

Boruto afirmou com o rosto e fez um gesto frente os lábios de quem jura silêncio e Kurenai sorriu. O menino - era apenas isso-, um menino que teve que carregar por um tempo grandioso, um peso maior do que o que realmente deveria carregar. Assim como Naruto antes dele.

- Sua avó era uma ninja de uma vila vizinha que foi trazida para Konoha com um propósito muito importante... - Kurenai viu nos olhos dele a curiosidade brilhar e pode sentir que ele segurava a pergunta, mas não a fez e ele continuou. - Kushina tinha uma kekkei genkai única, ela podia manter uma bijju selada e por isso foi trazida para Konoha...

 - MINHA AVÓ NÃO FOI RESPONSAVEL PELO ATAQUE... - quando falou não havia raiva na sua voz, era só desespero e uma vontade incrível de defender sua vó que nem mesmo ele poderia explicar, havia prometido que ficaria em silêncio, mas não havia a menor chance de escutar calado enquanto acusam sua família e Kurenai riu bagunçando os cabelos dele.

- Paciência menino, paciência. - sorriu para ele.

- Gomen... - pediu desculpas e tornou a ficar em silêncio, ainda remoendo aquelas palavras.

- Sua avó, jurou que seria Hokage... E Kushina se esforçou... Mas todos riam dela, afinal, ela era uma estrangeira... - Kurenai acompanhou com deleite as reações do menino. Bolt mordia a bochecha pelo lado de dentro para não sair falando coisas e vez ou outra brincava com seus dedos de forma impaciente, era uma mistura perfeita de Hinata e Naruto em doses nada homogenias. - Houve porém, uma pessoa que não julgou seus sonhos.

 - Vovô! - falou com um sorriso e Kurenai assentiu.

-Isso mesmo, seu avô. –aquela era uma verdade simples para qualquer um que conhecesse a história dos dois. – Minato acreditava em Kushina e eles passaram um bocado de coisas para que Kushina confiasse nele! - riu daquilo e arrumou seus cabelos. Kushina era um pequeno demônio quando queria, mas isso ela manteve para si. - Com o tempo, Kushina se viu completamente apaixonada por Minato e eles se casaram, quem acabou se tornando Hokage fora Minato, mas isso não fez de Kushina uma ninja menos capaz... – havia no rosto da mulher um respeito tão grande que Boruto sorriu orgulhoso da avó. - Muito pelo contrário Kushina era forte, determinada, ousada e muito, muito poderosa.

- Ela parecia ser incrível! - falou com admiração.

- Ela era! - Kurenai respondeu ainda sorrindo, com a mesma admiração.

- Porque a histórias dos meus avós é importante pra eu saber da raposa? - perguntou Boruto e a sensei deu um pequeno aperto em seu nariz.

- Paciência.... - sorriu levemente enquanto se levantava da cadeira dura da cozinha que fazia seus velhos  ossos reclamarem, e foi até o sofá confortável da sala de estar, a essa altura a chuva caia pesada do lado de fora e o dia começava a se findar. Boruto a seguiu para a sala e se sentou no chão a frente da mulher. - Seus avós já estavam casados a algum tempo quando duas boas noticias chegaram para konoha. Mikoto, a matriarca do clã Uchiha, estava gravida... – deu um olhar significativo para o menino que tentava entender tudo o que ela falava. – E Kushina, mulher do grande Hokage também. - Kurenai parou alguns instantes. - E é aqui que toda a história muda.

Bolt a escutava com atenção, se não estivesse muito errado essa Mikoto deveria ser a mãe do Tio Sasuke. Ficou em silêncio porque naquele momento ele estava curioso demais até mesmo para perguntar algo

- Quando houve o ataque Kushina estava dando a luz. - os olhos de Boruto se arregalaram e aos poucos Kurenai viu pequenas lagrimas.

- Papai... Nasceu... – o choque no rosto de Bolt, fez a velha mulher pensar se deveria ou não estar falando a respeito daquilo

 - Durante o ataque. - ela completou com delicadeza e abriu os braços oferecendo ao menino aconchego. Boruto se aninhou no sofá, deitando o rosto no colo dela e Kurenai continuou. - Sua avó era a portadora da raposa de nove caldas Bolt... Porém quando seu Pai nasceu o selo que a mantinha junto da sua avó se rompeu... O que possibilitou que ela atacasse Konoha...

-Não foi culpa dela... - ele sussurrou baixinho, com os olhos azuis marejados, não sabia a terça parte daquilo e queria entender porque seu pai escondia tudo dele.

- Oh meu bem, claro que não, não mesmo. - a voz dela se tornou mansa e acolhedora. - Não foi culpa dela.

- Assim como seu pai não teve culpa de várias coisas. - Ela acariciou as costas do menino e continuou com uma voz branda. - Seu pai era apenas um bebe e tentaram ataca-lo... As pessoas que tinham culpa do ataque a Konoha... - Bolt se endireitou agora, para que pudesse ouvir aquilo com muita atenção. - Sua avó e seu avô lutaram com todas as forças para vencer... - Ele tinha sua atenção fixa nela então a mulher continuou. - Mas a raposa era forte demais... Maligna demais... – Kurenai ficou em silêncio por um tempo antes de prosseguir. - Eles foram feridos seriamente... – Não havia porque explicar o quão feridos estavam. - Kushina usou suas ultimas reservas de força para acorrentar a raposa. E Minato usou uma técnica que anos mais tarde foi utilizada pelo avô de Konohamaru.... Para levar consigo metade do chakra da raposa...

- E a outra metade? - ele não conseguiu segurar e ficou agradecido por não ter sido repreendido.

- A outra metade... Foi selada em seu pai... - a mulher o encarou quando uma lagrima desceu pelo rosto do menino e duvidou que ele ao menos tivesse percebido que ela havia caido.

- Papai carrega nele o chakra do monstro que matou o vovô e a vovó? – a pergunta era retórica, mas Kurenai confirmou com o rosto.

- Ele cresceu sozinho Bolt. Sem nenhum amigo. - Kurenai secou a lágrima que caiu do rosto do menino, e ai Bolt teve ciência dela. - A única pessoa que eu vi olhar Naruto com amor desde sempre foi Hinata... – houve um pequeno sorriso no rosto da mulher. - Sempre olhando para ele de longe... Cuidando dele de longe e torcendo por ele em silêncio.  - Nesse momento Boruto ficou em silencio completo com a respiração presa, Kurenai era a primeira pessoa em todo o mundo que estava falando sobre Hinata com ele. Desde que sua mãe havia partido. -Hinata era a criatura mais gentil e doce que eu já tive o prazer de conhecer. E ela não gostava nenhum pouco de lutar... Exatamente por conta de sua gentileza...

- Mas mamãe era forte... - ele comentou assim que permitiu o ar sair, assim que se permitiu voltar a respirar.

- Ela se tornou forte... Pelo seu pai. - segredou ela. - Sua mãe era bondosa demais para querer lutar e poder machucar alguém. – havia uma nostalgia clara nos olhos vermelhos da mulher. E Bolt podia ver um pouco de carinho também. – Seu pai ensinou a ela, que as vezes podemos lutar para proteger aquilo que acreditamos e que não precisamos lutar apenas para machucar.

-Você a conhecia? - perguntou ele e Kurenai riu.

- Ahhh eu conheci sua mãe. - Sorriu delicadamente, é claro que ele iria querer saber mais sobre ela. - Sua mãe era uma menina doce e delicada, toda vez que via seu pai ela ficava corada e se Naruto falasse com ela era bem provável que sua mãe desmaiaria.... – e aquela lembrança arrancou uma risada demorada da mulher. - Houve então a prova chunin, eles prestaram o exame juntos e Hinata pegou um oponente difícil. - Kurenai pensou na luta e suspirou, não havia porque falar sobre Neji. - Foi uma luta cruel... O oponente de sua mãe era forte e não tentou pegar leve com ela, e Hinata caiu... Mas sua mãe não desistiu porque lá estava Naruto gritando para ela se levantar e continuar lutando, e ela fizeram, sua mãe se levantou contra todas as expectativas e continuou lutando e lutou mesmo quando nós queríamos desistir.

Os olhos de Bolt não escondiam a admiração que ele sentia naquele momento. Respirava entrecortado e quase não piscava e havia um pequeno sorriso em seus lábios.

- E foi uma luta dolorosa de assistir. - Kurenai sentiu um pequeno peso em seu peito. - Sua mãe perdeu a luta... Mas ela não desistiu de lutar em nenhum momento, mesmo quando isso colocou sua vida em risco. - Bolt engoliu a seco. - Seu pai ficou com tanta raiva que invadiu o campo da luta e jurou que derrotaria o oponente de sua mãe...

- E quem era? - ele perguntou curiosamente.

- Ah meu menino eu já estou velha, não pode me pedir nomes assim... – a mulher desconversou com um pequeno sorriso.

- Ah... – deu-se por convencido, e corou quando viu-a se chamando de velha.

 - Tudo o que você precisa saber é que era um oponente extraordinariamente forte e que sua mãe não fraquejou ao enfrenta-lo. - sorriu carinhosamente. - E mais tarde seu pai fez exatamente o que havia prometido.

- Papai... derrotou ele?????? - perguntou levemente impressionado, com os olhos azuis arregalados e Kurenai deu uma risada gostosa.

- Dê algum credito para o seu velho! – falou ainda risonha. - Ora é claro que ele derrotou, ele nunca volta atrás de sua palavra! Esse é o jeito ninja dele! - riu com bastante humor quando falou aquilo. Bolt sorriu a contra gosto e Kurenai tornou a bagunçar os cabelos do menino.

 - Foi nessa época que seu pai perdeu o melhor amigo... Pois Sasuke decidiu que precisava ser mais forte.. - Kurenai foi interrompida pelo menino.

- E ele foi treinar com o Orochimaru, para poder derrotar o Itachi-sama... essa parte da história do tio Sasuke eu sei! – a pressa de Boruto tinha uma explicação muito boa, afinal estava cansado de saber sobre os anos de busca do pai pelo tio.

- Então quer que eu continue falando de sua mãe? - ela poderia entender isso.

- Sim! – a resposta foi tão automática que a mulher tornou a sorrir. Mas foi pega de surpresa quando Bolt continuou. - E do papai... Eu nunca ouvi esse lado da história.

-Bem, seu pai foi treinar com Jiraya... - Kurenai não sabia bem como falar a respeito de Jiraya, ele era um ninja formidável, mas era um pervertido e não havia muito como florear isso, e enquanto tinha uma pequena batalha interna foi interrompida novamente.

- E ele aprendeu a fazer o rasengan com o Ero-senin e muitas outras coisas, Ele era o mais próximo de pai que o papai conheceu... Sei disso... Sei disso!! – o menino que falava de maneira rapida de repente retesou olhando a mulher. - Papai fala dele as vezes...

- É Jiraya sem duvida foi o mais perto de um pai que Naruto teve, mas de algum crédito ao Iruka também... - Bolt sorriu com aquilo, gostava muito de Iruka e sabia que ele e seu pai eram muito amigos, era bom saber os motivos. - Iruka foi o primeiro professor que realmente acreditou que seu pai ia ser alguém forte, por isso quando seu pai se tornou Hokage, Iruka chorou durante horas na minha sala de jantar... - Kurenai falou dando risada e Bolt acabou acompanhando-a.

- Tia Sakura foi treinada pela Tsunade-sama nesse tempo não é? - perguntou e Kurenai assentiu.

- Sakura queria ser forte para lutar ao lado de seu pai e poder ajuda-lo a trazer o Sasuke de volta para casa. - ela explicou.

- E mamãe? - aquela pergunta fez o pensamento de Kurenai ir longe, ela demorou algum tempo até começar a falar.

-E sua mãe ficou em Konoha treinando. - ela falou de supetão pegando o menino e surpresa. - Ela treinou arduamente, junto com seus companheiros de equipe, e com uma ajudinha extra de Neji, sua mãe foi crescendo e se tornando forte, cada vez mais dedicada a se tornar alguém que pudesse estar ao lado de seu pai. – Bolt se arrumou no sofá, estavam tão concentrados que nem ao menos notaram que a chuva havia parado de cair. - Hinata sempre foi capaz de ir além por Naurto. - Concluiu ela em uma voz baixa. - Treinou de forma exaustiva para se tornar forte. Mesmo quando estava se recuperando... Mesmo quando não podia ela continuava tentando ser algo melhor, porque ele era sua motivação.   Foi contra Pain... Arriscando sua vida para que ele continuasse vivo. Porque a sua mãe era assim Bolt... Capaz de tudo por aqueles que ama. Sua mãe lutou ao lado dele na guerra  e precisou ser sequestrada para que aquele bocó do seu pai notasse que ela era apaixonada por ele.

- PERA AIIIII!!! - Boruto falou saltando do sofá de Kurenai, ficando de pé a frente da mulher, com uma expressão indignada. - Mamãe fez tudo isso por ele e ele não sabia que ela amava ele??????

Kurenai acabou rindo da reação exagerada do garoto, sabendo que cada um dos amigos e conhecidos do casal sentiu algo semelhante em algum momento. E negou com o rosto.

- Seu pai é um excelente ninja, mas quando se trata de amor... Ele é um pouco lento.

 - Um pouco lento? - Bolt perguntou. - Papai é uma lesma quando se trata de amor, olha o tempo que ele demorou pra ir até a Hima..

Kurenai olhou para ele com atenção enquanto o garoto começava a perceber o que ele havia acabado de falar.

- Seu pai cresceu sozinho Bolt.... – segurou as mãos do menino. - Ele nunca teve alguém pra lhe ensinar a amar... - sorriu para ele, olhando em seus olhos - Mas tinha uma vila inteira que o ensinava todos os dias a como odiar... – Bolt não desviou o olhar por nenhum momento. - Ele era sempre o monstro... O menino com aquela coisa... – enquanto ouvia aquelas palavras, havia um peso em seu peito e odiava o fato de terem sido tão injustos com seu pai. Ele era apenas uma criança, com medo e sozinha e ele teria todo o motivo de ficar bravo.. E aquela compreensão fez com que o menino engolisse a seco. - Alguém que deveria ser evitado. Sempre e sempre, todos os dias, seu pai demorou anos para receber uma gotinha que fosse de amor.

Boruto olhava para os próprios pés neste momento incapaz de encarar Kurenai.

- E mesmo assim eu nunca vi o Naruto odiar, ou culpar as outras pessoas por sua vida ser um tantinho ruim. – ela fez uma expressão com o rosto que dizia claramente que ela havia minimizado ao maximo aquela frase. - Muito pelo contrário ele aceitou de coração aberto todo amor que ele começou a receber. E transformou aquilo em amizade e companheirismo, isso é algo que seu pai sabe fazer, ele faz com que as pessoas queiram estar com ele. – Kurenai se aproximou e deu um beijinho na testa do menino. - Seja por sua cabeça dura e sua persistência interminável ou pelo sorriso inabalável.

O garoto trocou o peso de um pé para o outro e não quis encarar Kurenai.

- Eu vi seu pai chorar a perda de Jiraya e ir contra o mundo inteiro só pra trazer Sasuke de volta. - Kurenai segurou o rosto do menino  com delicadeza e o fez olhar em seus olhos. - Mas essa foi a primeira vez que eu vi Naruto se partir. Nunca, Boruto e eu preciso que você entenda isso. - ela o encarou com seriedade. - Nunca antes da morte de sua mãe, eu vi o seu pai desistir. Nunca, porque vai contra todos os ideais dele. Nunca vi ele não lutar, porque é o que ele faz de melhor. Quando Hinata partiu ela levou com ela uma parte de todos nós. - acariciou o rosto do menino. - Levou um pedacinho seu não foi? – apontou para o peito dele e sorriu tristemente, quando Bolt concordou ela continuou. - Mas levou com ela tudo o que Naruto tinha. Porque sempre Bolt, sempre foi Hinata, sempre, desde o começo que amou Naruto. Foi ela que amou seu pai desde que eram apenas crianças em um caminho sozinho, onde ele a salvou. Apenas Sasuke está com seu pai a tanto tempo... – encarou a criança e esperou até que Bolt confirmasse com o próprio rosto para continuar. - Até a noite em que sua mãe trouxe Himawari ao mundo, ela sempre o amou. – ainda segurava a mão do menino quando continuou. - Na vida do seu pai, a primeira gotinha de amor dele... Foi sua mãe mesmo que ele não soubesse, ela sempre esteve lá por ele. Então meu amor, quando sua mãe partiu, Naruto perdeu a pessoa que o ensinou a amar.

As lagrimas pingavam ao chão e Boruto não consegui desviar os olhos.Chorava porque tinha sido cruel com seu pai. Chorava porque ainda estava bravo. Chorava porque sentia saudades de sua mãe. Chorava porque era pequeno demais para aguentar tanta coisa, chorava porque não conseguia mais segurar tudo aquilo. Chorava porque queria que Hinata o abraçasse mais sabia que aquilo nunca mais iria acontecer, mais também sabia que tinha sorte porque ele conheceu sua mãe e pode ter o prazer de amá-la e ser amado por ela, e Himawari jamais a conheceria e isso o deixava triste, porque sua irmã merecia conhecê-la, e sabia que sua mãe seria completamente apaixonada por aquela cenourinha irritante que as vezes lhe mordia e quando se esqueceu de guardar as canetinhas que usava para desenhar e dormiu perto de Hime acabou acordando com o rosto completamente pintado. Chorava naquele momento porque precisava chorar e se sentia protegido o suficiente para poder ser fraco.

- Não é que ele não se importasse com vocês dois... – Kurenai puxou o menino para seus braços e acariciou os cabelos loiros. – Céus, meu bem, não pense um só segundo que ele não se importa.. – Apertou o abraço e sentiu o menino tremer entre eles por conta do choro. - Eu acredito que se ele não se importasse não teria deixado os melhores ninjas de Konoha para vigiar a casa de vocês durante 24 horas por dia... – Bolt afastou o rosto encarando Kurenai boquiaberto, percebendo que talvez tivesse sido mais injusto do que gostaria de pensar ter sido. E a mulher continuou, sabendo que o menino precisava entender que Naruto podia ser um idiota gigante, mas era um pai que cometeu grandes erros mas mesmo assim, um bom pai - E se ele não se importasse acho que ele não iria colocar Mirai na academia e iria até a academia todas as tarde saber como esta sendo seu desempenho... – Bolt soluçou tentando limpar as lagrimas mas Kurenai segurou a mão dele e negou com o rosto, indicando que o menino devia se permitir chorar. - Se ele não se importasse ele não iria até Tsunade periodicamente para saber sobre Himawari.- a mulher acariciou os fios loiros do menino durante um longo tempo e Boruto chorou durante todo o processo, até que as lagrimas foram se findando e se tornando um soluço baixo e enfim quando o pranto passou e Bolt se endireitou sentando ao lado dela no sofá.  - Ah Bolt, seu pai só é lento demais para fazer a coisa certa.... Não seja como ele... – sorriu de para o menino. - Eu espero que você tenha puxado o coração bondoso de sua mãe que é incapaz de machucar alguém sem se machucar... – acabou de limpar os resquícios do pranto dele. - Pelo seu choro eu sei que você puxou...

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Quando Boruto saiu da casa de Kurenai o sol já estava se pondo. Se sentia estranhamente mais leve e seu coração parecia bater com mais facilidade, até mesmo respirar parecia mais fácil. Bolt girou seu corpo em direção ao sol e sorriu carinhosamente. “Mãe, está na hora de fazer a coisa certa né?”, pensou o menino e continuou a caminhar.

Não demorou muito até dar de cara com um garoto que era uns três anos mais velho que ele.

-Admita você tava tentando infartá-lo não é??? – quando a voz soou irritadiça Boruto percebeu o quão encrencado estava.

-Sora-ni-san, eu... – começou gaguejando e foi interrompido.

-Mamãe esta arrancando os cabelos! – suspirou pesadamente olhando o primo nos olhos. – Seu pai saiu do hospital ontem e quando acordou estava tão preocupado com você que Sasuke-sama teve que se virar em pouco tempo para descobrir algo a respeito, e sinceramente ele é um péssimo mentiroso.

- Do que está falando Sora-ni-san? – perguntou Bolt confuso, sem conseguir acompanhar o raciocínio do primo.  – E seja o que for, eu não quis preocupar ninguém..

-Você tem noção de como foi quando Mirai falou que você estava aqui? – Sora encarou Boruto com preocupação e suspirou.

-Até parece que ele ficou tão preocupado... – o loiro deu de ombros andando a frente do maior. Sora revirou os olhos perolados, levou suas mãos pelos seus cabelos longos e lisos de cor castanha tentando não socar o primo mais novo.

-Quer saber, já chega! – o mais novo olhou para o outro automaticamente e franziu o cenho. – Eu sinto muito Bolt, por tudo que aconteceu nos últimos tempos, Tia Hinata era uma pessoa incrível e deve ser horrível perder uma mãe! – Boruto parou no mesmo momento e se virou para o primo no mesmo instante. – Nem consigo me imaginar sem a minha. – o loiro encarou o outro e sabia que ele estava certo em cada coisa que falaria, e já fazia uma ideia do que seria dito. – Sinto muito pelo Tio Naruto ter ficado afastado... Mas chega Bolt, por favor.

- Você tem razão, não faz ideia de como é perder uma mãe. – Boruto não foi cruel ao falar, na verdade havia dor naquela frase e Sora deu a ele um sorriso triste caminhando até seu primo que também era seu melhor amigo e passou o braço direito pelos ombros do menor.

- Mas faço ideia de como é não ter um pai Bolt. –O loiro olhou para Sora no mesmo instante em que a frase fora dita e seu coração se apertou, não queria ser malvado com Sora, não estava falando de seu Tio quando falou aquilo. – Hey cabeça de abobora relaxa, sei que não tava falando do papai! – Sora sorriu enquanto dava tapinhas nas costas do garoto. – Mas eu tô...

Bolt engoliu a seco, e encarou ao primo. Sora era seu melhor amigo a mais tempo do que conseguia se lembrar, ele, Shikaku e Inojin estavam juntos em todos os cantos e Sora sempre arrumava um tempo para cuidar do três, mesmo com sua intensa jornada de treinamento, afinal ele havia puxado muito mais do que a aparência do pai. Bolt se lembrava de todas as vezes que pegou a mãe olhando encantada para o primo e quando era pega no flagra ela sorria e sempre afirmava “é como ver Neji.” Mas ia além da semelhança assustadora, por todas as histórias que ouviu do tio, sabia que ele havia sido um ninja incrível e recentemente descobriu que além de tudo ele havia ajudado a sua mãe se tornar mais forte. E Sora era genial, forte e habilidoso, havia herdado o Byakugan de seu pai e além da kekkei genkai, herdou o talento da mãe com as armas. Aos seis anos já havia se formado na academia e mesmo sendo um ninja formidável era uma criança gentil e alegre, sempre que podia treinava com Bolt e se o loiro se lembrava não houve uma única semana que Sora não foi visitar Himawari.

-Não precisa ficar com essa cara Pirralho! – Sora sorriu de lado fazendo Bolt relaxar um pouco.

-Nunca vi você falar do Tio Neji. – admitiu o pequeno.

-Nunca tive necessidade de falar do papai. – o mais velho deu um suspiro curto e olhou para o céu vendo que havia escurecido. – Bolt, não entendo a dor que você está passando, só que você está sendo meio bobo. – o loiro travou um pouco encarando o primo. – Calma, calma. Eu não quero brigar...

-Eu não vou brigar. – Bolt falou baixo e deu de ombros. –Eu fui um idiota, eu sei. Kurenai-oba-chan me mostrou isso claramente..

-Conheceu a Kurenai? – Sora perguntou surpreso e Bolt assentiu.

-Ela me contou algumas coisas e me fez ver outras. – suspirou pesadamente. – Ela me falou um pouco da mamãe.

-Isso é muito bom Bolt! – Sora sorriu. – Também gosto de conversar com Guy as vezes, ele é estranho mas é um homem muito gentil e tem as melhores histórias do papai.

-Claro que ele tem, ele treinou seu pai! – Falou Boruto como se fosse óbvio e Sora o olhou arqueando as sobrancelhas.

-Exatamente como Kurenai era a Sensei da Tia Hinata, do Kiba e do Shino-sensei. – Quando Sora falou Bolt pensou que o mundo havia se tornado um lugar mais claro, porém, pensando bem, era meio óbvio, que ela deveria ser algo importante para sua mãe, acabou sorrindo de lado com aquilo.

- Pois é!. – suspirou pensando em como seria quando visse seu pai e isso trazia outra questão a tona. – Porque estava tão bravo comigo?

- Acha que eu estou bravo? – nessa hora o garoto riu alto. – Eu estava sendo gentil espere só quando tia Hana vier ter uma conversinha com você! Ela vai comer seu fígado! – riu ainda mais quando o primo se encolheu com o pensamento, é tia Hanabi sabia ser assustadora. – Bolt, eu não sei como é perder um dos pais, afinal quando eu nasci papai já não estava mais aqui. Eu daria qualquer coisa pra ter só uma lembrança dele. – Sora olhou para o chão e Bolt mexeu com ambas as mãos se mostrando muito interessado em seus movimentos. – Sabe... Uma lembrança que fosse minha e não das outras pessoas, eu não reclamo... Sei que papai era um ninja extraordinário e que ele morreu por aquilo que acreditava.

- Se não fosse pelo seu pai, o meu não estaria vivo. – Bolt falou se sentindo proximo de chorar novamente.

-Eu tento não ser uma pessoa ruim Bolt, mas agora eu serei muito egoísta. – Sora falou olhando o primo nos olhos e o menor engoliu a seco, sem saber onde exatamente o primo ia chegar. – Não desperdice a chance que meu pai deu á você.

O choque das palavras do primo deixaram Bolt um tanto bambo, seu mundo rodou um pouco rapido e ele encarou o primo que ainda sustentava seu olhar.

-Sora... – a voz dele estava carregada de sentimentos tão confusos e vivos que não sabia se estava se fazendo entender.

-Bolt, eu não reclamo nunca e eu não posso nem dizer que sinto saudades dele, porque nunca o conheci. Não se pode sentir saudades de alguem que nunca se conheceu. – Sora voltou a caminhar e olhando para o céu podia ouvir os passos de seu primo logo atrás de si. – Eu sinto falta de ter um pai. Falta de tê-lo conhecido. Mas tenho orgulho de ser filho de Hyuuga Neji. – os garotos já estavam quase chegando a cidade e Sora encerraria aquele assunto antes de entrar na vila. – Tio Naruto pode ter cometido erros e tudo mais. Mas ele esta vivo Bolt e podem concertar as coisas... – Olhou para o primo que o escutava incomumente silencioso. – Sabemos muito bem que não é só o Tio que tem coisas a consertar né? – Bolt concordou com o rosto mas não falou nada e o mais velho continuou. – Tudo que tenho de meu pai é um tumulo para visitar e o nome em um memorial de heróis e eu daria tudo para ter a sorte que você tem de poder ficar bravo com ele e tudo isso. Além do mais Bolt, Tia Hinata não ia querer que vocês ficassem brigados.

Quando a ultima frase de Sora atingiu Boruto ele se sentiu sem ar. Era diferente de tudo que conversou com Kurenai. Já estava ciente de que precisava pedir desculpas para o pai, tinha sido muito além de um pequeno idiota. Mas o argumento de Sora era tão forte e sólido que seu coração apertou pesadamente, tanto que não soube responder ao que o primo havia dito.

-Seu pai estava muito preocupado, mas não sou eu que deve te explicar tudo o que aconteceu. – o Hyuuga coçou seus cabelos e balançou a cabeça negativamente. – Vamos para sua casa Bolt e sei lá, pense no que disse a você.

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Não houve um só momento em que Naruto parou de perguntar sobre Bolt. E por mais que tivesse entendido o que Tsunade e Sasuke falaram a respeito de ter que descansar ele não conseguia considerar a possibilidade de esperar que tivesse alguma noticia ruim sobre Boruto, se não fosse por Sasuke tê-lo prometido que ele mesmo estava saindo a procura do menino Naruto teria se levantado daquela maldita cama e ido atrás do filho.

A noticia de Mirai chegou quatro horas mais tarde, quando Sasuke trouxera a menina para afirmar diante de Naruto que Bolt estava bem e seguro na casa de Kurenai, sob sua supervisão enquanto esperava a estiagem da chuva. O que aconteceu por volta das três da tarde. O homem estava tão ansioso que Tsunade considerou seriamente seda-lo para que pudesse dormir. Boruto por sua vez, demorou muito além da estiagem da chuva. Quando a noite caiu Sasuke pensou que teria que amarrar Naruto a cama.

-Pelo amor de todos o kages, Teme, faça o favor de ficar deitado! – o Uchiha ralhou com ele nervosamente.

-Meu filho esta desaparecido não venha me falar para ficar deitado! – respondeu Naruto no mesmo tom.

- Seu filho esta com Kurenai, Naruto. – suspirou Tsunade dando um sorriso levemente assustador, o que fez um arrepio subir pela espinha de Sasuke e Naruto se afundou em sua cama. – Sasuke está certo, deite-se e descanse!

Diante daquele olhar gentil Naruto apenas se deitou e ficou de braços cruzados incapaz de de relaxar.

-Ah qual é Usuratonkachi! – Sasuke revirou os olhos. – Sora foi buscá-lo, e Bolt é um garoto forte..

-Hinata era uma ninja incrível. – e o argumento de Naruto freou qualquer coisa que o Uchiha estivesse preparado para dizer. – Eu não posso perder mais ninguém Sasuke, não sou tão forte assim.

Sasuke olhou para Tsunade em completo desespero, pedindo socorro. Não era bom com palavras, não sabia como agir em momentos como aquele, e para seu desolar a antiga Hokage apenas sustentou seu olhar.

-Bolt esta bem Usuratonkachi, já chega de perdas. – sorriu para Naruto e o Hokage sentiu seu coração se acalmar, sempre seria grato a Sasuke por isso, por trazer essa sensação de segurança, de poder acreditar que as coisas se concertariam. E enquanto sorria levou um peteleco forte em sua testa. Naruto levou uma das mãos até o local atingido e o esfregou, lançando um olhar bravo para Sasuke.

-Quer parar de fazer isso!! – resmungou enquanto esfregava sua testa, que estava levemente marcada da batida, o que fez Sasuke sorrir de lado antes de responder ao amigo.

-Talvez na próxima vez! – o coração de Naruto acelerou com o sorriso torto de Sasuke e quis sacudir a cabeça para afastar esses pensamentos idiotas que as vezes lhe enchiam a cabeça.

Tsunade viu a cena de longe com um sorriso contido no rosto. Mas curiosamente viu o Uchiha mais novo corar quando virou de costas para Naruto após bater em sua testa. “interessante, muito interessante” pensou a loira que se levantou e anunciou.

-Garotos eu sou uma velha e estou cansada, deixarei vocês na companhia um do outro e quando Bolt aparecer, puxem a orelha dele por mim! – Sasuke olhou opara Tsunade com uma vontade desesperadora de implorar para que ela ficasse e quase o fez.

Tsunade os deixou no quarto de Naruto e Sasuke se sentiu desconfortável na companhia de Naruto pela primeira vez em anos, ficou grato ao perceber que o amigo ficaria em silêncio. A verdade era que estava a ponto de surtar. Não queria estar ali, não no mesmo lugar que ele, com seu cheiro em cada parte do quarto, sua cabeça latejava quando a porta se abriu e Sora entrou no quarto do tio.

-Onde esta Bolt? – Naruto perguntou aflito.

-No quarto dele... Tio eu pedi que ele viesse... – Sora se desculpava por algo que não era sua culpa, uma parte de Sasuke queria bater nos dois Uzumakis para que criassem juízo, outra parte sabia que ambos tinham seus motivos.

-Não ligue para isso Sora, não tem nada haver com você. – Naruto sorriu para o sobrinho e se levantou da cama, sentindo o mundo rodar rapidamente a sua volta e teria caído se Sasuke não tivesse o apoiado no ultimo momento.

-Usuratonkachi tente não se matar. – ralhou o Uchiha, começando a andar com Naruto, que se sentiu completamente por Sasuke não tentar fazê-lo ficar deitado em seu quarto, enquanto o filho havia acabado de chegar em casa.

-Obrigado. – falou baixo olhando para frente, enquanto ambos passavam por Sora. Sasuke não se deu ao trabalho de responder. Aquilo não era nada perto de tudo que Naruto havia feito por ele. Desejava do fundo de sua alma que o loiro não pudesse escutar seu coração batendo vergonhosamente acelerado pela aproximação de Naruto.

Quando já estavam na porta do quarto de Bolt, o homem pediu a Sasuke que lhe permitisse ficar de pé sozinho, algo que nem sequer pensou em negar, precisava poder voltar a respirar e sinceramente não seria um intruso neste momento.

-Sabe onde me encontrar se algo acontecer Naruto. – era algo raro de acontecer Sasuke chama-lo por seu nome. Sorriu abertamente e confirmou com o rosto. – Não hesite em me chamar se precisar.

Naruto estendeu a mão direita em um soco na direção do moreno que fechou o punho e bateu levemente no punho do amigo. E assim o loiro assistiu Sasuke ir embora. Sentia-se fraco encarando a porta de Bolt sem ter coragem de abri-la e antes que pudesse tomar coragem para tal ato a porta foi aberta por dentro, revelando um Boruto surpreso e sua expressão se transformou em um pequeno sorriso.

-Você realmente não consegue abrir a porta do quarto dos seus filhos. – Bolt não tinha intenção de parecer ríspido, mas a expressão magoada de Naruto o fez perceber que havia soado exatamente assim. – Sabe pai, não é tão dificil! É só girar a maçaneta e tals...

Ouviu as palavras do filho com os olhos se enchendo de lagrimas e se pensou em dizer algo, Boruto foi mais rapido se jogando nos braços do pai com o coração batendo tão rapido e tão forte que achou que ele fosse explodir. Naruto estava fraco demais para o impacto e quando segurou Bolt deixou suas pernas cederem e caiu sentado no chão, apertando o filho em seus braços. Sabia que estava chorando porque quando tentou abrir os olhos as lagrimas embaçaram sua visão. Mas aquilo não importava, Boruto estava ali, seguro em seus braços sussurrando algo tão baixo que Naruto não conseguia ouvir. Perdeu a noção de quanto tempo aquele abraço durou e não se importou com isso, porém, quando Boruto se afastou dele para que pudesse olhar o pai nos olhos, Naruto pode ver que a criança também chorava.

-Oto-san... Gomen-go-go... – e mais lagrimas caindo pelo rosto do filho, Naruto apenas secou o rosto da criança e esperou que ele se acalmasse e assim que o fez sorriu para Boruto. E Bolt percebeu naquele momento que aquele sorriso seu pai só dava para ele e acabou sorrindo de volta um sorriso que apenas seu pai poderia receber e seu coração se aqueceu um pouquinho.

-Chega de lagrimas para nós Bolt... – acariciou os fios loiros de seu menino. – Daqui, nós seguiremos juntos e vamos cuidar da Himawari e contaremos para ela o quanto sua mãe era incrível e a amava... – Naruto abraçou o filho novamente sentindo seu coração bater de forma regular e leve. – Vamos cuidar dela, e vamos ficar juntos.

Bolt afirmou com o rosto sem confiar em sua voz, porque assim que abraçou seu pai sentiu o medo que vinha lhe acometendo se esvair aos poucos dando lugar a um sentimento quente e vivo. Ele estava em casa. Estava seguro e pela primeira vez desde que sua mãe havia partido ele estava feliz.

Em algum lugar, em um tempo muito distante desse, Hinata se sentiu em paz. 


Notas Finais


Gente de verdade desculpa pelo tamanho dos caps ç.ç eles estão saindo do meu controle.
Haiiin Bolt seu bostinha <3 Matou eu , deu dó <3
Sasuke ç.ç Ainh Sasuke o que eu farei com você hahaha Tsu maior Fujoshi!
Sora!! AHHHHHHHHHHH todo amor que tenho no Sora, deixem-me explicar como Sora surgiu, estou eu preparando este cap para vocês, como intenções completamente diferentes para ele, afinal era pra ter sido o casório da Ino-chan com o Sai, daiiiiii a Rara-Wolf minha pequena Miss sunshine solta, Ahhh ia ser tão legal se você colocasse um filho pro Neji minha resposta foi na hora NAOOOOOOOOOOOOOO eu já não dou conta de mostrar todos os personagens que preciso mostrar e você... Mas seria legal né, se na guerra a Tenten já estivesse gravida...
E ai povo tudo foi construido na minha mente, Então para quem estiver curioso sobre Sora, se preparem por que logo logo terá um especial para explicar sobre ele, eu não sei se será uma one ou um especial aqui na T7 mesmo, mas eu aviso vocês!! haahaha tá tudo gigante aqui hoje, é nota de autor exagerada, é cap grande, é notas finais enormes.
Então comentem, pra gente conversar, eu amo vocês!!!

https://spiritfanfics.com/historia/rpg--untrue-6813393 link do rpg pra quem quiser olhar ><


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