# Capítulo 1: O Início do Fim
A Vila do Gato, um refúgio escondido e protegido por muralhas ancestrais, era conhecida por sua tranquilidade e pela peculiaridade de seus habitantes. No coração da vila, a igreja de pedra servia como ponto de encontro e símbolo de resistência. Entre os felinos que lá viviam, destacava-se a jovem Cassy, uma raposa de espírito livre e olhar curioso.
Naquela manhã, Cassy e sua irmã mais velha, Lily, estavam na floresta, coletando madeira. O sol iluminava a copa das árvores, criando um ambiente acolhedor. Cassy, ainda filhote, corria de um lado para o outro, enquanto Lily observava com um sorriso contido.
— Vamos, Cassy, precisamos levar essa madeira para a cabana — disse Lily, empilhando cuidadosamente os troncos.
— Estou indo, estou indo! — respondeu Cassy, pegando um pedaço de madeira e caminhando ao lado da irmã.
Enquanto as irmãs retornavam à vila, uma sombra sinistra pairava sobre o horizonte. O céu, antes tão sereno, agora era tingido por tons de vermelho e laranja, reflexo das chamas que consumiam a Vila do Gato. O som estrondoso das explosões ecoava pela floresta, misturado aos gritos desesperados dos habitantes.
Cassy e Lily, atordoadas pelo caos que se desenrolava diante delas, corriam em direção à igreja, onde suas famílias estavam reunidas para o almoço. Mas o que encontraram foi um cenário de destruição e desespero.
A igreja, outrora imponente, agora era apenas uma pilha de ruínas fumegantes, envolvida em chamas vorazes. Entre os escombros, corpos feridos e desesperados clamavam por ajuda. Cassy gritou o nome de sua mãe, procurando desesperadamente por qualquer sinal de vida.
Foi então que uma figura sinistra se destacou entre as sombras em chamas. Um imenso AT-AT, uma máquina de guerra impiedosa, avançava lentamente pela vila, suas pernas mecânicas esmagando tudo em seu caminho. O rugido metálico do monstro ecoava na mente de Cassy, enchendo-a de pavor e impotência.
Ela se viu de joelhos, as lágrimas se misturando às cinzas que caíam do céu em chamas. Enquanto o caos se desenrolava ao seu redor, ela se agarrou à esperança frágil de encontrar sua família. Mas, em meio à destruição, uma voz conhecida cortou o ar.
— Cassy! — gritou Henz, um membro da guarnição local, correndo em sua direção. — Sua mãe me enviou para te tirar daqui. Não há tempo a perder.
Cassy se deixou ser arrastada, seu coração pesado de angústia e temor pelo destino de sua família. Enquanto Henz a puxava para longe do inferno que consumia a vila, ela sabia que nada jamais seria o mesmo. E no fundo de sua alma, uma promessa sombria começou a se formar: vingança contra aqueles que haviam trazido a destruição à sua vida.
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