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História Teddy Bear Boy - Capítulo 8


Escrita por: Kayla913315

Notas do Autor


Hi guys 💙

Eu não sei por que estou meio insegura quanto a este capítulo... Deve ser porque revisei 500 vezes então ficou chato em meus olhos kdsksk mas enfim, espero que gostem <3

Capítulo 8 - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction Teddy Bear Boy - Capítulo 8


- Você é muito querido por aqui… 

 Tatsuya comentou assim que o quinto médico cumprimentara Midorikawa como se fossem parentes próximos.

Mal tinham passado pela recepção do hospital, então aquela atenção despertou-lhe curiosidade. 

- É, pode se dizer que sim. - Midorikawa respondeu, acenando de longe para mais um funcionário. 

Uma enfermeira na faixa etária dos 30 acompanhava-os pelos extensos corredores. Quando chegaram à uma prateleira, a mulher esticou os braços para que pudesse alcançar algo. Tatsuya ergueu uma das sobrancelhas ao perceber que se tratava de uma máscara cirúrgica. 

 Agradecendo, Midorikawa pegou uma, vestindo-a imediatamente. Entregou outra igual para o líder, que apenas observava aquilo confuso. A enfermeira se despediu educadamente dos dois, voltando para seu posto. 

- Certo... Então vamos operar? - O ruivo brincou, por fim colocando a máscara - Pra quando foi marcado a cirurgia, Dr.Ryuuji?

 Sua intenção era fazer o outro rir, sendo assim, ficou satisfeito quando obteve sucesso.

- O andar de cima é destinado para as crianças em situação mais grave. - Midorikawa começou a explicação, subindo o segundo lance de escadas - Estamos subindo. A máscara é apenas no caso de tiver algum vírus no ar. 

- Você tem alguém que gostaria de visitar lá?

- Hoje não… Não gosto de dividir atenção quando estou em encontros. - Tatsuya sorriu sozinho por Midorikawa ter dito "encontros" de forma natural, sem ficar contrangido, hestitante ou na defensiva. - Disse que gostaria de me conhecer… A primeira coisa que deveria saber sobre mim é que gosto de passar meu tempo aqui.

- Num hospital?

- Não exatamente aqui onde todos estão correndo ocupados com seu trabalho - Midorikawa achou melhor deixar claro. -, mas em uma áreazinha afastada que os médicos me deram permissão para ficar. 

Tatsuya assentiu, deixando o outro guia-lo para o tal lugar. 

- São 3 andares…- Midorikawa disse em um tom preguiçoso - A gente deveria ter usado o elevador. 

- Já está cansado de andar? Como capitão, eu deveria repreende-lo por sedentarismo. 

- Você não tem poder sobre mim fora do campo, Tatsuya. - devolveu no mesmo tom travesso - Além disso, já chegamos de qualquer maneira. 

Chegaram lá e, pasmem: não tinha cheiro de hospital. Era como uma varandinha adorável com cerca de vidro. Tinha uma vista ampla para o pátio lá embaixo onde pacientes mais ativos não paravam de passar. Uma mesa redonda com duas cadeiras de cada lado os aguardava. 

- Gelatina! - Midorikawa se alegrou ao ver duas taças sobre a mesa, sentando-se de pressa.  

Tatsuya também se sentou. Por um lado reconhecia que aquele era um bom lugar para se ficar, mas por outro, precisava tirar uma dúvida que martelava em sua cabeça desde que chegara no lugar: 

- Midorikawa, tudo bem como você? Quero dizer... Pra passar tanto tempo aqui, conhecendo todos os médicos… Por acaso você é um paciente?

Ahn? - Colocou a gelatina de lado e fitou o outro - Eh… não, não sou. - Deixou escapar uma risada - Foi mal, te preocupei?

Tatsuya pareceu aliviado com aquela resposta. Caramba, não se passara nem uma semana desde que o conhecera. Por um momento achou que entraria em um clichê de mocinho com alguma doença terminal.

- Gosto de passar aqui e trazer alguma alegria para as crianças daqui. Virou um hábito, com um tempo enturmei com os médicos e enfermeiros que me davam permissão para entrar nas salas. 

Mesmo depois daquela explicação, Tatsuya pareceu confuso. Suspirou antes de resumir:

- Eu me visto de palhaço e venho visitar crianças minutos antes delas serem operadas em uma cirurgia de risco.  

Sim, ele disse. De forma alguma tinha vergonha do que fazia, contudo Nagumo mencionara algo a respeito de se manter a espreita, para não levantar suspeitas para cima dele "Se Midorikawa faz parte disso, seu parceiro só pode ser alguém que já tem um certo nível de intimidade: Nagumo". Assim como vocês, ele também achava aquele pensamento improvável de acontecer. Mas já que tinha sido um pedido direto, ele não contaria, pelo menos não para Suzuno, mas já que tratava de Tatsuya, estava tudo bem. 

- Ah é?! Tão atencioso... - Os olhos do líder brilharam - Faço parte do grupo que sempre teve vontade de fazer isso mas nunca fez nada a respeito.

- É um grupo bem grande, já fiz parte dele. - Midorikawa tirou o celular do bolso -  Vem cá, vou te mostrar uma foto recente de quando estive aqui. 

 Tatsuya arrastou a cadeira para perto do outro.

 Na foto, Midorikawa, que acenava com ambas as mãos para a câmera, usava suas vestes de palhaço: um chapéu preto circular com uma destacada flor amarela, uma blusa de manga comprida branca com babados e um suspensório da mesma cor do acessório de cabeça. O resto do conjunto estava escondido atrás da cama hospitalar onde havia uma garotinha presa a aparelhos deitada sorrindo para a câmera. 

- É uma graça… - Tatsuya pegou o celular para ver a foto melhor - A menina também é adorável. 

- Para! Você não para de brincar hoje! - Advertiu, dando um leve empurrão no líder. Conseguiu dizer aquilo com um sorriso no rosto, que foi coberto pela máscara, então tecnicamente sorrira com os olhos. 

- Ah, desculpe por estar meio palhaço hoje...

Midorikawa revirou os olhos, não é como se fosse a primeira vez que tinha ouvido uma piada como aquela. 

- Bom, você sempre foi direto assim? - misturou a gelatina - Digo, com as pessoas que chama pra sair. 

Tatsuya suspirou, descansando a cabeça na mesa de vidro. 

- Você ainda está com aquela imagem de que sou um tipo de cafajeste mulherengo?

- Eu não diria exatamente nessas palavras... - Abaixou a máscara até o pescoço, deu uma colherada no doce e subiu a proteção de volta para o rosto - Mas sim. Acho que criei algum rótulo ao seu respeito. 

Midorikawa achava que era questão de lógica: uma pessoa com tantas qualidades não poderia ficar tanto tempo parada. 

  - Se existir algum modo de quebrar este rótulo mentiroso, por favor me diga. - Apoiou os cotovelos na mesa, fitando ainda mais seu convidado. 

- Não é como se fosse fácil fazer ele desaparecer de um dia para um outro. Eu teria que te avaliar um pouco mais para tirar uma conclusão. - Midorikawa o olhou da cabeça aos pés como se já estivesse fazendo sua avaliação.

- Então acho que deveríamos sair mais vezes para você ter certeza que sou um garoto comportado". 

Ele apenas desviou o olhar para o horizonte. Não queria discordar nem concordar.

- Bom, Já que estou fazendo muitas brincadeiras hoje, por que não fazer mais uma? - Tatsuya se ajeitou na cadeira. - Feche os olhos.

Midorikawa franziu o cenho, desconfiado. 

- Vamos! - O ruivo lhe incentivou, com um sorrisinho estampado na cara.

Aquela empolgação toda funcionou no quesito incentivo. Como pedido antes, ele fechou os olhos. 

Tatsuya de forma veloz, inclinou o corpo para frente e o beijou, fazendo com que as duas máscaras cirúrgicas se encontrassem.

- T-Tatsuya!!! - Midorikawa o advertiu, arrastando, desesperado, sua cadeira 2 passos de distância do outro. Ainda que tivesse sido um "beijo indireto", não deixara de ser invasivo. 

- É só uma brincadeirinha! Nunca fez isso quando criança? 

Na minha época a gente só brincava de lutinha. 

E suponho que derrotava todos os seus coleguinhas. - O líder disse, tentando aliviar a barra - Mas de qualquer maneira, por quê não tentamos mais uma vez? 

  Agora fora a vez de Tatsuya fechar os olhos. Ansioso, esperava que ele se aproximasse. 

 Midorikawa mordeu o lábio enquanto seu cérebro refletia se deveria fazer aquilo ou não. Só estava os dois alí, ou seja, de certa forma não seria tão embaraçoso. Ademais, a máscara tapava o que ele achava que gostaria de evitar.  

"Ah, que se dane".

Entrou na brincadeira na intenção de fazer o mesmo. Porém, quando chegou perto o suficiente, no último segundo, Tatsuya retirou a própria máscara em seguida a dele, fazendo com que seus lábios se tocassem de fato. 

Demorou um pouco para Midorikawa se tocar que a máscara não estava mais lá, mas,  quando se deu conta, afastou-se depressa.

 Estava vermelho e desacreditado com a audácia do colega de quarto. 

- Ops.  

- Não me venha com "ops"! Você fez de propósito! - afastou-se tapando a boca com as mãos, prevenindo as chances do líder fazer aquilo novamente - àquele ponto sua cadeira já deveria estar do outro lado da área. 

 - Fiz? - Tatsuya não pode deixar de sorrir. - Vista a máscara de novo, esqueceu que o ar aqui está todo contaminado?

- Foi você que tirou ela em primeiro lugar.

- E você não a colocou de volta até agora - observou - Seria um indicativo de que quer tentar outra vez?

"C-claro que não!"," Não ouse chegar perto de mim de novo!", "Eu vou pedir transferência para outro quarto!". Foi o que Tatsuya pensou que ouviria. 

Mas ao invés, eles se beijaram de novo. Dessa vez partindo do esverdeado. 

Quase nem sentiu quando tomou partido e muito menos soube explicar quando foi que começou a sentir vontade de ter algum envolvimento romântico com seu colega de quarto. Era engraçado, em um dia estava o evitando e no outro estava o beijando. 

Fazia tanto tempo que não fazia aquilo que apenas sentiu como se fosse a primeira vez. Estava nervoso, nem mesmo sabia onde deixar as mãos que com certeza estavam trêmulas. Tatsuya percebeu sua insegurança, queria de alguma forma deixá-lo confortável. Segurou seu rosto firme, aprofundando o ato de certa forma tomava o controle do beijo. 

Eles pararam. Nenhum dos dois tiveram a atitude de se afastar, deixando que suas testas encostassem uma na outra. Nem queriam imaginar a tensão que ficariam quando voltassem para o dormitório. O que fariam? Agora passariam a ter uma definição? Midorikawa não queria apressar as coisas, estava brincando antes mas realmente precisaria considerar conhecer o capitão mais um pouco antes de se envolver. 

O ruivo estava com um sorriso bobo no rosto. Não é que tinha dado certo?

Ainda perto, Midorikawa sentiu a necessidade de deixar claro:

- E-eu não fico com pessoas no primeiro encontro. 

- Posso ver. - disse com uma boa doze de ironia. 



   ~ Continua. 




Notas Finais


Done ❤️
Espero que tenham gostado <3


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