História Teenage Dream - Pássaro de Fogo

ALEX POV

Não sei se a palavra “tesão” definia o que eu estava sentindo naquele instante, o cheiro suave dos fios dourados com a combinação da pele macia da mulher a minha frente me deixava ansiosa, faminta e quase insana de desejo, eu só conseguia pensar em uma coisa: sentir o gosto mais profundo e restrito dela

Sem dúvidas a Piper não era o tipo de mulher com quem eu estava acostumada a me envolver, não que ela não fosse linda, pelo contrário, ela era maravilhosa, eu diria até angelical, mas ela não explorava sua sensualidade como as outras, não usava roupas provocantes ou maquiagens extravagantes, ela era uma menina ainda, isso estava estampado no jeito simples, no sorriso autêntica e desde o primeiro momento percebi que era única, talvez isso tenha sido o que mais me atraiu

Meus olhos estavam atentos a cada movimento de minhas mãos, era como se eu tivesse a necessidade de gravar cada pedaço percorrido daquele corpo de curvas discretas, retirei a segunda peça totalmente deixando expostos os seios pequenos e alinhados prontos para receberem todo carinho dos meus lábios, a essa altura meu sexo estava molhado e pulsando precisando de um alívio imediato e por mais que meu corpo estivesse em caos e com toda pressa existente na face da Terra, minha razão me lembrava que o que estava acontecendo ali naquele quarto, naquela cama, naquele instante, era único e não voltaria a acontecer, eu voltaria para Nova York e ela para Moscou, nós não nos encontraríamos pela Quinta Avenida ou pela Times Square, eu não vou precisar fingir que não a conheço se nos esbarrarmos em uma loja no shopping porque isso não vai acontecer, nunca mas vamos nos ver...

- Alex o que foi? – quando voltei a realidade estava apoiada em cima da Piper encarando seu rosto corado com um olhar confuso em minha direção – O que foi? Fiz alguma coisa errada?

- Não, é claro que não! – saí de cima dela e me deitei ao seu lado – é que eu acabei pensando demais e agindo de menos – ela sorriu e me deu um beijo de leve – me desculpa isso nunca aconteceu, eu...

- Shhh – seus dedos acariciaram meu rosto, fechei os olhos e relaxei ao toque do gesto que me era familiar – Eu gostei de você Alex e gostaria de conhecer saber o que uma mulher como você faz sozinha nesse lugar, só que o pouco que percebi é que alguém como eu não teria espaço na sua vida, você me parece ser alguém livre e a procura de algo, ou quem sabe procurando um lugar quentinho pra passar o inverno

- Como um pássaro? – fui irônica

- Sim, como um pássaro – foi doce ao concordar, sorri constatando que ela não entendeu meu tom, Piper!

- Você poderia ser o meu lar, quando eu me encontrasse – abri os olhos e recebi outro beijo

- Você já ouviu a lenda do Pássaro de Fogo?

- Não? Por quê ?

- Essa conversa me lembrou dela é uma lenda conhecida na Rússia, minha mãe nos contava em noites frias, um copo quente de leite, e as velhas histórias que atravessaram as gerações dos Reznikov – estava claro como ela admirava a mãe, senti um aperto no peito, eu não tinha lembranças assim com Diane

Com tom narrador começou a contar a história:

“Em certo reino, situado nos confins da terra, vivia um Czar forte e poderoso que tinha ao seu serviço um jovem arqueiro com grandes ambições, que possuía um belo cavalo. Uma vez, o jovem foi caçar no bosque e enquanto cavalgava encontrou uma pena de ouro do pássaro de fogo.

Era uma pena que brilhava feito uma chama! O cavalo avisou ao arqueiro que se a pegasse teria problemas, mas a pena era lindíssima e o arqueiro só pensava em quanto ganharia de recompensa se a levasse ao rei, não dando ouvidos a seu fiel amigo ofereceu a pena ao Czar que admirou a valentia do jovem e lhe ordenou que trouxesse o pássaro de fogo, caso contrário ele morreria, o jovem se lamentou junto a seu cavalo que o aconcecelhou e o ajudou a capturar o pássaro, não contente o monarca lhe deu outra ordem, mas complicada e a ameaça era a mesma, se não cumprisse seria morto, e assim o jovem e seu cavalo seguiam as ordens do Czar até o dia em que o rei ordenou a execução do arqueiro, ele se despediu do cavalo, seu único e fiel amigo o qual ele se arrependerá de não ouvir”

- O final da história apesar de tudo é feliz, pelo menos para o arqueiro que não morreu, e sim o rei mandão, o rapaz acabou ficando com o trono e com a rainha – ela gesticulava e sorria como se realmente acreditasse naquele conto – Mamãe sempre nos diz “garotas não se deixem enganar por qualquer pena reluzente, as coisas mais bonitas são as mais perigosas , então se encontrarem uma dessas dando sopa por aí corram feito loucas e não tragam para minha casa!” – ao imitar o sotaque carregado da mãe naquela frase caiu na gargalhada como se estivesse lembrado de uma piada interna, sem dúvidas aquele som se tornou o meu favorito no mundo

- Eu posso parecer pretensiosa ou eu sou a pena do pássaro de fogo que sua mãe pediu para manter distância?

- Talvez... Você tem cabelos da cor do ouro, é branca como a neve e tem olhos de esmeralda, é perfeita! Ouvi falar que as coisas bonitas são as mais perigosas...

- Hummmm, então na Rússia uma mulher loira, alta, de olhos verdes pode te meter em problemas? – levantei sorrindo em direção ao pescoço alvo dela

- Alex você é tão idiota as vezes sabia?- concordei sussurrado e recebi um beijo

- Não me importo de ser chamada de idiota se toda vez que fizer isso ganhar um beijo seu

- Que bom saber disso!

Nossos toques ficaram mais agressivos, o beijo mais intenso Piper se ajoelhou na cama, tirou minha blusa e começou a beijar meus seios, nos despimos com toda pressa aquela altura, a respiração ficou pesada, senti seus dentes puxando meus lábios com força, aposto que no dia seguinte também teria boas marcas de unhas nas costas, suas mãos me puxavam para mais próximo, como se a essa altura fosse possível estar mais perto, nossos corpos quentes estavam quase a se fundir, que se danem todas as leis da física, dois corpos podem sim ocupar o mesmo espaço

Quando nossos sexos se encaixaram tive a necessidade de abrir meus olhos para registrar aquele momento, seus olhos estavam fechados e sua boca meio aberta, era possível ouvir pequenos sussurros entre os discretos gemidos, ela rebolava com vontade num ritmo frenético e pude sentir toda lubrificação, eu estava com tanto tesão que não demoraria muito para gozar se continuasse assim

Os bicos eretos e rosados dos seios indicavam que ela estava gostando tanto quanto eu, enquanto eu os chupava só conseguia pensar em quanto eu queria por a boca em cada parte daquele corpo, meu sexo latejava a essa altura, estávamos seguindo movimentos rápidos e sincronizados, sua mão esquerda desceu por minhas costas até meu traseiro que por instinto se empinou, estremeci ao sentir dois dedos me penetrando, mas então ela os tirou e trouxe sua em direção aos lábios, sugou cada vestígio meu que estava ali, pude sentir todos os músculos do meu corpo se contraírem ao assistir essa cena e ela permanecia de olhos fechados como se estivesse absorvendo o prazer em cada um dos seus quatro sentidos ativos naquela hora

Quando consegui sair do transe em que estava desci desesperadamente para me deliciar no néctar que nossos corpos produziram, Piper se contorcia na cama e agora seus gemidos eram audíveis, suas mãos seguravam com força meus cabelos e seu sexo era apertado, quente e molhado exatamente como eu esperava que fosse e o suguei como se fosse meu Oásis em pleno deserto

- Alex, eu também quero sentir você – disse ofegante enquanto eu enfiava a língua no seu sexo e estimulava seu clitóris – por favor Al...

- Pipes você tá me matando

Continuei estimulando seu sexo enquanto subi para lhe beijar, ela me agarrou com tanta força que nem imaginei que pudesse possuir, puxou minha perna direita até a altura da cintura e virou meu corpo para o lado ficando em cima de mim, minhas pernas estavam abertas e Piper entre elas chupando vorazmente meus seios enquanto pressionava nossos sexos, a o som das estocadas ecoavam por todo o quarto, o cheiro de sexo e luxúria invadiu o ambiente como se ali fosse o lar de amantes desesperados

Eu não tinha mas domínio sobre meu corpo, ele obedecia a ela de bom grado, novamente fui dominada e quando percebi isso quando já estava de quatro sendo sugada e quase implorando para que aquela mulher se casasse comigo

Eu odiava que me tocassem, primeiro por me sentir vulnerável e segundo por nunca ninguém ter me feito gozar, eu sempre precisava me tocar para conseguir aliviar é assim sair satisfeita, porém com a Piper eu fico molhada só de beija-la, e estou aqui prestes a ter o melhor orgasmo estimulado por outra pessoa na minha vida

Novamente meu corpo obedecia a sua nova dona, sim, eu já a considerava minha dona, não me importo mas de manter a posse de ativa, que se fodam os rótulos eu vou explodir de tanto tesão

Piper me jogou para a frente, me mantendo empinada, passou a língua ao redor do meu clitóris, o chupou em seguida penetrou a mesma no meu sexo seus movimentos circulares faziam com que eu rebolasse implorando por mais, mas ela a tirou para meu desespero, antes que me virasse para saber o motivo dela ter parado ela sussurra

- Vamos fazer isso juntas

Ela me vira na cama e beija toda extensão do meu abdômen, nossos corpos estão em sentidos opostos, ela se encaixa em cima de mim na posição 69 e se fosse uma disputa por poder, por ansiedade ou até mesmo por tesão não haveria perdedora, alguns instantes depois estávamos ali rendidas, suadas, ofegantes e totalmente satisfeitas, eu me sentia plena, completa e feliz, uma sensação desconhecida até então eu diria

- Isso foi melhor do que eu imaginava – meu olhos ainda estavam fechados e me permitir sorrir em concordância

- Então você imaginou que nós acabaríamos na cama? – pude ouvir seu sorriso

- Não só imaginei como desejava que isso acontecesse – só então tive coragem de abrir os olhos, ela me encarava com os um brilho diferente e acredito que eu também a encarava assim, trocamos alguns beijos e ela se afastou

- Aqui tem caneta ou lápis?

- Serve rímel? – balancei os ombros

- Não engraçadinha – ganhei outro beijo, eu já estava me acostumando com isso – me dá seu celular – obedeci, afinal que mal teria trocarmos de número? Se um dia eu fosse na Rússia poderíamos nos rever – Pega! – entreguei o aparelho a ela

- Tá descarregado gata – devolveu

Levantei e pude sentir que ela observava meu corpo nu enquanto eu caminhava em direção a minha mala, peguei a única peça branca que havia ali e meu rímel

- Escreve aqui – joguei pra ela e fui até a cozinha

- Isso é uma Chanel original? Eu não vou estragar essa blusa Alex! – Sorri com o comentário e voltei para o quarto com um copo de água

- Parece autentica? Comprei por uma pechincha – menti, lhe entreguei a água e sentei na sua frente – escreve em inglês for favor, não entendo russo

- Idiota - recebi um empurrão no ombro

- Aí! Sua russa violenta! – peguei o copo e o levei até a cozinha quando voltei ela devolveu a blusa - O que é isso?

- Caso não encontre seu caminho, isso aí – apontou para a blusa – te leva até o meu

- Garota você é tão gostosa que eu não vou precisar disso porque você nunca mais vai sair desse quarto

- Ah é? – voltamos a nos beijar mas dessa vez de forma mais suave

- Você tem mesmo que pegar aquele vôo?

- Acho que sim – seu tom era choroso, a essa altura eu já levava em consideração a hipótese de passar uma temporada na Rússia, afinal que merda eu tinha a fazer em NY além de dar dor de cabeça para a senhora Elizabeth Vause?

Uma chuva fraca começou a cair, a essa altura o quarto já começava a ficar escuro, eu acariciava os cabelos da Piper sentindo o cheiro suave que vinha dele enquanto ela fazia alguns desenhos com os dedos nos meus seios, sua pele era tão suave e nossos corpos se encaixavam de maneira tão confortável que acabamos dormindo

Não sei quanto tempo se passou, mas quando acordei já estava tudo completamente escuro, a chuva estava mais forte e a Piper dormia sorrindo feito um anjo, distribui alguns beijos pela sua cabeça, eu sabia que teria que acorda-la mas eu não queria e nem faria, não agora e eu não me sentia nenhum pouco mal com isso talvez ela até me agradecesse por isso

Fechei meus olhos e voltei a encostar nossos rostos, sorri aspirando aquele perfume que não me cansaria nunca de sentir, mas algo me despertou, o barulho de chaves, a porta batendo.

Não! Isso é um pesadelo!

Ouvi passos pela casa e senti um frio na espinha ao constatar que eu teria poucos minutos com a minha russa, o sonho havia acabado, a realidade batia a porta

- Alex? – a confirmação veio, Sylvia! - Amor você tá aí?

Para o meu desespero Piper estava acordando

- Que porra eu vou fazer agora!?