Allyson Pov's
- Queria não ter que te chamar aqui, Sra Roth - Dizia o diretor John para minha mãe.
- Não se preocupe Diretor, sei muito bem o tipo de pessoa que é a Allyson - Minha mãe disse, sentia seu olhar reprovador em mim, mas eu simplesmente fingia indiferença.
- Se dissesse que não fui eu - Me ajeitei na cadeira- Acreditaria John?
- Não, e o motivo é que encontramos isso no equipamento de som - Tirou o objeto do bolso - Acho que é prova o suficiente de que foi você.
Meu Pen drive, que tinha "Ally" escrito em letras pretas, com um cordão roxo. Não acredito que esqueci de tirar da caixa de som.
- Mas o que exatamente ela fez, dessa vez? - Minha mãe quebrou o silêncio que se instalou .
- Editou o Hino nacional colocando o Gemidão que se instalou pela escola inteira - O Diretor disse e tive que segurar o riso - Não é a primeira vez que algo assim acontece, Sra Roth.
- Estou ciente disso.
- Anteriormente Allyson deu um chute nas partes íntimas de um colega de turma.
- É, mas ele tentou passar a mão em mim na fila do almoço! - Tentei me defender.
- Olha o Tom Allyson! - Minha mãe Repreendeu.
- E o Jerry onde tá? -Pensei segurando o riso.
- O que estou tentando dizer é que foram tantas advertências, que Allyson está cada vez mais perdendo a vaga nesse colégio - O Diretor disse calmo, com os cotovelos sobre a mesa e os dedos entrelaçados.
- Não se preocupe Diretor - Minha mãe suspirou antes de continuar - Sabemos o que quer dizer, e já tomei uma decisão, depois das férias. Allyson irá para outro colégio na Coréia do Sul.
Esvaziei meu armário enquanto todos estudavam, felizes por ser o último dia de aula e depois férias, passei pela minha sala de aula, espiando meus amigos e minha irmã Charlie pela pequena janela.
Sou Allyson Roth, tenho vinte anos, loira de olhos verdes e Brasileira. Nascida no Brasil, mas moro em New york desde os doze anos com minha irmã Charlotte , minha mãe Margareth, e meu padrasto desprezível Edgar. Este que começou a se mostrar um Homem mal caráter, quando completei dez anos e Charlie tinha oito. Nunca contei para minha mãe sobre isso, porque ele ameaçava matar minha irmã, e pelo bem dela não contei.
Cheguei em casa batendo a porta com força, ignorando meu padrasto idiota jogado no sofá, subi correndo as escadas e indo para meu quarto.
- Allyson Roth, você vai me ouvir! - Minha mãe invadiu meu quarto.
- Pensei que já tínhamos terminado o que tinha que ser falado - Revirei os olhos.
- Não, ainda quero falar com você - Alterou a voz - Como pôde fazer algo tão infantil?
- Não foi a primeira e nem a última pessoa que fez isso - Ri contido - E cantar Hino nacional no último dia de aula é algo bem Clichê.
- Você está fazendo isso para chamar atenção, e sei muito bem o motivo - Cruzou os braços.
- Sabe? - Franzi o cenho.
- É por causa do seu pai - Disse e se aproximou de mim - Allyson, precisa superar o fato de que ele está morto e agora sou casada com outro homem. E ele durante anos cuidou de você e da sua irmã como filhas.
- Chega disso! - Alterei a voz - Aquele cara não é o meu pai, nunca mereceu ocupar o lugar dele, e o que fiz e faço não é culpa do meu pai - Tentei controlar a raiva - Agora, me deixa sozinha!
- Allyson...
- Sai, por favor!
Tranquei a porta e escorreguei por ela até atingir o chão. É difícil controlar a vontade de surtar, quando ela fala como se o meu pai fosse o culpado. Mas minha mãe sempre faz isso durante nossas brigas, ela sabe que se tratando de arma secreta ele é a melhor pra me atacar.
Peguei uma caixa vermelha em baixo da cama, e fitei a garrafa de Vinho com um sorriso nos lábios, a única pessoa que sabe sobre ela é a Charlie. Levei o conteúdo á boca dando um longo gole, coloquei meu Pen drive no som e aumentei o volume. Imediatamente Green Day preencheu todo o quarto, o volume tão alto quase impossível ouvir minha própria voz, enquanto cantava junto American Idiot.
Charlie Pov's
Último dia de aula e todos animados conversando entre si, enquanto eu e meus amigos estamos preocupados com Allyson, meu celular vibrou no bolso da calça jeans. Era uma mensagem da minha mana.
"Deu ruim esqueci de tirar meu pen drive na hora da confusão, o Diretor John chamou nossa mãe e parece que tomei no Afonso dessa vez. Em casa te conto os detalhes, até daqui a pouco Maninha"
Quando as aulas terminaram fui correndo para casa, cheguei e encontrei meu detestável padrasto conversando com minha mãe. Ignorei os dois e subi correndo as escadas, parei na porta do quarto da minha mana, que pelo visto estava ouvindo Aerosmith, liguei para o celular dela. Destrancou a porta, entrei e a encontrei dançando com uma garrafa de vinho em mãos.
- Maninha, vem, dança comigo! - Pulou de cima da cama e me puxou pelo braço.
-Mana, o que aconteceu? - Perguntei, ela sentou na cama e fiz o mesmo.
- Fui parar na Diretoria, o que não é novidade, mas dessa vez acabei sendo expulsa. E nossa mãe quer me mandar para o outro lado do mundo - Arfou deitando na cama.
- Como assim? - Perguntei.
- Querem me mandar para Coréia do Sul - Me fitou - O que não é ruim, já que gosto do país, e qualquer lugar é melhor do que ter que aturar o Edgar.
- Eles não podem fazer isso! - Levantei da cama - Sem mim por perto você pode acabar cometendo um assassinato.
- Você conhece nossa mãe ela pode ter falado isso da boca pra fora - Riu.
Fomos chamadas na sala para um sermão, nos sentamos no sofá, e foi impossível não notar o olhar nojento de Edgar sobre nós duas.
- Allyson, nós conversamos e decidimos que depois das férias você irá para Coréia do Sul- Disse Margareth - Você terá aulas de Coreano todos os dias da semana, começando na Segunda-feira.
- Aish! - Ally riu em deboche - Acha que isso é tortura? - Levantou do sofá - Aceito ir pra Coréia do Sul na boa, até porque sou apaixonada pelo País e pela música de lá, mas com uma condição.
- Que seria?
Levantei também ficando ao lado dela.
- Que eu vá junto com ela - Deliberei e Ally assentiu.
- Se querem que eu vá, terei que levar Charlie comigo - Disse.
- Certo, e o que mais?
- Escolheremos onde iremos estudar, e fazemos nossa matrícula -Falei.
- Isso é um absurdo! - Edgar disse .
- Pegar ou largar! - Ally disse e sorrimos vitoriosas quando concordaram.
Sou Charlotte Roth, tenho dezenove anos, Cabelo castanho escuro ondulado nas pontas, olhos castanhos. Minha mana e eu sempre cuidamos uma da outra, por esse motivo fica difícil quando nos separamos, felizmente conseguimos contornar essa situação e vamos juntas para Coréia do Sul. Allyson costuma ser um imã para encrenca, então sou a adulta de nós duas, sempre pronta para resolver os problemas. Mas isso não significa que eu seja sempre séria, costumo ser imprevisível.
- Achei, Maninha! - Ally gritou em frente ao Notebook que estava no colo dela - É uma escola de Artes que além do conteúdo Normal de qualquer Colégio ou Universidade. Também tem três aulas extras : Dança, música e teatro.
- Os alunos devem escolher pelo menos uma das matérias, e fazerem uma audição no primeiro dia de aula para vermos seu talento de perto - Conclui e a fitei - Gostei, o que acha dessa?
- É perfeito - Disse - Vou me matricular agora.
- Qual aula extra vai fazer? - Perguntei
- Dança, e se puder de música também - Disse.
- Irei fazer apenas de música, você que leva jeito para Dança mana - Comentei e ela sorriu presunçosa.
- Colégio/Universidade Fantastic, apenas espere - Ally me abraçou pelos ombros - As irmãs Roth estão chegando.
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