1. Spirit Fanfics >
  2. Tell Me What To Do. (OneShot DEAN) >
  3. Tell Me What To Do

História Tell Me What To Do. (OneShot DEAN) - Tell Me What To Do


Escrita por: yerina

Notas do Autor


Aqui está como prometido, outra Oneshot do DEAN.
Espero que gostem.
E POR FAVOR COMENTEM, POR FAVOOOOR!!!
Boa leitura.

All the love, L. <3

Capítulo 1 - Tell Me What To Do


Fanfic / Fanfiction Tell Me What To Do. (OneShot DEAN) - Tell Me What To Do

Ele já ia no terceiro cigarro quando a sua estilista lhe apresentava o oitavo outfit para a tour na europa. Tenho pena dela, Dean estava impaciente e não parecia interessado em escolher um outfit. O que se passa com ele? Ninguém sabe, nem eu, que sou sua amiga mais próxima e de longa data, sei.

Dean anda bastante estranho ultimamente, nem mesmo tem falado por horas e horas com Min Soo.

Min Soo, boa pessoa, mas um pouco, na minha opinião demasiado, possessiva por Dean. Como todo o casal normal, sempre tiveram algumas discussões, mas nada muito preocupante. Eles amam-se tanto que até transborda pelas suas bocas quando se beijam, chega a ser nojento.

Apesar de todas essas discussões e momentos possessivos de Min Soo, eles têm uma relação aos olhos de outras pessoas, eu diria, invejável. Protegem-se um ao outro e amam-se, fazem imensa coisa juntos, aqueles planos de casal: vão ao parque de diversões, vão ao cinema juntos, andam de camisolas iguais, andam de braços dados. Até eu invejo a relação deles.

Claro que invejo, Dean é boyfriend material.

Fico bastante feliz por Dean, finalmente, ter encontrado alguém que o ame de verdade, apesar de existirem algumas, eu diria muitas, demasiadas para meu gosto, outras raparigas que são apaixonadas por ele, ele só tem olhos para Min Soo.

Eu e Dean temos bastante em comum, principalmente em relações amorosas. Sempre nos entregamos a quem não merece, sempre amamos demasiado quem não merece, sempre sofremos por quem não merece, sempre acabamos abraçados um ao outros, eu a chorar, audivelmente, no ombro dele e ele passando a sua mão pelos meus cabelos tentando confortar-me, mesmo quando ele não está bem. Ele não derrama uma lágrima sequer á minha beira, exceto quando vai afogar as suas lágrimas no álcool, num bar perto de minha casa e quando já estava muito bêbado, batia á minha porta, abraçava-me e chorava em silêncio até adormecer. A meio da noite, lá estava ele, sentado na beira da minha cama a escrever uma nova música em que na letra, derramava toda a sua dor que uma mulher que ele verdadeiramente amou, lhe provocou.

Eu sofria pelo meu desgosto amoroso, e por ver Dean desse jeito. Conheço Dean melhor que eu mesma, mas desta vez, não sei o que se passa com ele, ele nunca agiu assim antes.

- Dean, meu querido, eu adoro-te, realmente adoro-te, mas JÁ É O OITAVO OUTFIT QUE EU TE APRESENTO E TU NÃO PARECES SEQUER ATENTO AO QUE EU ESTOU A FALAR, DESPACHA-TE A ESCOLHER A MERDA DA ROUPA. - disse Shin Eun, a estilista grávida mais fofa de todas, mas por causa das suas hormonas descontroladas por conta da gravidez ela transforma-se de gatinho mansinho para um gato selvagem dentro de casa, por onde passa, destrói. Mesmo assim, continua a ser a grávida mais fofa de todas.

Dean ignorou Shin Eun e deu mais uma traga no cigarro, acabando com ele.

- Dean, para de fumar e escolhe a merda de um OUTFIT, por favor. – pela testa franzida e as orelhas vermelhas que pareciam estar prontas para fumegar a qualquer momento, XXX estava prestes a perder a pouca paciência que lhe restava e mandar Dean para um sitio que, de certeza, Dean não tinha intenções de ir.

- Eu não quero nenhum, simples. – disse ele pegando no maço de tabaco pronto para tirar mais um cigarro. Dean realmente se tornava uma pessoa insuportável quando estava impaciente, se eu fosse Shin Eun provavelmente já o teria mandado para a pu…

Shin Eun perdeu a paciência, quase que se podia ver suas orelhas a deitarem não so fumo mas também fogo. Quando percebi que Shin Eun iria disparar palavras fortes de mais para quem é sensível, Agarrei o braço de Dean e o puxei para fora da sala que, sendo tao grande, hoje parecia imensamente pequena com toda aquela tensão no ar.

Já fora da sala, Dean preparava-se para começar a fumar mais um cigarro quando eu lhe tirei todas aquelas porcarias e as deitei no caixote do lixo mais próximo a nós. Se o olhar pode ser matar, eu estaria morta e enterrada a sete palmos do chão, pois Dean fuzilava-me com seus olhos negros e intesos. Não me preocupei, ele nunca teria coragem de fazer mal a uma rapariga.

- Se fosse outra pessoa a fazer me isso, já teria recebido um murro de presente.

Ignorei-o e logo comecei a repreende-lo.

- Tu realmente deverias parar de fumar. Podes não te importar com a tua saúde, mas eu sim.

Logo toda a sua expressão facial relaxou e o seu olhar ficou intenso ainda mais intenso do que o normal. Tive até que desviar o olhar, olhava tudo menos ele. Pelo canto do olho, pude reparar que ele me sorriu. Seu sorriso é realmente lindo. Ficou assim por um tempo até que seu sorriso se desfez, tão rápido como apareceu.

-Podemos ir para o banco? – perguntou ele coçando a nuca e com os seus olhos ainda em mim. O seu olhar parecia vazio.

“O banco” é um banco como todos os outros de um parque ali perto, mas nos sempre íamos para la falar de coisas serias. Nós já considerávamos “o banco” como o nosso spot.

Quando nos sentamos Dean estava com os olhos postos no chão. Sentei-me a beira dele.

- O que é que se passa? – eu perguntei pondo a minha mão no seu ombro. Eu estou bastante preocupada com ele.

Ele pôs a mão por cima da minha que estava em seu ombro. – O que é que eu sou para ti? – ele perguntou num sussurro, não o ouviria se estivesse um pouco mais longe dele.

Pousei a minha cabeça nas suas costas e abracei-o por traz- Oh, então, tu sabes. És a pessoa que mais admiro e que mais confio, és importante para mim.

Dean pode parecer bastante confiante, mas ele é bastante inseguro com a sua aparência e seus relacionamentos, sejam eles de amizade ou amorosos. Ele costuma fazer-me esse tipo de pergunta de vez em quando.

Ficamos em silêncio que poderia ser agradável se Dean tivesse bem, mas ele definitivamente não está bem.

- O que se passou dessa vez, Deannie?

Dean suspirou, parecia cansado. Logo pude ouvir algo dele que imediatamente me partiu o coração. Virei-o rapidamente para mim é o abracei o mais forte que consegui.

- Não, não, não, não, não, não. Não faças isso por favor. – a esta altura, já me escorriam lágrimas pelas bochechas. – não, não, não, Hyuk, não, não, não.

Dean agarrou-se a mim tão forte que eu pensei que poderia ficar sem respirar a qualquer momento. Podia sentir a minha camisola já um pouco molhada. Pela primeira vez desde que nos conhecemos, Dean chora no meu ombro, sóbrio. Ainda um pouco em choque, acariciei seus fios de cabelo preto bem macio. A cada minuto que passa, Dean me aperta com mais força.

- Dean, por favor… - tentei eu falar, os meus pulmões reclamavam por oxigénio.

- Oh, babe, desculpa. – ele falou com a voz fraca e deu um pouco de espaço no abraço, mas não se separou totalmente de mim.

Ah, ele chamou me de babe… não, não estamos na altura para pensar nisso.

- Podes me contar o que se passou, agora? Se quiseres podemos falar sobre isso mais tarde, ou quando te apetecer ou então não falamos sobre isso e falamos sobre o quanto Jimin está sexy nesta foto. – disse eu desbloqueando o meu telemóvel e mostrando-lhe o meu wallpaper.

Park Jimin, dos BTS tem as pernas mais sexys do mundo. O que eu lhe fazia, Dios Mio.

Dean riu um pouco. – Não acho que ele seja assim tão especial, as pernas dele são um pouco musculadas, é só por causa disse que ele é sexy? E deixa de ser perversa por esse miúdo.

O que? Eu disse aquilo em voz alta.

- Miúdo? Oh, ele não é nenhum miúdo. Ele é um homem, e que homem, senhores. – disse eu abanando minha mão como se tivesse com calor, só para fazer Dean rir um pouco mais, gosto de ouvir a sua risada.

Ao contrário do que eu queria que acontecesse, Dean olhou-me sério dessa vez.

- Como tu me vez?

Aproximei-me dele, pus as minhas mas nos lados de sua face e limpei as lágrimas que ainda estavam na sua cara, com os polegares, sorri-lhe.

- Bem, vejo te com juízo, bom estilo, bom… - fui interrompida brutalmente por Dean.

- Não caramba, não é isso! Estou te a perguntar se me vez como um homem.

Aquilo surpreendeu-me, Dean nunca me fez esse tipo de pergunta.

- C…Como…a…assim?

Dean pós suas mãos nas lados da minha cara e aproximou-se perigosamente de mim.

Nós estamos muito próximos, estamos muito próximos, muito próximos.

- Responde! – ele mandou, olhando-me outra vez com aquele olhar intenso que me faz gaguejar. Não adiantava tentar desviar o meu olhar dele, pois o meu campo de visão foi ocupado inteiramente por Dean, seus olhos são tão escuros e misteriosos e ao mesmo tempo reconfortantes e verdadeiros.

- Eu, e…eu, acho…acho que sim!? – disse eu insegura.

- Responde direito, responde com convicção. – ele não se afastava nem um centímetro de mim e isso me deixava desconcertada.

- E…eu…

- Vês-me como um homem? Sim ou Não? – perguntou Dean já impaciente. Dean foi se aproximando mais e mais e mais….

- SIM! – respondi eu imediatamente, por causa da pressão que estava a sentir.

Ele largou-me e voltou a senta-se direito, de frente para mim.

- Ótimo.

Seu olhar estava longe e o meu estava nos meus dedos com quais eu brincava como se fosse a coisa mais interessante no mundo, sendo que não verdade a coisa mais interessante estava bem ao…

- Eu estou disposto a tentar contigo.

Voltei o meu olhar para ele, ele já me olhava e enlaçava suas mãos nas minhas.

- O que? Estás a falar de que? – disse eu completamente confusa e tentando acalmar o meu coração que estava acelerado devido ao calor das mãos dele nas minhas.

- Nos sempre acabamos sozinhos, sempre acabamos traídos, acho que devíamos tentar-mos juntos agora.

Min Soo! O meu Deus, a Min Soo. O que raio estou eu a fazer.

Puxei as minhas mãos para mim tão brutalmente que Dean me olhou assustado.

- Min Soo, a… a Min Soo… Min Soo.

- Por favor não digas esse nome. – Dean põe as mãos na cabeça como se ela doesse.

- Hum? Porque?

Dean levantou a cabeça para mim é me deu um sorriso triste.

- Como eu disse, nos dois sempre acabamos sozinhos, traídos pelas pessoas que pensamos que nos amam?

- O que? Como assim? Mas… - espera, será que ela? – Oh não. AISH!

Tudo o aquilo que pensei sobre Min Soo, bem, retiro tudo o que pensei sobre ela.

- Ela não me queria, ela queria o meu dinheiro. – ele disse ainda mais triste.

O que? Como é que aquela vac….

- Por isso, eu estou disposto a tentar contigo.

Estava tão entretida em chamar nomes aquela *piiii* que quase nem ouvi Dean falar.

- Continuo sem entender. – Dean agarrou-me na face, desta vez, gentilmente.

- Já que sempre acabamos por ficar juntos a lamentarmo-nos, devíamos tentar, começar juntos.

Arreguilei os olhos e afastei-me dele imediatamente. Que raio está ele a dizer? Ele enlouqueceu de vez?

- O que estas a tentar dizer? – disse me afastando mais ainda dele.

- Não, não te afastes de mim, Eu afastei-te tantas vezes quando estava junto com outra mulher que nem vi quem sempre realmente cuidou de mim.

- S…sou tua amiga… c…claro que c…c…cuido de ti. – dei a mim mesma uma chapada mental. PORQUE RAIO EU GUAGUEGEI?

Ele abanava a cabeça de um lado para o outro. Quando parou, olhou-me. Fiz algo que não devia ter feito, olhei-o nos olhos. Seu olhar era quente e intenso, o que chegava a me intimidar por não saber o que ele iria fazer e dizer. Mas de certeza que vem problema para mim.

- Tu só me vez apenas como amigo.

O QUE? MAS… QUE…? COMO RAIO É QUE ELE…?

- O…? Como…? O que…? – Á medida que as pequenas palavras saiam da minha boca, eu afastava-me, mais e mais.

Tentei rapidamente limpar a minha mente de qualquer pensamento estupido que me poderia levar á humilhação e recompus-me.

- Eu realmente não sei do que estas a falar. – levantei-me e olhei para longe daqueles olhos negros e intensos que me miravam, até parecia que queriam ler os meus pensamentos.

Ele ficou la sentado, calado e sério, a olhar para mim.

- Acho que devíamos voltar, tens muita coisa para fazer, ainda tens que escolher a roupa se não a Shin Eun vai ficar ainda mais chateada. E mais importante, tens de almoçar, comeste muito pouco hoje. Vá, vamos. – ia a sair quando ele me agarrou no pulso e me puxou para ele.

- Vês? É disto que eu estou a falar. Sempre cuidas de mim. Eu quero cuidar de ti mais do que antes. Não quero ver-te magoada por outro otário. – Na última frase eu já podia ver a veia saltitante de raiva na testa dele. Teria piada se eu não percebesse o porque de ele querer “cuidar de mim mais do que antes”.

- Eu não preciso da tua pena para nada, Kwon Hyuk. – estou completamente chateada. Ele tem pena de mim. Ele só esta a ser assim comigo porque tem pena de mim.

Ele fez uma cara de quem parecia confuso e pronunciou-se depois de um longo silêncio.

- Pena? Mas eu não…

- EU NÃO PRECISO DE QUE ALGUEM TENHA PENA DE MIM, MUITO MENOS TUA, KWON.

O meu peito subia e descia tão rapidamente que o meu coração estava ao ponto de explodir. Dean olhava-me assustado, Eu nunca antes gritei com ele. Nunca tivemos grandes discussões.

- Não era essa a mensagem que eu pretendia transmitir. Eu não tenho pena de ti. Como eu teria pena de alguém tão forte como tu? Passaste por tanta merda na tua vida, sei bem que não és nenhuma coitada que precisa que alguém tenha pena. Sei bem o que és e quem és e és alguém que eu admiro imenso. Achas mesmo que eu, alguma fez teria pena de ti?

Já mais calma, respondi. – Então o que querias dizer com aquilo?

- Posso abraçar-te?

Ele sabe que eu odeio que me toquem quando estou com raiva de alguém, principalmente quando é a pessoa com quem estou a discutir que me toca.

Ele já se aproximava de mim com os seus longos, quentes e aconchegantes braços aberto.

- Não! – disse, já de pé, de forma direta e dura.

Ele parou imediatamente.

Eu nunca lhe havia negado um abraço, até hoje.

- Explica-me então, se não é pena, é o que?

- É o interesse que eu tenho por ti.

- O que?

- Eu estou interessado em ti. Achas que chorei por causa da Min Soo? – ele riu tristemente. - Eu chorei porque nem eu percebo bem o que se está a passar comigo.

- Hum? – Estou completamente confusa.

- E é culpa tua. - ele deu-me um sorriso tímido.

- Minha? Eu tenho alguma culpa de tu não te entenderes a ti próprio?

- Claro, foste tu que causas-te isto. – ele levantou-se e veio até mim. – Por tua causa os meus sentimentos começaram a ficar confusos. Pensava que amava a Min Soo, e amei, até uma certa altura que tu me disseste algo que me fez pensar por bastante tempo.

- O que eu disse?

- Foi quando descobri que a Bae Hara me tinha traído.

 

FLASHBACK ON

 

Estava em casa, sem sono, a ver um filme que passava na televisão. É de comédia romântica, sempre com aquele clichê de que a personagem principal ama o homem que aparece em sua vida por a caso, o homem diz que a ama também mas está a escrever a mesma mensagem apoiado nas costas de uma outra mulher nua. No fim ele inventa a desculpa do “utilizei-a para te esquecer porque és tu quem eu amo”. Ela perdoa-o e vivem o “felizes para sempre”.

- Bullshit -suspirei e mudei de canal.

Ouvi uma batida fraca na porta de minha casa. Olhei para o relógio da parede do meu quarto, são 03h45. Consigo até adivinhar quem está por de trás daquela porta. Abri a mesma e deparei-me exatamente com a pessoa na minha mente. JACKPOT! Toda a minha felicidade foi pelo cano a baixo quando olhei para a cara dele. Ele despachou-se a abraçar-me com força, tive que suportar a maior parte de seu peso, vistos que ele estava bêbado. Abracei-o de volta, sei cheiro que costuma ser único e rebelde, que dava bastante vontade de o ter por perto, hoje está enjoativo e vulgar. Conseguia perceber o cheiro forte a álcool e tabaco e no final, um perfume, doce, tão doce que nenhum homem usaria.

Guiei-o para a minha cama sem desfazer o abraço, quando nos sentamos, já podia sentir a minha camisola do pijama a ficar molhado no ombro, Dean chorava. Acariciei os seus cabelos negros e macios. Nunca gostei de Bae Hara, já previa isto acontecer, avisei Dean, mas ele ignorou-me por completo. Apesar de tudo, eu continuo ajuda-lo e protegê-lo em tudo o que posso. Odeio vê-lo assim, vou ter uma conversinha com essa Bae Hara.

Como sempre, Dean adormeceu depois de um longo tempo a chorar em silêncio. Com esforço, deitei-o e cobri-o com os lençóis e os cobertores que o iam aquecer naquela noite gelada.

No dia seguinte, Dean acordou quando eu estava a acabar de preparar o pequeno almoço. Sentou-se numa das cadeiras e ficou a olhar para a comida em cima da mesa.

- Come! – ordenei.

Ele olhou uma última vez para a comida, pegou uma torrada com manteiga e começou a comer. Peguei na Aspirina e dei-lhe.

- Toma isso, vai curar-te da ressaca.

Dean pegou no comprimido, e tomou-o juntamente com água. Sentei-me á sua frente e comecei a comer. Dean não se atrevia a olhar para mim, simplesmente comia. Olhei-o pelo canto do olho, vi sua cara pensativa, sua testa estava franzida, sua boca, de vez em quando abria para soltar um suspiro triste, seu olhar estava longe, ele comia sem apetite.

- Come apenas mais um pouco para poderes, pelo menos, andares com as tuas próprias pernas, hoje tenho de trabalhar, não posso ficar aqui contigo.

- Eu tenho de ir para casa. – quase não o ouvi por tão baixo que ele falou.

- Não, não vais sair daqui, não estás em condições para ires embora nem para ires trabalhar, o teu emocional está mau, não vais fazer nenhum disparate de te encontrares com ela, não mesmo.

- Porque estas a ser assim? – ele olhava-me, seus olhos brilhantes. Não era brilho de felicidade.

- Então, estás mal, como queres que eu seja? Queres que te bata, é?

- Eu bem mereço, fui tão estúpido por não ter seguido o teu concelho e agora estou aqui, assim.

- Isso agora não importa, vou cuidar de ti, é isso que importa.

- És minha amiga, mas não precisas de fazer tudo isso por mim. Tu fazes coisas que nem mesmo os meus pais alguma fez fizeram.

- Eu faço-o porque quero. E sempre o vou fazer, não importa o que, não importa se queres ou não, não me importa quantas vezes as pessoas te digam que te podes proteger e que não precisas de mim. Até mesmo se não quiseres a minha amizade, mesmo se algum dia me odiares, eu irei sempre te proteger, porque quando nos conhecemos, prometemos um ao outro que o faríamos. Eu admirei, admiro e irei sempre te admirar e sempre serei tua amiga. Porque eu conheço-te melhor a ti que a mim mesma. És me muito importante e eu não vou deixar que nada de mal te aconteça.

Dean parecia estático, a olhar para mim de olhos arreguilados.

- O que? O que foi? – eu perguntei-lhe, confusa.

- Eu…eu…a…- ele gavava--se, o que o deixava ainda mais fofo. Dava vontade de-lhe apertar aquelas bochechas que agora estavam mais vermelhas que o normal. – Eu…so não estava… á espera… dessas… palavras… Tão… sinceras e… e tocantes.

- O que? Ainda estas surpreendido? Sempre estarei aqui para ti, é uma realidade que pensei que já conhecias. - sorri-lhe mas ele continua la, ainda surpreso, parado, a olha para tudo menos para mim.

 

FLASHBACK OFF

 

- Aquela frase ridícula fez te ficar assim? – eu perguntei desacreditada.

Logo ele ficou sério, levantou-se tão rapidamente que pensei que ele levaria o banco com ele.

- Eu não diria ridícula. Eu diria bastante importante. É uma frase que não vai sair da minha cabeça por muito, muito e muito tempo. Mas como estava eu a contar, quando estava com Min Soo, em todos os momentos, sempre que íamos passear á praia, ao parque, ao cinema…tu aparências na minha mente. – ele ficou em silêncio por um tempo. Saltei surpresa quando ele passou a mão pelos seus cabelos e os puxou agressivamente para traz, provavelmente, arrancando alguns fios do mesmo. Ele parecia furioso e frustrado ao mesmo tempo.

- Que merda fizeste tu comigo? – ele olhava o céu, parecia á procura de resposta para a pergunta que nem eu entendo.

- Que queres dizer?

Ele virou-me para ele, deixando-nos cara a cara, baixou-se á minha frente enquanto eu permanecia sentada.

- Eu não tenho a completa noção do que isto é, tenho apenas uma suspeita, mas enquanto eu não tiver a certeza, eu vou-te manter perto de mim.

Dito isto, ele pousou a cabeça dele no meu colo e abraçou-me pela cintura. Sem saber o que dizer, mergulhei os meus dedos pelos seus cabelos macios e afaguei-os tal como uma mãe faria a um filho que está apaixonado pela primeira vez e não sabe o que fazer.


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
POR FAVOR, COMENTEM!!! Quero muito saber o que voces acharam.

All the love, L. <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...