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História Tempestades de Paixão - A bordo do Polar Tang - Lágrimas e Dor.


Escrita por: Aniayukari

Notas do Autor


Boa Leitura Pessoal || Espero que estejam gostando|| Me contem o que estão achando||

Capítulo 3 - Lágrimas e Dor.


Fanfic / Fanfiction Tempestades de Paixão - A bordo do Polar Tang - Lágrimas e Dor.

 

 

NARRADORA POV. 

Penguin adentrou o laboratório e colocou Anny deitada em uma das camas de cirurgia, aquele local era bem diferente de um consultório normal, muitos equipamentos médicos contidos alí eram tecnologicamente desenvolvidos, é muito raro um navio ter algo parecido, aquela sala não era usada apenas para tratar quem estivesse ferido, também era utilizada como um laboratório onde Law fazia pesquisas médicas. Ikkaku chegou logo em seguida na sala e estava um pouco confusa, não sabia ao certo o que estava acontecendo e nem o porquê dela precisar estar ali, o negócio dela nunca foi  “consertar pessoas”, ela só sabia lidar com os consertos do submarino e das máquinas.

— Porquê me chamaram? alguma maquina estragou? — Seus olhos pararam em Anny que estava deitada. - Quem é essa?

— Longa história, depois te conto. — Disse Penguin já tentando acalmar a curiosidade da mulher. - O capitão mandou te chamar, mas não sei o motivo.

— Ikkaku, enquanto nos organizamos para cuidar dos ferimentos dessa garota quero que você a prepare. - Law percebe que sua subordinada ficou confusa com o pedido. — troque as roupas dela, tente limpá-la um pouco e a vista com algo que não vai me atrapalhar durante a cirurgia. — Ikkaku achou interessante essa precaução do seu capitão, afinal ele é médico, não haveria problema se deixa-se a garota nua durante a cirurgia, mas foi bom que Law teve esse cuidado, afinal, quando acorda-se a garota poderia se sentir mal por ter ficado tão exposta.

Law levou três horas para conseguir fazer a cirurgia de Anny, a princípio seus ferimentos não eram tão graves, quanto os de seu irmão, porém, o fato de ter ficado sem tratamento inicial, fez com que seus ferimentos se agravasse, seus pulmões estavam perfurados, o que provocou uma infecção interna no seu corpo, fazendo com que se alastra-se por suas correntes sanguíneas e chegassem até seu coração. Após finalizarem os devidos cuidados, Anny continuou inconsciente e ligada a aparelhos de oxigênio devido ao fato de seus pulmões não estarem conseguindo funcionar sozinhos.

— Capitão, como ela está? Vai ficar bem? — Shachi ajudou em todo o processo e estava preocupado com o estado da garota.

— Vai depender da vontade dela de viver, fizemos o que estava ao nosso alcance. — Na visão de Law, algo do qual ele não poderia negar é que a garota tinha força de vontade, ter chegado até eles naquele estado, exigia muita força, isso fez Law se lembrar Mugiwara-ya, nesse aspecto até via uma semelhança nos dois, porém concluiu seu pensamento, achando os dois eram idiotas e impulsivos.

 

“Quem vem de encontro com um bando pirata num estado tão deplorável?”


 

(Cinco dias depois)

 

ANNY SONHO

Era um dia quente e calmo, eu e meus irmãos estávamos sentados na parte mais alta da montanha observando o mar, as árvores do local, dançavam de forma perfeita, proporcionando ventos calmos e refrescantes, o que fazia o clima agradável, me deitei na grama e fechei os olhos apreciando as sensações que esse momento proporciona ao meu corpo, ao fundo era possível escutar as vozes dos meus irmãos discutindo sobre quem seria o Rei dos Piratas, apesar disso quebrar o silêncio, me sinto acolhida por saber que eles estão ali.

 Um silêncio estranho reinou no local, o doce canto do vento foi substituído por sussurros agonizantes, estava muito frio, me levantei assustada, uma tempestade se formou no local, o mar estava agitado, e a cada instante a escuridão ia se tornando mais intensa, olhei em volta e me vi sozinha, uma dor imensa se apossou do meu peito, era como se alguém estivesse apertando meu coração em suas mão, me levantei e dei alguns passos e vi uma luz, se parecia com chamas, andei mais um pouco e pude ver uma silhueta familiar, era o Ace, que bom ao menos um dos meus irmãos estava ali, tentei corri para onde ele está, mas quanto mais eu corria, mais longe ele parecia ficar, parei para olhá-lo, estava sorrindo, aquele sorriso que me aquecia, que me transmitia segurança.

As chamas começaram a se apagar, e o frio se alastrou insuportavelmente pelo ambiente, o vento que sempre esteve ao meu favor, quando tocava meu corpo parecia me cortar, chamei pelo Ace eu precisava de ajuda, mas ele não parecia entender o meu sofrimento, ele continuava sorrindo, seus lábios pareciam se mover como se quisesse me dizer algo, porém eu não conseguia escutar, tentei voltar toda a minha concentração para ele não tentativa de entender o que o mesmo queria me falar, então nesse instante após um acenar de mão, pude escutar um leve sussurro de palavras que veio de sua boca.

 

“Adeus irmãzinha, por favor se cuida, obrigada por ter me amado”, 

 

Nesse instante as chamas se apagaram o escuro predominou e meu irmão desapareceu por completo, o frio se tornou insuportável, chamei pelo Ace várias vezes, mas não obtive respostas, então eu entendi que ele se foi, aquilo foi uma despedida, meu irmão nunca mais voltaria, e nesse momento eu entendi o frio que se alastrou por todo o local era porque todo o calor do mundo tinha se extinguido junto com as chamas de Ace.


 

LAW POV

Passaram alguns dias e essa garota ainda não acordou. Aproveitei que estou no laboratório cuidando dela para fazer algumas pesquisas, estava imerso na leitura quando escuto Penguin adentrando no local

— Capitão, o almoço já está pronto, se quiser ir comer fico aqui no laboratório cuidando dela.

— Vou ficar aqui mais um tempo, depois como. — Penguin respondeu com um balançar de cabeça e saiu. Cruzei minhas pernas em cima da mesa e me encostei melhor na cadeira e tampei os olhos com meu chapéu. É problemático ela ainda não ter acordado. Por quanto tempo terei que gastar tempo e recurso para algo que nem é do meu interesse?

— Ace… Ace… Ace. — Escutei sussurros vindo da garota.

Quando estava prestes a me levantar senti um leve vento percorrer o local, o que é estranho, o submarino não estava na superfície, era impossível esse vento ter surgido no local, tentei encontrar a origem desse fenômeno, e o que encontrei não foi nada reconfortante, os cabelos da garota se moviam como se uma brisa os tivesse tocando, ela deveria ser a origem, considerando o que meus homens tinham falado sobre a luta. 

Vai ser um sério problema  se ela perder o controle quando acordar, afinal um estrago no submarino enquanto estamos no fundo do mar colocaria toda a tripulação em risco. 

— Ace… me ajuda. — Olhei novamente e percebi que ela acordou, enquanto me encarava, uma lágrima escorreu pelo seu rosto e começou a se debater tentando tirar a máscara de oxigênio, como não conseguiu continuou a se debater, droga, ela vai acabar se machucando desse jeito. 

— Oe! Pare! Vai se machucar, fique quieta. — tentei segurar seus braços, quando a toquei, uma lufada de vento me fez recuar, o vento colidiu contra alguns equipamentos, fazendo sair faíscas e causando um curto circuito, algumas luzes explodiram assustando ela que se sentou na cama e tentando se levantar, me antecipei e a segurei, ela ainda estava ligada a alguns fios e com  a agulha do  soro no braço, ela fez um movimento para me empurrar e a agulha em seu braço saiu com força machucando seu braço, a dor que sentiu no local fez ela parar por algum momento, porém não durou muito.

— Capitão! Capitão! O que aconteceu? Escutamos barulhos. — O trio adentrou o local de forma desesperada, fazendo a garota se assustar, uma onda de vento pode ser sentida no local e outros aparelhos falharam, essa situação pode se tornar um caos se ela não se acalmar.

— Saiam daqui! - A presença deles só a deixa mais assustada — Saiam, agora!!

— Se  acalme. — Falei pacificamente. —  Vu retirar a máscara! — Apoiei sua cabeça em uma de minhas mãos e com a outra tirei a máscara de oxigênio de seu rosto, o que a tranquilizou, lágrimas insistiam em cair pelo seu rosto, mesmo estando acordada, sua mente não parecia estar ali, é como se apenas seu corpo estivesse presente.

— Você veio procurar seu irmão o Mugiwara-ya … Luffy-ya. — Escutar o nome do irmão a trouxe para a realidade. 

— S-Sim… Ele está aqui? — Espero que continue estável ao saber a verdade.

— Não, eu o deixei em outra ilha já faz uns seis dias, mas ele estava bem, conseguimos tratar seus ferimentos mais graves, ele só precisava repousar. — Ela deu um sorriso fraco.

— Repousar? Acho que isso não vai acontecer, me sinto melhor por saber que ele está bem, obrigada por cuidar dele… — Ela me olhou como se tentasse saber quem eu era. — Você é o Trafalgar Law não é mesmo? Eu estou no seu navio?

— Sim para as duas perguntas … E você …— Apesar de sabermos quem ela era, não lembramos de ter escutado o nome dela em nenhum momento.

— Eu me chamo Anny… Monkey D. Anny . — Então ela era uma D. também, isso talvez se torne interessante. Sai dos meus pensamentos ao sentir sua cabeça encostar em meu peito. — Estou com frio, esse lugar é gelado. — A pele dela estava arrepiada, o que não era de se estranhar se avaliar a temperatura do ambiente e as roupas que vestia. 

— Se você parar de destruir o meu submarino e me deixar te examinar te dou uma blusa para você vestir, o que acha? — Coloquei a mão em sua testa, o frio que sentia poderia vim de uma possível febre, sem sinais de febre, sua temperatura parecia estar abaixo do normal, desci a mão para o seu braço e também estava gelado, não é normal alguém com uma temperatura tão baixa.

 

ANNY POV

Acordei me sentindo confusa, ainda recordo do pesadelo que tive, o frio daquele momento ainda se fazia presente. Aquele local era estranho, e meu corpo não parecia estar sob meu controle, sinto como se meu poder estivesse agitado. Aos poucos a voz do Capitão dos Heart foi trazendo minha consciência ao local. 

Quando ele me falou sobre Luffy me despertei, apesar da dor de saber que Ace não voltaria, ao menos um dos meus irmão estava bem. Me senti fraca e sem querer apoiei minha cabeça em Law, minha testa ficou em contato com a parte do seu peitoral que não estava tampado pela sua camisa, sua pele estava quente, o que era reconfortante já que eu sentia muito frio, o cheiro dele é agradável. 

Law me afastou e colocou a mão na minha testa e depois no meu braço, me ocasionando um arrepio, que provavelmente deve ter sido causado pelo frio, era difícil decifrar o que ele pensava, ele não transmitia nenhuma expressão e também não falava nada. 

Law se afastou e me jogou uma blusa de moletom amarela com mangas pretas, aquilo parecia quente, quando pensei em vestir, tomei a consciência do que eu vestia naquele momento, eu usava apenas uma blusa preta de alcinha e um shorts que parecia ser de um pijama, céus que vergonha, tentei olhar em volta para achar minhas antigas roupas, então percebi que o ambiente tinha algumas coisas quebradas, recordei que ele me disse para não destruir mais nada. Vesti a blusa quando percebi que ele se aproximou novamente.

— Minhas roupas… foi você que … —  Law apenas arqueou uma das sobrancelhas, mas não disse nada. -  Essas coisas quebradas, é por minha culpa? 

- Sim! Você não parecia estar consciente quando destruiu, isso acontece com frequência? - Law me perguntou enquanto media minha temperatura e tirava alguns curativos da minha perna. 

— Eu acredito que foi a primeira vez, afinal eu nunca estive nessa situação, de lutar por muito tempo e nem fiquei tão ferida. — E é claro nunca tinha perdido alguém importante na minha vida, mas preferi não falar sobre. Escutei minha barriga reclamar de fome e Law me olhou sem nenhuma expressão. 

— Acho que você está bem...é melhor comer alguma coisa, para se recuperar. — Apenas balancei a cabeça concordando.

— Desci da cama, porém quando fui dar um passo me senti fraca, teria caído se Law não tivesse sido tão rápido, apenas senti um aperto no meu braço e meu corpo se chocar contra o dele, senti novamente um arrepio percorrer meu corpo , é uma droga essa sensação, será que ainda não estou totalmente recuperada? Nunca senti isso, é uma sensação desconfortante.

— Droga... vai com calma, você acabou de acordar e não quero mais ter trabalho, vem vamos.

 Ele soltou meu braço e saiu andando na minha frente, apenas o segui em silêncio. Ao meu ver ele era uma pessoa atraente, me lembrei do calor do seu corpo, prendi a respiração por um tempo relembrando daquele momento, mas logo afastei isso do meu pensamento, ele pode até ser atraente, mas aparenta ter um péssimo temperamento, conviver com ele deve ser um saco. Porém isso não é problema meu, afinal, eu tenho problemas reais para me preocupar.

 


Notas Finais


Até o próximo capítulo 🥰💖


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