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História Tempestades de Paixão - A bordo do Polar Tang - Festival Pirata - A luz da salvação.


Escrita por: Aniayukari

Capítulo 50 - Festival Pirata - A luz da salvação.


Fanfic / Fanfiction Tempestades de Paixão - A bordo do Polar Tang - Festival Pirata - A luz da salvação.

 

NARRADORA POV.

 

Law observou a transmissão ser encerrada.

Pegou em seu bolso o Vivre Card de Anny… Ficou atônito por alguns segundos. A vida dela se desvanecia como os últimos grãos de areia que caem de uma ampulheta sinalizando que o tempo se findou.

 Tentou controlar suas emoções para que não interferissem em sua decisão… Pois elas lhe mandavam correr em direção a Anny… Sua lógica dizia que seria em vão… Se fosse… Seria apenas para vê-la morrer…

— Bepo, encontre Anny-ya. — Entregou o papel que queimava tão rápido quanto palha seca consumida por fogo. 

— Capiten… —  Olhou aterrorizado para o Vivre Card.. 

— Preciso que vá protegê-la. — A situação era crítica, indefesa, Law temia que alguém a matasse… E sabia que ela deveria estar apavorada por estar sozinha. 

Agilmente, Bepo saltou em algumas rochas e desapareceu da visão de todos. 

O cirurgião seguiu seu rumo, tinha encontrado uma parte do medalhão e sabia que a qualquer momento se depararia com um rival. Durante o caminho foi destruindo todos os den den mushi… Não queria servir de espetáculo.

— Me entregue seu medalhão, Cirurgião da Morte!! —  Um homem de quase três metros ordenou. 

—  Room… Shambles… —  Em segundos Law roubou a outra parte do medalhão.

 Enquanto se apressava para sair dali, Law não conseguia entender a organização das lutas… tinha certeza que lutaria contra um dos supernovas… Então, qual o sentido dele ter um inimigo fraco e Anny ter batalhado com um forte?...  Não conseguia encontrar uma resposta lógica. 

— Trafalgar! Vou arrancar cada membro do seu corpo! —Um sorriso desumano surgiu nos lábios carmesim de Eustass. 

— Não tenho tempo para sua infantilidade Eustass-ya. — Respondeu sem dar atenção às ameaças. 

— Você a roubou de mim…Para que?! Para a deixar definhar até a morte?!  — A falta de informação sobre Anny, ver ela e Killer lutar e consequentemente a ver perder as forças o deixou transtornado. 

— Não poderia roubar algo que nunca foi seu… — Law rebateu.

— Que seja! Não vou permitir que continue a machucá-la!

— Machucá-la…? Que eu saiba, quem acabou de machucá-la foi um de seus homens.

— Se ela estava debilita, porque a trouxe para a competição?! Um tesouro vale mais que a vida dela?! 

— Estou farto de suas acusações infundadas Eustass-ya… Se realmente se importa com ela, pare de me atrasar. — Law deu as costas para o ruivo e começou a buscar por pistas sobre o tesouro.

— E eu farta da discussão de vocês dois! — Ikkaku chegou  acompanhada de Nami. — Seguinte ruivo… A loira está morrendo e precisamos do suposto tesouro milagroso para salvar a vida dela… Ou ajuda ou cai fora! 

— Ehh… Não tem medo dele te matar? — Nami arregalou os olhos assustada.

— O ruivo nunca faria algo que sujasse a ficha dele com a loira. — Ikkaku deu de ombros. 

— Quero ajudar a Anny-senpai!!! — Bartolomeu se pronunciou ao chegar.

— Encontrei a próxima pista. — Shachi que acompanhava Law resolveu não entrar na discussão e foi em busca do próximo enigma. 

Rapidamente todos foram na direção de Shachi. Diante deles o desenho de uma mulher estava entalhado na parede. Em sua cabeça uma coroa continha as seguintes palavras. 

 

Para sua jornada continuar, os astro do céu para donzela você deve entregar.

 

— Os medalhões. — Nami observou que a mulher tinha seus braços estendidos e acima de cada palma da mão, tinham buracos em forma de círculo, onde tentou encaixar os objetos.— Não são esses… Bartolomeu entregue seu medalhão. 

— O círculo menor representa a lua e o maior o sol… Os medalhões devem representar cada astro. — Law deduziu. 

— É isso! O verso do medalhão do Bartolomeu é amarelo, e é o maior entre todos. — Nami vibrou quando o encaixe foi perfeito. — Falta o que representa a lua.

— Eustass-ya me de seu medalhão. — Law solicitou impaciente. 

— Não me dê ordens Trafalgar… — Jogou o medalhão para Nami. Kid se sentia perdido, sua mente ainda estava num estágio de negação, não conseguia aceitar uma suposta realidade em que Anny estivesse morrendo.

— Alguma mudança? — O medalhão de Kid, continha o fundo azul e representava a lua. Se encaixou perfeitamente, porém nada de diferente aconteceu. — Droga…

— Tem duas manivelas aos pés da imagem…Talvez tenhamos que girá-las. — Shachi comentou. 

Depois de várias tentativas, descobriram que o segredo estava nas numerações que colheram em um dos enigmas passados… Girar a manivela do lado azul 26 vezes e do lado amarelo 33 vezes.

Sons de engrenagens se movendo foram escutados e foi então que a imagem da mulher se moveu revelando uma passagem que dava acesso a uma escadaria… Na expectativa de que estivessem prestes a encontrar o que procuravam seguiram descendo as escadas. 

Os cinco ficaram sem palavras diante do que estava diante de seus olhos…

Ouro… Tudo era feito de ouro… Pilares… Templos… Chão… Era como uma cidade de ouro.

— Inferno. — Law resmungou… O local era imenso e seria impossível achar a Akuma no Mi rápido. 

— É o paraíso. —  Os olhos de Nami viraram duas cifras de dinheiro. 

— OBRIGADO POR NOS MOSTRAREM O CAMINHO. —  Urouge surgiu na entrada com dois dos seus homens. —  AGORA DEIXE ME PEGAR O QUE É MEU!

— O que acha de terminarmos nossa luta Urouge? — Killer surgiu atrás do monge  e os dois iniciaram uma batalha. 

— Tem outros chegando. — Com seu haki de observação avançado Law identificou a aproximação de mais inimigos. — Shachi, ajude a Nami-ya a encontrar mais pistas.

— Vou arrebentar esses desgraçados… Achem o que é preciso para salvar a princesa… Ou irei matar todos vocês. — Com um semblante furioso, Kid deu as costas ao grupo e foi fazer o que faz de melhor… Brigar.

Nami repetia em sua cabeça as palavras de Anny.

 

“Em enigmas nem sempre o que se parece ser é.”

 

Seria ilógico que tivessem que vasculhar em cada canto daquele lugar, foi então que seus olhos vislumbraram uma urna e nela o desenho de uma balança…”Balança pode representar equilíbrio”… Foi o que pensou e correu na direção da urna. 

No lado superior da urna, uma roda de ouro parecida com um leme estava fixada e no centro um círculo no qual um medalhão encaixou perfeitamente. Com a ajuda de Shachi girou o leme 12 vezes. E quando finalizaram um barulho de portas se abrindo se escutou.

— Nada bom… — Shachi comentou quando dos quatro cantos das paredes se abriram escotilhas e água começou a jorrar delas, não demoraria muito para que tudo fosse inundado.

— Outro enigma… — Nami comentou com pesar, aquilo parecia que nunca teria fim.

 

O olho que tudo vê, revelará o que está guardado.

 

— Lá! Vamos depressa. — Shachi apontou para um escadaria que no topo tinha a escultura de um olho dentro de um triângulo.

— Droga! Não tem nada aqui em cima. — O desespero tomou conta de Nami.

— A íris do olho… — Shachi apontou.

O último medalhão foi encaixado no olho. Por uma fenda, os raios do sol iluminaram o medalhão e o reflexo apontou para um lugar em específico. 

— Que óbvio… — Nami alargou o sorriso. 

Do alto, os dois viram a água escorrer por canais escavados no chão formando um imenso X… E em mapas, onde existe um X… Existe um tesouro.

Desceram as escadas e chegaram até o centro do círculo onde a luz do medalhão refletia. Nami mergulhou na água. Nas profundezas um pilar chamou sua atenção. Conseguiu permanecer submergida o suficiente para ler mais um dos enigmas e voltou a superfície.

 

Para a jornada terminar, o sol e a lua devem se encontrar.

 

—Espero que seja o último…  — Shachi  temia que Anny morresse a qualquer momento.

— Eu também. — Nami que já tinha descoberto o segredo do último enigma retornou a mergulhar. 

No pilar, a navegadora encaixou metade do medalhão do sol e metade do da lua, girou o círculo 8 vezes. Uma abertura surgiu e de dentro, um pequeno baú foi visto. Nami o pegou e retornou para a superfície.

Agachados ao lado do objeto, ambos rezaram para que a Akuma no Mi estivesse ali dentro… Nami rezou para Kami-sama… Shachi se lembrou que Anny rezava para Fujin, então pediu para que esse olhasse pela vida de sua amiga. 

 

Quando abriram  o baú quase choraram…

 

— CONSEGUIMOS… É A AKUMA NO MI…CONSEGUIMOS CAPITÃO!!! — Shachi vibrou, pois tinha encontrado o tesouro que salvaria a vida de sua companheira. 

— Bobeou perdeu!!! — Bonney que entrou escondida em forma de criança pulou e pegou a Akuma no Mi das mãos dele

— Devolve essa Akuma no Mi ou vou arrancar suas tripas, sua esfomeada! — Kid esbravejou enquanto mantinha uma luta implacável com Drake.

A Partir dali, conflitos se instalaram aos redores da “cidade de ouro… Capone Bege chegou com com seus subordinados… Conflitos selvagens se iniciaram… Os piratas não estavam dispostos a dividir a riqueza do lugar. 

— Não vou devolver nada!! Vai se ferrar ruivo idiota!! — Bonney corria tentando se desvencilhar dos conflitos.

—Jewelry Bonney, quer perder o coração? — Law olhou de esguelha, sem tirar a concentração de sua luta. 

— Parem de me ameaçar seus idiotas!!

— E você para de se meter no caminho da Loira!! — Ikkaku usou seu chicote para roubar a fruta de Bonney. 

— Sua desgraçada! … Vou transformar todos em velhotes banguelos!

— Não vou deixar que atrapalhe o salvamento da Anny-senpai!! — Bartolomeu prendeu a devoradora em uma barreira.

— Vamos, já conseguimos o que viemos buscar.  — Law coordenou seu bando para que saisem do local.

Bartolomeu usou sua barreira para protegê-los e ajudar na fuga.

— Killer, estou vazando… Se vira aí. — Eustass foi para a saída, sua mente só conseguia se concentrar em um único objetivo… Ver com seus próprios olhos que Anny está viva.

Os metais formam uma sombra escura sobre a cabeça de Kid, o de cabelos escarlate pretendia repelir os metais na direção de seu inimigo e tentar sair do local o mais rápido possível.

— Droga! Fiquei para trás!! — Nami não se atentou que deveria ter acompanhado Law. 

Nami ficou cercada, Bartolomeu tentou proteger sua senpai, mas foi atacado e caiu de cara em uma poça de água, perdendo seus poderes.  A navegadora não teve outra opção a não ser lutar para se defender. Girou seu clima-tact liberando alguns ovos que ao se chocarem liberaram nuvens de tempestade. 

— Kid cuidado com a ruiva! — Killer alertou ao perceber as nuvens carregadas.

— Tá achando que sou fracote ?!  — Eustass replicou convicto que uma garotinha como a Nami não representava perigo no momento. 

—Não é isso… —Killer não teve tempo de terminar de falar.

Os metais e o braço de metal de Kid, serviram como pára raio e atraiu o ataque de Nami. 

Ser atingido por vários relâmpagos, fez o corpo do ruivo formigar e perder por alguns segundos o controle sobre seu poder, o que resultou nele se desequilibrando e caindo de joelhos.

— Caralho!! Vou te matar sua ladra dos inferno!! — Eustass lançou um olhar mortífero para a navegadora. 

— Por favor não me mate… Sou amiga da Anny, ela vai ficar triste se souber que me matou — Nami se lembrou de que Kid não faria algo que passasse má impressão para Anny.

 — Te mato e escondo o corpo!! Ela nem vai ficar sabendo. — Kid sorriu ameaçador.

— Mirage tempo. Criando uma ilusão de diversas imagens dela mesma, Nami conseguiu fugir.

 

Kid se recompôs e tentou seguir Law, mas antes que conseguisse foi novamente cercado por inimigos.

.

.

Com Anny em seus braços, Bepo estava prestes a entrar em pânico. 

Tentou de todas as formas acordar a amiga e não conseguiu. Bepo não conseguia sentir o pulso dela por conta de suas patas grandes, só sabia que ela estava muito gelada e tentou aquecê-la.

— Bepo… Bepo… —Os Heart gritavam enquanto se aproximavam. 

 — Seus bobões! Porque demoraram? — Gotas de lágrimas se formaram no canto dos olhos dele.

Ver Anny sem vida no colo de Bepo fez o coração de Law disparar descompassadamente, sua respiração ficou pesada e suas pernas trêmulas. Seu estômago se revirou causando náuseas. Não sabia o que pensar, a última vez que viu Bepo tão abalado foi quando Anny desapareceu. o Mink amava a companhia de Anny, Law atribui a boa relação dos dois ao fato de que, ambos, tinham uma natureza inocente. 

— Me deixe examiná-la. — Law se agachou ao lado de Bepo e tentou sem sucesso detectar a pulsação de Anny.

— Capiten… Minha Anny vai ficar bem? — Bepo ficou mais desesperado diante da preocupação de Trafalgar.

Law usou seus poderes na tentativa de encontrar qualquer vestígio de que ainda havia vida em Anny.

— Os sinais vitais dela estão quase se apagando. — A vida dela estava como a chama de uma vela que poderia se apagar diante da mais sutil brisa.

— Como ela vai comer a Akuma no Mi? — Shachi questionou preocupado. 

— Só vai ter um jeito… E não será agradável. — Law teria que forçá-la a comer da mesma forma que Cora-san fez com ele.

 

Ele a pegou de Bepo e a colocou entre suas pernas. 

 

Os Heart aguardavam tensos… Aquele era um momento decisivo… Seria tudo ou nada… Fosse para viver ou morrer o sofrimento de Anny terminaria naquele dia. 

 

— Desculpa ter que ser indelicado Anny-ya… Mas é o único jeito.

Com a ajuda de Penguin, Law foi pegando pedaços da fruta e enfiando na garganta de Anny. Com seu poder, conduziu a fruta pelo esôfago até chegar no estômago, o cirurgião .

— Será que demora para surtir efeito? — Penguin andava de um lado para o outro.

— Será que vai fazer efeito? — Shachi deixou transparecer sua insegurança.

— Se é para falar merda, fica de boca fechada. — Irritada, Ikkaku socou Shachi. — Vai funcionar, a loira não pode me abandonar. 

— Hey, acho melhor sairmos daqui, estamos expostos e seria ruim uma batalha agora. — Penguin comentou em tom de preocupação. 

 

Com o Polar Tang atracado em um lugar distante, Law optou por contornar a caverna chegando em uma saída que o levou até a floresta longe de toda a agitação.

 

— Capiten… Quando a Anny vai acordar? — Bepo olhava para o rosto da amiga que estava com a cabeça apoiada em suas pernas.

— Ela precisaria se transformar para que a habilidade de cura funcione? — Shachi esfregou as mãos frias e suadas tentando controlar a ansiedade. 

— Não sei… — Law não tinha respostas, a Akuma no Mi que foi dada a Anny era uma tipo zoan… Dentre todas, essa foi a que, ele menos teve contato, todas as informações que tinha, era sobre a habilidade de cura e que Anny poderia se transformar, segundo Rayleigh, em algo um pouco assustador. 

Law não deu atenção a esse fato, sabia que mesmo se transformando, por dentro Anny continuaria sendo a pessoa gentil de sempre. 

 

O tempo passou…

 

Com o poder da Ope Ope no Mi, Law monitorava Anny que ainda tinha os sinais vitais fracos.

 

— Vou enlouquecer com essa espera. — Penguin estava prestes a abrir um buraco no chão de tanto andar de um lado para o outro. 

 

Horas…

 

— Acorda Anny-ya… — Law sussurrou fitando Anny que estava deitada na grama.

A demora começou a fazer o cirurgião questionar se o plano funcionaria ou se aquela tinha sido uma péssima ideia. O receio de que o corpo de Anny não aguentaria mais um poder dentro dele começou a se concretizar. 

Recordou que quando ingeriu a Ope Ope no Mi, os efeitos em seu corpo foram imediatos.

Deduziu que talvez seria melhor voltar ao submarino e conectá-la aos aparelhos. 

— Law… — Um murmúrio chamou a atenção de todos.

— Capiten… Ela te chamou, não chamou? —  Bepo perguntou esperançoso. 

— Anny-ya…? Anny-ya…? — Law se abaixou ao lado dela.

E foi então que ela abriu os olhos, e Law pôde vislumbrar aqueles olhos azul celeste que sempre aquecia seu coração de. 

Todos prenderam a respiração diante do acontecimento.

Law teve a impressão que um peso de cem quilos foi retirado de seus ombros… Ver Anny acordada representou sua própria salvação… Por meses, o sentimento de culpa cresceu dentro do seu coração… Culpa por tê-la feito sofrer, ter sido insensível, por sempre ter colocado seus interesses acima dela, culpa por ela ter partido. E depois quando a reencontrou essa culpa se tornou maior, se culpou por não estar ao lado dela enquanto adoecia.

Deixando seus pensamentos de lado, o cirurgião achou que seria melhor examiná-la e ter a certeza que a cura estava funcionando. 

Porém quando tocou no rosto de Anny, instintivamente ela o empurrou e se levantou mantendo distância de todos.

— Anny-ya…? — O gesto violento dela causou estranheza em Law.

— Loira você está bem?

— Anny ainda sente dores? 

— Parem de gritar! Porque estão falando tão alto?! — Anny tampou os ouvidos com a mão.

— Gritar? Estamos falando normal Anny. — Penguin tentou se aproximar e ela se afastou dando passos para trás até suas costas esbarrar em uma árvore.

— Não se aproximem dela… Deem espaço. — Law instruiu ao perceber o estado de desorientação de Anny. 

Inu Inu no Mi, modelo: Fenrir… Esse era o nome da Akuma no Mi tipo Zoan mitológica que Anny comeu.

As informações que Law tinha a respeito dessa fruta eram rasas… 

No pergaminho, apenas dizia que o usuário dessa Akuma no Mi deveria ser alguém de coração nobre, que seria agraciado com o dom da cura e que se tornaria a divindade protetora da tribo da qual Glinda era a atual líder.

Rayleigh, também não tinha muitas informações, apenas que, Anny iria desenvolver habilidades referentes ao lobo Fenrir e que, traços de sua personalidade poderiam ser afetados pela Akuma no Mi. Algo comum entre os tipo Zoan.

— Anny-ya fique calma… Ninguém vai te machucar… — Law falou o mais calmo possível.

Anny estava confusa com as alterações, seu próprio corpo parecia estranho. Seus sentidos aguçados a deixaram desorientada e captavam qualquer movimentação no ambiente. 

Os sons pareciam amplificados, e incomodavam sua audição… Sua visão aguçada incomodava a retina….  Seu nariz conseguia detectar qualquer aroma e odor presente no ambiente, o que lhe causou enjoo. 

Era visível que Anny estava assustada. Parecia um animal encurralado, e toda vez que Law tentava se aproximar ela se encolhia até que chegou ao ponto de agachar e abraçar os joelhos. 

—Eu estou com medo… Me sinto estranha… O que aconteceu comigo? — Tudo era muito incômodo e seus instintos diziam que estava em perigo.  

Law soltou um longo suspiro, Anny geralmente exigia que ele tivesse uma paciência sobre humana.

— Está com alguma dor…? — Queria poder entender como o corpo dela estava reagindo, ele percebeu que o ferimento na coxa dela desapareceu e aquilo era um bom sinal.

— Não… — Foi o que limitou a se dizer, não conseguia entender porquê estava receosa com os amigos.

— Ahh… Isso é muito BOM, não é mesmo Anny??!! — Bepo rompeu em entusiasmo e pulou para perto de Anny.

— KYAA… — Ela se assustou e se afastou mais ainda do grupo.

— Bepo! — Law o repreendeu ao perceber que todo o seu esforço para acalmar Anny foi por água abaixo. 

— Desculpe… — Baixou a cabeça cabisbaixo. Não tinha conseguido conter a animação, e ninguém poderia culpá-lo, Bepo ficou com Anny semi-morta em seus braços e isso o assustado. 

— Tem algo errado… — Anny apoiou a mão no peito. 

A visão dela ficou turva e o coração disparou… Anny vislumbrou uma chama dourada, que estranhamente parecia estar no seu interior… Essa chama cresceu até que inundou todo o seu ser… Sentia como se seu corpo estivesse pegando fogo.

 

Nervosa, tentou retomar o controle de seu corpo, mas este não obedeceu ao seu comando. 

 

E foi então que a mente dela se apagou por completo…

 

— O que…? — A expressão de Law se formou em um ponto de interrogação.

— É brincadeira, né? — Shachi contestou perplexo. 

— Devo estar delirando… — Ikkaku esfregou os olhos pensando que talvez estivesse vendo uma ilusão.

— Porque tão complicada, Anny-ya? — Law não conseguia desviar o olhar do que estava diante dele. 

— Pensei que a loira ficaria…

— Maior…? 

— É…

— Imaginei que seria mais assustador…

— Selvagem eu diria…

— Ela… Ela… Anny ficou menor do que já é… Vai ficar tão brava… Hahahahaha… — Shachi ria como um louco enquanto segurava a barriga. 

— Agora sim que você não vai resistir a ela… — Penguin sussurrou para Law antes de começar a gargalhar. 

— É tão fofinha… —  Bepo se agachou sem se aproximar.

A transformação de Anny pegou todos de surpresa.

Tinham presumido que Anny se transformaria numa fera… Um lobo grande e selvagem e teriam o prazer de ver um ser mitológico. 

Mas tudo que tinham diante de seus olhos era…

Uma pequena lobinha de no máximo trinta centímetros. Sua pelagem possui dois tons: Um cinza claro que predominava, e uma pelagem vermelha em forma de espiral no corpo e testa, que também formavam um delineado em volta dos olhos que agora não tinha mais o tom azul céu e sim um intenso dourado. 

Alheio a curiosidade de seus companheiros, o filhote se concentrava apenas em sua caçada… Capturar uma borboleta que voava ao seu redor. 

— QUE FOFA!!! — Os Heart gritaram em unisom. 

“Grrr” … Um rosnado fraco se escutou do pequeno animal que se assustou com a gritaria. 

— Anny-ya, se controle… Tente desfazer sua transformação. — Law sabia que no início não era tão fácil ter controle do poder.

O filhote encarou Law com uma expressão confusa, sua cabeça pendia de um lado para o outro. 

— Anny, Anny… — Shachi chamou pela amiga que não respondeu ao chamado. — Pensei que mesmo transformados  os tipo zoan sabiam se comunicar. 

— Para algo “lendário” me parece bem inofensivo. —  Uni resmungou decepcionado, queria ver uma fera lendária e o máximo que conseguiu foi ver um filhote de “cachorro”. 

— O que importa é a cura… Se a Akuma no Mi conseguir regenerar o corpo dela… Anny estará salva. — Penguin comentou.

— Quero brincar com ela… Vem aqui Anny… — Bepo se aproximou tentando pegá-la.

O problema, é que para o filhote… Bepo era um imenso urso polar prestes a lhe atacar. 

Amedrontada a pequena se escondeu atrás de uma árvore. 

— Anny-ya… vem aqui. —Law tentou pegá-la, mas ela começou a correr em volta da árvore. — Fica quieta Anny-ya.

— Eu tento…vêm, vêm… vêm aqui bichinho. — Em uma vã tentativa Shachi tentou segurar ela… mas o filhote foi mais rápido.

— Anny-ya, sua bola de pelo teimosa! Não me faça perder a paciência. — Ameaçou impaciente. — Vem aqui agora!

O tom autoritário amedrontou o animal que começou a choramingar e sair correndo.

— ASSUSTOU ELA CAPITÃO! — Os Heart gritaram aflitos. 

Os piratas até tentaram, mas não foram capazes de  competir com a agilidade do filhote e a perderam de vista.

— Mas que merda! Encontrar um animal numa floresta, vai dar um trabalhão. — Penguin olhou irritado para Law.

— Minha nossa… Achei que agora poderíamos descansar e beber. — Shachi bufou, parecia que as confusões nunca terminariam.

— A consciência dela deve ter desaparecido por influência da fruta, e agora ela só vai agir por instinto. — Law ficou preocupado, porque filhotes não sabem se defender. 

— O que faremos, capitão? — Ikkaku perguntou.

— Vamos nos dividir  e procurar.

 

Law constatou que Anny era como um cubo mágico… Quando resolvia de um lado…Bagunçava o outro…

 

O pequeno filhote corria desesperado pela mata. Nem um vestígio de consciência residia em Anny… Era guiada apenas pelos instintos… E os instintos lhe diziam para correr e se esconder.

Encontrou uma moita e se deitou embaixo dela… Assustada e sozinha começou a choramingar.

Quando um pássaro voou a lobinha o confundiu com uma ameaça e voltou a correr sem rumo até chegar perto da cidade.

Um cheiro que lhe parecia familiar chamou sua atenção. 

Sorrateiramente foi farejando o cheiro até chegar a porta de um bar. Tinha muitas pessoas circulando no lugar, mas aquele cheiro era a única coisa que reconhecia e seus instintos lhe diziam que poderia confiar.

 

O filhote avistou de onde vinha o aroma e correu alegremente na direção de seu alvo e o mordeu…

 

Eustass bebia saque, sentado no banco do bar quando sentiu seu casaco sendo puxado.

— Mas o que…? —  Olhou para baixo avistando um pequeno animal mordendo seu casaco. — Sai cachorro.

“Grr” O filhote rosnou se recusando a sair.

— Xô, xô, sai daqui. — Eustass abanou a mão tentando afastar o animal.

— Xô? Kid, isso é um filhote de lobo e não uma galinha. — Killer se divertia vendo o filhote tentar roubar o casaco do ruivo.

— Oh Killer, não enche a porra do meu saco! — Eustass estava no auge do seu mau humor, por não ter conseguido informações sobre Anny.

Empenhada em ficar perto de Eustass, a lobinha pulou no ombro de Kid.

— Sai daqui capeta! — Eustass tentou derrubar o bichinho que saltou em cima do balcão.

— Iiih chefe… Conseguiu conquistar o animalzinho. — Wire comentou tentando segurar a risada.

— Ao menos isso… Talvez sirva de consolo pelos foras que a loirinha te dá. — Killer adorava os momentos em que podia atormentar Kid e descontar todo o estresse que o mesmo lhe causava.

— Killer, tá muito abusado hoje… — Kid ainda queria socar o amigo por ter lutado contra Anny. — Ajude o seu capitão e tire esse monstrinho daqui. 

— Não me diga que não dá conta de um filhote…? 

— Consigo! Mas eu sou o capitão! Eu mando e você obedece… — Eustass não estava com muita paciência para lidar com incômodos.

— Deixa o bichinho, ele só quer brincar com seu casaco. — E Killer tinha razão, o cheiro familiar, o casaco macio e peludo transmitiam segurança para a lobinha.

— Deve estar achando que o chefe é a mãe dele. — Wire começou a rir alto.

— Calado desgraça! — Kid lançou a caneca de saque na cabeça do companheiro. 

— Ei! Aqui é proibido animais! — O proprietário gritou. — Sai daqui seu bicho feio!

Vendo que o homem estava com uma vassoura em mãos, o animal fugiu com medo de apanhar. 

— Kid… achou que você terá que ir embora…

— Porquê…? 

— Não escutou? Aqui é proibido animais.

— PRO INFERNO KILLER!… Vamos embora que você já bebeu demais.

Irritado, Eustass saiu do bar com seus companheiros. 

O ruivo praguejou mentalmente, estava tendo um dia infernal… Quase foi eletrocutado… E pediu para que um de seus subordinados vigiasse o submarino na tentativa de ter informações sobre Anny… Mas não obteve sucesso.

Enquanto caminhava, o ruivo sentiu algo puxando seu casaco.

— Vou matar esse bicho!! — Kid fuzilou o filhote com o olhar, que por sua vez não se importou com a ameaça e pulou no ombro dele novamente.

— Desiste Kid, o bichinho “adotou” você como mãe. 

— Que me adotou, o que?!… Vou é fazer ensopado dele!

Kid até tentou… Mas tudo que conseguiu foi proporcionar diversão ao filhote, que pulava de um ombro ao outro se desviando da mão do ruivo.

— Eustass-ya… — A voz de Law chamou a atenção do ruivo.

— Chegou mais um pra encher a porra do meu saco!

— Essa bola de pelo ai... É minha... Me devolve. —  Law não entendia porquê toda vez, Eustass tinha que estar em seu caminho.

—Você mandou essa peste pra me atormentar, né Trafalgar? — Kid apostou que aquilo deveria ser um plano do cirurgião. 

— E perder meu tempo com você…? Não fique se achando Eustass-ya.

— Então pega esse bicho antes que eu o faça de tapete. — O ruivo replicou em tom de ameaça.

— Vem aqui sua bola de pelo fujona. — Law chamou o filhote que não estava disposto a obedecer, pelo contrário, se aconchegou deitando no ombro de Kid. 

— Esse carinha aqui e teimoso não obedece ninguém. —  O comentário de Kid, fez Law refletir que aquela era uma característica de Anny e não do filhote.

— “Room”... “Shambles”

Law usou seu poder e agora Anny estava em suas mãos. A Atitude só deixou o animal mais arisco. Tentando se defender se debateu, até que, arranhou o rosto do cirurgião que acabou soltando o animal que aproveitou para fugir.

— Ehehehe… Estou começando a gostar da pestinha. — Eustass gargalhou ao ver o rosto arranhado de Law.

— Eu juro que vou prendê-la no submarino por um mês. — Law começou a ficar impaciente com as travessuras de Anny lobinha. 

— Trafalgar… A princesa… Está viva? — Kid perguntou com seriedade e sem provocações.

— Anny-ya está viva… Ficou descansando no submarino. — Law mentiu, tinha receio que se soubesse a verdade, Eustass roubaria Anny, que está vulnerável no momento.

— Então pare de ficar atrás de bicho estranho e vai cuidar dela, caralho!

— Não me dê ordens Eustass-ya.

— Vai a merda!!

Kid achava aquela situação injusta. Trafalgar tinha a chance de ficar ao lado de Anny e ao invés disso a deixou sozinha… 

 

Eustass bufou, se tivesse a chance, não sairia do lado de sua Princesa. 

 

Diante do Victoria Punk, Kid não conseguia acreditar no que via.

O filhote tinha chegado no navio primeiro que ele, e estava sentado na rampa, com o rabo abanando.

— É… O bicho gostou mesmo de você. — Killer percebeu que o bichinho era insistente e não iria desgrudar de Kid. 

— Vou fingir que não vi. 

Eustass subiu e passou pelo animal tentando não dar atenção para ver se ele ia embora. 

Os piratas que estavam no convés rolaram no chão de tanto dar risada, quando viram o filhote seguindo Kid sorrateiramente.

Eustass que percebeu a “perseguição”... Correu pelos corredores até chegar em seus aposentos e fechou a porta rapidamente.

— Ganhei pestinha! — Eustass caçoou.

O filhote não ficou feliz por ter sido abandonado. Sentou-se do lado de fora do quarto e começou a choramingar, arranhou a porta como se pedisse socorro. 

— Pare de chorar ou vou arrancar sua pele e fazer de casaco e depois dar sua carcaça pro Killer cozinhar!!! — O ruivo abriu a porta irritado com o animal barulhento.

Aquela foi a deixa que a lobinha precisou. Entrou correndo e foi para cima da cama de Kid se deitando em cima do casaco.

— Sai dai!! Bicho encapetado!!

“Grr… Grr… Grr” … O animal rosnou para o ruivo se negando a obedecer. 

— Só não vou te tacar pela janela porque você arranhou Trafalgar. — Kid conversava com o animal enquanto retirava as botas.

A pequena já não escutava mais o que o ruivo falava, cansada e se sentindo protegida… Dormiu profundamente.

.

.

A claridade vinda da janela, incomodou as pálpebras de Anny. Para se proteger escondeu o rosto no braço. Uma sensação de bem estar preenchia seu corpo. Tinha a impressão que teve uma boa noite de sono… Algo que tem se tornado raro nos últimos anos. 

Sonolenta, bocejou e esticou os braços se espreguiçando, sem abrir os olhos algo: Firme, torneado e grande chamou sua atenção. E como se estivesse num jogo de adivinhação, foi tateando na tentativa de desvendar o que suas mãos estavam tocando.

— Se divertindo princesa? — Anny arregalou os olhos e se sentou abruptamente ao escutar a voz grave e familiar.

— KID! — Anny gritou se incomodando com seu próprio tom de voz.

Confusa, seus olhos percorriam o ambiente tentando se familiarizar e entender o que acontecia. Sua visão a incomodava. Suas orbes pareciam agir involuntariamente, tentando identificar tudo ao seu redor.

— Princesa... — Kid tocou de leve no ombro dela que se afastou rapidamente em estado de alerta.

— Não me toque!— Anny ficou em estado de alerta.

— Princesa, não que eu esteja reclamando,é uma visão privilegiada... Mas qual o motivo de estar nua, na minha cama? —  kid aparentou estar tão confuso quanto a garota.

Eustass sorriu diante da imagem à sua frente. Anny só não estava completamente nua porque  o casaco vermelho de Kid cobria a parte de baixo de seu corpo escondendo sua intimidade, e  mechas de cabelo escondiam os seios da menina.

— Estou nua porque... PORQUE ESTOU NUA? — Envergonhada puxou o casaco, se cobrindo — Kid nós...?

— Quer saber se transamos?

— Sim…

— Não.

— Tem certeza...? — Anny ficou receosa.

— Acredite, eu me recordaria se tivesse acontecido. 

— Então... Porque estou sem roupas...? E porque estou no seu quarto? 

— Tô curioso com outra coisa... Porque você tem orelhas? 

— Hãn?... Que pergunta é essa? Por qual motivo eu NÃO teria orelhas? — Anny considerou a pergunta sem fundamento.

— Estou falando dessas orelhas. — kid puxou a ponta da orelha de lobo que estava no topo da cabeça dela.

— Ai Ai... Não puxa isso dói. - Anny e Kid se encararam em silêncio por alguns segundos. - PORQUE EU TENHO ORELHAS? 

— Sei não princesa. — kid sorriu divertido achando graça das orelhas.

— O que é isso…? — Anny sentiu algo fazendo cócegas em suas costas.

Anny puxou de trás de si uma volumosa calda… Nada daquilo fazia sentido.

Se fazia sentido ou não, Kid não ligava… Estava concentrado em se esforçar para não perder o controle… Distraída com sua cauda, Anny deixou o casaco cair…O  ruivo não conseguia evitar de mapear o corpo dela com o olhar. 

— Princesa, vamos casar? — Foi o pensamento mais lógico que Kid conseguiu ter.

— Vamos… VAMOS O QUE? — Anny olhou incrédula para o ruivo.

— CA-SAR… — Falou pausadamente como se fosse algo simples.

— PARA DE FALAR BOBEIRA!!! Não está vendo que estou com problemas. — Anny apontou para a cauda em sua mão. 

— Achei sexy… — Kid sorriu malicioso e Anny bateu nele com um travesseiro. 

— Que gritaria é essa aqui? — Killer perguntou ao abrir a porta. — Ops…

— Vou arrancar seus olhos Killer!! — Eustass se apressou em cobrir Anny. 

— Pensei que alguém estava sendo assasinado.  

— Ainda não… Mas não vai demorar muito. — Kid lançou um olhar furioso para o amigo. 

— Isso são orelhas…? E uma cauda…? — O loiro perguntou enquanto se sentava na poltrona.

— Oh Killer! O que pensa que está fazendo? — Kid ficou incrédulo ao ver que o amigo pretendia ficar.

— Tô curioso.

— Curiosidade do Carolho, hem Killer!!

— Então o que aconteceu…? Você estava mesmo morrendo? — Killer sabia que precisava entender o que aconteceu para que Kid ao menos tivesse a chance de saber que ela está fora de perigo.

— Sim…

Anny explicou tudo o que vinha acontecendo, omitiu o fato de ser uma experiência falhada…Mas revelou que realmente estava morrendo e que precisava da Akuma no Mi para se salvar. 

— Entendo… E não se lembra de nada? — Killer perguntou tentando deduzir o que aconteceu.

— Não… Depois da nossa batalha tudo na minha mente está em branco. — Anny não sabia nem se tinha comido a fruta. — Só me lembro de ter sonhado com algo vermelho e fofinho. 

— Hum…Kid, onde está o bicho que te seguiu ontem a noite? 

— Sei lá, tomara que tenha sumido!

— Idiota… aquele filhote… era ela transformada.

— O QUE??!! — Anny e Kid gritaram juntos. 

— Lobos farejam cheiros a distância… Ela se familiarizou com seu cheiro  e te seguiu e ao que parece, adorou o seu casaco. — Kid sorriu satisfeito com o comentário de Killer. — O que não entendo, foi ela ter arranhado a cara do Trafalgar.

— EU O QUE??!! — Anny arregalou os olhos. 

— O idiota teve o que merecia. — Kid ficou feliz de saber que Anny o escolheu…Pelo menos uma vez. 

— Law vai me matar… Vai me trancar a sete chaves no submarino. — Ela sabia que Law ficaria furioso com o desaparecimento dela, ainda mais por ter ido parar no Victoria Punk. 

— Então fique aqui… Fique comigo. — Anny sorriu fraco, sabia que aquelas eram palavras verdadeiras. 

— Eu não posso… — Ela apoiou a mão no ombro dele. — Meus companheiros sofreram muito nas últimas semanas temendo que eu morresse… Preciso voltar.

— Porquê não me disse que estava morrendo? — Kid questionou incisivo.

— Você tentaria conseguir a Akuma no Mi para me dar… Não seria justo você abrir mão de algo que te daria poder.

— Essa decisão é minha… Como acha que eu ficaria se descobrisse que você morreu? — Anny abaixou a cabeça não sabia o que dizer. 

— Não pise no orgulho de pirata dela Kid… É justo que ela escolha como lutar pela própria vida. — Killer reconhecia Anny como uma valiosa adversária. — Vou buscar algo para ela vestir.

— Pra que? Tá ótimo assim.

— Não está não! Eu agradeceria se me arrumasse uma roupa Killer.

— A Propósito loirinha… Futuramente quero uma segunda luta. — Killer queria medir forças com ela, pois suas duas vitórias foram quando ela estava doente.

— Okay! — Anny fez um sinal positivo. 

Depois de se trocar e comer uma fruta, Anny estava na praia observando o mar ao lado de Kid. 

— Você tem mesmo que ir, Princesa? — Eustass perguntou melancólico.

— Sim… Tenho que voltar para os meus companheiros. — Anny sorriu gentilmente.

— Princesa, podemos ser amigos? — Kid sabia que amizade seria a única relação que poderia chegar a ter com ela.

— Hãn…? — Anny se assustou com um pedido tão genuíno.

— Se formos amigos, posso te ajudar quando precisar, não posso? — Para Kid, algumas situações pareciam simples de se resolver. 

— Eu ficaria feliz… Adoraria ser sua amiga Kid. — Anny reconhecia que não era apaixonada por Kid, mas não conseguia se afastar dele, porque considerava agradável a companhia do ruivo. 

— Mas será uma amizade colorida. —  Kid comunicou.

— O que é uma amizade colorida? — Anny não sabia que existiam diferentes tipos de amizade. 

— É uma amizade mais legal que as outras. — Kid explicou sem muitos detalhes.

— Hum… Eu aceito! — Anny esboçou um sorriso maroto. 

— Se cuida princesa… — Kid segurou no queixo dela e depositou um beijo no topo de sua cabeça.

— Você também Kid… Obrigada por ser gentil comigo.

Anny se despediu e foi caminhando pela praia, sabia onde o Polar Tang estava atracado e rumou em direção a ele. Kid se ofereceu para acompanhá-la… Porém achou melhor seguir sozinha… Sabia que assim que Law os visse junto tudo acabaria em confusão. 

— PRINCESA FICA LONGE DO MAR!! — Kid gritou assustado ao ver que Anny tinha a intenção de chutar a água. 

Anny coçou a cabeça constrangida por ter se esquecido que agora não pode chegar perto da água do mar.

Acenou se despedindo de Kid mais uma vez e retornou a seguir seu caminho

— Ela vai chegar bem sozinha? — Killer se aproximou de Kid. 

— Ela é forte, vai saber se cuidar. — Respondeu abatido, odiava ter que vê-la partir mais uma vez.

— Não acha que deveria deixar essa garota de lado? — Por mais que fosse interessante ver Kid pela primeira vez insistir em uma garota, Killer sabia que aquilo gerava sofrimento para seu companheiro.

— Já desisti… Agora só temos uma amizade colorida.

— Amizade colorida…? Por acaso você sabe o que isso significa. — O loiro tinha certeza que Kid não fazia ideia do real significado.

— Sim! É uma amizade que eu posso roubar ela do Trafalgar quando eu quiser!! — Kid respondeu convicto. 

— Deixa de ser iludido Kid! — Killer deduziu que Anny não deveria saber o significado daquela amizade ou não teria aceitado.

— Calado! Quem decide sou eu!

—Então…

— Então o que infeliz?! — Kid sabia que vinha mais uma provocação.

— Ela sabe que você ameaçou fazer tapete com o pelo dela? — Killer resolveu mudar de assunto para entreter seu capitão. 

— Killer porquê ao invés de tapar a cara você não tampa a boca?!!

— Pensa… Você quase fez um ensopado da loirinha.

— Killer me faz um favor…?

—  O que?

— Está vendo o mar?

— Sim…

— Vai se afogar nele e não enche o meu saco!!!

 

Distraída, Anny continuou a andar pela praia. Observou seus pés afundando na areia quente.

 Sabia que deveria chegar logo ao seu destino, mas tinha como previsão para o seu destino um Law furioso… Ela não queria brigar, principalmente agora que a relação deles fluía naturalmente… Pensativa deduzi que ainda não conseguia entender o tipo de relação que eles estavam planejando construir..

Ela tinha postergado dar uma resposta definitiva com a justificativa de que deveriam se concentrar em encontrar uma cura para seu problema… Mas no fundo sabia que só prorrogou tudo, por medo e insegurança.

Mas agora estava curada e teria que decidir…

 

Curada…

 

Lhe parecia estranho pensar que estava morrendo em um dia e no outro se sentia cheia de vida.

— Anny-ya… — A voz de Law lhe tirou de seus pensamentos e ela parou abruptamente. 

— Law… — Foi tudo que ela conseguiu dizer diante da expressão sombria de seu capitão.

 


Notas Finais


Então é isso Pessoal! Ao que tudo indica Anny finalmente vai ser curada.

Me digam o que acharam dos acontecimentos do capítulo.

Anny virou um filhotinho de lobo muito fofo... Mas será que essa fofura vai durar muito tempo??


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