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História Tempestta - Elementares


Escrita por: KrikaHaruno

Notas do Autor


No capítulo anterior...
Ranpur está sendo atacado por S1 enquanto Shaka derruba as frotas inimigas nos arredores de Obi.

Capítulo 24 - Elementares


 

Urara olhava com apreensão para Shaka, aquilo tinha sido completamente insano.

- Realmente está bem? - indagou Urara visivelmente preocupada com o indiano.

- Só um pouco cansado.

- O que foi isso que aconteceu?

- Ele explicará depois. - a voz de Dara preencheu o ambiente. - acabo de receber um pedido de ajuda. Ranpur está sendo atacado.

- O que??! - exclamaram os dois.

Do outro lado da galáxia, as tropas lideradas por Niive estavam tendo um pouco mais de sucesso. Pensavam que a batalha terminaria logo, mas...

- Diretora! - Yoku berrou no aparelho.

- O que foi dessa vez?! - berrou de volta.

- Ranpur está sendo atacado!

Ela e Kanon trocaram olhares.

Em Clamp e Maris, Deba, Miro, Dohko e Shura recebiam a mesma noticia.

Sede da policia...

Sttup recebia os relatórios dos combates, quando um policial entrou as pressas.

- Senhor! Ranpur está sendo atacado!

- Como?

- Há indícios que uma nova frota de S1 esteja dirigindo para lá.

- Destaque a Galaxy imediatamente!

- Sim senhor!

Sttup cerrou o punho, não imaginava que Haykan tivesse tanta audácia.

A Euroxx seguia rumo a Ikari. Na sala do comando, apenas o barulho dos controles eram ouvidos. O sinal de uma comunicação interrompeu o silencio.

- Capitão é o senhor presidente.

- Coloque na tela. - disse Evans. Iskendar, Mask e Saga aproximaram.

- Capitão, altezas, - cumprimentou os príncipes. - imagino que ainda não saibam.

- O que aconteceu? - indagou Giovanni não gostando da expressão dele.

- Capitão Evans, tem ordem expressa de continuar o seu trajeto. Está proibido de retornar. - num primeiro momento Sttup ordenaria que a Euroxx voltasse para Ranpur para ajudar, contudo ela transportava os príncipes Tempesttas, não poderia arriscar a vida deles.

- O que está acontecendo senhor presidente? - a voz do italiano saiu fria.

- Ranpur está sendo atacado.

- O QUE??! - exclamaram os quatro.

- Atacado? S1 está atacando Ranpur? - Iskendar estava perplexo.

- Como membros da família real é preciso que estejam em segurança. Mantenha o curso capitão.

- O cacete que ele vai manter o curso. - disse Mask. - Evans volte imediatamente.

- Sinto muito alteza, mas ele não irá cumprir isso. - disse Sttup. - ele é membro da policia, sabe das suas obrigações em manter a integridade da família Tempestta.

Mask olhou frio para o presidente. Saga ficou em alerta, o cosmo de Mask estava perigosamente elevando-se.

- Capitão Evans, volte imediatamente para Ranpur. Não irei repetir.

- Mas...

- Coloque o Iskendar numa nave e despache-o para Ikari. Se querem que um Tempestta esteja protegido, levem ele. - olhou para Sttup.

- Não vou a lugar algum! - protestou. - Não sou um covarde para me esconder. Sou um policial esqueceu?

- Evans, tem ordem dos príncipes Tempesttas, se não quiser que eu vire a Euroxx no braço dê meia volta. - olhou para o presidente. - agradeço a preocupação, mas eu sigo as minhas regras. - bateu com força no botão terminando a comunicação. - Evans.

Na sala os controladores olhavam com medo para Mask.

- Como quiser alteza. - sentou na cadeira. - retornem.

A Euroxx deu meia volta. Saga tentava acalmar Mask enquanto Iskendar e Evans o observavam.

- Meu pai era assim? - indagou baixo.

- Só o vi assim uma única vez, numa das batalhas contra S1. Mas Eron se mostrou muito mais genioso.

- Não tiro a razão dele. Se minha mãe estivesse no meio, faria a nave voltar no braço. - sorriu.

Na orbita de Ranpur...

Faltava poucos minutos para a primeira das três Naus de S1 entrar em ação. Orrin tentava controlar a ansiedade. Por quinze anos esperou aquela revanche.

- Hoje será o dia que Ranpur irá cair.

Em terra os combates continuavam. Reforços provindos de Lain haviam chegado, mas as batalhas estavam ligeiramente desiguais para GS. A Galaxy estava próxima, porém até entrar em combate seria minutos preciosos perdidos.

Giovanni olhava aflito para o monitor. Mesmo estando em alta velocidade, chegaria tarde demais em Ranpur.

- Droga! - deu o soco numa parede.

Evans e Iskendar olharam o buraco que se formou.

- Temos noticia que a Galaxy já está indo para lá alteza. - disse o capitão.

- Mas pode não chegar a tempo! Droga! Não podemos usar os hadrens e mesmo se pudessemos são lentos...

- Temos que aguardar, Eron. - falou Iskendar. - e confiar que eles vão parar S1.

O cavaleiro o fitou.

- Assim espero.

- Vai dar tudo certo. - tocou no ombro dele. Compreendia o que ele sentia.

- Obrigado. - devolveu o gesto.

Os dois sorriram, parecia que a animosidade estava dissipando.

- Afrodite e os demais estão com sua mãe. Ela está protegida.

- Eu sei Saga.

O sinal de alerta da nave disparou.

- Capitão Evans, detectamos uma grande quantidade de energia se aproximando. - disse o controlador.

- Energia??

- Nave inimiga? - indagou Mask.

- Não.

- Qual rota?

- Coordenadas X279 e P691.

Na sala de controle trocaram olhares, o que poderia ser? Mask, estava preocupado e para piorar sentia algo estranho. Não tinha a ver com seu cosmo, mas era um efeito diferente. Era a mesma sensação que teve quando saiu da Terra para GS.

- Capitão detectamos a energia. Ela vem da área 1.56 próximo a Ikari, passa por nós e segue nas coordenadas X369 e P854, no sentido contrario.

- E onde nos deixa?

- Na área trinta e seis, a menos de quatrocentos mil quilometros de Ranpur.

- Como?? - indagaram todos ao mesmo tempo.

- O que pode ser essa energia capitão? - indagou Iskendar.

- Não faço ideia. Não estamos perto de um hadren para ter interferências.

Mask olhava fixamente para o pára-brisa da nave. A sensação crescia dentro de si. Subitamente os cabelos ficaram brancos.

- Está usando seu cosmo? - Saga ficou surpreso e receoso que algo acontecesse, caso o poder dele manifestasse ali.

- Não... não estou usando... mas sinto algo dentro de mim.

- Emergência. Solicitação para ativar motores vandreds. - soou a voz mecânica. - hadren abrindo em duzentos segundos.

- Hadren?? !! - exclamaram os quatro.

Não tiveram tempo de questionar algo. Viram pontos de luz vermelha aparecerem na frente da Euroxx.  Um dos controladores, apertou rapidamente o botão para que os motores fossem ligados. A luz vermelha transformou-se em vários círculos que se propagavam como ondas, segundos depois os círculos transformaram se em cones e a nave passou. No lugar onde ela estava, restou um rastro de vários feixes de luz como tentáculos de um polvo...

Evans, Mask, Saga e Iskendar  voltaram a atenção para o painel da frente. Viam a nave em volta de uma luz vermelha....

- O que é isso... - murmurou Evans.

Giovanni estava estático. Aos poucos os cabelos voltavam a tonalidade azul. Iskendar o fitou. Será que...

- Um hadren vermelho. - disse o irmão mais velho.

Todos na cabine o fitaram ao ouvi-lo.

- Como?

- Havia a possibilidade de existir hadrens vermelhos, só não sabíamos se realmente eram possíveis. - Iskendar fitou o irmão e Evans. - os Tempesttas podem ativar hadrens... - fitou o irmão. - Eron pode ativar um hadren vermelho...

- Viagem finalizada. Tempo restante trezentos segundos. Potencia dos vandreds caindo gradualmente.

Olharam para o painel rapidamente.

A luz vermelha foi substituída pela imensidão negra do espaço.

- Localização. - pediu um assustado capitão. A viagem fora rápida demais.

- Área trinta seis. Estamos quatrocentos mil quilômetros de Ranpur.

- Isso é impossível. Levamos menos de dez minutos...

De repente a Euroxx tombou rapidamente para o lado esquerdo.

- Fomos atingidos!

Diante deles, surgiram diversas naves, aliadas e inimigas, num completo pandemônio.

- Por Atena... - murmurou Saga.

- Alerta vermelho. Entrar em modulo de ataque. - ordenou Evans. - equipes Legos, frota um e dois.

- Eu também vou. - disse Iskendar.

- De jeito nenhum. - Mask entrou na frente dele. - é perigoso.

- Eu sigo as minhas regras.

Saiu correndo. Mask ficou surpreso.

- Vou atrás dele. - disse Saga. - pode deixar que tomo conta.

- Obrigado.

Na cabine, os controladores preparavam a Euroxx para o combate. Iskendar seguia na direção onde os demais pilotos iam.

- Iskendar.

Ele olhou para trás.

- O que esta fazendo aqui?

- Vou com você.

O príncipe fitou seriamente Saga, dando nos ombros.

- Espero que saiba atirar.

- Aprendo rápido.

A esquadra da Euroxx estava pronta para entrar em combate.

- Liguem os escudos! - ordenou Evans. - preparem os torpedos T.

Mask olhava para o painel. Ranpur estava envolto  por luzes douradas. Enquanto isso a frota dirigia-se para o fronte de batalha. Iskendar chefiava um grupo de cinco naves.

Em terra, Afrodite e Kamus detinham os ataques contra o palácio de Shermie, enquanto as forças de defesa defendiam o restante da capital. Em poucos minutos a nave Galaxy apontou no horizonte.

- A Galaxy... - murmurou Mask aliviado.

Com o reforço das duas naves, restava pouco para colocar fim nas tropas de S1.

- Comandante Orrin, a Euroxx e a Galaxy se encontram no nosso raio de atuação.

- Não será um problema. Desative os escudos refletores e ative os defensores. Ative os torpedos.

Guiando o grupo, Iskendar conseguira derrubar várias naves. Entre um tiro e o outro Saga o observava.

- "Ele é muito bom."

- Lideres de esquadra, - a voz de Evans tomou conta de todos os comunicadores da força aliada. - preparem para o ataque final.

As naves de GS começavam a se posicionar e foi de repente...

Saga arregalou os olhos, assim como Iskendar. As expressões de Evans e Kopal eram de seriedade. Mask trazia a expressão chocada. Diante da tropa de GS, uma enorme nave surgiu. Seu formato era de um diamante e erguia a quilômetros de altura, largura e cumprimento. Muito superior ao tamanho da Antares. As cores eram escuras e trazia o emblema de S1.

- Saudações militares a GS. - Orrin abriu um canal, transmitindo sua imagem e voz. - sou o comandante Orrin a bordo da Nau  Hay 1.Preparem para serem mortos, junto com a sede do governo.

Na Euroxx, o clima era de espanto.

- Capitão, estamos detectando uma alta concentração vindo da Nau 1.

- Qual a direção?

- Ranpur.

- Como...? - gaguejou Mask.

- Preparem os torpedos anti. Emita um aviso a Galaxy, temos que pará-los. Ordene que todas as naves de porte menor dirijam para o planeta.

Mask estava sem ação. O que poderia fazer? Não imaginava o poder de fogo daquela nave.

Recebendo os avisos, a Galaxy posicionou-se ao lado da Euroxx. Uma fileira com naves de porte médio formou-se sobre as duas naves militares, formando uma espécie de barreira entre a Nau e Ranpur.

- Alteza, - Evans aproximou. - peço que deixe a nave.

- O que...?

- Iremos atirar com nossa força maxima, mas não sabemos o quanto poderemos suportar. Peço em nome da amizade que seu pai devotou a mim que abandone a nave.

- Nunca. Não vou abandonar a Euroxx pela segunda vez.

Na Nau Hay...

- Torpedo 0,75 anti a oitenta por cento comandante.

- Prepare o de 1. Vamos acabar com a Euroxx e Galaxy ao mesmo tempo. O restante dos torpedos lançaremos em Ranpur.

- Sim senhor.

Na Galaxy, Kopal ordenava que os torpedos fossem ativados. Sabia que sua nave contava com dois torpedos anti-materia na fração 0,5 e 0,5 e que a Euroxx continha um na fração de 0,5. Juntos dariam uma força de 1,5 e tentava acreditar que daria certo.

Ainda relutante, por causa das ordens de Evans, Iskendar rumou para trás da barreira formada. Apesar de querer lutar, não tinha munição para enfrentar aquele tipo de nave.

- Qual o poder daquilo? - indagou Saga.

- Espero que não seja superior o da Galaxy...

As três naves chegaram ao nível de cem por cento das suas capacidades ofensivas.

- Atirar! - gritou Orrin.

- Fogo! - gritaram Evans e Kopal.

Tudo que Saga e Mask viram foram raios vermelhos por parte das naves de GS e azuis por parte S1 chocarem e provocarem uma luz ofuscante.

- Relatório de danos. - pediu Evans.

- Dez por cento. A força combinada com a Galaxy foi a força utilizada pela Nau1.

- Poder de fogo. - Evans não gostou da comparação.

- 1,5 de anti.

O capitão cerrou o punho. A força de ataque da Nau era igual a de duas naves de GS.

- Atirem os torpedos T.

Euroxx, Galaxy e as naves médias começaram a atirar, mas por ter um escudo resistente a Nau suportava os ataques enquanto também atirava.  Sendo mais fracas as de GS recebiam as investidas.

- Não iremos suportar por muito tempo capitão. - disse um controlador da Euroxx.

- Níveis de energia caindo a três por cento. - disse outro.

Giovanni estava em silencio. Aquilo estava fora da sua compreensão. Apesar de ter testemunhado a guerra ainda criança, os anos no santuário haviam apagado tais impressões. Não conseguia mensurar e entender o que os controladores diziam.

- Capitão Evans, o capitão Kopal enviou uma comunicação, vão concentrar um ataque único em um dos lados da nave a fim de provocar um dano.

- Siga as ordens.

Na Nau, Orrin via a movimentação.

- Cessem o ataque, vamos esperá-los gastar toda a munição. - sorriu.

Kopal e Evans viram o cessar fogo por parte de Orrin. Entenderam a estratégia, mas eles não poderiam dar a esse luxo. A preservação de Ranpur dependia deles. Na sede da policia, Sttup recebia as noticias, ordenara que a Antares fosse para o local o mais rápido.

- Eles estão mais fortes... - disse baixo.

Iskendar e Saga acompanhavam de longe os esforços em vão das forças de GS.

- Não temos chances... - murmurou o policial.

O ataque concentrado não estava surtindo muito efeito contra os escudos poderosos da Nau. Em poucos minutos os torpedos acabariam e ficariam a mercê de S1.

- Alteza, - Evans pegou no braço de Mask e o arrastava. - precisa sair daqui agora.

- Não vou abandonar a nave. - usou um pouco de força para se soltar. - não sou um covarde.

- É a única esperança de paz que temos. Não podemos nos dar o luxo de perder mais um Tempestta. Por favor.

- Mas...

Nau Hay...

- Estão quase sem munição, - Orrin olhou para um controlador. - prepare os nossos.

- Sim senhor.

Euroxx...

- Capitão, eles estão armando os torpedos.

- Evans, - Kopal apareceu na tela. - retire-se com a Euroxx, nós daremos proteção.

- Não podem fazer isso! - berrou Mask.

Do lado da Nau estavam prontos para atirarem.

- Fogo! - ordenou Orrin.

Todas as naves de GS receberam o aviso de alerta. O impacto seria certeiro se...

Quando todos voltaram a atenção para os painéis não viram nada a frente, mas os sensores, inclusive da Nau1, captavam a presença de algo. Subitamente esse algo começou a aparecer. Diante de estarrecidos Orrin, Evans, Kopal, Mask, Saga e Iskendar surgiu uma nave em formato de seis pontas...

- Que nave é aquela... - murmurou Orrin. - abra um canal com S1, urgente.

As naves de GS faziam a mesma pergunta, contudo a duvida não era a procedência da nave, já que o símbolo de Ranpur estava estampado no casco e sim de onde ela surgiu.

- Genesis...? - Mask soltou no ar.

Evans o fitou imediatamente.

- Aquela é a Genesis?

- Desse porte... a Ramaei está em Ikari... então...

- Evans que nave é essa?!! - a imagem de Kopal apareceu na hora no painel.

- O nosso segredinho capitão. - disse um sorridente Eron.

Iskendar e Saga olhavam abismados para a nave.

- Creio que seja a Genesis. - falou o geminiano. - não pensei que naves desse porte pudessem ser construídas...

Para todas as naves de GS, abriu um canal de comunicação.

- Saudações, sou a capitã da Genesis, Suzanna Dianeira. Deixarei as explicações para depois. Capitão Evans e Kopal preparem os torpedos para alvejaram a direita da Nau1, temos um torpedo anti 0.5 iremos acertar o lado esquerdo para desestabilizar a nave.

A transmissão encerrou-se. Por alguns segundos ficaram extasiados, mas logo Evans e Kopal foram seguir as orientações.

Em S1, Haykan estava reunido com Rihen quando recebeu a transmissão de Orrin.

- Dê-me boas noticias Orrin. - disse o líder de S1.

- Ainda não posso senhor. - a voz estava fria e o olhar fixo em Rihen. - você sabia, não é?

- Sabia o que?

Orrin mostrou a imagem da nave de GS. Rihen arregalou os olhos ao ver o emblema. A expressão de Haykan endureceu.

- O que significa isso Orrin?

- Não temos confirmação, mas essa nave surgiu do nada...

A transmissão sofreu interrupções devido aos alertas emitidos pela Nau 1.

- Farei contato mais tarde. - Orrin encerrou o contato.

- Que nave era aquela Rihen? - Haykan o fitou.

- Não faço ideia. Nunca vi antes.

- Parece que GS tinha truques na manga.

De volta a GS...

- Estão preparando um ataque senhor Orrin.

- Prepare os torpedos e ativem os escudos.

Tudo foi rápido... as naves menores começaram a atirar para darem tempo da Genesis, Galaxy e Euroxx dispararem. Devido aos escudos, a Nau 1 resistia a investida.

 - Disparem tudo que temos, vamos derrubar esses fracos. - disse Orrin.

Um hadren foi aberto perto dali, a nave com o emblema de Alaron surgiu, começando a atirar. A Nau 1 ainda resistia, mas seus sistemas de alerta estavam disparados.

- Senhor Orrin, nossos escudos ainda bloqueiam, mas estamos ficando sem os torpedos principais.

- Conseguimos reunir a energia do escudo e usá-lo como arma?

- Sim, levará alguns minutos e ficaremos desprotegidos.

- Prossiga. - olhou para outros controladores. - preparem para uma manobra evasiva depois do tiro, precisamos entrar num hadren rapidamente.

No lado de GS...

- Capitão, nossos torpedos estão acabando. Estamos perdendo potencia nos motores.

- Por quanto tempo ainda resistiremos? - indagou Mask.

- Dez minutos no maximo, alteza.

- Localizem a nave de Iskendar. - pediu. - mande uma equipe de Legos escoltá-lo até Ranpur. Senhor Evans, - o fitou. - peça que a Nias e a Genesis recuem.

- Capitão! - um controlador gritou. - a energia em torno da Nau está diminuindo.

Voltaram a atenção para o painel. A luz azulada que envolvia a nave tinha sumido. Um dos torpedos tinham conseguido atingi-la.

- Avise as outras naves! - ordenou Evans. - força total!

Vendo que a Nau sofria danos, os ataques intensificaram. Na Hay, Orrion olhava impaciente para os painéis de controle.

- Quanto tempo?

- Duzentos e quarenta segundos.

- Andem logo com isso!

A Nau entrou em alerta vermelho devido algumas investidas.

- Capitão, motores auxiliares danificados.

- Motores de hadren?

- Sem danos aparentes.

- Quanto falta para o disparo?

- Cento e oitenta segundos.

- Preparem os motores de hadren. Quero que no segundo seguinte do disparo, estejamos dentro de hadren.

- Sim senhor.

Na Galaxy...

- Registramos um aumento de energia abaixo da Nau, capitão.

- É uma arma? - Kopal olhava o painel.

- Sim. Estão usando a energia do escudo para criar uma arma.

- Trace a rota.

- Não estamos conseguindo dados concretos. Alvo indefinido.

- Avise a todas as naves para manterem o alerta vermelho. Relate para a capitã Dianeira para deixar o espaço imediatamente.

A Genesis recebeu o aviso. 

Na Nau Hay1...

- Tempo para o disparo sessenta segundos.

- Alvo será essa nave nova. - olhava fixamente para nave de GS. - "precisamos acabar com qualquer ameaça."

A frota de GS fez o ultimo disparo em conjunto,  assim como viram um ponto azul surgir na ponta inferior da Nau. O raio azul partiu, destruindo alguns torpedos pelo caminho, até atingir a Genesis... Os torpedos restantes de GS atingiram a Nau e com isso o raio azul foi interrompido. Numa manobra evasiva a Hay 1 entrou num hadren, antes que sofresse danos ainda maiores.

Aos poucos a luz foi diminuindo. Iskendar e Saga abriram os olhos. A nave inimiga não estava mais lá.

- Foram derrubados?

- Não Saga. Fugiram por um hadren.

O policial olhou para a Genesis. Apesar da potencia que foi acertada a nave não tinha sofrido qualquer dano. Kopal respirou aliviado.

Em terra, o restante das naves de S1 foram abatidas.

Evans deixou o corpo cair na cadeira. Havia sido por pouco.

- Abra um canal com a Genesis. - pediu Mask ainda receoso.

- Alteza. - Dianeira fez uma reverencia.

- Como estão todos?

- Os escudos da Genesis foram feitos para suportar esse tipo de carga.

- Agradeço a ajuda, mas arriscou-se.

- Estávamos na rota, quando recebemos os avisos de ataque a Ranpur. Não poderíamos deixar de ajudar. Ranpur é o coração da galáxia.

- Siga agora o seu destino. Quando terminar a missão, apresente-se no palácio. Creio que todos querem saber sobre a Genesis. - sorriu.

- Será uma honra.

A imagem dela sumiu.

- A conhece capitão? - Mask o fitou.

- Foi líder de tropa na época da guerra. Achei que estivesse aposentada já que não tinha noticias dela.

- Estava treinando. - sorriu. - vamos voltar. Precisamos avaliar os estragos.

Saga e Iskendar também retornaram.

O aviso do fim dos ataques a Ranpur espalharam pelos principais planetas. Urara, Shaka e Dara, Niive e Kanon, Shion e Alisha, Aldebaran e Skip, Miro, Dohko e Shura que estavam a caminho receberam a noticia com alivio.

A expressão de Orrin era séria. Achava que a investida contra Ranpur seria vitoriosa no entanto voltava com uma nave avariada. Não imaginava que GS teria uma nave como aquela.

 

O.o.O.o.O

 

Kamus via as ultimas naves de Ranpur sobrevoarem. Soltou um suspiro cansado. Apesar de não combater um inimigo com cosmo, era como se tivesse. Olhou para as paredes de gelo no entorno do palácio.

- Eu mesmo preciso de explicação...

Mu foi de joelhos ao chão. Estava exausto.

- Mu. - Dite aproximou.

- Estou bem. Só um pouco cansado.

- Não só você. - o sueco sentou no chão. - sinto como se minha força tivesse sido sugada.

- Somos três. - Kamus aproximou agachando. - foi exaustivo.

Giovanni trazia o olhar grudado no vidro. Só quando visse o palácio é que ficaria tranqüilo. Fixou o olhar, arqueando a sobrancelha.

- O que é aquilo...? - murmurou ao ver sua casa envolta por uma coluna de gelo e arbustos.

A atenção foi chamada para a cidade. Ela estava bastante destruída. Sentiu-se culpado por isso. Tanto na qualidade de príncipe como de cavaleiro, muitas vidas poderiam ter sido salvas.

Evans que estava em silencio aproximou.

- Não fique abatido, vamos reverter.

- Espero. Enviou os dados sobre o hadren para o Cepha?

- Sim alteza. Serão analisados atentamente.

A nave de Iskendar sobrevoava Shermie. O policial olhava entristecido. Não era sua cidade natal e não tinha laços afetivos com ela, porém vidas inocentes tinham sido ceifadas. Faria o possível para que isso não acontecesse mais. Tanto como policial quanto príncipe.

Saga olhava os estragos. Era uma guerra totalmente a parte do que estava acostumado. A nave pousou perto do palácio, os dois olharam assustados para as barreiras de contenção.

- Kamus. - Saga aproximou. - o que aconteceu aqui? - fitou Dite e Mu sentados.

- Longa estória.

- O que são essas rosas azuis?

- Não é só o leão dourado que teve seus poderes modificados. - Dite sorriu.

- Vamos esperar a chegada de Shion. - disse Kamus.

- E a rainha? - indagou Iskendar.

- Aioria está lá dentro. Cadê o Mask? Vocês não estavam indo para Ikari?

- Não fazem ideia do caos que ocorreu lá em cima. - disse Saga.

O som de uma nave interrompeu a conversa. Mask e Evans aproximaram do grupo. O capitão da Euroxx olhava assustado para as trepadeiras ao redor do palácio.

- Que porra fizeram aqui? - indagou Mask.

- Estamos bem Giovanni. Obrigado por perguntar. - disse Dite.

- Eu sei que estão bem! - exclamou. Eron olhou de cima abaixo para o irmão.

- Ele está bem. - disse Saga.

- Acha que eu sou o que? - indagou Iskendar. - isso que passamos não foi nada do que já enfrentei.

- Sei que é forte. - respondeu sem render muito. - que porra é essa que fizeram?

- Explicaremos mais tarde, alteza. - brincou Dite. - vamos entrar.

Depois de certificar que os ataques tinham acabado, Aioria saiu da sala, para dispersar as rosas de Afrodite.

Lirya estava aflita. Seu povo tinha sido atacado e não sabia a extensão das baixas.

- Precisamos de noticias. - disse Marius. - Beatrice, como estão nossas linhas de comunicação?

- Preciso testá-las.

- Posso ajudar nisso. - Hely prontificou.

A porta foi aberta na hora. Lirya sentiu o coração parar ao ver o filho.

- Eron.

- Graças a Atena está bem. - ele a abraçou. - todos vocês.

- Não estavam em Ikari? - indagou Marius olhando para Evans.

- Recebemos um pedido de ajuda. Os ataques na orbita foram intensos.

Bia não se intimidou por está no meio de seus superiores. Correu abraçando Kamus.

- Fiquei preocupada.

- Está tudo bem agora.

- Desculpe interromper, - Mask fitou Beatrice. - avise aos lideres do grupo dos nove sobre uma reunião de emergência. Avise também o senhor Sttup, Kopal, Yahiku. Quero os diretores.Verifique se a capitã Dianeira estará disponível.

- Sim alteza.

 

O.o.O.o.O

 

O chanceler de Yumeria andava de um lado para o outro nervoso. Sem noticias de seu espião e sem noticias sobre os ataques a Ranpur. O seu plano de ter uma moeda de troca seguia a todo vapor, mas precisava de informações para tomar melhor as decisões. Iesa entrou, dessa vez, de forma mais calma.

- E então? - Serioja praticamente foi para cima dele.

- Sem contato com ele.

- E quanto a Ranpur?

- Não temos noticias precisas, mas parece que uma nave de grande porte de S1 quase destruiu a Galaxy e a Euroxx.

- O poder deles está maior.... tente quantas vezes forem necessárias. Precisamos do nosso espião.

 

 

O.o.O.o.O

 

Jhapei olhava o exército de Haykan mobilizar-se na orbita de Bellji. Sabia que um grande ataque estava próximo. A espiã foi conduzida até a sala do líder de S1. Ele estava sozinho.

- Senhor. - fez uma mesura.

- Então Soren teve um filho bastardo. - comentou logo de cara.

- Sim. Ainda não consegui informações mais concisas, pois a casa real está mantendo o caso em segredo.

- A forma do nascimento dele é irrelevante. Ser um Tempestta que é um problema. Isso faz dois na linha sucessão.

- Pensa em fazer algo contra ele? - era algo que queria saber.

- Por enquanto não. Vou esperar o resultado do ataque de hoje.

- Ataque?

- Sim, mandei uma tropa para Ranpur. Vamos ver como os filhos de Soren vão se sair. Preciso que volte a GS.

- Espioná-los?

- Não exatamente. - Haykan ajeitou-se na cadeira. - GS tem uma nova nave. Preciso que descubra tudo sobre ela.

- Nova nave? - estranhou. - como assim?

- É isso que vai descobrir, já que nem o presidente da policia sabia.

Jhapei franziu o cenho. Dara também não havia mencionado nada.

- Irei agora mesmo.

- Quero todas as informações.

- Sim senhor.

 

 

O.o.O.o.O

 

 

Dohko, Shura, Miro, Etah, Aldebaran e Skip chegaram a Ranpur. Os cavaleiros olhavam impressionados o cenário de destruição. Rapidamente foram ao palácio, ficando surpresos ao verem as trepadeiras e a parede de gelo.

-  O que houve aqui? - indagou Miro.

- Longa história. - Saga foi recepcioná-los.

- E como estão todos?

- Bem.

- E a rainha Saga? - indagou Skip.

- A salvo.

Shion e Alisha chegaram pouco tempo depois, assim como Niive e Kanon. Os cavaleiros reuniram-se num canto.

- Até parece que os titãs passaram aqui. - disse Kanon.

- Não tem ideia do que aconteceu no espaço. - comentou Saga. - uma nave de S1 do tamanho da Genesis apareceu.

- Como? - o marina o fitou. - daquele tamanho?

- Sim.

- Como assim daquele tamanho?  - indagou Shion. - você viram a tal Genesis?

- Sim. - respondeu os dois ao mesmo tempo. - é dezenas de vezes maior que a Antares. - disse Kanon. - não imaginava que podia ser construído algo assim.

- Essa guerra está tomando grandes proporções. - falou Mu. - quase o palácio foi atacado. Se não fosse as rosas e o poder de Kamus...

- Em falar em rosas... - Dohko fitou o pisciano. - azuis?

- Mestre, nós precisamos conversar. - Afrodite fitou o ariano.

- Calma. Vamos esperar essa reunião do Giovanni e então veremos isso.

Num outro canto, Evans, Marius, Etah e Kopal analisavam o relatório do embate.  Poucos minutos depois chegaram Urara, Dara e Shaka. Dara ficou bastante aliviado ao ver Iskendar. Giovanni quis começar a reunião imediatamente. Os demais lideres seriam por conferencia, assim como Sttup, Yahiku e a capitã Dianeira.

- Agradeço o comparecimento de todos.  - disse Mask. - primeiramente quero apresentar formalmente a senhorita Suzanna Dianeira, capitã da Genesis.

Ela fez uma mesura.

- Capitã Dianeira, apresente sua nave. - pediu.

- Obrigada alteza, majestades, senhores e senhoras... - Suzanna era uma humana de Maris. Ela explicou todos os dados técnicos da nave. A medida que ouviam os presentes ficavam surpresos e Stiepan sorria de orgulho.

- Estávamos construindo uma nave? - indagou o primeiro ministro de Eniac. – como eu não sabia disso?

- Era algo que não poderíamos revelar, Lancy. - disse Marius. - agora sabemos que fizemos bem.

- Eu também fiquei sabendo a pouco tempo. - comentou Sttup. - até o nome do capitão, descobrir recentemente.

- Era segredo. - brincou Stiepan.

- Nosso mistério foi para um bem maior. - a voz de Giovanni preencheu o ambiente. - foi com ela que conseguimos retirar as pessoas da área de risco. E após o ultimo resgate ela ficará atracada na orbita de Wan. Não é uma nave de guerra e sim de resgate.

- Em poucas horas teremos concluído tudo alteza. - disse a capitã.

- Dara e Urara. - o canceriano os fitou.

- A barreira está sendo reconstruída, - começou a diretora. - sofremos muitos danos, o que compromete os serviços de reparação.

- A minha guarnição foi parcialmente destruída. - completou Dara.

- As naves deles estão bem equipadas, alteza. - disse Yahiku. - Haykan teve o cuidado de se armar. Pelos relatórios que li dos outros ataques, foram naves diferentes. Creio que ele esteja testando seu arsenal.

- Nós tivemos um pouco de sorte. – Niive entrou na conversa. – não tivemos muitas baixas e concordo com o capitão Yahiku. São naves diferentes.

- Essa é Nau Hay 1. – Giovanni mostrou a imagem da nave, quem não tinha visto ficou assustado.

- Dezenas de vezes maior que a Antares, - iniciou Evans. – poder de fogo e defensivo superiores. Talvez a Genesis seja a única que faça frente a frente com ela. Isso com os dados que vimos. Não temos certeza da extensão da sua capacidade.

- Com certeza ela é uma das três naves de S1. – disse Yahiku. – e na minha opinião a Nau 1 deve ser a mais fraca. Nós disparamos 1.5 de torpedo anti e ela resistiu. Seu escudo é mais poderoso que o da Antares, apesar dela ter um poder de fogo maior.

- Stiepan. – Mask olhou para a imagem do presidente de Orion.

- Contra essa especifica, a outra conseguiria abatê-la. – disse.

Sttup, Evans e Marius trocaram olhares, pois sabiam de qual nave falavam.

- Precisamos liderar um contra ataque. – disse Radesh. – se eles viajam até nós, podemos ir até S1.

Saga levantou a mão.

- Diga Saga. – pediu Marius.

- Talvez não seja uma boa estratégia, senhor Radesh. Não temos informações concisas sobre S1.

- E nem conhecemos geograficamente. – Kamus entrou no assunto. – estudei os mapas que temos. Eles não são suficientes.

- Enviar tropas para lá, só faria nossas defesas enfraquecerem. – Saga retomou a palavra. – S1 parece conhecer muito bem nossas posições e conseguem andar por um hadren.

- Concordo com o garoto. – disse Dara. – só temos conhecimento até Bellji, após o planeta podem existir armadilhas. Seria muito arriscado.

- O que precisamos agora, é reunir o maior numero de informações e armar nossas tropas. – disse Kopal.

- Alisha qual o estado das Nias? – Mask a fitou.

- Estão aptas para o uso.

- E a Titan? – o canceriano fitou Stiepan.

- Em poucos dias estará na sua capacidade máxima. Graças ao Aioria. – olhou para o leonino, ficou satisfeito ao vê-lo bem. – ele salvou inúmeras vidas.

- Não foi nada. – disse envergonhado.

- Posso perguntar algo? – Kamus levantou a mão, tendo o consentimento. – senhor Dara e senhorita Urara, há eijis em S1?

- Não. – disse a diretora. – por que?

- Um exército desceu nas proximidades do palácio. E eram fisicamente como os eijis.

- Eles não são como os eijis. – disse a rainha. – S1 não tem estrelas quentes como as nossas. Seus sóis são frios.

- Com o passar dos anos a falta dessa fonte de energia, fez com que eles desenvolvessem um tipo da anomalia. – Iskendar sabia sobre eles. – são albinos.

- Todos? - indagou Mu.

- Sim.

- Haykan também é assim. - disse Kopal.

Os cavaleiros lembraram se do dia que viram Haykan por holograma. Realmente ele assemelhava como um albino.

- Iremos pensar numa estratégia. - Mask voltou ao assunto original. - Temos outro fator a ser mencionado.

Antes que Giovanni começasse a falar sobre o fator, Hely o interrompeu, dizendo ser o senhor Craig.

- Altezas, senhores e senhoras. - fez uma mesura.

- Como está o Cepha? - indagou Marius.

- Apenas as torres foram atingidas. Os laboratórios estão intactos.

- Fico aliviado em ouvir isso.

- Príncipe Eron e príncipe Iskendar, - a seriedade na voz de Craig chamou a atenção dos dois. - minha lealdade a família Tempestta é desde a rainha Bruni e depois de hoje, vejo que GS não está em melhores mãos.

Os dois irmãos fitaram-se sem entender.

- Aquele evento se confirmou? - indagou Evans, sabendo do que ele falava.

- Sim. É uma excelente noticia no meio dessa guerra.

- Do que se trata senhor Craig? - indagou Lirya.

- Desde que descobrimos a existência dos hadrens, muitos cientistas vem levantando a hipótese da existência de um tipo particular de hadren. Como nunca tivemos provas cientificas, não passava de suposições, mas tudo mudou hoje. Vejam isso.

Craig apresentou imagens para eles. Era de uma câmera externa da Euroxx. Nela viram a formação de um hadren vermelho. Tirando os cavaleiros, Iskendar e Evans, os demais ficaram perplexos.

- Isso foi um hadren vermelho? - indagou um assustado Sttup.

- Sim presidente. Ele se abriu, ligando uma região próxima a Ikari até a nossa área. Além de contarmos com dados técnicos, temos a certeza que os motores vandreds são capazes de transitar neles.

- Já fizeram esse experimento? - indagou Dianeira.

- Não foi preciso. A Euroxx transitou por esse hadren.

Todos os olhares foram para Evans.

- Estávamos indo para Ikari, quando soubemos do ataque a Ranpur. Com o hadren fechado, levaríamos certo tempo para chegar, no entanto gastamos apenas dez minutos, num trecho que levaria quarenta minutos dentro de hadren comum e duas horas sem a utilização.

- Dez minutos?! - exclamaram todos.

- Só dez minutos? - Niive não acreditava.

- Sim diretora.

- O hadren vermelho, - iniciou Craig. - é capaz de encurtar ainda mais a distancia entre dois pontos. Uma viagem que demoraria quatro horas para Orion poderia ser feita em duas horas, ou ate menos.

- Há mais desses hadrens? - indagou Alisha.

- Por enquanto só temos registro de um, mas é provável que outros serão ativados com o decorrer do tempo.

- E como se faz para ativar? - indagou Kanon, bastante interessado.

- Hadrens são ativados pelos Tempesttas. - disse Iskendar olhando para o irmão. - Eron ativou.

- Filho? - Lirya tocou a mão dele. - você fez isso?

- Fiz... - murmurou constrangido, já que todos os olhares estavam nele. - eu senti algo diferente e o hadren apareceu.

- É a habilidade especial dele. - comentou Iskendar. - Soren havia dito que ele tinha.

- Não tenho certeza se é isso. Você também é um Tempestta. Pode perfeitamente ativar um.

- Os dois são aptos. - disse Noah. - são descendentes de Kasnner.

- Se outros hadrens aparecerem, teremos uma grande vantagem sobre S1. - Skip sorriu. - poderemos atacar em rompantes.

- As pesquisas ainda irão avançar, mas pode ser uma possibilidade concreta.

A sala encheu de esperança diante da nova descoberta. Mask estava em silencio. Será que realmente podia ativar outros hadrens?

- Vamos trabalhar com o que temos. - disse. - se os hadrens forem cem por cento confirmados teremos uma carta extra na manga.

- Mask. - Afrodite levantou a mão. - talvez o assunto não seja pertinente agora, mas...

- O que houve?

- Em meio a esse fogo cruzado tem os nossos poderes...

Mask franziu o cenho. O palácio envolvido numa muralha de gelo e de rosas azuis era um assunto pertinente. Aioria estava com o cosmo alterado, Kamus havia feito nevar em Clamp. Precisava de mais detalhes até mesmo para que os amigos não fossem colocados em risco.

- Mestre. - o canceriano o fitou.

Shion olhou para os subordinados. Lentamente levantou.

- Mu e eu estamos com a muralha de Cristal mais fortificada. Shura por enquanto não mostrou nada de diferente... - o capricorniano concordou. - Mask é um Tempestta, Saga e Kanon sem alterações. Aldebaran suporta o calor e está com capacidade de recuperação. Aioria... - fitou o leonino.

O cavaleiro abriu e fechou as mãos. As luzes piscaram.

- Legal... - murmurou.

- Cuidado para não queimar nada. - disse Mask.

- Só estava brincando...

- Tenha um pouco mais de cuidado. - disse Shion. Mu, tinha razão quando disse que o cosmo do leonino estava diferente. Estava mais forte e vibrava de forma distinta. - Dohko está normal, Kamus?

- Com ou sem cosmo consigo criar estruturas de gelo. Antes fazia pequenos objetos, hoje...

- Além de fazer nevar. - disse Dohko.

- Foi apenas uma vez. - respondeu.

- Não foi. - Miro fitou o amigo. - eu pensei que fosse pela atmosfera do planeta, mas depois de ver em Clamp...

- Do que está falando? - indagou Eron.

- No dia do resgate da Beatrice. Eu fiquei na nave. Durante todo o tempo nenhuma partícula de neve caia nos arredores de onde Bia tinha caído, ao contrario da área onde estava a nave. Quando Kamus chegou, o nosso entorno começou a nevar.

- Não pode ser evento natural do planeta? - comentou Simon.

- Pode, mas acredito que não.

Shion franziu o cenho.

- Afrodite?

O pisciano elevou um pouco o cosmo fazendo aparecer uma rosa azul.

- Essa rosa cria trepadeiras capazes de transpassar metal e são muito resistentes a ataques.

- Shaka, - Shion tomou a palavra. - consegue ter visões e sua barreira ficou mais sofisticada.

- Também... - murmurou, olhando para Urara. - conte o que viu.

A diretora arqueou a sobrancelha.

- Estávamos no meio da batalha, quando Shaka desmaiou. Chamei-o diversas vezes, mas nada até que o vi fora da nave. Ele estava envolvido por uma luz dourada.

- Eu não sei como mestre, - Shaka falou. - mas meu espírito deixou o corpo e sem dificuldade  consegui disparar meu golpe contra as naves. Após isso eu despertei.

- Projeção espiritual. - disse Noah, impressionado por ele também ter essa capacidade. - é uma habilidade de elementar. Soren também conseguia fazer isso. Você projeta seu espírito e consegue realizar tarefas como se usasse o corpo físico.

Os cavaleiros ficaram surpresos.

- Mas você projeta seu cosmo. - Aioria o fitou. - não fez isso com o Ikki?

- Mas não consigo "aparecer". Hoje foi a primeira vez.

- Uma nova habilidade... - murmurou Shion.

As demais autoridades fitavam uns aos outros. Sem duvida os amigos do príncipe não eram pessoas comuns.

- Eu não tenho nada disso. - disse Miro. - estou normal.

Etah o fitou, aquilo que tinha acontecido em Maris era normal? Mal acabou de pensar e Miro de falar, a sala foi tomada por uma forte ventania. Pequenos objetos começaram a voar.

- Sem gracinhas. - ralhou Mask, olhando os companheiros.

Um cosmo manifestou, fazendo as rajadas aumentarem.

- Miro!

O cavaleiro levantou assustado. Antes que os ventos começasse a destruir as coisas, Iskendar levantou as mãos. O vento foi contido numa espécie de bolha. Giovanni e Marius fitaram o Tempestta na hora. O vento diminuiu.

- Miro. - Shion o chamou.

- Eu não sei como fiz isso!! - exclamou. - juro que não sei! Foi a primeira vez!

- Não foi... - disse Etah. - a sala foi destruída desse mesmo modo. - o piloto contou a todos sobre a sala de treinamento.

- Eu?

- Foi da mesma maneira.

Shion o fitou. Mais um tinha o poder manifestado de forma diferente.

- Não é a segunda vez que isso acontece. - disse Dite. - lembra da ilha de Andrômeda? Você a destruiu assim.

- Verdade... - comentou Saga.

- Mas daquela vez... eu estava controlando o meu cosmo...

- Alguns poderes manifestam sem cosmo, outros com cosmo, - Shion voltou a falar. - a atmosfera daqui nos afeta de forma diferente?

- É uma possibilidade Shion. - disse Marius. - só o fato de terem poderes dos elementares já é algo a levar em conta.

- Eles já foram a Ikari? - indagou Sttup.

- Não.

Noah ouvia tudo em silencio. Horas antes a Enraiha mostrou as imagens. Ele olhou para os cavaleiros. Se contassem com o príncipe seriam treze pessoas o que não condizia com as imagens e nem com as onze sombras que viu dias antes, mas sempre achou que a vinda daqueles jovens tinha um significado a mais. Que os elementares ainda exerciam influencia na galáxia, mesmo com a maioria da população apagando  a existência deles.

- Precisamos investigar um pouco mais. – disse Lirya. – ainda mais que seus poderes tem nos ajudado.

- Se não fosse Aioria, a tripulação da Titan... – comentou Stiepan.

- Vocês salvaram a população de Ox. – lembrou Evans.

- E de Clamp. – completou Skip.

Os cavaleiros ficaram sem graça. Beatrice os fitava, subitamente lembrou-se de uma estória contada por sua mãe quando era criança. Eram lendas, que os pais contavam para os filhos antes de dormir, mas que assemelhava um pouco a situação. Era cética quanto as coisas místicas e tais, mas depois de testemunhar tantos feitos dos terráqueos, nada era impossível.

- Existe uma lenda... – iniciou. – que minha mãe contava quando eu era criança. Tenho certeza que todos aqui já ouviram de pais e avós, mas creio que hoje isso se perdeu devido a falta de crianças,  baixas na guerra e nossos avanços tecnológicos, que nos deixaram mais lógicos.

- Do que fala Beatrice? – indagou Lirya.

- Temos poucas estórias e história sobre os elementares, que chegaram até os dias de hoje, com exceção dos Tempesttas. Enraiha é a ultima ponte física entre eles.

Os eijis concordaram.

- Qual estória Bia? – indagou Niive.

- A dos guerreiros da luz.

Os presentes ficaram surpreendidos.

- "A galáxia, ainda uma criança, necessitava de proteção e ajuda. Doze guerreiros de roupas douradas se espalharam pelos planetas... eles ficariam conhecidos como os guerreiros da luz..."

- Me lembro disso... - murmurou Etah. - minha mãe me contava isso.

- Eu achava que ninguém mais ouvia isso. - disse Yahiku.

- E que era uma lenda só do meu planeta. - disse Iskendar.

- Todos temos um passado em comum. - Noah tomou a palavra. - é natural que as lendas sejam as mesmas.

- Todos já ouviram isso? - indagou Shion.

- Sim. - disse Sttup. - com o desenvolvimento dos planetas, essas lendas foram se perdendo. Estou surpreso por pessoas tão jovens, - olhou para Beatrice e Etah. - saberem sobre elas.

- Eu também já ouvi isso... - murmurou Mask olhando para a mãe.

- Eu lhe contava antes de ir dormir. - sorrriu.

- Acham que isso tem a ver conosco? - indagou Miro.

- Se olhar pelo numero não. - Stiepan os fitou. - com o príncipe são treze. E disseram que um de vocês permaneceu em VL.

- Pode ter a ver sim. - disse Alisha. - Shion e Mu são protegidos pela mesma vestimenta e um é sucessor do outro. Isso os  torna um só.

- Saga e Kanon são gêmeos... - iniciou Iskendar. - vocês podem vestir a mesma vestimenta não é?

- Sim. - respondeu o geminiano mais velho.

- O que faz onze guerreiros... - a voz de Noah preencheu o ambiente. - com o que está em VL completaria os doze. - agora as coisas faziam sentido para ele, mas ainda era cedo para contar aos demais sobre as visões da Enraiha. - a simples presença deles perto de Ikari poderia ter desencadeado isso. São servidores de uma elementar.

Shion tentava acompanhar o raciocínio deles.

- Me esperem um minuto. - Lirya levantou.

A rainha saiu as pressas. Se aquilo tudo estava interligado só havia um lugar que poderia ter aquela informação. Rapidamente foi até o quarto do filho, pegando o livro de capa negra.

Na sala, as teorias começaram a surgir.

- Isso irá nos guiar, - ela entrou. - Eron.

O canceriano pegou o livro negro.

- O livro dos Tempesttas...

- Por favor alteza. - pediu Rodhes, bastante curioso.

Giovanni abriu o livro. Logo no capitulo um estava escrito "Ikari". Ele leu rapidamente.

- Conta sobre Ikari, sua formação e modo de vida.

- Deve existir um capitulo especifico. - disse Shura.

- Obi e Alaron tiveram influencia de elementares, - disse Alisha. - talvez exista algo sobre isso.

- Sempre relegamos esse assunto a segundo plano e agora... - comentou Kopal.

Eron percorreu as paginas, até que parou num capitulo intitulado "Os doze elementares"

- Achei. Há época da emigração, doze elementares resolveram permanecer por um tempo,- começou a ler, tentaria resumir o conteúdo. - O grupo dividiu-se em três. Quatro foram para o planeta Obi onde transmitiram os ensinamentos sobre visões. Eles misturaram com a população local e em seguida partiram para onde os demais elementares foram, não antes de deixar a Enraiha.

- É por isso que temos alguma porcentagem deles. - disse Urara.

- Aqui cita os nomes: Aila, Fraser, Ramsay e Vanora. Aila a elementar da crença, Fraser o elementar da dualidade, Ramsay o elementar da temperança e Vanora a elementar da lealdade... o que significa isso senhor Noah?

- Pelo que eu sei, os elementares eram conhecidos por uma característica, um traço da personalidade, que predominava nas demais. Diz algo a mais no livro?

Giovanni voltou o olhar para o livro.

- Cada elementar tem uma condição especial - voltou a ler - Aila podia projetar seu espírito, Fraser o domínio do transporte, Ramsay o mago do gelo e Vanora da terra.

- E quanto aos demais? - indagou Lancy querendo mais informações.

- O segundo grupo partiu em direção a Alaron e assim como os de Obi deixaram ensinamentos e partiram em seguida. Eles foram responsáveis por trazerem os humanos das terras primitivas.

- Terras primitivas? - indagou Alisha. - não temos conhecimentos dessas terras.

- Creio que seja o planeta Terra, alteza. - disse Shion. - para os habitantes dela os atlantiks eram muito mais evoluídos.

- Ele tem razão. - Giovanni fitou a princesa. - continuando... seus nomes eram Fay a elementar da sabedoria com o poder das estrelas, Han o elementar da cura e poder das plantas, Mira a elementar da dignidade e poder do fogo e Usha o elementar da honradez e do poder dos ventos.

- Sempre tivemos orgulhos das nossas raízes elementares, e no entanto deixamos essa história se perder assim... - murmurou a princesa.

- Não se sinta culpada princesa. - disse Evans. - eles partiram há mais de cinco mil anos e sem acesso a Ikari a história foi se perdendo.

- Até agora. - disse Sttup. - continue alteza.

- O ultimo grupo partiu para o convívio dos humanos. Antes de seguirem em direção aos outros, deixaram descendentes, mas apenas um, o filho de Torin,  Kasnner herdou os poderes dos elementares, sendo capaz de controlar o clima. Ele se tornou o rei de Ranpur, dando inicio a dinastia Tempestta...

- Ao que parece, dos doze, Torin foi o único que teve filho com poderes. - comentou Shaka.

- Tem os nomes, - disse o canceriano. - Eadan a elementar da coragem e do poder elétrico, Kieron o elementar da benevolência e da força, Onóra a elementar da parcimônia e do poder da água e  Torin o elementar do julgamento e do espírito.

- Cada um com uma particularidade... - murmurou Kamus.

Iskendar ouvia calado, nunca foi de acreditar na existência desses seres, mas...observou os amigos do irmão. A lenda dizia doze guerreiros da luz e os terráqueos usavam uma vestimenta dourada. Os doze elementares que foram para os planetas tinham poderes, e eles o tinham. Ele e Eron eram descendentes de Kasnner, mas Eron tinha muito mais poder do que ele, então...

- Fay... - apontou o dedo para Shion e Mu. Eles eram atlantiks e pelo que lembrava Shion era o patrono deles. - os dois representam a elementar Fay. Ele é o mestre de vocês, creio que seja sabio.

- Como assim? - Dara o fitou.

- Gustavv é o Han, já que tem a capacidade controlar rosas. Usha é o Miro. - O escorpião o fitou assustado. - vimos que pode criar ventos. Eadan é o Aioria com seu poder elétrico. Kieron é Aldebaran, já que possui força semelhante aos kalahasti.

Os demais acompanhavam a linha de racicionio de Iskendar, aquilo fazia sentido.

-  Shaka representa Aila, Kamus a Ramsay, Saga e Kanon são Fraser e Eron representa Torin. Restaram Vanora, Mira e Onóra e Shura e Dohko.

- Dohko é a Onóra. - disse Shion.

- Faz sentindo... - murmurou pensativo.

- Acha isso? - Mask fitou o irmão.

- São só suposições mas tudo é plausível. Só há um lugar que teremos essas respostas.

- Ikari. - disse Shaka.

- Sim. Tudo pode ser uma grande coincidência ou...

- Como a história dos elementares foi se perdendo ao longos dos séculos, esses fatos são um pouco estranhos para nós e não temos muitas informações. - disse Simon.

- Pensaremos nisso mais tarde, - disse Mask. - vamos deixar GS em paz e depois trataremos sobre os elementares. Nosso foco agora precisa ser um contra ataque. - olhou para Marius. - um olho em S1 e outro em Serioja, ele está muito quieto.

Noah guardou bem as observações do príncipe mais velho. Tudo fazia muito sentido. E se aquilo fosse verdade, poderia afetar o rumo da guerra.

A reunião durou mais algumas horas, com as estratégias de guerra a serem usadas. Ao final, Shion reuniu-se com os dourados.

 

O.o.O.o.O

 

 

Todas as armaduras estavam dispostas no salão principal uma ao lado da outra. A rainha Lirya e os demais estavam lá. Shion estava parado diante delas. Elas tinham sido restauradas há um ano o que não demandava grandes consertos. A de leão estava descontaminada.

- Como iremos fazer mestre? - indagou Mu. - não temos nossos instrumentos.

- Temos. - ele trazia uma caixa nas mãos. - eram do rei de Alaron. - abriu-a.

- São como as nossas! - exclamou o ariano mais novo.

- Sim. Pegue o oricalco, vamos começar.

Os dourados foram para perto dos demais expectadores. Shion dividiu os instrumentos com Mu e a quantidade de armaduras, a única que ficou separada foi a de dragão marinho.

Quando os dois arianos ergueram as ferramentas e tocaram nas armaduras, os presentes puderam ver o brilho dourado que surgia a medida que as ferramentas, o oricalco e as armaduras combinavam-se.

Alisha assistia a tudo maravilhada. Nunca imaginou que o oricalco poderia ser usado para aquele fim. A princesa observava os movimentos de Shion. Ao mesmo tempo que eram precisos eram graciosos. Sorriu.

Mask e Saga explicava aos naturais de GS como era feito aquele conserto.

Cerca de vinte minutos depois eles tinham terminado o serviço. Shion caminhou até a escama. Nunca tinha restaurado uma armadura que não fosse de Atena então não saberia se a técnica seria a mesma.

- Quando foi ressuscitado sua escama estava onde? - olhou para o grego.

- No templo submarino.

Shion voltou a atenção para o objeto. Longe do santuário não tinha como consultar os livros antigos então agiria na intuição. Se eram proteções o conserto deveria ser o mesmo.

Muniu-se de um pequeno machado e oricalco, iniciando os trabalhos. Para a sua surpresa a escama respondeu de forma satisfatória e em poucos segundos estava pronta.

- Espero que as usem com sabedoria.

 

 

O.o.O.o.O

 

Nos confins da galáxia, sem a visão de GS, os trabalhos seguiam a todo vapor. Numa lua, naves de S1 pousavam e decolavam. Inúmeros homens trabalhavam arduamente em prol do seu senhor. Uma pequena nave, aproximava. Ela passou por alguns vales e subiu de altitude para transpassar algumas montanhas. O piloto sorriu ao ver a grande construção em aço. Em poucos dias o maior triunfo de S1 estaria completa e pronta para dizimar GS...

 

 

O.o.O.o.O

 

Depois de resolver sobre o contra ataque, Mask procurou um lugar para se refugiar. Queria pensar nos próximos passos. Usando sua telecinese foi para o alto do palácio, na torre mais alta. Ali não seria surpreendido por ninguém. Observava o pôr do sol...

- Você gosta de se esconder.

O canceriano olhou para trás, Iskendar estava parado.

- Queria pensar. Como me encontrou?

- Eu "sinto" sua energia. Deve ser por sermos Tempesttas. - sentou ao lado dele.

- Dara?

- Foi para o hotel. Disse que teria mais privacidade. - riu.

- Jhapei?

- Não deu noticias. Ela está bem.

- A conhece há muito tempo?

Iskendar ficou surpreso com a pergunta.

- Desde adolescência. Dara meio que a pegou para criar. É uma boa pessoa.

- Diga a ela que a minha proposta ainda está de pé. Ela terá segurança aqui.

- Pode deixar.

- Quando falaria? - Mask o fitou sério.

- Quando achasse que fosse a hora. Tem poucos dias que descobri aquilo.

- Pode parar qualquer coisa?

- Parece que sim. - passou a mão pelos fios brancos. - Ainda é cedo para dizer que aquilo é o meu poder Tempestta.

- Deve ser. Nosso pai disse isso.

- Seu pai disse isso. - frisou. - E como fará com os hadrens vermelhos?

- Eu não sei ativar aquilo, - voltou a atenção para o horizonte ignorando a primeira frase. - e pode ter sido sorte.

- Sorte, como seus amigos ganharam aqueles poderes? Vocês não são normais.

- Obrigado pelo elogio. - sorriu.

- Entendeu o que eu quis dizer. Eu sempre achei nossas lendas estúpidas, mas depois de tudo que vi e testemunhei não duvido de mais nada. Dara me contou o que Shaka fez. Um humano, um eiji não são capazes disso.

- Nem nós conseguimos entender... as vezes penso que a explicação possa está em Ikari.

- Não é onde a Ramaei está? - deu um sorriso provocador.

- Pode ser interessante. - devolveu o sorriso. - Estamos nos saindo bem irmãozinho.

O anoitecer avançou em Shermie. Por está numa situação de plena guerra, Urara e Shaka acharam melhor permanecerem em quartos separados. A noite seguia alto...

Shaka deitado em sua cama, tinha o sono inquieto. Em sua mente via uma estrutura metálica e algo explodindo. Não era um alvo pequeno, pois via a intensa luz amarelo-vermelha propagando-se. Uma onda de tristeza invadiu o seu ser quando a luz deu lugar a escuridão do universo.

- Não! - gritou acordando.

- O que foi Shaka? - Aioria aproximou.

- Um pesadelo... - estava atordoado. - ou uma visão...

- O que sonhou? - indagou Dite.

- Algo explodindo.

- Uma bomba em algum prédio. - disse o grego.

- Não... - o fitou. - era algo muito maior e com grande impacto. Eu senti como... - parou de falar para encontrar as melhores palavras.

- Como o que?

- Como se muitos cosmos fossem apagados...

Afrodite e Aioria trocaram olhares. O que deveria ser?

Alguns andares abaixo...

Hely acordou assustada. Tivera um sonho ruim. Sentiu um aperto no peito ao se lembrar de seu lar. O mesmo sentimento de apreensão apoderou-se de Urara e Dara. Dormindo no quarto do hotel de Iskendar, o governador acordou no meio da noite.

- Que sensação é essa... - olhou para a janela vendo as luas de Ranpur iluminarem a noite.

 

O.o.O.o.O

 

Era madrugada em Obi, mas Noah estava desperto. Não tinha ido para casa e sim permanecido na sala da Enraiha. Desde a visão de horas antes, a bola estava apagada. Pensava nelas e nas informações sobre os cavaleiros da elementar Atena. Será que tudo estava interligado? Será que os elementares de forma indireta tinham conduzido aquela informação? A maioria da população não acreditava mais neles e eles nunca, em milênios, havia intercedido na galáxia.

- Será que está tudo interligado? - a voz perdeu-se na sala.

Subitamente a Enraiha brilhou. Noah aproximou-se para ver a imagem que ela mostrava.  Viu dez brilhos dourados formando um circulo em torno da insígnia real de Ranpur. Os brilhos eram os símbolos que havia visto na visão anterior.

- O que significa... - aproximou um pouco mais.

A imagem continuou com agora doze brilhos circulando o símbolo de S1. A luz intensificou fazendo o símbolo dissolver.

- É uma guerra tecnológica... o que eles podem fazer?

Depois o símbolo de S1 foi substituído pela imagem do planeta Ikari. Os brilhos "entraram" no planeta.

A luz da Enraiha se apagou. Noah piscou os olhos diversas vezes. Precisava entender as imagens, mas uma coisa tinha certeza: a resposta estava em Ikari.



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