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História Tempestta - A Grande Traição


Escrita por: KrikaHaruno

Capítulo 31 - A Grande Traição


Capitulo 31

A Grande Traição

 

 

Depois de conseguir localizar a suposta nave, Afrodite, usando uma das fendas de Saga, conseguiu voltar ao solo em segurança.

- Conseguimos.

- Parece que sim... - murmurou Deba. - vamos... - ele parou de falar ao sentir algo na face. Passou a mão vendo sangue.

- Deba? - Afrodite assustou-se, ao ver o nariz do taurino sangrando. - o que?

- Eu... - Saga foi de joelhos ao chão. O nariz sangrava.

Dite olhava os amigos sem entender. Voltou a atenção para a barreira, suas rosas azuis estavam muchas.

- Por Atena! - desfez a barreira.

Correu para o palácio. Enquanto passava pelos corredores vias as pessoas no chão e com os mesmos sintomas de Saga e Deba: sangramento no nariz. Alcançou rapidamente o local onde a rainha, Marius, Beatrice e Etah estavam. Os quatro estavam no chão.

- Majestade! - a amparou. - majestade! O que houve...? - fitou os demais.

De repente começou a sentir sutilmente um odor diferente.  Levantou e foi até a janela. As rosas estavam completamente murchas. Tentou chamar os companheiros por cosmo, mas não conseguiu.

- O que houve....?

Teve um estralo. Antes de ser destruída a nave começou a disparar sem parar. Provavelmente havia alguma substancia química. Veneno.

- Etah, responda. Etah.

Dite olhou para o garoto, ele trazia um comunicador nas mãos.

- Senhor Evans?

- Etah?

- Gustavv. Escute, não pouse nas proximidades do palácio. Parece que S1 atirou algum veneno. Preciso que arranje equipes médicas.

- Veneno?? E a rainha??

- Foi afetada. Vou tentar descontaminar a região. Entrarei em contato quando terminar.

- Mas...

Afrodite desligou.             

- O alvo deveria ser apenas o palácio... e se estou de pé, quer dizer meu corpo é imune a esse veneno... mas será que é uma toxina derivada de alguma planta? Não importa.

O cavaleiro agachou, abrindo a palma da mão direita sobre o chão. Elevou seu cosmo, de sua mão surgiram vários ramos de rosas que começaram a espalhar pelo local. Sobre cada pessoa, um ramo envolvida o braço e um espinho o espetava. Esse procedimento foi feito com todos. Trepadeiras mais grossas entravam no solo ao redor do palácio. As paredes também continham.

- O que ele esta fazendo...? - um ramo enrolou-se no pé de Deba.

- Está canalizando o veneno... - murmurou o geminiano, olhando as trepadeiras envolverem o palácio. - não sabia que ele fazia isso.

Depois de espalhar os ramos a todos os lugares, Dite começou a elevar seu cosmo. Seu plano era absorver o veneno o maximo que pudesse. Com as primeiras doses, sentiu apenas um ligeiro desconforto, como na batalha contra Loki, mas com o passar do tempo, seu corpo sentiu os efeitos do veneno.

- Preciso absorver o maximo que eu puder...

Aumentou seu cosmo e capacidade de sugar. Dois filetes de sangue desceram pelo nariz.

A tática estava dando certo. O sangramento em Lirya e nos demais tinha parado e já estavam menos pálidos.

- Só mais um pouco...

Afrodite custava a manter os olhos abertos. O corpo estava fraco e a qualquer momento desabaria. Forçou-se mais um pouco....todos respiravam normalmente e os primeiros começaram a despertar. Já o pisciano estava bastante pálido, respirava lentamente e com sangramento também na boca.

- Gustavv...

Ele olhou para o lado. Lirya tinha despertado.

- Cumpri minha missão...

O pisciano foi ao chão.

- Gustavv!

No exterior do palácio...

Saga e Deba sentiam-se bem melhor.

- Precisamos ajudar oGustavv. - disse o brasileiro.

Saga abriu uma fenda, encontraram com a rainha e Beatrice chamando o insistentemente enquanto Etah chamava por socorro.

- Saga ele...

- Absorveu todo o veneno. - agachou ao lado dele. - o corpo dele consegue suportar toxinas, mas... - o rosto do amigo estava muito pálido. - ele precisa de um médico.

 

xxxxx

 

 

Depois do ataque de Shaka, as naves restantes de S1 partiram em retirada. O cavaleiro olhava para o céu, a espera da última nave. Quando viu que era seguro, deu as costas indo até a barreira.

- Shaka... - murmurou Urara.

Ele a desfez. Os soldados que estavam próximos fitavam-no impressionados. Ele parecia um elementar encarnado.

- Você está bem? - indagou a diretora, ainda incomodada com a palidez da pele.

- Sim. Eles foram embora?

- Foram. Pelo visto Eike não era tão importante.

- Provavelmente foram para Ranpur. Devemos ir.

Ela concordou. Noah havia lhe contado sobre os prodígios dos elementares, escritos nos livros antigos de Obi. Soube do encontro dos amigos de Eron com um elementar em Ikari...

- Qual o limite do seu poder? - indagou.

- Não há limite. Enquanto tivermos o propósito de proteger alguém, nossa cosmo energia não se extinguirá.

 

xxxxx

 

Alisha aproximava lentamente de Shion. Não sentia, mas via uma luz dourada circundá-lo. Ao olhar para o céu, viu uma barreira. A quase uma hora ele estava ali e temia que o uso prolongado do tal "cosmo" fizesse mal. Realmente Shion sentia-se fraco. Nunca tinha usado sua energia por tanto tempo e naquele nível, mas a segurança de Alaron e Alisha estavam em primeiro lugar.

- Shion... - parou atrás dele.

- É melhor ficar dentro do castelo. - não tirou a atenção da barreira.

- Parece que os ataques diminuíram. As últimas naves de S1 estão batendo em retirada. Não há mais ameaças.

- Mesmo assim vou continuar por mais um tempo.

Alisha aproximou mais parando dessa vez na frente dele.

- Shion??!

O ariano estava pálido e suava muito. Infelizmente não tinha cosmo, como Sasha teve para manter uma barreira ao redor do santuário. Sentiu a cabeça rodar e só não foi de joelhos, porque Alisha o amparou.

- Shion??!!

- Estou bem...

Tentou levantar, mas sentia-se esgotado. A muralha começou a trincar e segundos depois espatifou-se.

- Shion!!!

Alisha gritou receosa, o ariano tinha desmaiado.   

 

 

O.o.O.o.O

 

 

Dentro da Antares, médicos e enfermeiros corriam apressados pelos corredores, conduzindo os feridos, Mu e Miro. O estado do ariano era delicado, pois havia perdido muito sangue, mas felizmente nenhum órgão tinha sido acertado.

Quanto a Miro, seu estado era muito grave. Tinha sido um milagre não ter morrido na hora.

Hely contava a Yahiku o que tinha acontecido.

- Eles agiram como perfeitos soldados... - murmurou o capitão. - valentes...

- Precisamos comunicar a Ranpur.

- Eu mesmo irei fazer isso.

O capitão da Antares seguiu para a sala de comunicação. Contaria primeiro para o príncipe. Ficou surpreso ao descobrir que ele seguia para onde estavam.

- Capitão Yahiku. - disse Mask surpreso.

- Está sendo imprudente em vir para cá alteza. - disse. - nossa batalha ainda não acabou.

- Não poderia ficar sentado. - sorriu. - tem noticias?

- As tropas de S1 foram pegas de surpresa. Estamos nos saindo bem ou quase...

- O que aconteceu? - indagou. Shura e Kamus também prestavam atenção.

- Tivemos feridos entre eles seus amigos. Sinto informar que o estado deles é delicado, principalmente de Miro.

- O que tem ele? - Kamus adiantou-se.

Yahiku contou como tudo aconteceu. Shura ficou em silencio, enquanto Kamus pálido.

- Chegaremos em poucos minutos. - disse Mask visivelmente preocupado.

A comunicação encerrou-se.

- Risco de morte? - Kamus não acreditava.

- Ele vai se recuperar como Aioria se recuperou.  Shura, a toda a velocidade.

As batalhas comandadas por Dara estavam terminando com saldo positivo para GS. As naves de S1 haviam recuado e faltava pouco para o término. Dara recebeu a noticia que a Antares e o príncipe dirigiam-se para lá.

Na sua base secreta, Haykan ordenou que sua Hay 3 ficasse a postos. Não havia mais nada a fazer para recuperar Bellji, mas ainda não era o fim. Antes que os combates terminassem mostraria seu trunfo a GS.

Cerca de meia hora, as três frentes se encontraram na Antares.

- Sendo imprudente alteza. - disse Dara.

- Estou costumado a agir. - disse Mask. - como foi tudo?

- Um sucesso.

Eles foram levados para onde o capitão estava. Yahiku e Hely escutavam atentamente os dizeres dos médicos, quando os demais chegaram.

- Alteza. - o capitão fez uma reverencia.

- Como eles estão?

- Alteza, - o médico fez o mesmo. - não tenho boas noticias. Sobre o atlantik, - fez uma pausa. - ele perdeu muito sangue, mas realizamos uma transfusão. Do pescoço para baixo suas funções estão normais.

- Como assim do pescoço para baixo? - indagou Shura.

- Ele está em coma. Fizemos vários exames e fisicamente o cérebro dele não está lesionado, mas ele encontra-se em coma. Não temos aqui toda a nossa aparelhagem para realizarmos uma investigação mais profunda, porém a priori, não há motivo para o coma.

Giovanni, Kamus e Shura trocaram olhares.

- Isso quer dizer que ele pode acordar a qualquer momento ou daqui a anos.

- Sim alteza.

- E o Miro? - indagou Kamus.

O rosto do médico tencionou.

- Ele teve muitos órgãos perfurados e partes da coluna afetados. Fizemos uma cirurgia no cérebro e está em coma induzido. Ele é forte, mas devemos esperar o pior.

O francês ficou pálido, Miro corria risco de morte?

- Ele vai sair dessa como Aioria saiu. - disse o canceriano de forma séria. - vamos levá-los o mais rápido para Ranpur. Capitão, reúna nossa tropa, irei abrir um hadren vermelho.

Sirenes interromperam as ordens.

- Capitão! Detectamos uma grande nave dirigindo-se para cá. - um policial entrou as pressas na sala.

- S1?

- Sim. Chegará em poucos minutos.

- Alerta vermelho. - correu para a cabine de comando. - liguem os escudos. Avisem todas as tropas e os faça virem para nossa área a todo vapor.

Mask e Dara seguiram o capitão. Shura seguiu com eles. Kamus e Hely permaneceram na área hospitalar.

- Não encerram os ataques? - indagou o príncipe.

- Ao que parece não... e temo que será uma retaliação.

- Por que diz isso? - Dara retrucou.

- As dimensões da nave. São maiores que Nau 1.

- Isso significa que... - murmurou Shura. - Nau 3?

Orrin havia assumido o comando da Nau 3. Da cabine, coordenava sua tripulação. Haykan estava sentado um pouco afastado. O olhar estava nas luzes azuis do hadren. Dominar aquele meio físico trouxe um grande desenvolvimento para sua galáxia.

- Sendo um Tempestta, consegue ativá-los? - indagou a pessoa ao lado.

- Sim. - a voz saiu fria.

- Cinco minutos para a chegada senhor. - disse Orrin.

- Liguem os escudos, mas não quero que ataquem em hipótese alguma. Se eles atirarem, deixe-os. Quero também que façam uma transmissão a Ranpur.

- Sim senhor.

- E cuide do outro caso. Não quero sangue de GS circulando na minha nave.

- Será feito.

Na base secreta, Serioja estava com ódio. Todo o seu esforço de ganhar a confiança de Haykan estava arruinada. Era para ele estar naquela nave.

- Não vai ficar assim. Não vai...

De volta a Nau 3, ela preparava-se para atingir o espaço orbital onde a Antares estava. Stiva andava pela nave impressionado. Ela era uma potência e GS não teria chance.

- Piloto Stiva? - dois militares aproximaram.

- Sim. - o garoto sorriu.

- Senhor Haykan pediu que nos acompanhasse. Ele tem uma missão para você.

O kalahasti concordou. Na batalha, tinha destruído alguns alvos, mas precisava de mais para impressionar o líder de S1. Os dois militares o conduziu por um longo corredor e depois desceram vários níveis na nave. Quando a porta do elevador abriu, Stiva estranhou ser levado para o compartimento de carga.

- Por favor Stiva. - um deles indicou para que saísse.

Um pouco ressabiado ele saiu. Começou a sentir uma sensação estranha e escutou atrás de si o barulho de algo destravando. Ele virou, os dois militares apontavam para ele.

- Senhor Haykan agradece os serviços prestados.

Stiva não teve tempo de dizer nada. Foi morto.

Na Antares, o clima era de apreensão. Todos estavam em alerta para um possível ataque por parte de S1. Quando o cronometro zerou, um hadren abriu diante deles. Todos os olhares foram para a nave em formato de diamante. Ela era cinza e alguns quilômetros maior que a Antares.

- Dados? - Yahiku olhou para um controlador.

- Podemos ser destruídos com apenas um ataque.

- Preparem nossos torpedos, vamos...

- Espere capitão. - pediu Mask. - não ataque.

Olharam para ele surpresos.

- Como não? - disse Dara. - eles podem nos destruir.

- Não farão isso... - o canceriano não tirava o olhar da nave. - estou com a sensação que...

O painel da nave apitou.

- Uma comunicação senhor.

- Coloque na tela.

Apareceu a imagem de Haykan.

- Saudações vossa alteza real. - disse sorrindo. - é um prazer e surpresa revê-lo.  Até pedi um canal para Ranpur. Vejo que não era necessário.

- O que devo a honra? - o sorriso saiu cínico.

- Primeiro parabenizá-lo. Seu ataque a Bellji foi um sucesso. Conseguiu acabar com as minhas bases militares e isso me deixou um pouco nervoso.

- Tenho meus truques. Pena que a Nau 3 não estava perto.

- Sorte a minha.

- Mas não veio até aqui apenas para me parabenizar, tão pouco começar uma batalha, já que sua nave tem um poder maior que a minha e ainda não atirou.

Haykan riu.

- Aprecio seu humor. Você é mais divertido que seu pai. - disse intencionalmente. - Mas não vim para batalhar. Apenas comunicar que conto com uma nova ajuda.

- Deixe me adivinhar... Serioja.

- Também, mas ele é algo insignificante. Sei que você também o manipulou.

- Como você mesmo disse, as vezes precisamos dos menores.

A transmissão também era feita para a base secreta de Haykan. Serioja ouvia tudo com ódio. No final Iskendar não havia mentido. "Eu mato os dois", pensou.

- Não estou falando dele. Eu peço a atenção de todos, - fitou os cavaleiros, Dara e Yahiku. - quero contar a história da minha família.

Mask que trazia os braços cruzados, descruzou-os.

- Deve ser interessante, para vir até aqui me dizer.

- Claro, pois de certa forma envolve seu pai.

A menção de Soren deixou todos em alerta. Quando viu que tinha a atenção Haykan iniciou:

- Antes mesmo da guerra de quinze anos atrás meu pai, decidiu enviar algunssloanis para que vivessem aqui e fossem como espiões...

Em Ranpur, a transmissão era assistida na sala de reuniões. Marius tinha abandonado um pouco o luto para prestar atenção.

- Dentro desse grupo, minha única filha também foi escolhida. Como neta do grande Haypen, ela seria muito útil para os nossos propósitos. E assim eles partiram, em direção a vários planetas de GS. Ela voltaria nas proximidades da guerra, entretanto ela cometeu um grave erro. Ela se rendeu ao povo de GS.

- Somos irresistíveis. - Mask provocou.

- Creio que sim. - sorriu. - cerca de quinze anos antes da eclosão da primeira guerra, ela traiu seu povo. Minha filha teve um filho de GS, trazendo vergonha para nossa família. Depois desse ato, não quis ter mais noticias e julguei o passado enterrado, até que veio até mim o maior presente que ela poderia ter me dado. Depois de tantos anos posso contar com a ajuda do meu neto.

Dara não dava importânciaa história de Haykan. Julgava mais uma excentricidade por parte dele, contudo algo naquele relato o incomodava. Sua percepção por ser eiji apontava que havia algo errado naquilo.

- Uma história triste Haykan. - disse Mask. - infelizmente ela não terá um final feliz. Tudo que for contrário a GS será aniquilado. Isso incluiu você e seu neto.

Iskendar ouvia tudo. Haykan deu um leve sorriso.

- Acha que vai nos destruir?

- Tenho certeza. Se Rihen e Athos que eram um dos nossos não tive compaixão o que será de sua família. Bom, já contou sua história, algo mais? - estava sem paciência. De certo Haykan queria apenas ganhar tempo.

- Não tem curiosidade de saber quem é ele?

- Não. - respondeu secamente.

- Quem é? - a voz de Dara sobressaiu, deixando os demais surpresos. - alias não precisa dizer. Izanami é sua filha.

A fala de Dara deixou todos na Antares perplexos.

- O que disse? - Mask o fitou. - mas Izanami não é o nome da mãe do... - silenciou-se.

- Isso mesmo Eron.

O canceriano gelou ao escutar a voz. A imagem de Iskendar foi projetada. Em Ranpur estavam tão perplexos quanto os na Antares.

- Iskendar?

- Torin tinha razão ao dizer que sou uma ameaça a GS. - a voz saiu fria, assim como o olhar.

- Iskendar... - murmurou Dara. Estava aliviado ao mesmo tempo preocupado por vê-lo. - você está bem?

O policial lhe lançou um olhar frio, percebido por todos.

- Haykan solte-o imediatamente! - exclamou Mask.

- Quem o mantinha preso era Serioja. Eu lhe dei a liberdade. Iskendar carrega o sangue de Haypen, meu sucessor por direito. Nada mais correto que ele esteja ao meu lado.

- Patife...

O cosmo de Mask elevou-se, subitamente ele sumiu.

- Giovanni! - gritou Shura.

Na Nau 3, Haykan e Orrin ficaram surpresos pelo sumiço, quando de repente, Mask apareceu diante deles.

- Veio em pessoa. - sorriu o governador.

- Solte-o!

Rapidamente Orrin ordenou que atirassem nele, deixando quem estava na Antares e em Ranpur apreensivos, já que as imagens ainda eram transmitidas.  Mask facilmente desviou dos tiros e ainda jogou os soldados no chão. Haykan olhava tudo maravilhado. O poder dos Tempesttas era ainda mais surpreendente. O cavaleiro, cerrou o punho acumulando cosmo. Mataria Haykan ali mesmo pondo um fim na guerra.

- Atirem! - gritou Orrin temendo a vida do seu senhor.

Tudo foi rápido. Mask com o punho no alto fazia força, mas algo o retinha. Quando o canceriano percebeu, era Iskendar. O policial estava entre ele e Haykan. A força que Iskendar empregava empurrava Mask. O cavaleiro estava surpreso pelo poder. Se ele fosse um cavaleiro, seria um dos mais fortes. Kamus e Shura também estavam surpresos. Mesmo sem a armadura, Mask era forte e Iskendar estava conseguindo contê-lo.

- Soren deve está surpreso em ver essa cena.

- Cala a boca desgraçado! - Mask aumentou o cosmo, mas parou pois temia ferir o irmão. - Iskendar...

O olhar do mais velho era frio. 

- Não pode se juntar a ele... é o nosso inimigo. Ele matou o nosso pai.

- Seu pai. - disse frio. - eu não pertenço ao seu mundo Eron.

Giovanni recuou ao ouvir isso.

- Não pode está dizendo isso. Nós somos irmãos! - tirou do bolso as duas miniaturas. - somos irmãos.

Iskendar fitou os objetos, sua expressão não se alterou.

- Nunca fomos.

Ouvir aquilo deixou o canceriano abalado. Apesar de o conhecer a poucos dias, ele era seu irmão. Sua família.

- Mas... - sentiu uma dor na altura do ombro. Havia levado um tiro pelas costas. Um soldado aproveitando a deixa, atirou. Haykan fitou seu subordinado friamente.

- Saia daqui, - Iskendar não se abalou ao ver o irmão ferido. - antes que eu mesmo te mate.

O cavaleiro recuou assustado. O tom foi tão duro que realmente se sentiu ameaçado.

- Você nunca faria isso.

O policial segurou no braço dele e usando seu teleporte o levou para fora da Nau. Surpreendendo o canceriano, o policial deu um chute nele, fazendo-o cair.

- Dá próxima vez eu termino o serviço.

- Nós somos irmãos... - murmurou.

Iskendar tirou a correntinha que usava, soltando-a. O objeto flutuou lentamente em direção a Mask. O policial voltou para a nave. Eron pegou a correntinha...

- Idiota... - as primeiras lágrimas vieram.

De volta a nave, Iskendar parou ao lado de Haykan.

- Muito bem meu neto. - voltou o olhar para Orrin. - vamos voltar.

A nave entrou num hadren. Em Ranpur, a sala estava num profundo silêncio. Depois da cena que Iskendar havia segurado Giovanni, não sabiam o que tinha acontecido.

- Por que isso está acontecendo... - Lirya começou a chorar. - eles são irmãos...

- Calma majestade. - Marius tentava consolá-la, mas sabia que daquela hora em diante, as coisas iriam piorar. Se dois Tempesttas era uma grande surpresa, um meio Tempestta, meio sloaniera ainda mais surpreendente.

- Jamais pensei que ele... - murmurou Deba.

Saga não opinou. Sua experiência de vida mostrava que aquilo não terminaria bem.

Na Antares...

Um Lego foi ao socorro de Mask, que desde que pegara a corrente, não esboçou reação. Dara estava num canto. Não queria acreditar que seu menino tinha se aliado a Haykan. Descobrir sobre as origens de Izanami era o menor dos problemas, Iskendar era sua preocupação e temia que aquilo terminasse mal.

Com o príncipe em segurança, Yahiku ordenou a retirada para Ranpur. Por usarem hadrens normais a viagem levaria algumas horas.

 

O.o.O.o.O

 

Jhapei estava perplexa. Apesar de não está em Bellji e na base secreta, tinha conseguido acesso a transmissão. Iskendar neto de Haykan? Era algo que jamais imaginaria.

- Dara deve está em pânico... - murmurou.

Diante dos fatos queria ir atrás de Iskendar e descobrir o porque de tudo, mas tinha outra missão. Se o policial ficando ao lado de Haykan era perigoso, o que ela suspeitava que Haykantinha, poderia ser igual ou pior. Tomando todo o cuidado tomou rumo ignorado.

 

O.o.O.o.O

 

Depois dos combates em Eike, Urara e Shaka voltaram para Ranpur. Ficaram sabendo dos ataques ocorridos no planeta. Quando chegou ao palácio o indiano procurou por seus amigos. Encontrou-os na sala de reunião.

- Vejo que batalharam. - disse a Saga e Deba. - cadê o Gustavv?

Os dois trocaram olhares.

- Não está bem. - Saga foi direto ao ponto. - em um dos ataques foi utilizando veneno. Para salvar a todos, Dite o absorveu. No estilo que foi em Asgard.

- Mas o corpo dele...

- Suporta, mas foi um tipo diferente de toxina. Pelo que os médicos disseram é algo muito raro aqui. Já deram o antitodo, mas...

- Ele vai conseguir. Assim como Aioria conseguiu.

- Assim esperamos Shaka. - disse Deba. - temos outro problema.

- Estão todos bem? - Urara tinha acabado de chegar, na companhia de Evans.

- Estamos, mas... - Marius deixou a rainha sob os cuidados de Beatrice.

- O que aconteceu? - indagou o capitão da Euroxx. - não tivemos sucesso no ataque a Bellji?

- Tivemos. Em poucas horas Sttup estará aqui. Nosso problema é de ordem interna. - fitou o amigo. - Iskendar está com Haykan.

- Como?? - indagaram ao mesmo tempo Urara, Evans e Shaka.

- Foi Haykan que o pegou? - Urara estava surpresa.

- Não temos certeza se foi ele o mandante, mas teve ajuda de Serioja. A questão não é ele ter sido pego por S1. Iskendar é neto de Haykan.

- Espera... - Evans procurou por uma cadeira. - o que disse?

Marius contou a história de Izanami.

- Um herdeiro do trono com sangue de S1? - a diretora ficou em choque.

- Sim e...

- Iskendar se aliou a Haykan. - disse Shaka.

- Isso mesmo.

- O QUE?!

- Não sabemos o que se passou entre os dois, ou o que Haykan disse para convencê-lo, mas são aliados agora. - Marius caminhou até a janela. - teremos Tempestta vs Tempestta.

- Eles tiveram suas desavenças, mas nada que levasse a isso. - comentou Urara. - com certeza Haykan fez algo a ele. Ou está controlando.

- Não Urara. - falou Shaka, chamando a atenção para si. - Torin disse que ele carregava muitos sentimentos negativos, tudo que Haykan fez foi trazê-los atona. Ele carrega muito ódio contra todos.

- Os efeitos disso podem ser catastróficos. - Saga pronunciou-se, olhando os companheiros. - ele pode ser um novo Ares.

- E o príncipe? - Evans não entendeu a ultima colocação, mas não se importou.

- Em breve chegará aqui.

 

O.o.O.o.O

 

Alisha olhava com preocupação para Shion. Tinha os sinais vitais, mas parecia morto. O rosto estava bem pálido e mesmo chamando-os várias vezes não tinha retorno.

- Alteza. - Ranna aproximou. - as tropas de S1 foram embora.

- Ele não acorda... - murmurou, ignorando a frase. - eu temo...

- Shion é forte senhorita. - Ranna tocou no ombro dela. - leve-o para Ranpur. Talvez Eron possa ajudar.

- Tem razão. - deu um sorriso fraco. - vamos agora mesmo.

 

O.o.O.o.O

 

Na Antares o silencio predominava. O estado de saúde dos cavaleiros e mais a revelação sobre Iskendar deixou a todos consternados. Dara estava trancado num pequeno quarto. Não acreditava que seu menino tinha sido comrropido para o lado de Haykan. Pegou seu comunicador, precisa conversar com alguém.

- Noah.

Dara não disse nada por alguns segundos, deixando o irmão preocupado.

- O que foi Dara?

- Iskendar.

- Acharam? E como ele está?

- Você não vai acreditar no que aconteceu. - Dara contou tudo. Noah ouvia apreensivo e se lembrou da visão. - sabe que isso não acabará bem. GS será destruída e os Tempesttas vão deixar de existir...

- Mais uma vez a Enraiha previu. Ela me mostrou o palácio sendo envolvido por nuvens negras.

- Eu falhei na minha missão Noah. Eu deveria protegê-lo mas...

- Não falhou irmão. Iskendar tem o livre arbítrio. Ele escolheu trilhar esse caminho.

- Mas...

- Você precisa continuar ao lado de Eron e tomar as decisões certas. Se Iskendar decidiu se voltar contra GS, cabe a você ajudar o príncipe a pará-lo. De qualquer jeito.

- O que quer dizer? - ficou alarmado com os dizeres.

- Haykan só vai parar quando for morto e infelizmente o mesmo vale para o policial. Eu torço para que as coisas terminem diferentes, mas...

Dara não respondeu. Temia que aquilo acontecesse e seu sexto sentido dizia que havia grandes chances de tudo terminar muito mal.

 

xxxx

 

Kamus e Shura estavam na ala hospitalar. O estado de Mu e Miro permaneciam o mesmo, mas precisavam de uma estrutura melhor. O aquariano estava sentado num banco, com a cabeça baixa.

- Eles já passaram por situações terríveis, vão sair dessa. - Shura tentava confortá-lo.

- Aioria estava com a armadura Shura, - o fitou. - Miro não. Isso é mortal. - apontou para o próprio corpo, voltando a abaixar a cabeça.

Shura não disse mais nada. Afastou indo para perto de uma janela. A guerra estava tomando proporções inimagináveis e depois da traição de Iskendar temia que Atena perdesse um cavaleiro.

 

xxxxx

 

Mask estava sentado no chão, no canto de um quarto. O olhar estava na correntinha que o irmão usava. Jamais imaginou que aquilo aconteceria. Eles tinham as suas diferenças, mas não aquele ponto. O olhar que o policial lhe dirigiu era frio e cheio de ódio. Nunca se importou em ter alguém odiando e desejando sua morte, mas...

Não sabia o que fazer. Ainda mais numa guerra. Qualquer ataque poderia matar o irmão e tinha certeza que Haykan estava apenas usando-o. Ainda tinha Mu e principalmente Miro. Eles corriam risco de vida.

- Atena... me ajude.

 

O.o.O.o.O

 

A Ramaei Enterprise foi recebida com festa. Os ataques a Bellji haviam sido um sucesso, dando uma nova esperança a GS. Niive, os cavaleiros e Sttup seguiram para o palácio.

- Parabéns diretora. - Marius a cumprimentou. - tudo foi um sucesso.

- Agradeço chanceler, mas não fiz mais que a minha obrigação.

- Então estamos em vantagem. - disse Evans a Sttup.

- Haykan não terá tempo de reconstruir todo o seu aparato militar. Iremos organizar um ataque massiço a eles.

Enquanto isso Saga deixava o irmão a par da situação.

- E onde ele está?

- No hospital. Essas vinte e quatro serão decisivas para Afrodite.

- É até ironia pensar que ele está ferido por veneno... e os demais?

- Não temos noticia de Shion, - Deba respondeu. - Miro, Mu, Kamus e Shura estão com Mask vindo para cá.

- Ao menos os ataques foram um sucesso. - disse o libriano. - agora temos uma vantagem.

- Isso não é bem verdade. - Shaka estava junto.

- O que aconteceu? - indagou Aioria.

Saga contou sobre Iskendar.

- Ele traiu?? - Kanon berrou. - como ele pôde fazer isso?

- Lembre-se de mim Kanon. - disse Saga. - eu também não fui capaz?

- E como o Gio reagiu a isso?

- Não reagiu, Aioria. Não tivemos noticia dele depois disso e isso me preocupa.

- Também teme? - Shaka dirigiu o olhar para Saga.

- Sim.

- Temem o que? - indagou o libriano.

- Lembram-se dos dizeres de Torin? Não podemos esquecer que o velho Giovanni ainda está dentro dele. Ele pode ter uma reação adversa. Tem apenas alguns dias que descobriu suas origens e já está envolvido numa guerra o qual é responsável por milhares de vida. Descobriu ter um irmão e esse mesmo irmão se volta contra ele. E é uma pessoa com poderes. É muita informação.

- Os dois podem destruir a galáxia... - murmurou Deba repetindo as palavras de Torin. - isso realmente pode acontecer?

- Espero sinceramente que não. - Shaka tomou a palavra. - mas devemos ficar preparados para o pior.

Marius também contou para Sttup e Niive sobre a traição de Iskendar. Ficaram perplexos.

                  

 

O.o.O.o.O

 

 

A nau seguia a todo vapor em direção a base secreta de Haykan. Iskendar estava num canto olhando o brilho azul do hadren.

- Não está arrependido por ter ficado do meu lado, ou está? - o governador de S1 parou ao lado do neto.

- Não.

- É resoluto como Izanami. - sorriu. - em breve GS deixará de existir e nós sloanis seremos os únicos senhores de tudo.

- Há quanto tempo dominam a tecnologia do hadren? - não o fitou.

- Logo depois da primeira guerra começamos a desenvolver, por quê?

- Coloque seus cientistas para trabalharem, - o olhou, a expressão do rosto era impassível. - o Tempestta consegue abrir um hadren vermelho.

- O que?! - ficou surpreso. Ouvira rumores sobre isso, mas achou que era apenas boatos.

- Eles existem e Eron pode ativá-los.

Iskendar saiu de perto, deixando Haykan preocupado. Se GS poderia usá-los isso atrapalharia seus planos.

- "Chegou a hora de acabar com o grupo dos nove." - pensou.

 

O.o.O.o.O

 

Depois de algumas horas de viagem, a Antares chegou ao seu destino. Miro e Mu foram levados imediatamente para o hospital. Kamus seguiu com eles. Dara e os demais foram para o palácio. Mask seguiu com eles, mas em estado apático. Desde que fora recolhido por um Lego, não disse uma única palavra.

- Filho! - Lirya o abraçou.

Ele apenas repetiu o gesto e saiu indo para seu quarto.

- Eron...

- Deixe-o majestade. - pediu Shura. - ele precisa de tempo.

- É tudo verdade? - indagou Marius que tinha ido recepcioná-los.

- Sim... - murmurou Dara. - Iskendar está com Haykan.

Aioria notou as ausências de Kamus, Mu e Miro.

- Cadê eles? - indagou. Era a mesma pergunta de Beatrice.

Shura respirou fundo antes de contar o que tinha acontecido e o estado deles.

- O Miro?! - Deba ficou perplexo.

- A proteção do Lego tem seus pontos fracos... - murmurou Etah, bastante preocupado.

- Eles ficarão bem. - disse Lirya. - tenho certeza que tudo acabará bem.

Pouco tempo depois, Alisha chegou trazendo o grande mestre. Seu estado era estável em comparação aos demais. Dara pediu licença pois queria um tempo sozinho. Depois do olhar frio que Iskendar lhe dirigiu precisava absorver a informação.

Beatrice foi para o hospital ajudar Kamus, que inclusive era o mesmo que Afrodite estava. Evans, Yahiku, Marius, Niive e Urara se reuniram para fazer o balanço da investida.

Os cavaleiros foram para um dos quartos e Lirya foi atrás do filho. Precisava contá-lo sobre Gustavv.

 

O.o.O.o.O

 

Mu estava no mesmo quarto que Aioria ficara anteriormente. Seus ferimentos estavam curados e sua saúde um pouco melhor do que os demais. Estava sedado, para uma melhor recuperação.  No quarto ao lado, a situação do pisciano estava mais grave. O antitodo foi ministrado, porém o veneno tinha entrado em contato com a corrente sanguínea, espalhando pelos tecidos e órgãos. Para piorar, a pele por todo o corpo do pisciano começou a apresentar manchas negras que nenhum médico soube dizer o que era.

Miro, era o mais grave de todos, correndo inclusive risco de vida. Estava em coma induzido, respirando pela ajuda dos aparelhos. Muitos órgãos tinham sido lesados e seria milagre ele recuperar-se. Ambos estavam em cápsulas de recuperação.

Kamus estava sentado num sofá próximo. Trazia a cabeça entre as mãos, olhando o chão branco. Aquela guerra havia atingido uma proporção até então inimaginável. Mesmo sendo um cavaleiro de ouro, Miro estava sem sua armadura, por causa do Lego. O que iriam fazer caso o pior acontecesse? Como explicar a Atena, que seu cavaleiro morreu por conta de tiros?

Beatrice deu duas batidas antes de entrar.

- Kamus...

O cavaleiro ergueu o rosto. Bia ficou temerosa pelo estado de Miro. As expressões do aquariano sempre eram indiferentes, mas agora seu olhar transmitia apreensão. Kamus estava com medo.

- Como ele está? - sentou do lado dele.

- Os médicos fizeram tudo que podia, agora é com ele.

- Miro é forte, - passou a acariciar os cabelos azuis esverdeados.  - ele vai se recuperar.

- Notícias do Gustavv? Mu sei que está bem, mas...

- Ele apresentou manchas negras pelo corpo. Os médicos estão investigando. Escute, - acariciou o rosto dele. - todos irão ficar bem. São os guerreiros da luz. - sorriu.

- Assim espero. - surpreendendo-a, o francês a abraçou. - obrigada por está aqui comigo.

- Sempre ficarei ao seu lado.

 

 

O.o.O.o.O

 

Os demais cavaleiros estavam reunidos num dos quartos. Estavam espalhados pelo cômodo escutando Kanon, Dohko e Aioria contarem sobre o ataque a S1.

- Ao menos uma noticia boa. - disse Deba. - e o mestre?

- Apenas dormindo. - respondeu o libriano. - pelo que Alisha contou ele sustentou a muralha de cristal por duas horas. Gastou muito cosmo e corpo pede repouso.

- Quatro cavaleiros noucateados e um irmão traidor. - disse Kanon. - quando achamos que temos uma vantagem ela desaparece. Nunca pensei que ele queria poder.

- E não quer. - Shaka levantou indo apoiar o corpo na porta da varanda. - poder é a ultima coisa que Iskendar quer.

- Como sabe? - indagou Shura curioso.

- Ele teve oportunidade de matar Giovanni em Ikari. Com Eron morto e um exame de DNA, o trono seria dele.

- Acha que outra coisa o motivou a ficar ao lado de Haykan? - Aioria o fitou. - talvez o fato de serem parentes?

- É uma possibilidade, mas a menos principal. Todas as ações de Iskendar foram pautadas por um único sentimento: vingança.

Saga balançava a cabeça concordando.

- Iskendar não confia em ninguém. Nem mesmo em Dara. - olhou para a paisagem. - mesmo ele o salvando da escravidão e se tornando amigos, Dara também foi movido pelo fato do policial ser um Tempestta. - voltou a atenção para os amigos. - com Eron desaparecido ele seria o sucessor.

- A confiança dele foi traída pelas pessoas que ele mais acreditava: Izanami e Samir. - Saga tomou a palavra. - Saber que é neto de Haykana meu ver, não tem a menor importância, o fato importante é que a mãe mentiu sobre as origens dela.

- Iskendar quer se vingar, devolver todo sofrimento que passou. - Shaka reassumiu. - ele não se importa se é um príncipe, ou neto de Haykan, ele quer é se vingar.

- Ele está se transformando num novo Máscara da Morte. - disse Dohko.

- Justamente Dohko. - concordou Shaka. - E com um poder ainda maior. Enquanto tem cosmo envolvido nós podemos combater e diante de naves feitas de metais e de pessoas normais? A prova disso é Miro no hospital. Está entre a vida e morte por causa de tiros.

- Ele pode voltar a si? - indagou Deba. - e ainda, se ele não voltar o que Gio fará?

- Pensando friamente, para manter o bem estar de GS, Gio terá que matá-lo. - os dizeres de Shura chamaram a atenção. - ele sendo um líder precisaneutralizá-lo.

- Mask não mataria o próprio irmão. - Aioria não concordava com a linha de pensamento do espanhol. - o antigo Mask até que sim, mas o de agora...

- O problema é que o antigo Mask ainda continua lá Aioria, - disse Dohko. - e se algo acontecer ao Miro, Afrodite e a rainha, pode ter certeza que o velho Mask voltará. Ainda mais cruel e sanguinário. As palavras de Torin foram bem explicitas.

- Alguém contou a ele sobre o Dite? - indagou o espanhol.

- A senhora Lirya, - respondeu Saga. - ela éa pessoa mais indicada para tal. Talvez a única que ainda pode manter o Máscara da Morte, adormecido.

Andares acima...

Mask estava sentado num canto do quarto. Sentia-se culpado pelos ferimentos de Mu e Miro e pela traição do irmão. Talvez se tivesse sido mais explicito, mostraria a ele que nunca o enxergou como rival e sim como irmão. Quando o conheceu, quase que automaticamente passou a enxergá-lo como figura superior. Como se fosse seu pai, um guia. Pegou a correntinha e a nave que pertenciam ao policial.

- Seu idiota...

Batidas a porta chamaram sua atenção. Gritaria um bom "desaparece", mas calou ao ver que era a mãe. Lirya ficou comovida ao vê-lo sentado no chão e fez o mesmo gesto.

- Como está?

- Triste, com raiva de mim. Eu poderia ter evitado tudo mãe.

- Não somos os elementares para termos o controle de tudo. Você está fazendo o melhor dentro das suas possibilidades.

- O meu melhor está se saindo o meu pior. - deu um meio sorriso.

- Eu preciso te contar uma coisa. - pensou em como diria a ele. - Gustavv está no hospital.

- O que??

A rainha contou todo o acontecimento.

- Corre risco? - Mask levantou. - até ele?

- Está sendo medicado. Vocês são especiais filho, acredite na recuperação de todos.

- Preciso vê-lo.

Não disse mais nada, desaparecendo. Lirya soltou um suspiro. Uma forte tempestade se aproximava.

Mask apareceu dentro do hospital. Um pouco alterado exigiu que fosse levado até Afrodite. Quando ele viu as manchas negras no corpo do amigo, ficou temeroso. Não admitia, mas Afrodite era uma pessoa muito importante para ele. Tão importante quanto Iskendar.

- Você não tem o direito de morrer. Eu busco sua alma se for preciso.

As palavras perderam se. Mask sentiu os olhos marejarem. Seu mundo estava desmoronando...

- Não pode morrer Dite, não posso perder você também.

Ele ainda ficou por um bom tempo ali. Visitou Mu e Miro, depois desapareceu. Lirya colocou policiais a procura dele e Shaka tentou localizar o cosmo dele, porém não o encontraram...

 

O.o.O.o.O

 

O dia amanhecia triste, durante a noite o palácio recebia a noticia que Miro tinha piorado, assim como Afrodite. Mask que até aquele momento não tinha retornado ao palácio, quando soube ficou transtornado. Lirya fez tudo para confortá-lo, mas o cavaleiro queria ficar sozinho.

Durantea noite a policia ficou atenta a espera de alguma retaliação por parte de Haykan o que não ocorreu. Sttup não quis abusar da sorte e emitiu a toda galáxia um alerta vermelho.

Já Shion despertara trazendo alivio para todos.

- O homem bicentenário escapou mais uma vez. - brincou Dohko.

- Tenha um pouco mais de respeito cavaleiro. - Shion o fitou severo, enquanto sentava na cama.

- Mas você é velho mesmo. - rebateu sem nenhum pudor.

- Hian...

Alisha acompanhava tudo aliviada. Se os dois trocavam palavras "gentis" era sinal que ele estava bem.

- Esforçou-se muito Shion. - ela sentou ao lado dele.

- Mas foi surpreendente. - disse Dohko de forma mais séria. - só vi algo assim com a Sasha.

- Parece que aqui, a medida que nos esforçamos nossos poderes aumentam. - falou Shaka. - acredito que de agora em diante fará barreiras mais poderosas e duradouras.

- Espero que sim Shaka. Mostrou-se muito útil. - fitou ternamente Alisha. - e Mask? Mu e os demais?

Olharam entre si.

- O que aconteceu?

O libriano contou todo o ocorrido ao amigo.

- O estado deles é tão grave assim?

- Infelizmente mestre. - respondeu Deba. - Mask está trancado no quarto dele.

- Ele não admite mas a traição de Iskendar e o estado do Afrodite mexeram bastante com ele. -disse Shura. - ele não está bem.

O grande mestre ficou em silêncio. Aquilo era preocupante. Giovanni tinha uma personalidade um tanto instável e a perda de um dois poderia desencadear algo pior.

 

O.o.O.o.O

 

Quando Dara contou sobre a traição do príncipe mais velho, Noah sabia que as coisas tomariam outro rumo. A passos lentos caminhava para a sala da Enraiha, onde os outros conselheiros o aguardava.

- Aconteceu alguma coisa? -Noah notou os olhares inquietos.

- Sim. - disse Endah, seguindo-o. - a Enraiha brilhou a noite toda, fora que... - ela silenciou-se.

- Teve algum sonho?

- Sim...

- Diga logo Endah. - notou que a expressão dela estava preocupada, e ela não era de alarmar.

- É sobre nós... é sobre nossa raça, nós...

Ela foi cortada por um brilho intenso da bola azul. Todos os olhares dos conselheiros voltaram-se para o objeto. Quando o brilho diminuiu a Enraiha mostrou uma visão. As expressões eram de perplexidade.

- Foi esse meu sonho. - Endah fitou Noah. - mas não sei precisar quando.

Nem tiveram tempo de absorver as primeiras imagens, tiveram outras, dessa vez envolvendo Eron.

- Faça uma comunicação a Ranpur e informe ao príncipe imediatamente.

 

O.o.O.o.O

 

Marius estava parado na porta do quarto do príncipe. Havia recebido um aviso de Obi e ele precisava decidir o que seria feito. Bateu três vezes e não obteve retorno. Tocou a maçaneta e ficou surpreso por não está trancada. O quarto estava na penumbra, andou lentamente até perceber que o canceriano estava sentado num canto, com a cabeça apoiada nas pernas. O chanceler foi até as janelas e abriu as cortinas.

- Noah enviou uma nota sobre uma visão que a Enraiha fez. - disse, contudo Mask continuou na mesma posição. - Não quis nos dizer, disse que teria que contar somentea você.

- Eu sinto muito pelo Ren. - falou sem se mexer.

A frase do italiano surpreendeu o chanceler.

- Sinto muito mesmo. - repetiu.

Marius caminhou até o canceriano e agachou diante dele. Lembrou-se do primeiro dia que viu Eron, ainda no hospital. E da brincadeira a Soren dizendo que não era filho dele por causa dos cabelos.

- Eu agradeço.

- Sei o quanto dói. - ergueu o rosto.

- Eu sei que sabe, todos perdemos alguém querido.

Shaka notando a porta aberta entrou.

- Desculpe. - pediu.

- Só vim transmitir um recado. - levantou. - o que eu respondo para Noah?

- Daqui a pouco eu falo com ele. Obrigado Marius.

Ele sorriu e fez uma reverencia antes de sair.

Shaka esperou o chanceler sair para sentar em frente ao canceriano. Há alguns anos era inconcebível uma amizade entre os dois, mas agora...

- Você está bem? - indagou.

- Desde que o vi ao lado de Haykan fiquei me perguntando o porquê.

- Iskendar escolheu esse caminho, não tem que se sentir culpado por isso.

- Sabe Shaka... - o fitou. - as vezes penso que tudo isso não passa de um sonho. Que quando eu acordar, estarei na casa de Câncer sendo importunado pelo Dite. Nós todos levando a vida que sempre conhecemos. Esperando sempre pelo momento da batalha.

- Gostaria que tudo não passasse de um sonho?

- Na maioria do tempo sim. Eu agora posso entender o que Atena passa a cada nova batalha.

Shaka sorriu. Giovanni era a prova que as pessoas poderiam se tornar melhores.

- O que foi?

- Há alguns anos, jamais veria o sentimento de empatia em você.

- Eu mudei não é? - deu um pequeno sorriso.

- Nós mudamos. De certa forma eu era como você. - lembrou-se de tempos passados. - Você mudou e é por isso que vai conseguir terminar com essa guerra e dar paz a esse povo. GS não conheceu o antigo Giovanni e mesmo assim acreditam em você. Nós que conhecemos, acreditamos ainda mais.

- Obrigado... - riu. - nunca pensei que seria consolado pelo Buda.

- E eu que seria amigo do Máscara da Morte de Câncer. Sabe que pode contar conosco não sabe?

- Sei.

Notaram cosmos.

- Eu tinha que filmar isso. Afrodite vai ficar desolado ao saber que foi trocado. - brincou Aioria.

Giovanni mostrou o dedo do meio para ele.

- Voltou ao normal. - disse Kanon.

- Vá para pu... - parou de falar ao ver a mãe. - deixa para lá. - levantou. - peça a Evans que prepare a Euroxx. Iremos para Obi.

- Está achando que está falando com algum subordinado? - indagou Kanon.

- Ele pensa que manda. - murmurou Deba.

- Desculpe. É o hábito.

- Pode deixar que eu aviso. - disse Lirya, feliz por ver o filho bem.

 

O.o.O.o.O

 

Na base secreta de Haykan o vai e vem dos soldados aumentara consideralvemente. O líder de S1 havia ordenado para que sua arma secreta fosse ligada. Em poucas horas a força máxima de S1 estaria funcionando.

A Nau 3 seguia para lá. Depois de dar os últimos comandos Orrin seguiu para a sala de reunião. Esperava encontrar seu líder, mas encontrou o príncipe. Tentou não ser notado.

Quando Orrin o viu pela primeira vez, não teve dúvidas de que ele era filho de Soren, já que conhecera o rei na época da guerra e os dois eram muito parecidos. Num primeiro momento duvidou que Iskendar se uniria a Haykan, mas o gesto contrário o deixou bem surpreso. Talvez a chance de ser o único rei de S1 levou o policial a isso.

- Pensei que estivesse com seu avô.

- Ele não é meu avô. - respondeu sem olhá-lo.

- Que seja seu superior então. - entrou. - sabe onde ele está?

- Não.

- Eu conheci seu pai na época da guerra.

- Eu não tenho pai. - virou-se para ele. - eu não tenho família.

- Então porque está ao lado de Haykan? - indagou. - Rihen, Athos e Stiva queriam poder e você?

- Eu quero a destruição desse poder e os primeiros a cair serão os Tempesttas.

- É um deles.

- Nunca fui. - Iskendar deu as costas saindo.

Orrin ficou sem entender o verdadeiro significado da frase. O plano de Iskendar era exterminar os Tempesttas?

- Comandante Orrin. - Haykan apareceu na porta.

- Senhor. - fez uma leve mesura.

- Acabo de receber a noticia que a arma estará pronta em poucas horas. Trace nossa rota, quero ver o resultado um pouco mais de perto.

- Como queira senhor.

 

O.o.O.o.O

 

Serioja tentava de todas as formas uma comunicação com Iesa, mas todas falharam.

- Onde se meteu aquele imprestável?! - bradou.

Estava nervoso. Depois que Haykan e Iskendar se aliaram, ele era tratado como um reles soldado. Até o atrevimento de afirmar isso, Haykan teve. Mas não se esforçou tanto por nada.

- Se pensa que pode me descartar, está enganado... - murmurava enquanto andava de um lado para o outro. - eu darei um jeito de eliminar os três. Sem os Tempesttas e sem Haykan as duas galáxias serão minhas...

Seu aparelho apitou. Não reconheceu a freqüência mas atendeu.

- Há quanto tempo Serioja.

- Você?? - indagou surpreso ao ver a imagem do líder do seu antigo grupo. - como me encontrou?

- Somos mais espertos que imagina, assim como você. Se aliou a Haykan e o deu um herdeiro da coroa.

- Se não tivessem me descartado... - deu um sorriso irônico.

- O julgamos mal.

- O que quer?

- Sabe que seu subordinado foi preso?

- Iesa? - ficou em silêncio por alguns segundos. - " por isso Eron me descobriu naquele lugar..."

- O príncipe o pegou. Felizmente ele ainda não disse nada, mas pode abrir a boca...

Serioja começou a gargalhar.

- Estão com medo?

- Lembra-se deIrian?

- Eu já sei de tudo senhores.  Irian foi apenas uma isca.

- Sabe?- indagou surpreso.

- Sim.

- Ele foi esperto... mas não fique triste, você deu um golpe maior. Pegou o príncipe mais velho. Por conta disso estamos reconsiderando nossa aliança.

- Aliança? - sorriu. - vocês não tem nada a me oferecer. Se Iesa abrir a boca, serão vocês o alvo. Mesmo com essa guerra, o destino de vocês será como o de Athos.

- Não somos cartas fora do baralho. - a voz saiu nervosa. - temos influência.

- Meu caro Hoppins, nosso acordo terminou naquele dia. Eu agora sigo as minhas ordens e se estiver vivo até lá, verá meu triunfo.

Serioja nem lhe deu chance de resposta, desligou.

- Todos irão se arrepender por terem me traído!

 



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