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História Tempos Áureos - Visões


Escrita por: IchygoChan

Capítulo 40 - Visões


Fanfic / Fanfiction Tempos Áureos - Visões

Realmente um banho foi revigorante e ajudou-os a relaxar, ainda que as águas termais fossem um pouco mais quentes do que Katsuki estava acostumado.

Não reclamou, no entanto, o que seria um breve incomodo comparado a poder partilhar daquele momento com Eijiro? Ainda mais estando assim, tão próximo, massageando as costas dele com a ponta dos dedos, levemente pressionando seus músculos para ajudá-lo a relaxar.

Poder estar com ele naquele momento era algo que deixava o coração quente de alegria. Ele estava de costas entre suas pernas, recostando em seu dorso, totalmente relaxado enquanto ronronava como um gato, deitando a cabeça em seu ombro direito.

Essa posição era confortável e um tanto sensual, não podia negar. Havia um certo tempo desde a última vez que trocaram algum tipo de intimidade, enfrentando um breve momento de crise e discussões — e quase morte para si —, simplesmente não podia dizer não para a libido que o fazia ficar duro contra a própria vontade.

Eijiro percebeu e sorriu de modo lento e preguiçoso, abrindo parcialmente um dos olhos para espiar o rosto de Katsuki, o que serviu para deixá-lo ainda mais excitado. Havia uma insinuação nada sacra na maneira como ele o encarava, mordendo levemente o lábio, os olhos esmagados pelos cílios.

Aqueles olhos, sempre deixaram Katsuki encantado e desinquieto. Era como encarar o puro fogo, ardendo indômito no seio de um vulcão, estriado por veios dourados.

A síntese perfeita do que era Eijiro: fogo, luxúria, insaciável. Mas também havia a aquecimento cálido e gentil, morno e carinhoso.

Sem dúvida ele agora era a primeira opção.

— Pelo visto você não quer me fazer relaxar do modo tradicional, não é Katsuki? — o tom provocativo enviou arrepios pela espinha de Katsuki que aproximou-se o pescoço dele, beijando-o devagar, apenas passeando a língua de modo instigante.

Sua mão desceu pela cintura de Eijiro, contornando o púbis e encontrando até seu membro, que segurou levemente, um leve roçar.

— Existem muitas maneira de relaxar, só quero garantir que esteja satisfeito. — o olhar carregado de luxúria não deixava dúvidas sobre quais eram suas intenções.

Segurando seu queixo, ele o trouxe para um beijo profundo, passeando os dedos de leve pela pele de Eijiro antes de segurar sua cintura de modo possessivo, ajudando-o a se virar e sentar em seu colo.

— Quem sou eu para recusar um convite desses ? — brincou mordendo o lábio inferior de Katsuki levemente, rodeando seu pescoço com os braços — Ainda mais vindo de você.

Logo estavam se beijando novamente, dessa vez com mais intensidade, as mãos buscando satisfazer o desejo de tocar, apertar e se perder no prazer, cada um preocupado em arrancar o maior número possível de estímulos do outro.

Os gemidos abandonados que Eijiro largava dentro da boca de Katsuki, beijando-o desleixadamente toda vez que rebolava em seu colo o estavam deixando mais faminto e possessivo, fazendo-o acelerar os movimentos.

Não foi preciso muita preparação, ambos estavam desejosos demais para isso, então simplesmente partiram para a ação e foi Eijiro quem tomou a iniciativa, posicionando o pau de Katsuki sob si e descendo sobre ele com um gemido indecente que o fez trincar nos dentes e tentar pensar em algo tedioso para não gozar com a visão de seu amado mordendo os lábios de modo tão selvagem.

— Você gosta de estar cheio com o meu pau, é? — perguntou lascivamente, lambendo o lábio ferido de Eijiro que moeu, apertando-o por dentro.

 — S-Sim... — deixou escapar enquanto esfregava-se nele, causando uma fricção deliciosa - Gosto —Ainda mais quando começa a meter, meu rei...

— Assim? — ergueu o quadril, bombeando com força, saindo lentamente. Eijiro xingou de prazer, virando o pescoço.

 — Hum...uhum... mais... — lamentou-se levantando e sentando.

Os dedos de Katsuki passearam pela cintura delgada dele, firmando-se com força o suficiente para fazê-lo gemer entredentes. Cada expressão luxuriosa era como um presente e ele permaneceu olhando para ele enquanto arremetia, saindo de modo lento e voltando com força brusca o suficiente para Eijiro quicar em seu colo.

— Isso... mnnn.... mais rápido — exigia com os lábios entreabertos e olhos fechados e Katsuki engoliu em seco, sentindo o pau vibrar de prazer com a quantidade de estímulos visuais. Cada gemido longo o deixava ainda mais perto do orgasmo.

— Um dragão safado... meu dragão safado — subiu a mão, trilhando o dorso dourado e parando nos mamilos que lembeu, sugando por alguns segundos e soltando com um barulho de pressão — ... eu vou encher você de porra, criá-lo várias vezes até que entenda que eu sou o único que pode tê-lo assim.

Usou a mão para apertar-lhe a bunda, separando as abas e o fazendo movimentar-se, subindo e descendo em um ritmo mais intenso.

— Ninguém mais vai tocar em você, só eu — mordeu um dos mamilos dele só para ouvi-lo gritar em êxtase, beijando em seguida, com leves estalinhos — Agora, goza pra mim

Vê-lo chegar ao clímax era, de longe, uma das melhores visões que Katsuki já tinha visto na vida. Cada expressão de prazer absoluto, a maneira como ele se contorcia sob o seu toque, desfazendo-se desleixadamente o deixava fascinado de um modo que inchava-o de amor e orgulho. 

Não durou muito mais que ele, beijando-o enquanto arfava, arremetendo-se com força até gozar, sem parar de mover os quadris até o último instante. 

— Porra, você é muito gostoso, sabia? — resfolegou, beijando-lhe devagar — Eu poderia passar a minha vida inteira só te fodendo sem nunca me arrepender.

Eijiro riu, aceitando o colo quando Katsuki o trouxe para perto, deitando a cabeça no ombro dele e aproveitando o carinho em seus cabelos. Não havia no mundo som mais agradável. 

— Eu não iria reclamar, pelo contrário. — preguiçosamente ele beijou seu ombro, arrastando o nariz pela pele enquanto o cheirava.

Tão perfeito, impossível não querer tê-lo por inteiro.  

— Como eu poderia aceitar outro tocando em você? — passou as mãos pelas coxas dele, animando-se mais uma vez ao vê-lo morder o lábio inferior cheio de desejo — Eu nunca poderia... Esse é o meu defeito, não saber partilhar você com outros, ao menos não dessa maneira... — desceu a mão apertando novamente a bunda, sorrindo ao ver a cauda dele mover-se feliz de um lado a outro —... quero você só pra mim, Eiji, porra, eu nunca quis tanto algo assim na minha vida. Trocaria qualquer coisa por isso.

— Faria mesmo? — indagou roubando mais um beijo carregado de desejo — Então fique e me tome, assim nunca nenhum outro tomará o que é seu.

O sorriso no rosto de Katsuki esmoreceu um pouco, afinal, ele tinha suas obrigações como rei, as quais já havia negligenciado por tempo demais. A questão era: será que realmente se importava tanto assim com seu reino ou posição de monarca para arriscar perder Eijiro? 

— Se eu for, você vai me esquecer? — indagou um tanto temeroso. 

Eijiro parou um tempo, pensando em como responder. 

— Qual a necessidade de você retornar ao seu reino? 

— Eu não sei te responder, apenas acho que devo.

— Acho que ambos então precisamos de tempo para pensar, então. — levantou-se, aconchegando-se novamente no colo dele enquanto deitava a cabeça no dorso dele — Eu não deixaria você ir sozinho, Suki, mas não posso acompanhar seu ritmo estando tão esgotado magicamente, seria arriscado para nós dois, afinal os humanos tem se tornado mais insistentes com a caça aos dragões.  

A simples ideia deixou Katsuki assustado com as possibilidades macabras. Sua primeira reação foi abraçar Eijiro e garantir que ele estivesse seguro em seus braços. 

— Tem razão, não é momento para nos preocuparmos com isso — concordou dando um beijo no topo da cabeça dele — Temos assuntos mais importantes a tratar, como a chegada do nosso bebê. — distraidamente passou a mão pelo abdome do dragão, mantendo um sorriso bobo e satisfeito até se dar conta de um detalhe — Oh, cara, agora estou me dando conta de que eu não entendo nada sobre isso. 

— Não se preocupe, eu vou te explicar — acalmou-o, colocando a mão por sobre a dele — Não há nada de tão misterioso, só prometa não surtar com alguns detalhes.  

— Tipo o que? 

— Tipo os que eu não quero contar agora porque estou cansado e não quero lidar com perguntas. 

*********

Obviamente não contaria a Katsuki tudo de uma só vez, ainda mais sabendo como ele tem tendência ao desespero com tudo o que envolvia sua saúde desde que contou sobre o bebê, algumas semanas atrás e vivia a persegui-lo com perguntas e dúvidas. Era melhor não adiantar certos acontecimentos e ponto. 

Haveria tempo, afinal a incubação não é um processo rápido. Haviam outras preocupações na mente de Eijro naquele momento, dúvidas que ele não sabia classificar como paranóias ou algo mais sério, por isso resolveu buscar ajuda especializada naquele assunto. 

O dia havia se iniciado um tanto agitado no templo. Turandor estava às vésperas do ritual de batismo, onde eles apresentariam os novos bebês a deusa, pedindo por bonança e proteção. Comparado ao Festival da Colheita era uma celebração mais simples, porém sagrada e que exigia muita preparação.  

— É normal isso? Eu realmente deveria sentir tanto sono assim?

— Um pouco exaurido talvez, por estar cedendo parte da sua energia mágica para o bebê, mas não tanto — Tamaki estava pensativo — Pode ser que esteja incubando mais de um ovo.

Eijiro o olhou de modo apreensivo.

— Mais de um? Isso não é possível.

O sacerdote apenas o encarava com o mesmo semblante tranquilo de sempre, como se fosse a própria encarnação da paz em pessoa, o que não seria errado afirmar, afinal ele era de fato muito tranquilo. 

— Raro, mas não impossível. Embora seja algo difícil de acontecer, já tivemos registros de dragões que puseram mais de um ovo. Infelizmente nenhum deles vingou nesses casos, o que não significa que vá acontecer.

— Tem alguma maneira de descobrir se esse é o caso? Tipo, antes de acontecer?

— Poderíamos tentar fazer uma sessão se quiser, talvez a deusa nos dê um vislumbre se for de sua vontade.

— Mas isso não é perigoso? Por eu estar incubando e precisar de energia mágica, já que a minha está sendo drenada pelo bebê?

— De forma alguma, a menos que você seja o oráculo. — passeou pelo templo buscando alguns itens — Mesmo assim pode te deixar um pouco mais sonolento por causa do efeito.

— Acho que não tem problema tentar então. 

Agradeceu o fato de estar sozinho para decidir aquilo, se Katsuki estivesse ali sem dúvida seria contra. 

— Então não percamos mais tempo porque daqui há pouco a Momo vai estar aqui com o Monoma e sei que não suporta ele — trouxe um frasco e dois cálices, apontando para que Eijiro sentasse no chão — Na verdade ninguém suporta, não é mesmo?

Ambos riram enquanto o sacerdote os servia.

— Não deveríamos fazer isso na câmara do vaticínio? Achei que os oráculos só conseguissem ter visões lá.

— Não comigo, eu posso ter visões até no banho se Na'ha assim desejar. Não é algo que me deixe feliz, mas é a minha sina, então não tenho porque reclamar. — aproximou-se entregando o cálice para Eijiro — Sem contar que vou usar um tipo de ritual diferente com você por causa da sua condição.

Aquilo soou um tanto desconfortável. Confiava em Tamaki, eram amigos de infância, mesmo assim não podia deixar de se questionar. Talvez fossem os instintos paternos aflorando. 

— Você não tinha dito que é seguro?

— Sem dúvida é, só não quero deixá-lo mais tenso do que já está, sendo assim você não terá a visão, será apenas ponte para ela. Eu verei o que deveria ser visto por você e vou lhe falar o que é, assim te poupo de stress desnecessário.

— É bem gentil da sua parte, obrigado por me poupar.

— Por nada, eu sei como é desgastante incubar, já fiz isso três vezes, lembra?

— Pretendem ter mais? — indagou com o tom de brincadeira.

— Se depender de Mirio a gente repovoa Turandor, Selkis e os outros reinos.— apontou o cálice — Agora, beba. Garanto que não lhe fará mal. 

Bastou olhar para o semblante calmo de Tamaki para aceitar e tomar o líquido. Não podia duvidar dele, era um oráculo, um mensageiro de Na'ha, desconfiar dele seria como desconfiar da própria deusa e Eijiro era um servo fiel de sua divindade. 

O gosto definitivamente era diferente de tudo o que tomara, doce e cítrico, e a consistência espessa como xarope. Desceu quente,mas não o suficiente para incomodar. 

— Ótimo, agora sente-se e me dê suas mãos — sentou-se a frente dele, entrelaçando seus dedos e trazendo ambas as mãos para o meio, entre eles enquanto encostava suas testas — Apenas respire suavemente, feche os olhos e abra seu coração para mim. O que for destinado a você será revelado a mim se a nossa deusa assim o desejar. 

A sensação de energia fluindo era estranha, como um formigamento, mas não de modo a drenar, pelo contrário, Tamaki estava compartilhando com ele da própria energia, unindo-se a sua como se fossem uma só. 

Segundos depois ele se afastou repentinamente, como se tivesse levado um choque, as mãos apoiadas no chão impedindo-o de cair para trás totalmente. Respirava profundamente, os olhos abertos em pânico, o rosto pálido como se visse uma assombração. 

Tinham sido apenas alguns segundos, mas Tamaki ofegava apavorado como se tivesse passado horas no lugar mais tenebroso. Eijiro tentou alcançá-lo sem sucesso pois ele se afastou. 

— Tamaki, o que aconteceu? 

— E-Eu... eu...  — buscava as respostas com a voz falha — ... preciso de um tempo para meditar... com licença... 

Sem sair mais nada ele saiu quase aos tropeços para a câmara do vaticínio, deixando Eijiro sozinho e perplexo para trás. 



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