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História Tempos Difíceis - Felicidade


Escrita por: J_Santi

Notas do Autor


Prepara minha gente! Que hoje tem muitas emoções!

Capítulo 23 - Felicidade


Kurosaki caminhou por um corredor da casa até parar em uma das portas que havia ali, abriu-a e acendeu a luz, seguindo para uma das cômodas e abrindo uma das gavetas. Com calma, afastou alguns papéis e achou um pacote com algumas fotos.

— O que é isto? – perguntou Yoichi.

— Pensei que queria relembrar do rosto de seus pais, então talvez isso ajude...

 Ele entregou o pacote à Yoichi e então esperou pacientemente que o abrisse. Pegou as fotos com cuidado e então observou, ficando desacreditado no que estava vendo e passando cada uma das fotos para o fim da pilha sem muita pressa.

— O senhor nos conheceu? Qual o seu grau de parentesco comigo? Qual o meu sobrenome, eu não me recordo dele.... – revelou Yoichi, voltando a encarar quem estava de frente para ele naquele exato momento. – O senhor sabe?

— Nossos sobrenomes são iguais, eu sou parte de sua família e você é uma parte minha.

— Então, você é....

— Sim, sou seu pai. Kurosaki Satoru. E você é meu filho, Kurosaki Yoichi.

 Lágrimas escorreram do olho púrpura de Yoichi, que tremia e, pela primeira vez depois de muitos anos, chorava de felicidade por rever seu pai depois de todo um tempo, vivo.

Satoru abraçou o jovem e chorou junto, a saudade que sentiam se esvaía em forma de lágrimas e deixavam-nos mais leves por conta do simples ato de sentir que ambos estavam presentes ali, e que tudo aquilo era real.

— Me perdoe por tudo o que fiz você e os outros passarem, me perdoe por não estar ao seu lado quando mais precisava – implorou Satoru.

— Tudo bem, tudo isso já passou. O senhor está aqui comigo agora e só isso importa – afirmou Yoichi, se afastando de seu pai quando uma pergunta invadiu sua mente mais uma vez. – Mas, como conseguiu sobreviver?

— Tive de participar disso tudo, tive de inventar uma maneira dele infectar outros para seu plano. Infelizmente, errei meus cálculos e fiz com que eles ficassem cada vez mais fortes e metamorfoseados, dando início ao começo de algo muito ruim para a humanidade.

— Nem tudo sai como planejamos, mas as vezes é necessário para aprendermos a lidar com os problemas mais difíceis, achar soluções.

 Nesse momento, Yoichi se lembrou do quanto tinha para contar ao seu pai e enxugou as lágrimas para dar iniciar uma longa conversa...

 Enquanto isso no quarto de Taeyang, os três assistiam aos filmes de terror americano e davam risadas em certos momentos por cenas cômicas feitas pelo pequeno grupo.

 Minami estava sentado no chão, apoiando-se em seus próprios braços. Ao lado estava Natsukii, encostado na parede, passando uma das mãos pelo rosto e sumindo com as lágrimas que escorriam por ele.

 Taeyang estava deitada de bruços do chão ao lado de Natsukii. Seus cabelos negros estavam presos e ela estava usando uma blusinha de alças vermelha e um short preto.

— Esse é o último filme não é? – perguntou Natsukii

— Com esse título sim, mas ainda estamos muito longe de acabar a nossa noite – respondeu Taeyang.

— Sabe qual o próximo filme que iremos assistir?

— Ainda estou pensando, mas podíamos ver os filmes do Scooby-Doo, embora não seja assustador é bem legal, topam?

 Os dois concordaram rapidamente e no mesmo instante ouviram batidas na porta. Taeyang caminhou até lá e abriu-a, dando de cara com Yoichi que os avisou sobre o jantar e voltou para o andar debaixo. Eles pausaram o filme e então desceram as escadas para irem até a cozinha, onde encontraram a mesa quase totalmente posta.

Yoichi estava junto dos outros arrumando-a e quando percebeu a presença dos outros três, ficou surpreendido com a rapidez que vieram, pois pensara que ficariam lá em cima até o final do filme.

— Bem, eu fiquei tempo demais por aqui, mas como já terminei de ajudá-los devo me despedir.

— Ah meu filho, fique e jante conosco. Creio que há comida para todos nós, não há porquê de tanta pressa.

— Já que insiste, eu ficarei. Mas depois vou partir, tenho alguns assuntos para resolver.

— FILHO?! – disseram os amigos em coro.

 Yoichi se juntou a todos na mesa e esperou até que pudesse se servir, aproveitou a surpresa dos mais novos e, com a ajuda de seu pai, contou o que aconteceu no meio tempo em que estiveram no quarto.

 Ele amou ver as reações de Natsukii, Taeyang e Minami enquanto explicava alegremente o reencontro que tivera. Lee estava mais desacreditada e tinha um motivo em especial, que percebeu após Yoichi dizer tudo aquilo.

— Então... Nós somos uma família agora?

— Bem, como você foi acolhida pelo meu pai e a minha madrasta, e provavelmente já te adotaram de algum jeito... Então, talvez sejamos uma família novamente.

 Os olhos de Taeyang e Yoichi brilharam ao perceberem que aquilo estava sendo concretizado. O ar de suspense que pairava acima de todos se transformou em felicidade e, pouco a pouco, os sorrisos surgiam rapidamente nos rostos de cada um...

 Aproximadamente meia hora após o término do jantar, Yoichi ajudou com a louça e depois foi embora, despedindo-se um pouco às pressas, pois havia combinado resolver algumas questões importantes...

 O trio de amigos haviam subido para o quarto novamente, enquanto Satoru e sua esposa estavam na sala, conversando sobre a volta do filho.

— Ah, ele mudou tanto, mas ao mesmo tempo continua o mesmo Yoichi quando pequeno, sempre ajudando os outros.

— Yoichi parece ser um bom rapaz – disse a madrasta.

— E ele é, mas sinto que há algo errado com ele. Parece que está escondendo algo e sei que talvez Yoichi se recuse a falar, mas tenho que tentar convencê-lo de alguma forma.

 A senhora concordou com Satoru e ligaram a televisão para assistir a um programa qualquer para esquecerem disso naquele momento...

 Enquanto isso, no andar de cima o filme estava carregando, Taeyang puxou conversa com os garotos e o assunto da última briga que tiveram retornou.

 Ela relembrou da força e rapidez com que lidou com os grandalhões, era algo fora do comum para ela, pois nunca havia acontecido isso antes. Teorias foram criadas sobre o que poderia ter acontecido, algumas tão absurdas apontadas por ambos que foram deixadas de lado.

— Talvez as suas capacidades tenham aumentado consideravelmente por causa dos seus treinos de defesa pessoal. Você ainda os faz, certo? – indagou Minami.

— Sim, pois quanto mais eu souber me defender, melhor será.

— Então, com toda a certeza deve ser isso. Ei, mas me diga, quem é que esta te ensinando tão bem assim? Quero conhecer esse professor, quem sabe eu não consiga melhorar ainda mais as minhas técnicas? – disse Natsukii.

— Na verdade, é uma professora. Ela se chama Ayanokouji Horikita e é extremamente forte. Pensando bem, ela é forte em todos os sentidos, dá para perceber que passou por muita coisa para chegar aonde chegou. Quero ser igual a ela quando eu ficar mais velha!

— Quer mesmo viver na selva por sabe-se lá quantos dias, enquanto sente que monstros estão atrás de você?

— Ela também participou daquilo tudo??

— Sim. Mas por favor, não falem disso para mais ninguém. Ele me mataria se soubesse que eu contei para vocês.

 Os dois concordaram e então outro assunto fora abordado. Minami perguntou a Taeyang e Natsukii o que seguiriam após saírem da escola, e nesse momento o silêncio tomou conta do ambiente, e as mentes de todos começaram a pensar seriamente nisso.

 Não tinham muita ideia da vida que queriam para si mesmos, mas após pensarem em tudo o que passaram e apontarem seus dons, perceberam que o caminho que seguiriam poderia estar bastante óbvio.

— Pretendo dar continuação ao trabalho da Ayanokouji, mas acho que seria legal também dar aula para alunos em alguma academia ou algo do gênero.

— Depois de tudo que passei e vi, acho que a carreira de médico seria a melhor para ser seguida. Mas, e você Mimi?

— Uma carreira de psicólogo parece interessante. Talvez alguma profissão onde a estratégia seja um dos requisitos principais.

— Pelo jeito, acho que não nos veremos tão cedo após nossa saída da escola – adicionou Taeyang.

— Fique tranquila, sempre que possível iremos nos rever e conversar bastante. Vamos continuar amigos independente da distância, isso é uma promessa.

— É isso mesmo. Mas o nosso caso é diferente, entretanto, continuaremos bem juntinhos – disse Minami se aproximando e dando um beijo na testa de Taeyang.

— Só não se esqueçam de se prevenir, uma criança agora não é o ideal.

— Nat! – exclamou o casal.

 Yoori se divertia ao rever as faces rubras dos dois, e após isso percebeu que o filme estava começando. Chamou a atenção de Lee e Minami para avisá-los sobre isso, o casal agradeceu mentalmente por aquilo acontecer, já que assim, não passariam por mais um momento embaraçoso como àquele que acontecera recentemente...

 Eram aproximadamente dez e meia da noite, Yoichi já estava perto do condomínio onde havia combinado para resolver o que precisava.

 Mesmo pouco distante do local de encontro, pôde ver a mulher acompanhada de mais alguém e se perguntou quem era e porquê havia vindo, já que Ayanokouji dissera que estaria só.

 Estacionou a moto e foi de encontro aos dois que esperavam na portaria, retirou o capacete ao chegar mais perto e o rapaz o encarou por um momento.

 Yoichi cumprimentou-os. As informações que pediu haviam chego mais rápido do que o esperado, e isso o deixou muito animado, pois era um dos grandes passos para a descoberta de todos os sumiços.

— Desculpe não te avisar sobre ele, estive fazendo tantas coisas que me esqueci disso. Mas, tudo bem... Esse é o meu amigo de trabalho Madara Yuto, me ajudou bastante com a adaptação do novo ambiente de trabalho e também com este serviço.

— Não se desculpe, afinal, quanto mais cedo tivermos o que precisamos, melhor. Aliás, é um prazer lhe conhecer, sou Kurosaki Yoichi.

— O prazer é todo meu! É ótimo conhecer um dos amigos da Aya.

 A palavra amigo ecoou na mente de Yoichi por alguns momentos. Ayanokouji não havia dito nada sobre a noite do casamento, entretanto, não era necessário que o colega de trabalho soubesse do que havia ocorrido.

 Teria de falar sobre isso com a mulher em outro momento, embora não gostasse de voltar para casa com tarefas pendentes. Se aquele detalhe não havia sido dito, Ayanokouji tinha seus motivos.

 Os três foram para um dos prédios e subiram pelo elevador conversando até chegarem ao último andar. Alguns minutos se passaram e eles desceram, Ayanokouji abriu a porta de seu apartamento e disse aos dois para que entrassem.

 Todos se dirigiram à mesa e se sentaram. Madara retirou um papel e uma caneta da mochila de trabalho e estendeu a folha na mesa. Apontava os locais com mais concentração de desaparecimentos e buscou falar sobre as entrevistas que o grupo de busca fizeram a alguns dias atrás em algumas dessas áreas.

— Podemos aprofundar as nossas buscas juntando tudo o que temos e tentar refazer os passos, colocando em uma lista os possíveis suspeitos e tentando ir atrás de cada um – sugeriu Yoichi.

— Vou fazer o possível para convencer o chefe. Depois quando formos atrás dos suspeitos, podemos gravar nossos interrogatórios e mandar para o perito em linguagem corporal, poderíamos facilmente eliminar boa parte deles.

 Yoichi e Ayanokouji concordaram e adicionaram mais algumas coisas que fariam futuramente ao terem mais informações sobre o desaparecimento em massa que estava ocorrendo na cidade...

 Depois de aproximadamente uma hora e meia de discussão, Madara foi embora e avisou o que faria dali em diante. Yoichi aproveitou o momento a sós com Ayanokouji e decidiu tentar conversar a respeito da criança.

— Então... O que fará quando ela nascer?

— Deixarei minha carreira de policial de lado para cuidar dela, mas você também vai me ajudar – disse Ayanokouji, cruzando os braços.

— Eu sei... Já escolheu um nome?

— Talvez o primeiro possa ser Akira, já que serve para os dois sexos. Já o segundo nome teremos que decidir mais para frente, porém já tenho algumas ideias. Suyen, Yumi ou Yasu se for uma menina.

— Espere... Mas a criança não terá o seu sobrenome? – indagou Yoichi.

— Bem, podemos dar um jeito de colocar ele também. Ela poderá ter um nome composto, se isso não te incomodar.

— Não, de jeito nenhum. Perguntei apenas porque achei estranho você não mencionar isso... – explicou Yoichi, continuando a questionar Ayanokouji sobre a criança. – E se for um menino?

— Yoshi, Kenichi ou Ren – respondeu, encarando o homem à sua frente. – Você quer que seja um menino não é mesmo?

— Bem, eu adoraria se fosse uma menininha forte igual à mãe.

— Ah, um garoto com o mesmo nível de inteligência e calma do pai também seria maravilhoso.

— Parece que independente do sexo do bebê estaremos felizes, não é mesmo?

— O importante é que ele venha para este mundo e possamos criá-lo da melhor forma possível – completou a mulher.

 Eles se levantaram da mesa e Ayanokouji abriu a porta. Yoichi já estava com o capacete em mãos e se despediu formalmente da mulher. Mas, antes que pudesse atravessar a porta por completo, ela segurou na camisa em que vestia e puxou-o para si.

 Os dois ficaram de frente um para o outro. Ayanokouji permanecia séria como sempre, já Yoichi, estava perdendo a pose só de encontrar aqueles olhos verdes.

 Segurando no colarinho da camisa de Yoichi, ela puxou-o rapidamente para um beijo e o soltou para que fosse embora.

— Vá com cuidado.

— Fique tranquila, eu irei.

 Ele deu um sorriso, e, como naquele momento suas bochechas estavam vermelhas, fez Horikita soltar uma risadinha novamente antes de soltá-lo. Yoichi então se virou e foi embora com a cabeça nas nuvens por causa do ocorrido.


Notas Finais


Ai eu amo esse casal, puta que pariu...
Eaí gente... Sobre a bendita da criança, vai ser menino ou menina? O que vocês acham?


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