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História Temptare - Imagine Jungkook - XVII. tudo ou nada


Escrita por: goddess-lilith

Notas do Autor


oiii meus amores! capítulo novo para vocês <3
espero que gostem, e boa leitura.

Capítulo 17 - XVII. tudo ou nada


Fanfic / Fanfiction Temptare - Imagine Jungkook - XVII. tudo ou nada

S/N's POV

Caminhei até a mesa, que para meu azar, já estava quase cheia. Os olhares curiosos estavam voltados para mim e Jungkook, que estava um pouco atrás. Andei com confiança, como se nada tivesse acontecido. Jimin me encarou, com os orbes castanhos repletos de curiosidade e inquietação. Apenas retribui o olhar, sem esboçar sentimento.

— Ainda bem que vocês dois chegaram. Pensei que já estavam se pegando lá fora. — Hoseok brincou, arrancando uma gargalhada de Jin.

"Mais fácil eu pegar ele na porrada." falei para mim mesma. Jungkook se aproximou, antes que eu pudesse sentar, e puxou minha cadeira. Não houve reação para o resto, que estavam ocupados demais conversando entre si. 

Sentei em silêncio ao lado do moreno, que se ajeitava na cadeira e novamente repousou o braço tatuado no encosto de meu assento. Além de ir lá e causar desordem, ainda vai ficar me provocando. O diabo definitivamente estava me cortejando.

Eu não estava irritada com Jeon, porém seu comportamento convencido e prepotente me tirava do sério. Se era tão romântico, por que se recusava a entrar em um relacionamento? Porque já está mais que óbvio o que sinto. Se ele não sabe, é lerdo pra caramba. Bufei, pegando o celular da carteira e entrando no Instagram para passar o tempo. Em questão de minutos, recebi uma notificação de Jeon, que me olhou de soslaio.

[jeon]

vai ficar assim até quando?

sabe que n gosto de discutir cntg

[eu]

paciencia

não vai reverter a situação, vai?

[jeon]

nao

mas vc podia ser mais compreensiva

:(

Respirei fundo. Não queria admitir, mas Jungkook estava parcialmente certo. Eu realmente fui um pouco teimosa afirmando como se fosse culpa dele que não estava ao meu lado no evento, quando ele mesmo disse que ficaria ocupado. Porém, ele também voltou já com a faca na mão, pronto para me afastar de Taehyung. Talvez seja toda a raiva acumulada que tinha da situação, mas eu sabia bem como iria usá-la ao meu favor.

[eu]

me desculpa por nao ser mais conveniente com a situação

só falei o que estava me incomodando

[jeon]

depois nós iremos conversar sobre isso

[eu]

depois quando?

vc tá a noite toda ocupado

[jeon]

no meu apartamento

[eu]

isso foi um convite?

[jeon]

também

já estou cansado, podia facilmente ir embora

[eu]
sabe quanto tempo vai demorar?

[jeon]

não faço ideia

mas se a gente beber um pouco

acho que alivia o stress

[eu]
gostei da ideia

Larguei o celular na mesa e encarei Jimin. Seu olhar tinha quase o formato de um ponto de interrogação de tão confuso que estava. Ele fez sinal para que eu me aproximasse.

— Vocês brigaram, é? — o loiro sussurrou. Eu fiz careta.

— Não exatamente. Só nos desentendemos, mas já foi. — respondi.

— O que ele fez?

— Não foi culpa dele só. Eu resmunguei que tinha sido deixada de lado quando ele me encontrou lá fora bebendo com Taehyung.

— Entendi. Bom, já não é a primeira vez que eu digo para ele abrir o olho. — Jimin completou, dando um gole na bebida enquanto olhava os arredores.

— Não é só isso.

— Claro que é, S/N. Ele só toma providências se alguém dar um empurrãozinho. Vai acabar te perdendo. — ele disse, ainda em tom baixo. Para minha sorte, Jungkook estava concentrado no smartphone ainda.

— Não pensei por esse lado. O que me irrita é ser usada como troféu pra esses dois. — admiti, olhando para Taehyung, que estava ocupado demais debatendo com Namjoon.

— Não vou deixar que isso aconteça, não se preocupe. Se Jungkook sente algo, que deixe bem claro. Caso contrário, melhor ele parar de brincar contigo. — o loiro se inclinou na cadeira, logo depois que eu voltei a posição de costume. Será que Jimin não estava sendo precipitado? Não parecia ser do feitio de Jungkook brincar com o sentimento dos outros. Logo ele, que era tão romântico e reservado.

Eu sinceramente ficaria muito grata se fosse capaz de parar de pensar nisso por alguns instantes. Sempre, isto me importunava. Depois de minutos jogando conversa fora e me atentando aos assuntos debatidos na mesa, Jungkook me ofereceu uma taça de bebida. Apenas agradeci, meio acuada ainda. Não tinha pra onde fugir, afinal, eu era acompanhante dele. Pelo menos me divertia das piadas de Jin e Hoseok. Uma vez ou outra me envolvia no tema, interessada.

— Boa noite, senhoras e senhores. — um senhor que já aparentava estar na faixa dos 50 anos levantou de uma mesa maior do que as demais. Imaginava que era alguém bem importante, provavelmente um daqueles homens que conversou com o time dos meninos a respeito da empresa. Ele ajeitou o terno, com um sorriso no rosto. Os cabelos brancos podiam ser avistados mesmo de longe, subindo a barba rala.

Todos os olhares se voltaram para ele, que caminhou até a ponta da escada do andar de cima. Segurou o microfone que lhe foi entregue com confiança, agradecendo o favor de seus funcionários. Olhei para os meninos rapidamente, que pareciam bem empenhados em prestar atenção no discurso do homem.

— Queria primeiramente agradecer a presença de todos. Estou bem feliz que nossa empresa esteja se unindo cada vez mais e expandindo anualmente. — ele deu um sorriso reservado, seguido de uma salva de palmas calorosa. — Não consigo colocar em palavras minha satisfação de ver vocês todos aqui, já que foi um grande desafio colocar tudo isso em prática. Nossa equipe não se originou aqui no Canadá. Porém, vivemos para tomar riscos, não é?

Desviei o olhar do homem, decidindo subconscientemente que não iria conseguir prestar atenção até o final daquele discurso. Cruzei os braços, alternando minha visão para Jungkook, que parecia bem concentrado. Seu maxilar estava tensionado, e sua perna direita se movia incessantemente por baixo da mesa. As mãos tatuadas de veias saltadas descansavam em suas coxas, que quase imploravam para fugir daquela calça social de coloração escura. Nunca havia reparado, mas o nariz de Jungkook não era pequenininho. Lógico, não era nem um pouco feio, mas é engraçado como as características dele eram tão delicadas e ao mesmo tempo, bem demarcadas dando um ar de masculinidade diferente dos demais. Eu já nem sabia se estava falando isso pelos puros delírios que estar apaixonada me causavam. 

— Mais uma vez, obrigado pela presença de todos! Vou dar um agradecimento especial para a equipe que está cuidando da nossa maior unidade, a equipe de Namjoon e Jungkook, especialistas em desenvolvimento. — o senhor sorriu, finalizando o discurso com mais uma salva de palmas, dessa vez direcionada para nossa mesa. Dei um sorrisinho de canto, mais aliviada. — Aproveitem o final do evento! Boa noite.

Me revirei na cadeira, movendo de posição porque minha bunda já estava ficando dolorida. Fechei os olhos por alguns breves segundos, aproveitando a melodia clássica que ressoava no salão logo depois do final do pronunciamento do homem. Eu, como uma boa apreciadora de música, não poderia deixar música clássica faltar em minha extensa playlist. Era um gênero no qual podia sentir a intensidade através dos instrumentos, que falavam por si só. A harmonia que era transmitida pelas notas me emocionava até demais. Senti um calafrio percorrer meu corpo.

— Não sabia que gostava de música clássica. — Jungkook me cutucou, dando um gole de seu copo que brincava nos dedos tatuados.

— Gosto sim. E essa, em especial, conheço bem. "Valsa noturna", de Johannes Bornlof. — complementei, me orgulhando.

— Surpreendente. — ele me encarou, com um certo brilho nos orbes escuros. — Você vai me acompanhar até lá ou só sabe dançar em outros locais? — Jeon tirou uma com a minha cara, apontando para onde alguns casais se movimentavam no ritmo da música.

— Que belo jeito de me convidar para dançar, não é? — revirei os olhos, rindo da atitude dele. Segurei sua mão, deixando toda minha angústia da discussão anterior na mesa. Logo, voltaria para fazer posse de minha posição. Coloquei um sorriso nos lábios ao observar meticulosamente o moreno, que me guiava pelo piso lustroso.

O salão era de fato, de tirar o fôlego. Mesmo depois de algumas horas lá, ainda estava fascinada pelas paredes altas que davam tanta elegância para o local. A melodia clássica combinava totalmente com o ambiente. Apesar das notas calmas e gratificantes da música, meu corpo estava elétrico. E a cada toque dele — em qualquer aspecto que fosse — me deixava mais viva. Senti as borboletas baterem em meu estômago, dando sinal de vida. Respirei fundo, até me colocar de frente para o moreno, que parecia tão longe de mim por conta da altura, mas ao mesmo tempo tão perto.

— E então, como se sente? Mais aliviada? — ele perguntou, segurando minha cintura com delicadeza. Senti os dedos de Jeon pressionados contra o tecido de meu vestido, capaz de emitir sua temperatura através do toque. Deixei com que ele me conduzisse pelo som da música.

— Pelo que exatamente? — me fiz de cínica, arqueando a sobrancelha.

— Por ter soltado tudo que queria na minha cara. — ele exibiu um sorrisinho perverso.

— Ah, Jeon. Se eu tivesse dito tudo que queria, você sairia chorando. Só não sei se de ódio ou tristeza. — respondi, retribuindo o sorriso. O brilho no olhar dele quase o entregava.

— Você é tão cruel assim? — Jeon disse, com sarcasmo. Tive que dar uma risadinha.

— Só com você.

— Nossa, eu não estou sendo um bom garoto então? — ele questionou. Foi uma brecha ou ele só estava me testando? Tive que duvidar de qualquer que seja a ocasião.

— Não vou cair na sua, Jeon. — dei um sorriso de canto, desviando o olhar. Jungkook parecia bem empenhado em me fazer ceder.

— Eu não fiz nada. — o moreno deu de ombros.

Rodopiamos pelo salão até que a música acabasse, dando vez para mais uma melodia clássica. Dessa vez, era mais lenta. Jeon me fez aproximar vagarosamente puxando pela cintura. Ficamos nos encarando durante longos segundos, me deixando quase perdida em seus olhos. Ele fazia de tudo para que o momento se tornasse mais memorável e romântico, como provavelmente imaginava em sua cabeça. Achava isso fofo, pois era deste jeito que ele demonstrava seus desejos. Pelas minhas observações supérfluas, Jungkook é uma pessoa que preza pela validação de sentimentos pelas ações. Tudo se tornava mais doce ao lado dele.

Deixei meu orgulho de lado por alguns segundos e encostei minha cabeça em seu peito, me deixado levar completamente pelo moreno. Respirei fundo, capaz de ouvir seu coração palpitar.

Não sabia como me sentir exatamente, pois minha cabeça parecia tentar digerir mil sensações por minuto. O pior de tudo é que eu evitava coisas que me faziam me sentir assim ao máximo. Porém, Jungkook parecia me perseguir até nos meus sonhos. Apenas fechei os olhos, procurando vivenciar mais claramente cada parte deste final de dia. Dançamos até a música acabar e eu me desvencilhar de seu toque. 

— Você já tá de saco cheio? — ele perguntou, me fazendo encarar os orbes brilhantes. — Porque eu .

— Não sei. Se você quiser ir embora, a gente vai. — respondi, dando de ombros. — É que não tem mais nada para fazer aqui, não é?

Ele assentiu, dando uma risadinha. Paramos de conversar quando Jungkook percebeu que Joon fez sinal da mesa, solicitando sua presença.

— Precisam de mim? — o moreno se aproximou.

— Só te chamamos para dar os parabéns pessoalmente. Foi bem gratificante a noite de hoje e você se saiu muito bem, como planejamos. — Namjoon sorriu, fechando os olhos. Todos pareciam muito satisfeitos. Taehyung olhava fixamente para mim de cara fechada, como quem queria falar alguma coisa. Como eu não tinha bola de cristal, morreria na dúvida; desviei o olhar um tanto desconfiada.

— Vocês já vão embora? — Hoseok perguntou.

— Acho que sim. Estou doido para descansar. — Jeon suspirou, esticando os braços.

— Descansar, sei. — Jimin deu uma risada perversa, olhando com maldade para mim e para Jeon. O moreno revirou os olhos, como quem desaprovava isto. Engoli em seco, temendo com que não conseguisse vencê-lo hoje.

— Bom, a gente se vê amanhã. Boa noite, pessoal, muito obrigado por hoje. — ele agradeceu, se curvando como demonstração de respeito.

— Boa noite, meninos. — sorri, acenando. Todos responderam, em uníssono.

Jungkook estendeu o braço, sinalizando como anteriormente. Andar assim era tão charmoso e dava um ar de classe, que eu sentia ainda mais por conta de nossas vestes. Jungkook andava com os ombros balançando levemente, na medida correta para se tornar atraente. Caminhamos até a saída do salão, que ainda estava bem iluminada. Não parecia ser tão tarde, mas eu também não fazia ideia de que horas eram.

O carro preto lustroso nos aguardava logo no começo da rua. Jungkook realmente tinha bom gosto, e isto era mais uma das coisas que eu iria colocar na minha lista das quais faziam minha paixonite fraquejar. Ele destravou o carro em silêncio e abriu a porta para mim. Entrei, puxando a saia do vestido para que o carro não a devorasse. Afinal, o vestido era alugado.

— E aí, o que achou do salão? — o moreno falou, entrando no carro e tirando a carteira do bolso. O compartimento do meio agora estava quase todo ocupado por seu celular, algumas moedas e a própria carteira. 

— Lindo demais. Não pensava que ia ser tão chique assim. — afirmei, olhando para ele. Mesmo tendo bebido uma quantidade questionável, estava me sentindo sã e confiante o suficiente para fazer qualquer coisa.

— Eu também não, pra ser sincero. — ele riu, colocando as chaves no carro. — Não estou acostumado com este tipo de coisa.

— Fiquei feliz que fomos, apesar dos pesares. — falei, dando um sorrisinho.

Ele assentiu, satisfeito. O caminho até a casa de Jungkook seria um pouco longo, já que o salão era em um bairro mais afastado de onde morávamos. Não era problema para mim, afinal, gostava de viagens de carro. A cidade estava luminosa e agitada, com pessoas andando de um lado para o outro aproveitando os últimos momentos do final de semana. Logo, se passaria mais uma semana corrida e eu parecia não sair do lugar. Não sabia se isso era apenas coisa da minha cabeça ou realmente não fazia progresso nenhum com Jungkook. Suspirei, encostando o cotovelo na beirada da janela. Jungkook trocou a marcha do carro, me olhando de canto.

— Aconteceu algo? — ele perguntou. Bobinho, mal sabia o que fazia.

— Não, só estava pensando. — engoli em seco. Queria evitar falar sobre isso, mas se ele começar a me pressionar, vou falar merda. Não tinha nem dúvidas, era com certeza.

— O que te incomoda? — o moreno me olhou, depois de fazer a curva com o carro. — Se não quiser falar também...

— Bom, tem tanta coisa que me incomoda. — respondi. Não queria reunir vergonha na cara para falar com ele, mas Jeon era sempre tão receptivo comigo, que parecia até falta de educação.

— Pode me falar. — Jeon completou. Olhei para ele, pronta para abrir a boca. — Ah, não.

— O que foi?

— Vou ter que encostar o carro. — ele franziu as sobrancelhas, depois de bater o pulso no volante com raiva. — Fica aqui, tá? Vou trancar as portas por segurança.

Assenti, sem entender nada. Estávamos na estrada, e para melhorar, tudo escuro. Rezei para que nada de ruim acontecesse. Ele encostou o automóvel, saindo com rapidez. Apenas pude ouvir o barulho dos outros carros passando a mil na rodovia. Assisti o moreno abrir a tampa lustrosa do carro e xingar, amaldiçoando quem quer que seja.

— É a merda da bateria que fodeu. — ele fechou a tampa, batucando os dedos no local. Logo em seguida, tirou o blazer preto e andou até a janela para provavelmente pegar o celular que estava dentro do carro. — Você pode pegar meu celular, por favor?

— Claro. — entreguei o telefone para ele, que me olhou um tanto desapontado. Não entendia absolutamente nada de carro, mas pelo visto não era coisa boa.

— Me desculpa por isso. — ele falou, fazendo uma careta decepcionada.

— Não se preocupe, Jeon. — sorri, tentando amenizar sua irritação. Ele me deu uma última olhada, até desencostar da janela e provavelmente contatar o seguro do automóvel.

Aguardei alguns minutos para que ele voltasse com notícias. Não sabia nem o que falar numa situação dessas, mas tentaria meu máximo aliviar. O pior de tudo é estar parado numa estrada de noite, sem nem ter iluminação direito por perto. Estava a muito perto de arrancar meus sapatos e inclinar o banco para dormir.

— O guincho vai chegar em alguns minutos. Não deram previsão exata, mas acho que não vai demorar. — Jeon entrou no carro, jogando o blazer no banco de trás. — Ah, cara. Não acredito que isso aconteceu.

— Acho que a pior parte é você ter que me aturar sem ter o que fazer por sei lá quanto tempo. — virei de lado, encarando o moreno. Ele soltou uma risadinha, me olhando de volta.

— E quem disse que a gente vai ficar sem o que fazer?


Notas Finais


o que será que o jungkook tem em mente?


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